Nunca nos deveríamos cansar-nos de voltar a propor a "questão de Deus", de "recomeçar a partir de Deus", para devolver ao homem a totalidade das suas dimensões, a sua plena dignidade. De facto, a mentalidade que se foi difundindo no nosso tempo, que renuncia a toda a referência ao transcendente, demonstrou-se incapaz de compreender e preservar o homano.
A difusão desta mentalidade gerou a crise que hoje vivemos, que é crise de sentido e de valores, antes de ser uma crise económica e social. O homem que procura existir apenas positivisticamente, dentro do que é calculável do que é mensurável, no fim fica sufocado. Neste contexto, a questão de Deus é, em certo sentido, «a questão de todas as questões».
Refere-se à pergunta de fundo do homem, aos desejos de verdade, de felicidade e de liberdade que há no seu coração, e que procuram tornar-se realidade. O homem que desperta dentro de si a pergunta sobre Deus abre-se à esperança, a esperança confiável, pela qual vale a pena enfrentar o cansaço do caminho no presente.
Sem comentários:
Enviar um comentário