quarta-feira, 2 de março de 2011

Shahbaz Bhatti - um mártir que deve ser exemplo para todos

O ministro paquistanês para as Minorias, Shahbaz Bhatti, um reformista no seio do Governo, foi hoje assassinado a tiro por um grupo de homens armados em Islamabad.Bhatti – de 42 anos e o único cristão no Executivo paquistanês – acabara de sair de casa, quando o carro em que seguia, numa zona residencial de Islamabad, foi violentamente baleado por quatro homens que prontamente fugiram do local. O ministro foi declarado morto já no hospital de Shifa, foi confirmado por fontes médicas e policiais.

O ministro recebera várias ameaças de morte por defender a reforma das leis de blasfémia no Paquistão, segundo as quais o insulto ao Islão incorre na pena de morte e que muitos dos seus críticos apontam como sendo usada para perseguir as minorias religiosas no país.
Para a Santa Sé é mais um atentado à liberdade religiosa. “O assassinato de Shabbaz Bhatti demonstra como têm sido acertadas as sucessivas intervenções do Papa, a propósito da violência contra os cristãos e contra a liberdade religiosa em geral” declarou o padre Federico Lombardi, director da Sala de Imprensa da Santa Sé.

"À oração pela vítima, à condenação de tão inqualificável acto de violência, se une um lamento para que todos se dêem conta da urgência da defesa da liberdade religiosa." realçou o Padre Lombardi, que reforçou ainda a proximidade do Vaticano com todos os cristãos paquistaneses.

Recordamos que Shabbaz Bhatti, de 42 anos, foi o primeiro católico a ocupar um cargo político desta relevância, no Paquistão, uma nação maioritariamente muçulmana.

Grande defensor de um compromisso em favor da convivência pacífica, entre as comunidades religiosas do seu país, ficou célebre por se opor à “lei da blasfémia”, decreto presente no Código Penal paquistanês, e que prevê a pena de morte para actos que enxovalhem o profeta Maomé. in Rádio Vaticano


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8 comentários:

Anónimo disse...

Curvo-me perante a memória do ministro paquistanês, um verdadeiro mártir da coerência e da convivência pacífica.
Com todo o respeito, parece-me insuficiente e um pouco fechada esta reacção do Vaticano. Dizer que este acontecimento vem confirmar a razão do Papa é deslocar a questão central.
A liberdade pressupõe a aceitação do diferente.
No Ocidente, já ultrapassámos estes excessos graças a Deus. Mas haja em vista que o convívio com a liberdade ainda está longe de ser pacífico mesmo dentro da Igreja. Tantos processos a teólogos...

João Silveira disse...

A Igreja tem a missão de guardar o depósito da Fé, por isso tem que corrigir quem diz barbaridades, seja teólogo ou carpinteiro. Se não tivesse sido assim não conseguiamos distinguir entre a verdade e a heresia, nem sequer podíamos defender que Jesus era verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

Quem ama a verdade não tem medo de ser corrigido, ao contrário de quem apenas ama a sua visão da verdade.

João Silveira disse...

http://www.youtube.com/watch?v=oBTBqUJomRE

Anónimo disse...

Tem de corrigir e de perseguir. É o que quer dizer?

João Silveira disse...

Corrigir passa por avisar os fiéis que o que aquela pessoa está a dizer não é verdade. O objectivo é que não se percam almas por seguirem doutrinas enganosas. Isto é perseguir?

Anónimo disse...

Para si, o Espírito Santo só deve inspirar o Papa!

João Silveira disse...

O Espírito inspira quem quer, mas se cada pessoa fosse capaz de fazer doutrina tinhamos 10 triliões de doutrinas.

Custa muito perceber que Jesus criou a Igreja para nos guiar? Quem por sua livre vontade renunciar a isto, e quiser ser cristão, pode ser protestante, e aí faz o que quer. Mas se calhar mais tarde ou mais cedo vai estar a fazer o que não quer.

amar por amar disse...

Shahbaz Bahtti sabia que iria ser assassinado, mas não teve medo de ser coerente, de insistir na possibilidade de cristãos e muçulmanos viverem pacificamente. Infelizmente, o povo é insuflado por pessoas cultas e por líderes muçulmanos que ainda vivem na idade média. Mais um santo para a Igreja Católica, a única e verdadeira Igreja fundada por Cristo.