Santa Jacinta e Santo Francisco Marto, duas crianças santas!
As Famílias de Caná vivem da convicção profunda de que as nossas crianças são chamadas à santidade, da mesma maneira que nós o somos. Na leitura do Levítico que ontem escutámos, Deus dizia-nos:
"Sede santos porque Eu, o Senhor, sou Santo." (Lv 19, 2)
E no Evangelho Jesus revela um carinho muito especial pelos mais pequeninos:
"Deixai vir a Mim as criancinhas, não as impeçais, porque dos que são como elas é o Reino de Deus." (Lc 18, 16)
Precisamos urgentemente de crianças santas. Precisamos urgentemente de pais que queiram educar os seus filhos para a santidade e para nada menos do que isso. Precisamos urgentemente de pais que não tenham receio de trabalhar as virtudes, todas as virtudes com os seus filhos, colocando limites onde é preciso colocar limites e desafiando sem limites onde é preciso desafiar sem limites.
Francisco e Jacinta foram santos porque Nossa Senhora, a Mãe, os desafiou até ao infinito. Não baixou nunca a fasquia. Não arranjou desculpas para a Jacinta, de sete anos, não precisar de rezar o Terço ou de fazer sacrifícios, muitos sacrifícios. Explicou que o Francisco A conseguiria ver logo que também ele rezasse o Terço. Disse-lhes que Deus estava contente com eles, mas triste com o mundo, e desafiou-os a oferecer-se ao Senhor em expiação pelo mundo.
Hoje, muitos intelectuais católicos ficam escandalizados com este pedido de Maria. Como pode Deus pedir a inocentes que se sacrifiquem pelos maus? Eu fico escandalizada, não com o pedido de Maria, mas com esta dúvida: não foi assim que Deus fez para salvar o mundo? Entregando Jesus, o único verdadeiramente inocente, para nos salvar a nós, os maus? Deus não Se contradiz. Hoje, como ontem, os inocentes têm aos ombros o jugo suave da salvação dos seus irmãos. E não nos surpreendamos muito se forem os nossos filhos os que mais trabalham pela nossa salvação…
Precisamos urgentemente de crianças santas, porque o nosso mundo não se cura sem uma grande dose de inocência. Como o fazer? Francisco e Jacinta são testemunho eloquente de que não há escola de santidade mais rápida e eficaz que a escola de Maria… Assim falou S. João Paulo II quando veio beatificar os pastorinhos:
"Queridos meninos e meninas, vejo muitos de vós vestidos como Francisco e Jacinta. Fica-vos muito bem! Mas, logo ou amanhã, já deixais essa roupa e… acabam-se os pastorinhos. Não haviam de acabar, pois não?! É que Nossa Senhora precisa muito de vós todos, para consolar Jesus, triste com as asneiras que se fazem; precisa das vossas orações e sacrifícios pelos pecadores.Pedi aos vossos pais e educadores que vos metam na «escola» de Nossa Senhora, para que Ela vos ensine a ser como os pastorinhos, que procuravam fazer tudo o que lhes pedia. Digo-vos que «se avança mais em pouco tempo de submissão e dependência de Maria, que durante anos inteiros de iniciativas pessoais, apoiados apenas em si mesmos» (S. Luís de Montfort, Tratado da verdadeira devoção à SS.ma Virgem, nº 155).
Foi assim que os pastorinhos se tornaram santos depressa. Uma mulher que acolhera a Jacinta em Lisboa, ao ouvir conselhos tão bons e acertados que a pequenita dava, perguntou quem lhos ensinava. «Foi Nossa Senhora» – respondeu. Entregando-se com total generosidade à direcção de tão boa Mestra, Jacinta e Francisco subiram em pouco tempo aos cumes da perfeição." (Homilia de S. João Paulo II a 13 de Maio de 2000)
A Escola de Maria… Não era assim também que S. João Paulo II falava da oração do Rosário?
Santa Jacinta e Santo Francisco de Fátima, rogai por nós e pelos nossos filhos!
Teresa Power in 'Famílias de Caná'
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