Durante a entrevista, Verástegui surpreendeu o entrevistador com o seu testemunho e opção pela abstinência sexual que dura há 13 anos, e ensinou que é possível vivê-la, mas não sem disciplina e sobretudo, oração.
O actor confessou: “O segredo dos meus 13 anos de castidade é minha intensa vida espiritual. Sou uma pessoa muito fraca, e é por isso que tenho uma disciplina espiritual. Se não tiver a minha disciplina espiritual, se tiro Deus do centro da minha vida, entro em crise passados dois minutos. Não posso, vivo em um mundo cheio de tentações...a carreira de actor é a 'capital das tentações'", disse o actor mexicano.
Verástegui assegurou: “Se eu não tiver esta disciplina espiritual de todos os dias, se não for ao ‘ginásio da alma’ para desenvolver uma vida virtuosa não consigo, é impossível.”
Diante da surpresa do seu interlocutor pela mudança de vida do actor e pela decisão de não ter relações sexuais até ao matrimónio, Verástegui explicou: “Gosto de ir até a raiz, em tudo o que faço. Sou uma pessoa que gosta muito da disciplina também, das coisas que dão trabalho, dos desafios.”
O actor mexicano recordou: “Eu era a ‘ovelha negra’ da família, submerso no mundo do espectáculo, até que uma professora de inglês, que contratei para aprender o idioma e alcançar papéis importantes nos Estados Unidos, me deu uma lição que mudou a minha vida quando eu tinha 28 anos."
“Magoei muitas mulheres”, confessou Verástegui, e acrescentou: “Cresci num ambiente onde eu pensava que o verdadeiro homem era o Don Juan, o latin lover, o mulherengo, o playboy, o Casanova, o sedutor.”
“Um menino cresce vendo esses filmes e acaba por acreditar que para ser feliz tem que tornar num homem desses”, disse Verástegui.
Por isso, lamentou: “Desde muito jovem, desde adolescente, pensava que se eu não tivesse esse estilo de vida, converter-me num Don Juan, eu seria um loser, um perdedor.”
“Eu tinha minha lista: Bom agora me falta estar com esta ou aquela. E assim foi durante muitos anos, vivi assim e fui infiel”, declarou o actor.
Nesse momento, a sua professora de inglês, perguntou-lhe: “Gostaria de casar e ter filhas?" Ele respondeu que ‘sim’, e ela continuou com as perguntas: "Que tipo de homem gostaria que a sua filha conhecesse para que forme uma família? Poderia descrever as características desse homem?", e Verástegui descreveu um santo, que para a sua filha quisera um homem que lhe fosse fiel, leal, que a colocasse num pedestal como se fosse um diamante, que a amasse, que a fizesse rir, que cuidasse dela, que desse a vida por ela, enfim...
A professora perguntou ao actor se acreditava ser o homem que ele gostaria que as suas filhas se casassem, e ele sentiu "uma dor no coração", e respondeu: “Eu não sou esse homem”.
“Então prometi a Deus que trataria todas as mulheres como gostaria que a minha futura filha, a minha mãe ou as minhas três irmãs fossem tratadas”, assegurou Verástegui.
O actor e produtor assinalou: “Depois dos diálogos com a minha professora de inglês entendi que o sexo é sagrado, é um presente de Deus, que deve ser cuidado, preservado. Para quê? Para compartilhá-lo com a mulher mais importante da minha vida. No meu caso, quem será essa pessoa? A mãe dos meus filhos. Quem? A minha esposa. Quando? No dia em que eu me case”.
“Eu sempre disse às minhas três irmãs: quando vierem esses homens falar aos vossos ouvidos, dizendo isto ou aquilo, não entreguem a vossa parte mais íntima a um homem apenas porque diz coisas bonitas. Se quiser o mais íntimo de ti, que te leve ao altar. E se te diz 'não estou seguro’, respondam ‘eu também não estou segura’.”
Verástegui recordou: “Eu comprometi-me a ser fiel a essa pessoa que ainda não conheço, à mãe dos meus filhos, àquela a quem quero entregar minha vida e vou fazer uma promessa de castidade, uma disciplina de abstinência”.
“É uma disciplina para controlar as suas paixões. As paixões obedecem a razão, a razão obedece a um poder superior”, explicou o actor.
Eduardo Verástegui afirmou: “O sexo não é uma necessidade física, pois necessidade física é respirar porque se ficamos sem respirar morreremos; necessitamos comer porque se não comemos, morremos. Até hoje, eu não conheço ninguém que tenha morrido por abstinência”.
O sexo, explicou: “É um desejo, um desejo muito forte que é possível ser controlado e os seres humanos não são animais, podemos ser controlados pela razão. As paixões são boas, mas devem ser ordenadas”.
adaptado de Catholicus.org
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