terça-feira, 24 de outubro de 2006

orai e vigiai

Lucas 12, 35 - conservai as vossas lâmpadas acesas.

Tive hoje o 5º funeral do ano que nós diríamos fora do tempo - quando são os pais a enterrar os filhos e não o inverso. Dá-me muito que pensar... a meditação do dia vem mesmo de propósito, por isso para quem não teve oportunidade de ler, aqui deixo o texto.

O que é preciso fazer para vencer a fraqueza da alma? Há dois meios para isso: o primeiro é o distanciamento de si próprio. O Senhor Jesus recomenda-nos que vigiemos. É preciso vigiarmos se quisermos que o nosso coração seja puro, mas é preciso vigiarmos em paz, para que o nosso coração seja tocado, pois ele pode ser tocado por coisas boas ou por coisas más, interiormente, ou exteriormente... portanto é preciso vigiar.
Habitualmente, a inspiração de Deus é uma graça discreta: é preciso não a rejeitarmos...; se o nosso coração não estiver atento, a graça retira-se. A inspiração divina é muito precisa; tal como o escritor dirige o seu aparo, assim a graça de Deus dirige a alma. Tentemos pois alcançar um maior recolhimento interior.
O Senhor quer que tenhamos o desejo de O amar. A alma que se mantém vigilante apercebe-se de que cai, e de que, só por si, não consegue lá chegar; por isso, sente a necessidade da oração. A súplica funda-se na certeza de que nada podemos fazer por nós mesmos, mas que Deus tudo pode. A oração faz falta para obter a luz e a força.

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1 comentário:

João Silveira disse...

Muito bem, senzhugo. Vigiar é mesmo estar atento. A maior parte das vezes é mais fácil sermos preguiçosos, e ficarmos a dormir, como os apóstolos no horto. É o próprio Jesus quem os acorda! Ele pede apenas para ficarem acordados, e eles nem isso fazem.

Vigiemos e oremos para não cairmos em tentação, o espírito está pronto mas a carne é fraca. Esta frase resume os nossos falhanços diários...o coração quer uma coisa, mas a carne é fraca, e faz exactamente o contrário.

É o próprio S.Paulo quem o diz, na carta aos romanos: "Faço o mal que não quero e não faço o bem que quero." (Rom 7, 21)