As leitoras mais susceptíveis e militantemente feministas não deverão ler esta crónica para não se irritarem. Não porque ela seja abertamente anti-feminista, mas há certas verdades sobre as relações entre os sexos que algumas mulheres não gostam de ver escritas, pela simples razão de que não aceitam que entre homens e mulheres haja grandes diferenças. Para as feministas mais impenitentes, homens e mulheres são iguais em tudo, ponto final.
Eu, pelo contrário, sempre apreciei as diferenças, e acho mesmo que elas devem ser exploradas e potenciadas. Homens e mulheres devem dar valor ao que os diferencia e não ao que os confunde. Acho um disparate haver mulheres a cortar o cabelo curto e a vestir blazer e gravata para se confundirem com homens, e homens a depilarem o peito e as pernas.
Quanto maior for a diferença entre os géneros, maior será a complementaridade - e maior será também, potencialmente, a atracção. Nós sentimo-nos atraídos pelo que é diferente - e não pelo que é igual. Tal como os ímanes - em que a atracção se dá entre os pólos de sinais opostos.
Mas estas verdades elementares são muitas vezes deliberadamente ignoradas por pessoas para quem o elogio da diferença é uma forma sibilina de estabelecer uma hierarquia entre os sexos. Existe a ideia feita de que, quando alguém diz que homens e mulheres são diferentes, pretende dizer, lá bem no fundo, que os homens são superiores às mulheres.
Ora, trata-se precisamente do contrário. Quando se fala em diferença está a dizer-se que a comparação é impossível. Que não podemos estabelecer qualquer hierarquia entre os géneros pois eles situam-se em planos distintos.
Pretender que homens e mulheres sejam iguais em tudo é que conduz a uma comparação descabida. Será possível, por exemplo, haver provas mistas de atletismo, ou de futebol, com mulheres e homens a competir em plano de completa igualdade?
4 comentários:
é óbvio (ou óvio?)
óvio, de fato
onde é que o óvio vai de fato?
Excelente publicação João
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