quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O Estado pode saber qual a religião verdadeira? Sim, diz Leão XIII

Devem, pois, os chefes de Estado ter por santo o nome de Deus e colocar no número dos seus principais deveres favorecer a religião, protegê-la com a sua benevolência, cobri-la com a autoridade tutelar das leis, e nada estabelecerem ou decidirem que seja contrário à integridade dela. E isso devem-no eles aos cidadãos de que são chefes. 

Todos nós, com efeito, enquanto existimos, somos nascidos e educados em vista de um bem supremo e final ao qual é preciso referir tudo, colocado que está nos céus, além desta frágil e curta existência. Já que disso é que depende a completa e perfeita felicidade dos homens, é do interesse supremo de cada um alcançar esse fim. 

Como, pois, a sociedade civil foi estabelecida para a utilidade de todos, deve, favorecendo a prosperidade pública, prover ao bem dos cidadãos de modo não somente a não opor qualquer obstáculo, mas a assegurar todas as facilidades possíveis à procura e à aquisição desse bem supremo e imutável ao qual eles próprios aspiram. A primeira de todas consiste em fazer respeitar a santa e inviolável observância da religião, cujos deveres unem o homem a Deus.

Quanto a decidir qual religião é a verdadeira, isso não é difícil a quem quiser julgar disso com prudência e sinceridade. Efectivamente, provas numerosíssimas e evidentes, a verdade das profecias, a multidão dos milagres, a prodigiosa celeridade da propagação da fé, mesmo entre os seus inimigos e a despeito dos maiores obstáculos, o testemunho dos mártires e outros argumentos semelhantes, provam claramente que a única religião verdadeira é a que o próprio Jesus Cristo instituiu e deu à sua Igreja a missão de guardar e propagar.

Papa Leão XIII in Carta Encíclia 'Immortale Dei' (§12, §13)


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1 comentário:

Jorge disse...

"O Estado pode saber qual a religião verdadeira?"

O Estado sabe bem qual é a religião verdadeira (Cristianismo) que até faz tudo para a atacar e destruir, tentado substituir-se a ela.

O Marxismo, com a sua visão totalitária do Estado, não passa de uma seita com doutrina, livro, sacerdotes e crentes. Para eles, a Igreja Católica é uma rival que tem se eliminada.

E, "quando não podes contra eles, junta-te a eles", inventaram a "Teologia da Libertação" para dar uma interpretação marxista ao Cristianismo.