quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Sacerdote mártir por defender a doutrina católica sobre o Matrimónio

O Beato Otto Neururer nasceu a 25 de Março de 1881, em Piller, na zona do Tirol, Áustria. 12.º e último filho de uma família de camponeses, o Beato Otto cresceu numa pequena quinta com um moinho. O seu pai morreu quando ele era novo, e a sua mãe era muito devota, mas sofria de períodos de depressão. Otto era conhecido como um rapaz tímido que também batalhava contra a depressão. Fez o seminário em Brixen, Itália, e depois serviu como sacerdote, pároco e professor de religião em vários lugares da diocese.

Os nazis ocuparam o Tirol em 1938, altura em que o Pe. Otto Neururer era pároco em Gotzens, na Áustria. A ocupação iniciou uma sangrenta perseguição à Igreja na Áustria. Milhares de fiéis foram perseguidos, interrogados pela Gestapo, presos, levados para campos de concentração e assassinados.

Nessa altura, o Beato Otto aconselhou uma rapariga da sua paróquia a não casar com um homem  divorciado, que levava uma vida dissoluta. Esse homem era amigo do Gauleiter, a máxima autoridade nazi na região, o que levou a que a intervenção de Otto o pusesse na mira das autoridades. Acabou por ser detido por “calúnia ao casamento alemão”, sendo preso no campo de Dachau e posteriormente transferido para o campo de Buchenwald.

Nos campos, sofreu o que um prisioneiro normal sofria, sendo torturado frequentemente. Continuou a ministrar, desta feita aos seus colegas prisioneiros, chegando a partilhar as parcas rações com prisioneiros que estavam mais debilitados do que ele. Em Buchenwald, um prisioneiro pediu para ser baptizado. Mesmo suspeitando de que fosse uma armadilha, sentiu que não podia recusar. Dois dias depois foi transferido para o bunker, uma sala de castigos extremos, na qual foi pendurado pelos pés até morrer, a 30 de Maio de 1940. Foi o primeiro sacerdote a morrer num campo de concentração.

O Padre Otto Neururer foi beatificado a 24 de Novembro de 1996 pelo Papa João Paulo II.

Adaptado de catholicsaints.info


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1 comentário:

Anónimo disse...

Se ele tinha depressão, como é que ele se tornou padre?
Isso não é uma condição que impede o acesso as ordens?
Ou é outra coisa?