sábado, 11 de dezembro de 2021

Alguns breves tópicos sobre o namoro

1- Não é sério namorar sem o desejo ou intenção de poder vir a casar. Não se trata de ter a certeza que se vai casar com ele ou com ela, mas o tempo de namoro deve ser uma ocasião de aprofundarem o conhecimento mútuo, que poderá confirmar ou não a intenção de vir a casar.

2- O namoro verdadeiro inclui sempre o Outro e os outros. O Outro, é Deus, é Cristo. De facto, o amor prova-se cuidando do destino último, Deus, daquele que se ama. Quem o criou?, quem a criou?, Foi Deus. Para que é que o/a criou? Para ser Santo/a, para gozar do Céu, por toda a eternidade. Quem a/o colocou na minha vida? Foi Deus, na Sua Providência, que quis que eu/ela, num desafio à santidade, nos auxiliássemos mutuamente a chegar ao destino para o qual fomos criados.

O amor, por sua própria natureza, é difusivo - se assim não fora aniquilar-se-ia a si mesmo. Daí que o desafio mútuo à santidade transborde para os outros, se coloque ao seu serviço. Alguém disse, a este propósito, “o se guarda apodrece, só aquilo que se dá é que frutifica” e se multiplica.

3- Não se pode experimentar ou antecipar aquilo que não existe. Alguém que se preparou durante anos para ser Padre, mesmo que falte um só dia para ser Ordenado, não pode perdoar os pecados que lhe forem confessado. Se 1h antes de ser Ordenado quiser celebrar Missa, tudo o que fizer será evidentemente nulo.

De modo semelhante, antes do casamento, não se podem praticar intimidades sexuais ou falsificações de actos conjugais. De facto, isso não passaria de graves abusos, repugnantes à Santidade de Deus.

4- Todos teremos conhecimento de casos de traições nos namoros - ou da parte deles ou da parte delas. Com frequência as feridas que provocam são profundas, difíceis de ultrapassar e, por vezes insanáveis. E, no entanto, parece que ninguém repara num outro tipo de traição, ainda muito mais grave.

É ou não verdade que quando um par de namorados se dão a intimidades somente próprias do casamento, estão a trair Deus que os Criou, por eles morreu na Cruz e continuamente Se dá para os Santificar? A resposta, evidentemente, só pode ser afirmativa.

Mas se assim é, como é, se algum deles vier a cair em si (ou até ambos) não será que lhes possa vir ao pensamento: se ele, por minha causa, foi capaz de trair a Deus, Amor infinito e eterno que o gerou, que garantias poderei vir a ter de que uma vez casados ele não me virá a trair com outra/s, uma vez que não passo de uma pobre criatura mesquinha em comparação com a Infinita e Gloriosa Majestade divina, origem e fonte de toda a Beleza?

Padre Nuno Serras Pereira


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1 comentário:

Maria José Martins disse...

Mas como admiro e aplaudo a sua coragem, Senhor Padre, ao falar sobre este tema de maneira tão simples, mas objetiva, porque, infelizmente, nem a Igreja, hoje, TENTA, pelo menos, denunciar esse tipo de pecado, parecendo muitas vezes, dar-lhe, até, cobertura!
Se protege tanto as novas Uniões de Facto, os recasados--em adultério--permitindo-lhes que COMUNGUEM, que MORAL haverá, para instruir os jovensa dessa maneira?
Nossa Senhora, em Fátima, refere que o pecado contra a Castidade é o que mais almas leva ao inferno. Porém, o Papa Francisco, constantemente, o desvaloriza, afirmando que há outros maiores...Que eu saiba, quando Deus entregou a Moisés as Tábuas da Sua Lei não definiu prioridades, mas avisou-nos de que TUDO o que nelas estava escrito ERA PECADO MORTAL!
E, depois, segundo o que--noutros tempos--nos ensinaram, o nosso corpo é Templo do Espírito Santo, e a nossa DIGNIDADE de filhos de Deus, passa por aí! Por isso, não nos é lícito profaná-lo. Como podemos, então, agir em conformidade com ELE, se à partida, O espezinhamos e expulsamos da nossa alma, quando pecamos contra o Sexto Mandamento? Como pode,assim, Deus FICAR connosco e nos ajudar?
Tenho muita pena dos jovens, porque a vida não está nada, mas mesmo nada fácil, a nenhum nível, para eles. Contudo, também não vejo, por parte da Igreja, grande vontade em ENSINAR-LHES aonde está a VERDADE e, sobretudo, nesta Matéria, porque a HUMANIZAÇÃO desenfreada,SEM DEUS, também passa por aqui!
O papel da Igreja é PROCLAMAR A VERDADE, doa a quem doer!
Jesus, em o Evangelho como me foi revelado explica muito bem, como podemos ficar subjugados ao mal: Quando pecamos, pomo-nos em condição de cairmos no domínio de Satanás. E somos mais culpáveis, quanto mais consciência disso tivermos. Então, se persistirmos em continuar no erro, evitando as soluções que nos ajudam a sair do mal, SEM PROCURAR A SOLUÇÃO EM JESUS, o veneno vai penetrano cada vez mais na nossa alma, podendo tornar-nos como verdadeiros POSSESSOS e dependentes do vício! E Jesus ainda afirma:"Estar próximo d/Ele NÂO BASTA, desde que não desejemos de TODO CORAÇÃO corrigirmo-nos e não voltar a pecar!

Mas quem fala assim, hoje?
Por isso, Senhor Padre, mais uma vez Obrigada, pela sua CORAGEM!!