Há muita gente devota do Papa que há-de vir. Não do próximo, nem do
seguinte, mas daquele que há-de vir… mas nunca chegará. São os mesmos
que não gostam do Papa actual, nem dos seus antecessores, porque vivem
na expectativa de um Papa diferente e, a bem dizer, de uma outra Igreja.
É bom sonhar. Mas quando o devaneio perde o contacto com a realidade
converte-se em alienação. Ou, pior ainda, em deserção, porque a
antecipada devoção ao Papa mítico - o tal Papa que, como D. Sebastião,
será sempre esperado - pode ser um álibi para não se comprometer com o
Papa actual. Na realidade, o único Papa, porque há só um Papa, o de cada
momento histórico e mais nenhum.
Até ao dia 28 de Fevereiro, às 20 horas, foi esse o Papa que apoiámos. Só quando chegou essa fatídica hora, Bento XVI deixou de ser o Papa. Mas logo que outro tomar o seu lugar como bispo de Roma e pastor da Igreja universal, será ele, seja quem for, o Papa e deverá contar com a oração e a indefectível fidelidade de todos os católicos.
O novo Papa, quaisquer que sejam as suas circunstâncias pessoais, será
Pedro, ou seja, aquele que recebeu a missão divina de confirmar os seus
irmãos na fé, a rocha firme sobre a qual Cristo edifica a sua Igreja,
contra a qual as portas do Inferno não prevalecerão.
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