domingo, 23 de janeiro de 2022

Deus ama-me!

Não posso calar-me. Não posso escondê-lo. Não posso deixar de gritar ao mundo e de publicar aos quatro ventos as maravilhas de Deus. 

Não dizer às pessoas e a todos os que querem ouvir: vedes aquilo que sou? Vedes o que fui? Vedes a minha miséria rastejando na lama? Pois pouco importa; maravilhai-vos: apesar de tudo isso, tenho Deus. 

Deus é meu amigo! Que o solo se afunde, e que o mar seque de espanto! Deus ama-me, a mim, com um tal amor que, se o mundo o entendesse, todas as criaturas se tornariam loucas e bradariam de assombro. E, mesmo assim, seria pouco. 

Deus ama-me tanto que nem os Anjos o entendem!

São Rafael Arnaiz Barón (monge trapista) in 'Escritos espirituais'


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