sexta-feira, 6 de outubro de 2023

A vida de São Bruno mudou com este sermão feito por um morto

Três dias após a morte de Raymond Diocrès, em Paris, foi oferecida uma grande Missa de Requiem para pedir o repouso eterno da sua alma. Diocrès era um professor da Sorbonne e um homem com reputação universal de erudito e de aparente virtude.

Centenas compareceram no funeral; inúmeras velas foram acesas e orações foram feitas por aqueles que haviam admirado o grande conhecimento e virtudes do ilustre falecido. O seu caixão, maravilhosamente adornado com os símbolos da sua profissão, foi levado até à Catedral com solenidade, acompanhado pelos seus colegas professores, por um grande grupo de estudantes e muitos sacerdotes. 

À medida que o serviço fúnebre avançava, o coro chegou à passagem no Ofício dos Mortos, que reza: “Quantas são as minhas iniquidades e pecados? Fazei-me saber quais os meus crimes e ofensas.” - o que Job pede na Escritura - de repente o cadáver, que jazia exposto no seu esquife, moveu-se diante dos olhos de todos, sentou-se e gritou com uma voz de desesperada que combinava com o desespero expressos nos seus olhos: "Pelo julgamento de Deus, fui acusado, julgado e condenado".

Tendo dito isso, caiu para trás. O professor de renome mundial tinha ocultado o vício sob a aparência de virtude. Mas Nosso Senhor, Deus Todo-Poderoso, que perscruta os corações, conhecia os seus pecados e puniu-o por eles.

Horrorizado com este macabro sermão, São Bruno de Colónia (1030-1101), que ali estava por ser aluno de Diocrès, decidiu rejeitar os prazeres deste mundo e fundar a Ordem da Cartuxa. Esta é, até hoje, considerada a mais rigorosa e ascética de todas as ordens de clausura.



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5 comentários:

Maria José Martins disse...

Ouvi precisamente este facto, há meses, na homilia de uma missa celebrada, numa Comunidade que muito prezo, e pensei: é pena, que os nossos sacerdotes não nos contem mais casos destes, pois, de certeza, ficaríamos mais sensibilizados, para o constante perigo que corremos, relativamente, à nossa Salvação. E como Deus "odeia" a hipocrisia!
Só que, também pensei, que devido à facilidade com que hoje se justifica o pecado, acredito, que a maioria dos nossos padres pense que iria ASSUSTAR o pecador, em vez de o CONVERTER...
E é pena, porque "quem diz a VERDADE não merece castigo" e, de certeza, todos ganharíamos, porque o TEMOR de DEUS também é uma VIRTUDE.

Anónimo disse...

Os pecados que se cometem no mundo de hoje são mais graves do que nos séculos passados. Pois, no mundo de hoje, são muitas as seitas que praticam as mais variadas injustiças impunemente.

Maria José Martins disse...


Quando releio estes testemunhos, fico arrepiada, por ter que reconhecer, que continuamos a DESPREZAR cinicamente, os avisos do Céu!
E já não acredito que seja para nos preservar...pois ninguém é mais Pedagogo ou Misericordioso do que o Próprio Deus! E, se Ele permite estes acontecimentos, é para nosso bem!
Tenho a certeza, de que apenas querem evitar a sua divulgação, porque NÃO ACREDITAM em nada, e acham que tudo não passa de "historinhas"...de pessoas atrasadas, com mentalidade retrógrada. Porém, os resultados estão à vista: Nunca a Sociedade esteve tão mal, espiritualmente.
Claro que Deus prefere o Amor ao Temor, mas "quando não se vai pelo Amor, vai-se pela dor!"
E isso também é AMOR, porque o MEDO da Condenação Eterna, que é uma realidade, funciona como AVISO, para "arrepiar caminho".
USAM e ABUSAM de Fátima, para o que lhes convém, mas NEGAM ou EVITAM o principal: A SUA MENSAGEM!
Nossa Senhora não mostrou o Inferno aos Pastorinhos, dizendo-lhes que é o lugar para onde vão MUITOS pecadores?
Na vida de Santa Teresa de Ávila, também existe, pelo menos um caso, em que Deus lhe permitiu ver os demónios a jogarem com o corpo de alguém, que ela conhecia, e a quem tinha sido dada a oportunidade de se Converter, através de uma doença, mas que, pelos vistos, não soube, ou não quis aproveitar!
Então, quem fala a VERDADE?
Será que NÓS, os crédulos, somos sádicos ou masoquistas, que nos deliciamos com o TERROR dos outros? Ou, porque AMAMOS a Deus e aos irmãos, mesmo de forma imperfeita, somente DESEJAMOS QUE TODOS SE CONVERTAM E SE SALVEM?
E digo isto bem preocupada, porque cada vez mais se nota, nas Homilias, a NEGAÇÃO da EXISTÊNCIA DO INFERNO, ou mesmo, a da possível CONDENAÇÃO ETERNA, por parte de muitos Sacerdotes, que chegam a marginalizar quem fala e defende a VERDADE!

Obrigada por REMAR CONTRA A MARÉ e nos apresentar estes testemunhos!
Depois, cada um é livre de fazer o que quiser.

Anónimo disse...


E, para aqueles que apregoam que Deus não condena ninguém-- e é verdade, porque somos nós que escolhemos--vou relatar o seguinte facto:
Há 40 anos, mais ou menos, conheci uma jovem muito bonita e elegante, que veio viver com uma tia, pois os pais eram emigrantes.
Aparentemente, essa jovem eram boa menina, mas teve o azar de conhecer outro jovem um pouco mais velho e vivido...que a seduziu, ao ponto de se envolverem emocionalmente, tendo feito, clandestinamente, alguns abortos, segundo se soube depois.
É então, que ela adoece gravemente com cancro nos ovários. Depois de muita luta contra o mal, chega a altura em que já nada havia a fazer a nível clínico.
Internada no hospital, chamam o Capelão para confessá-la e ministrar-lhe os Últimos Sacramentos.
Revoltada, pela situação, pois nunca aceitou a doença, essa jovem simplesmente rejeitou várias vezes, e com veemência, a Graça, porque achava ser muito jovem para morrer, culpando Deus pelo seu estado.
O Sacerdote não podendo fazer nada, simplesmente, respeitou a sua decisão, e ela morreu sem se arrepender.
Passados dias, a tal tia, muito amiga de um familiar meu, desabafa-lhe a chorar
convulsivamente, que estando a rezar por ela, em casa, depois do funeral, ouviu a sua voz, mas tipo cavernosa, dizendo-lhe: Não rezes por mim, porque eu CONDENEI-ME!

Limito-me a escrever o que, na altura, foi contado.
Agora, acredite, quem quiser e tire as suas conclusões.

Anónimo disse...

Mesmo entre os cartuxos tal passa por mito. Parece que está no Livro das Horas do Duque de Berry. Em todo o caso, a Sorbonne foi fundada muito tempo depois. Dito isto, terá sido um grande santo e é uma ordem religiosa que me impressiona. Com estes não há "histórias".