Mons. Klaus Gamber foi um liturgista bastante considerado na Igreja. Há 5 anos, o Vatican News publicou um texto a elogiar a obra desse autor, que tinha morrido 20 anos antes.
Em 1983 escreveu um livro intitulado 'A Reforma da Liturgia Romana'. Nessa obra, Mons. Gamber examina a História do Rito Romano e o Reforma Litúrgica de 1970. Segundo o autor, o novo Missal não corresponde ao Rito Romano mas a um rito diferente, promulgado pelo Papa Paulo VI. O prefácio desse livro foi escrito pelo Cardeal Ratzinger, que nele disse:
«O que aconteceu depois do Concílio foi algo totalmente diferente: em vez da liturgia, como fruto do desenvolvimento, veio a liturgia fabricada. Abandonámos o processo orgânico e vivo de crescimento e desenvolvimento ao longo dos séculos e substituímo-lo - como acontece num processo de produção - por uma fabricação, um produto banal.
Gamber, com a vigilância de um verdadeiro profeta e a coragem de uma verdadeira testemunha, opôs-se a esta falsificação e, infatigavelmente, ensinou-nos sobre a plenitude viva de uma verdadeira liturgia.
O que é que este verdadeiro profeta tem a dizer sobre uma reforma que é, na realidade, uma revolução contínua?
Os benefícios pastorais que tantos idealistas esperavam que a nova liturgia trouxesse não se materializaram. As nossas igrejas esvaziaram-se apesar da nova liturgia (ou por causa dela?), e os fiéis continuaram a afastar-se da Igreja em massa.
No final, todos teremos que reconhecer que as novas formas litúrgicas, bem intencionadas que tenham sido no início no início, não forneceram ao povo pão, mas pedras.»
O livro pode ser lido em português aqui: A Reforma da Liturgia Romana
1 comentário:
E viu-se o que lhe fizeram!
-"Quem não é por mim, é contra mim!"--mas, neste caso, no mau sentido...
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