sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Nossa Senhora encarregou um menino de dizer a Pio XII que deveria proclamar o dogma da Assunção

Gilles Bouhours nasceu a 27 de Novembro de 1944, em Bergerac, sul de França. Quando tinha apenas 1 ano foi curado milagrosamente, graças à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos 4 anos foi portador de uma mensagem de Maria Santíssima, na qual se lhe ordenava que a sua missão era ir até ao Papa Pio XII para lhe transmitir o que a Virgem lhe tinha comunicado. 

Nada se sabe da entrevista do Papa com o menino, que teve lugar em Maio de 1950, excepto o que o Pontífice deu a conhecer: o menino comunicou-lhe, da parte da Mãe de Deus, que esta Senhora, depois da sua vida mortal, subiu ao Céu em corpo e alma.
 
O Papa Pio XII havia pedido a Nosso Senhor um sinal sobrenatural para decidir-se a proclamar o dogma da Assunção de Maria. O pequeno Gilles foi o sinal que o Céu outorgou ao Pontífice, e assim, em 1 de Novembro de 1950, foi proclamado o Dogma da Assunção da Nossa Senhora
 
A partir dos seus quatro anos, o pequeno Gilles teve autorização para comungar. A sua devoção a Jesus Sacramentado era extraordinária. Também desde a mais tenra idade manifestou o seu desejo de ser sacerdote e missionário. A 12 de Junho de 1949 fez a Primeira Comunhão e dois meses depois manteve o seguinte diálogo com um missionário conhecido:

– Que queres ser quando fores grande?
– Sacerdote.
– E porquê queres ser sacerdote?
– Para pôr Jesus na Hóstia Sagrada.
– Não gostavas também de ser missionário?
– Que quer dizer missionário?
– É um sacerdote que faz com que se amem muito a Jesus e a Maria.
– Sim, sim, claro que gostaria de ser missionário.
 
Este desejo chegou a ser nele como uma obsessão, traduzindo-se numa fome insaciável do Pão dos Anjos. Não temia a frio, nem nada deste mundo, quando ia comungar. O seu recolhimento era algo insólito e nada usual. Inclusivamente chegou – nunca como um jogo, ou para se divertir – a celebrar “Missas Brancas”, o que significava recitar num altar, disposto num compartimento de sua casa, todas as orações da Missa, tais como as diz o sacerdote, do princípio ao fim, sem que se produzisse a Consagração, como é lógico, mas revestido com os paramentos que previamente lhe tinham confeccionado para esse efeito, tendo em conta a sua estatura. 

Os sermões que pregava às pessoas que presenciavam estas cerimónias, dignas de um Anjo, eram cheios de profundidade e fervor, sem erro algum. É preciso dizer-se que, quando se entrevistou com Sua Santidade o Papa Pio XII, cantou a antífona litúrgica “Parce Domine”, com os braços em cruz e como o ensinou a Santíssima Virgem.

Certo dia protestou durante a refeição, porque não gostava muito da sopa. Tinha 5 anos. O seu pai disse-lhe que isso não agradava à Santíssima Virgem, porque era um capricho tolo. O menino, então, comeu a sopa toda sem recalcitrar e quando acabou, disse: «Papá, dá-me um pouco mais. Está tão boa esta sopa!»
 
Seguidamente, transcreve-se uma pequena parte de um sermão que Gilles pronunciou em 13 de Setembro de 1952:
 
«Hoje vamos falar da Paixão de Jesus. Estava no Jardim das Oliveiras com três dos seus Apóstolos. Sabia muito bem que havia um que O ia atraiçoar e que se acercava d’Ele com má intenção. Era em plena noite, e Jesus encontrava-se sob o peso dos pecados dos homens. E orava a seu Pai, dizendo: Que este cálice… Então, dirigindo-se aos seus Apóstolos, que dormiam, disse-lhes: “Não podeis velar uma hora coMigo? Vigiai e orai, porque vão entregar o Filho do Homem”.»
 
Admiráveis expressões na boca de uma criança. Poucos anos depois, Nosso Senhor levá-lo-á para o Céu.
 
A 24 de Fevereiro de 1960 Gilles cai doente, com um misterioso torpor que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Ao cabo de 48 horas, e após receber os últimos Sacramentos, o adolescente (15 anos) morre. Antes de expirar, disse: «Vou morrer, mas não choreis. Estou bem e contente.» Seguidamente, juntou as mãos e orou assim: «Meu Deus, peço-Vos perdão de todos os meus pecados… Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro…»
 
Entregou a sua alma a Deus no dia 26 de Fevereiro de 1960, às 6 horas da manhã. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, que ele mesmo disse:
 
“Amai a Deus e a Santíssima Virgem. 
Oferecei-Lhes todos os vossos sofrimentos
e assim recuperareis a paz da alma.” 


blogger

5 comentários:

Maria José Martins disse...

O que mais me fascina neste tão belo e profundo testemunho, que é sem dúvida, ternurento, também, pela idade do seu autor, é a "simplicidade" do Papa em ter-lhe feito a vontade, sobre o pedido da Assunção de Nossa Senhora ao Céu! Hoje, com tanto intelectualismo e sabedoria...não acredito, nem um bocadinho, que isso fosse possível!
ABENÇOADOS TEMPOS...

Anónimo disse...

A breve vida terrena deste garotinho é um excelente exemplo para nós, que nos dizemos Católicos, mas estamos chafurdados no lodo da soberba e da vaidade.
Em vez de ficarmos lendo obras heréticas como as de Maria Valtorta e Faustina Kowalska, procuremos conhecer e imitar os Santos e Santas de verdade, para assim obtermos a salvação eterna de nossas almas.

Ave, Maria Puríssima!

Maria José Martins disse...

Cara Ana Maria, estou estupfacta com o seu comentário que, de certeza é feito levianamente, pois, se conhecesse DE VERDADE as duas GRANDES OBRAS que acaba de apelidar de heréticas, mudaria de opinião...
E para acabar, lembro-lhe que está a referir-se a DUAS GRANDES OBRAS aprovadas pela IGREJA e escritas uma, por uma GRANDE MÍSTICA--MARIA VALTORTA--e a outra, por UMA GRANDE SANTA: SANTA FAUSTINA!
Lamento desapontá-la, mas por favor, comente com argumentos sólidos e seriedade, porque herético é o seu comentário!

Maria José Martins disse...

Peço desculpa, por ter trocado o endereço da minha resposta, pois li Ana Maria, em vez de Avé, Maria. E isto, porque fiquei deveras nervosa, com o comentário, porque vai de encontro àquilo, que Jesus lamenta nas duas Obras.
Relativamente ao "Evangelho como me foi revelado"-- visto e revisto, pelos Encarregados da Doutrina da Fé-- NADA foi enontrado, que estivesse em desacordo com a PALAVRA DE DEUS; pelo CONTRÁRIO: POR SER FIDELÍSSIMA é que não tem sido CONVENIENTEMENTE DIVULGADA, DADO O EXCESSO DE RELATIVISMO MODERNO, QUE O PRÓPRIO JESUS DENUNCIA, quando explica o porquê da necessidade da Sua divulgação! Ele mesmo, num à parte, ironizando, desabafa, com a Mística e diz-lhe: "Os doutores esquisitos, pesquisarão, pesquisarão, pesquisarão...mas TORCERÃO sempre o nariz", chegando a comparar todo sofrimento dela, motivado pelo desgaste físico, enquanto escrevia, pois estava muito doente, com o SEU no Jardim das Oliveiras, uma vez que seria APROVEITADA por TÃO POUCOS!
E, quanto à OBRA de Santa Faustina, INFELIZMENTE, Jesus também profetizou, dizendo-lhe, que SATANÁS A IRIA ESCONDER POR UNS TEMPOS, até alguém a divulgar; convém relembrar, que ela esteve PROIBIDA pelo Vaticano, e todos sabemos que foi S. João Paulo II que não só instituiu a Devoção à Divina Misericórdia, como canonizou Santa Faustina!
E agora um à parte, porquê tanta relutância contra estas duas Obras, expressamente mandadas escrever por Jesus, para este Século, se TUDO o que nelas se pode ler é o que, hoje, estamos a assistir, tanto na IGREJA como mo mundo?!
É duro é, MUITO DURO, o que Jesus PROFETIZA para os últimos tempos, ESPECIALMENTE, para a IGREJA APOSTATA, principal responsável por tudo o que de pior possa acontecer à Sociedade!
Jesus afirma que estamos-- e isto há quase 100 anos, quando ditou a Obra "O Evangelho como me foi revelado"--no TEMPO DA CIÊNCIA, mas muito MAL a nível de DE SABEDORIA DIVINA, relativamente ao estudo e pregação do Evangelho!
E mais não digo...pois são 10 volumes com cerca de 500 páginas cada um...
Para os simples e de Boa Vontade, acho que lê-los é um bom conselho, para os DOUTORES ESQUISITOS... não é nenhum Dogma; podem ficar com a sabedoria do mundo!

Anónimo disse...

O pior cego é aquele que não enxergar.