terça-feira, 6 de setembro de 2011

"Prefiro morrer cristã a fazer-me muçulmana para sair da prisão"

Em Junho de 2009 mandaram a camponesa Asia Bibi, mãe de 5 filhos, buscar água enquanto trabalhava no campo. Outras mulheres protestaram pois, não sendo ela muçulmana, contaminaria o recipiente tornando-o impuro. Exigiram-lhe que abandonasse a fé cristã e se convertesse ao Islão, e ela opôs-se.

Em sua defesa respondeu às companheiras que "Cristo morreu na cruz pelos pecados da humanidade", e perguntou às mulheres que tinha feito Maomé por elas. Ao ouvir estas palavras, recorreram ao Iiã do lugar, marido de uma delas, que denunciou Asia Bibi à polícia pelo delito de blasfémia. O artº 295 do Código Penal do Paquistão pune com a morte a blasfémia contra o profeta do Islão.

«Não sou criminosa, não fiz nenhum mal. Fui julgada por ser cristã. Creio em Deus e no seu enorme amor. Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, terei orgulho em sacrificar a minha vida por ele» conta o advogado desta paquistanesa, que cita textualmente as declarações de Asia Bibi gravadas no telemóvel.

Há três meses, numa visita à prisão onde esperava julgamento, Bibi contou que o juiz Muhamed Naveed Iqbal «entrou na cela e deu-lhe a oportunidade de se converter ao Islão para ser libertada. Asia respondeu ao juiz que preferia morrer cristã do que fazer-se muçulmana para sair da prisão». in AIS




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