Foi o Papa Leão XIII quem instituiu esta festa, para, diz ele, ao desregramento dos costumes criado pelo Liberalismo, opor a austeridade do lar de Nazaré.
Nessa risonha cidadezinha da Galileia, viviam do trabalho honesto de S. José, o Deus Menino e a mais pura das criaturas saídas das mãos de Deus, Maria Santíssima. Viviam todos de dedicações e renúncias, obedecendo à ordem normal estabelecida por Deus na primeira sociedade oriunda da própria natureza, a Família.
Jesus obedecia a Maria e a José, e aquela seguia a orientação deste, o chefe da casa. E nesta ordem, nesta renúncia, neste amor mantinha-se a coesão do lar e a felicidade de todos. Família modelar feita por Deus como protótipo de todos os lares bem formados.
Oxalá fossem as intenções do Papa atendidas! Não teríamos progredido no egoísmo liberal até aos seus mais lídimos frutos.
Estamos cansados de ouvir dizer que a Família é a célula da sociedade. De onde aprendemos que a defesa da sociedade está na defesa da Família. E ao Estado nada mais interessa do que amparar e fomentar os laços que tornem mais sólidos os vínculos familiares, e impedir ou destruir ou dificultar o mais possível as causas que enfraquecem ou destroem a união dos membros da família.
Trata-se de uma autodefesa, pois a morte da família acarreta a morte do Estado, melhor da sociedade civil que mereça esse nome. Pois que a destruição da família deixa o indivíduo inerme diante do alvedrio tirânico de um Estado absorvente. Segundo a ordem natural das coisas, é a família o alicerce da sociedade maior, a sociedade civil, enquanto ela se distingue especialmente de uma aglomerado de animais, ou seja, enquanto ela é civil, isto é humana. De onde destruída a família, não se mantém mais a sociedade civil. Os laços que unirão os homens num mesmo lugar perderão aquela unção humana própria da nossa espécie.
O que quer dizer que todos devemos nos empenhar por defender a família. Infelizmente não é ao que assistimos. Por toda parte fomentam-se os factores desagregadores da família. Em todo lugar alimenta-se de todos os modos a paixão que exacerba o egoísmo, inimigo de toda dedicação, ou seja da união familiar, feita de renúncias e dedicações.
E como se isso não bastasse uma instabilidade económica que deixa as classes menos favorecidas na incerteza do dia de amanhã. Desde que o momento é denominado pela preocupação económica, ao menos que se firmem salários e custo de vida, de maneira que, sarado este mal, se possa cuidar dos outros factores da estabilidade do lar, ou melhor de expurgar a sociedade dos factores dissolventes da vida familiar.
D. António de Castro Mayer (+1991), Bispo de Campos (Brasil)
3 comentários:
..."Jesus obedecia a Maria e a José, e Aquela seguia a orientação deste, o chefe da casa. E nesta ordem, nesta renúncia, neste amor, mantinha-se a coesão do lar e a felicidade de todos. Família modelar, feita por Deus, como protótipo de todos os lares bem formados"...
Eu penso, que é neste pequeno extrato que se resume tudo. Mas quem aceita, hoje, estas regras?1
Com a emancipação da mulher, com apego às comodidades-- que CUSTAM DINHEIRO-- já todos sabemos, que as prioridades se inverteram...Logo, o AMOR também se desgasta e, consequentemente, tudo acaba!
E, mais uma vez, eu vou citar "O Evangelho como me foi revelado", onde Jesus Se refere à atual mulher...comparando-a com Maria, Sua Mãe.
Diz Jesus:..."Pretenderíeis que, passados vinte Séculos, quando a PERVERSIDADE matou o AMOR, Eu vos desse uma Maria de Nazaré igual à ÁRIDA e SUPERFICIAL mulher, como é a do vosso tempo?
Maria é o que é: doce, pura, a amorosa Menina de Israel, Esposa de Deus, Mãe Virginal de Deus, e não excessivamente exaltada ou glacialmente egoísta como é a do vosso Século..."
Mas que palavras duras, para nós mulheres, deste Século!"
Realmente, se queremos Salvar a Família, só temos um MODELO: NOSSA SENHORA DA FAMÍLA De NAZARÉ!!
Interrogando-se hoje na sua homilia sobre o porquê da Santa Igreja celebrar esta festa da Sagrada Família, mistério de intimidade e de afectos a guardar na intimidade do lar doméstico logo depois da manifestação da divindade de Nosso Senhor, o Arc. Viganò explica que é porque a família, a natural certamente, e ainda mais aquela que é santificada pelo Sacramento do Matrimónio, é o lugar onde se realiza pela Caridade aquela ordem que é a premissa necessária para a Realeza social de Nosso Senhor Jesus Cristo. Mais à frente adianta que que a "batalha epocal" a que estamos a assistir(aborto, divórcio, eutanásia, ideologia do género, homossexualismo e neomaltusianismo) é apenas instrumento para destruir a sociedade e, acima de tudo, a família porque é na família que se pode organizar aquela forma de resistência à ditadura do pensamento único e que não é por acaso que na manipulação de massa do Great Reset conduzida através da recente farsa pandémica tudo se fez para separa os anciãos dos seus amados, pais dos filhos, tios e tias dos sobrinhos e sobrinhas...a intenção era debilitar psicologicamente, quebrar o espírito e assim obrigar à obediência. Obrigado Arc. Viganò por nos relembrar que esta aparente "calma" não passa de breve intervalo como aqueles que se sucederam entre as permanentes perseguições lançadas sobre os cristãos no império romano.
Completamente de acordo.
É na família, que tudo se constrói e alicerça.
Destruí-la pode ser o começo da destruição da Sociedade, em geral.
E como acredito no ""tal projeto SATÂNICO " como refere a irmã Lucia, há que atingi-la, para que a confusão instalada, fragilize as pessoas, uma vez que, perdem o seu porto seguro e, assim, tudo se desmorone.
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