segunda-feira, 7 de julho de 2014

Imã converte-se ao catolicismo e a família tenta matá-lo

Mario Joseph hoje em dia é um pregador católico, mas aos 18 anos era um Imã (autoridade religiosa muçulmana). Ao converter-se ao cristianismo, chegou a sofrer uma tentativa de assassinato do seu pai. É um caso único no mundo, porque é o clérigo muçulmano mais jovem que abraçou o cristianismo, o que lhe valeu  uma sentença de morte.

No cemitério da sua cidade natal, na Índia, há uma lápide com o seu nome, em cima de um túmulo que tem uma escultura de barro do seu tamanho. O seu pai lhe disse: "Se quiseres ser cristão, terei de te matar". Mas este homem ainda está vivo e foi entrevistado pelo Cope:

Mario Joseph, tinha 18 anos e era um clérigo muçulmano. Como aconteceu esta mudança?

Eu era o terceiro de 6 irmãos e, aos 8 anos, o meu pai enviou-me a uma escola corânica para que eu me tornasse um Imã. Depois de 10 anos de estudo, aos 18 anos tornei-me Imã. Um dia, eu estava a pregar na mesquita, dizendo que Jesus Cristo não era Deus e nesse momento uma pessoa do público disse-me para não dizer isso, e perguntou-me quem era Jesus Cristo.

Como eu não tinha uma resposta para dar, comecei a ler todo o Alcorão e lá descobri que o capítulo 3 fala de Jesus, que muitas vezes é chamado de Jesus Cristo; e, no capítulo 9, fala-se de Maria.

Maria é o único nome de mulher que aparece no Alcorão; de Jesus, diz-se que Ele é a Palavra de Deus.

A região em que morava na Índia era muçulmana?

Sim, é de maioria muçulmana e hindu; praticamente não há cristãos.

Como começou o processo de conversão a partir dessa dúvida?

O Alcorão diz que Maomé está morto, mas que Jesus Cristo ainda está vivo. Então, quando eu li isso, perguntei-me: quem devo aceitar: o que está morto ou o que está vivo.

Perguntei a Alá sobre quem deveria seguir e comecei a orar para que me ajudasse nesta questão. Quando comecei a orar, abri o Alcorão e li, no capítulo 10, versículo 94, que os que tinham uma dúvida assim, deveriam ler a Bíblia. Por isso, decidi começar a ler e estudar a Bíblia. Então, percebi quem é o Deus verdadeiro e, depois disso, abracei o cristianismo.

Conta isso de maneira natural, mesmo sabendo a situação pela qual poderia passar. Como é que a sua comunidade reagiu?

Quando eu me converti, fui a um centro de retiros e a minha família começou a procurar-me e lá me encontraram. O meu pai espancou-me e levou-me para casa. Quando chegámos, trancou-me num quarto, amarrou as minhas mãos e os meus pés, deixou-me nú, pôs-me pimenta nos olhos, boca e nariz, e lá me deixou, sem comida, durante 28 dias. Passado este tempo, o meu pai voltou e pegou-me pelo pescoço, para ver se eu estava vivo.

Abri os olhos e vi que ele tinha uma faca na mão. Ele perguntou-me se eu tinha aceitado Jesus e disse que me mataria se eu O aceitasse. Eu sabia que o meu pai me ia matar, porque ele é um muçulmano muito duro. Mas respondi que aceitava Jesus Cristo! Naquele momento senti uma luz muito forte na minha mente, que me deu forças para gritar: "Jesus!".

Naquela hora, o meu pai caiu e acabou ferindo o seu peito com a faca; foi um grande corte, que sangrava muito; saía espuma pela sua boca. Nesse momento, a minha família, assustada, socorreu-o e levou-o ao hospital, mas esqueceu-se de trancar a porta. Eu pude sair e apanhar um táxi, para ir ao centro de retiros de onde tinham me tirado, e fiquei lá, escondido.

É incrível que tenha tido força física para sair de casa e ir ao centro de acolhimento católico...

Eu estava magro e muito fraco, mas aquela luz deu-me forças e uma saúde que eu não sabia de onde vinha. No entanto, sofro até hoje as consequências desse castigo, porque tenho uma úlcera no estômago e úlceras na boca.

Há quanto tempo é que isso aconteceu?

Faz 18 anos. E o sofrimento ainda me acompanha. O Alcorão diz, em mais de 18 passagens, que quem rejeita o Alcorão deve ser eliminado.

Nunca mais voltou a ver o seu pai?

Nunca mais voltei à minha cidade. Nunca mais pisei a minha terra. Não só isso, eu estou enterrado lá, porque meus pais fizeram um túmulo para mim, com uma lápide que tem o meu nome e o dia do meu nascimento.  in Aleteia




blogger

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu também sou a favor de diminuir o número de católicos... mas fazendo-os ver que a religião deles não passa de uma treta cheia de dogmas, não matando-os...