sábado, 22 de dezembro de 2012

Papa contra a "identidade do género" - Aura Miguel

Após a queda das grandes ideologias políticas, surge agora uma outra, a ideologia hedonista, que se reflecte a vários níveis, incluindo esta "identidade de género". Não é a primeira vez que o Papa critica a chamada “ideologia de género”. A expressão de Bento XVI reflecte as sucessivas denúncias da Santa Sé, sobretudo nos fóruns internacionais, a começar pelas Nações Unidas.

Durante as Conferências Mundiais da ONU no Cairo (sobre População e Desenvolvimento, 1994) e em Pequim (sobre a Mulher, 1995) a Santa Sé opôs-se à estratégia mundial sobre conceitos relativos à orientação sexual e à chamada “identidade de género”.


Nessa altura em Pequim a maioria dos Estados membros da ONU – incluindo Portugal – votou favoravelmente a substituição da palavra “sexo” pela palavra “género”, considerada mais abrangente. É que sexo só pode ser feminino ou masculino, enquanto género inclui cinco tipos: masculino, feminino, homossexual masculino, homossexual feminino e híbrido.


Esta terminologia está hoje em vigor e Bento XVI tem vindo a denunciá-la como reflexo da crise antropológica do próprio homem. Com frequência o Papa tem defendido uma ecologia do humano, contra a manipulação da natureza – quer no ambiente, quer na identidade do homem e da mulher. Após a queda das grandes ideologias políticas, surge agora uma outra, a ideologia hedonista que se reflecte a vários níveis, incluindo esta “identidade de género”.


Bento XVI acrescentou hoje que “está em jogo a visão do próprio ser e o que significa ser homem”. Na raiz está “uma noção errada de liberdade que recusa vínculos de qualquer tipo, incluindo o sexo com que se nasceu. Quando, na verdade, não é o homem mas é Deus quem define a natureza da pessoa humana.” 


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