quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

E agora, Cavaco Silva?

Após o referendo, o presidente pediu aos deputados da nação que gerassem um amplo consenso na discussão e elaboração do projecto-lei sobre o aborto. Vai daí, o partido da ora maioria absolutista, desejando ouvir e trabalhar com uma pluralidade de ideologias e posições que reflectissem o todo de um país e assim unissem os portugueses, resolveu unir essa imensa massa lusitana da extrema-esquerda (PCP+PEV=CDU) e da extrema-extrema-esquerda (PSR+UDP+FER=BE). O país parou e rejubilou. Velhinhas e crianças, campinos e citadinos, jovens e pessoas de meia-idade, cultos e incultos, intelectuais e desportistas, enfim, toda e todo o Portugal se revê nestes partidos ideologicamente parados no momento imediatamente anterior à primeira martelada no muro de Berlim, já lá vão uns bons 18 anitos.

Após o referendo, o presidente falou a todos e pediu que a nova lei não se esquecesse dos 7.8 milhões de portugueses que não apoiaram expressamente esta despenalização – que, como disse Alberto Martins do PS, no pós-dia 11/2 (os espanhóis têm o 11/3, já temos uma data algo parecida no calendário no que toca terror; pelo menos nisto e no futebol não lhes ficamos atrás) afinal a questão não é a despenalização do aborto (D-E-S-P-E-N-A-L-I-Z-AÇ-Ã-O-!-!-! como nos tentaram fazer crer) mas um direito inalienável da mulher e por isso não haverá naturalmente aconselhamentos obrigatórios, à revelia do que foi o mandato popular (devo ter olhado mal para o boletim de voto, mas a acreditar neste senhor Martins, onde estava "despenalização da" deveria ler-se "aconselhamento da").

Trotski, Stalin, Cunhal e outros ícones do século XXI à Professor Doutor Louçã não fariam melhor.

Creio estarem lançadas as bases para uma nova consulta popular, mas desta feita apenas e só ao nosso presidente da república:
"Se o PS não lhe ligou pevide, o Sr. Presidente vai ligar ao que eles fizeram?"

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3 comentários:

solitarioh2005 disse...

Tem imensa razão.
Os americanos tinham o 11 Setembro.
Os espanhois tinham o 11 de março.
Nós também queriamos uma catastrofezita num dia 11.
Não somos menos que os outros.
Como os terroristas não se lembraram de nós ( os malandros ) , fizemos nós uma catástrofe caseira.
Aprovámos o aborto.
Irá ver como por ano o nosso 11 de Fevereiro vai fazer mais vitimas por ano que o 11 de Setembro e o 11 de março juntos


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Anónimo disse...

De quem é este artigo? É teu Hugo?

Senzhugo disse...

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