CONTRIÇÃO é o arrependimento e detestação do pecado cometido, com o propósito de não tornar a pecar. A contrição é um acto de vontade, uma impressão desagradável de ter ofendido a Deus.
A contrição é perfeita quando a causa do arrependimento é ser o pecado uma ofensa a Deus, Bondade infinita, nosso Pai e Benfeitor, e nesse caso obtém o perdão dos pecados, mesmo sem a Confissão sacramental, se há impossibilidade de a fazer; é imperfeita quando a causa do arrependimento é o pecador merecer o castigo do inferno, ou a privação do Céu.
Para obter o perdão dos pecados na Confissão sacramental basta a contrição imperfeita, também chamada atrição. A contrição é de tal modo necessária para obter o perdão dos pecados que sem ela, diz Santo Tomás, nem mesmo o pecado venial pode ser perdoado.
Que a contrição é necessária para obter o perdão ensina-o a Sagrada Escritura, dizendo: «Arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam perdoados». (Act. Apost., III, 19).
Padre José Lourenço in Dicionário da Doutrina Católica
2 comentários:
Até aqui, nada de novo. Foi assim que a MINHA GERAÇÃO aprendeu: PROPÓSITO FIRME DE EMENDA!
Mas hoje, com todo o RELATIVISMO que conduz à INVERSÃO TOTAL dos Valores, quem PODE ter consciência verdadeira, do PECADO? Se nem a têm, relativamente, aos irmãos,--que veem--como o poderão tê-la, em relação a Deus?!
E como Deus privilegia o VERDADEIRO Arrependimento! Assim, vou, mais uma vez, transcrever uma das muitas Passagens que me tocaram substancialmente, em "O Evangelho como me foi revelado" de Maria Valtorta.
Depois da Ressurreição, Jesus Explica o porquê de ter escolhido Maria Madalena como primeira mensageira da Sua Ressurreição, e diz então:"...Estais vendo, como Eu Amo a quem foi culpado, mas que quis sair da culpa? Ela soube ressurgir-- por sua vontade-- do sepulcro do seu vício: estrangular Satanás, que a possuía; DESAFIAR O MUNDO POR AMOR AO SEU SALVADOR. Aprendeu a não ter mais, do que o Amor, que só existe por um DEUS...E Esse Deus a chama: "Maria!" E ela responde: "RABONI!" E nesse grito, ESTÁ O SEU CORAÇÃO!
Nem a João eu Me mostrei em primeiro lugar; mas sim à Madalena. João já tinha recebido de Mim o grau de Filho...Madalena, a que ressuscitou para a Graça, foi a que teve, por primeira, a visão da Graça Ressuscitada.
Quando Me Amais, a ponto de VENCER TUDO POR MIM, Eu vos seguro pela cabeça, e pelo coração adoentado, e entre as Minhas Mãos Eu sopro em vosso rosto o MEU PODER, e vos SALVO; vos SALVO, ó filhos que EU AMO! E vos tornais, então, os filhos queridos do Senhor e portadores da Bondade, por entre os pobres homens, aqueles a quem Eu dei Testemunho da Minha Bondade para com eles..."
Como diz Straubinger no seu livro "Espiritualidade bíblica" :" todo o humano está sempre muito abaixo daquilo que deveria ser pelo que a atitude lógica diante de Deus é sempre de contrição, tanto individual como colectiva...Resignar-se a saber-se mau para poder ser bom: enorme paradoxo, básico, que é a chave de todo o Evangelho e sem o qual nada entenderemos. O que nos impede de viver assim diante do Omnipotente como a criança diante da sua mãe, é a falsa espiritualidade sem Evangelho, é o motivo egoísta que muitas vezes se disfarça de piedade querendo evitar o inferno e ganhar o céu a toda o custo, como se a salvação, fosse nossa obra exclusiva e não a obra de amor do Pai e do Filho e como se o prémio das boas obras não se desse pelo amor com que são feitas..."
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