Na verdade, as pessoas têm demasiado
medo de morrer ou até de se sentirem um pouco mal. E, neste momento, o medo é
desproporcional comparado à ameaça que existe. E porquê? Talvez a razão mais
profunda, ou uma das principais, seja a falta de perspectiva futura.
Aqueles que lutavam pela pátria e pela
liberdade estavam dispostos a sacrificar as suas vidas precisamente porque o
futuro era um bem superior ao presente. Da mesma forma para os católicos: O
crente que prefere arriscar a sua vida e perdê-la, em vez de negar a sua fé,
tem diante de si o futuro eterno, que existe além deste mundo, o paraíso.
Hoje, porém, a nossa cultura já não tem
futuro, está presa no presente, no efémero: Se perdemos o presente, perdemos
tudo. Em geral, portanto, podemos dizer que a força da epidemia em curso neste
momento não vem do número de vítimas ou do seu perigo objectivo, mas da
fraqueza espiritual da Humanidade.
Dom
Giulio Meiattini, Monge Beneditino
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