Nas últimas semanas, a imprensa tem revelado algumas facetas menos dignas, com intrigas e jogos de poder entre cardeais. O problema é tão velho que até os primeiros apóstolos ouviram ralhar de Jesus porque discutiam entre eles quem teria o melhor lugar.
Se folhearmos os livros de História, encontramos tristes episódios, nada edificantes, atribuídos a membros da Igreja. Santa Catarina de Sena, co-padroeira da Europa, constatou, no seu tempo, que “a corte do Santo Padre tão depressa parece um ninho de anjos como um ninho de víboras”.
Ao ser informado de que Napoleão queria destruir a Igreja, o então secretário de Estado do Papa Pio VII terá comentado: “Não vai conseguir, porque nem nós próprios conseguimos destruí-la”.
Pois é assim mesmo, e será sempre: a Igreja é um como um campo, onde nasce bom trigo, mas também cizânia.
Parafraseando o próprio Papa Bento XVI, a Igreja é como "uma rede onde convivem peixes bons e peixes maus”, ao ponto de os maiores ataques contra ela própria virem de dentro e não de fora.
Mas é também um lugar de santidade, onde há pastores que dão a vida por Cristo, com amor e limpidez, com uma sabedoria fiel e corajosa, que roça o martírio.
Ratzinger é um destes pastores, que não foge com medo diante dos lobos, como de modo clarividente intuiu (no início do seu pontificado) que viria a acontecer.
2 comentários:
Obrigado, foi muito util para uma discussão que eu tive hoje!
Muito bem Aura Miguel!!!
Enviar um comentário