Muitos são os que acreditam que Deus é infinitamente bom e misericordioso, mas é um completo absurdo que tenha descido à Terra para viver como nós e, pior ainda, que tenha terminado a sua vida numa cruz.
Este homem, que era Deus, quis experimentar viver a nossa vida e morrer a nossa morte. Não chegou envolto em honras e nunca as quis. Preferiu sempre ser simples, tendo apenas o essencial, nada mais. Veio até nós amar-nos e viver connosco. Pediu--nos que fôssemos ao encontro dos nossos semelhantes mais pobres, tal como Ele veio ter connosco.
Felizes de nós se, pelo menos no dia de Natal, nos sentirmos da mesma família dos pobres, dos doentes, dos que choram e de todos os que sofrem; somos tão carenciados como eles noutros aspectos da nossa vida, e mais felizes seremos se dermos um passo na sua direcção. Amar alguém é ir ao seu encontro.
Um dos mais admiráveis poderes deste Deus que se fez homem não consiste em responder às nossas dificuldades com milagres, mas em dar a todos nós a possibilidade de nos transformarmos, de transformarmos as nossas vidas e, através disso, o mundo em que vivemos. Deu-nos ombros fortes, a fim de sermos capazes de carregar a nossa própria cruz e deste modo ajudar os outros a carregar também as suas.
Talvez o sentido da vida seja fazer vencer o Amor sobre o egoísmo. in jornal i
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