quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Uma Crise Singular: Inimigos sem Fé com poder de governar a Igreja

A actual crise da Igreja começou com o Vaticano II e tem crescido gradualmente, afirmou o Bispo Athanasius Schneider à LaPrensa.com.ar. D. Athanasius critica uma adaptação ao mundo, que quer "uma religião de supermercado, onde se pode servir do que se quer".

O mesmo aconteceu com a liturgia, que se tornou um "encontro humano, já não sagrado ou sobrenatural".

Actualmente, infiltrados ocupam altos cargos eclesiásticos, mas "já não têm a fé" e "odeiam a verdade": "Estes cardeais, bispos e padres estão a abusar do seu cargo eclesiástico".

Portanto, em alguns lugares, os católicos têm de celebrar a Missa em Latim clandestinamente, mesmo dentro da estrutura da Igreja oficial:

"Esta é uma situação de emergência. Mas devemos continuar a trabalhar dentro das estruturas oficiais da Igreja tanto quanto possível. Porque os inimigos ocuparam uma grande parte dos cargos eclesiásticos".

D. Athanasius Schneider acredita que "esta crise só será resolvida por intervenção divina", embora não haja evidências de tal comportamento divino: "Não sabemos quando ou como. Mas Deus tem de intervir, e Ele dar-nos-á papas que são fortes, corajosos, defensores da fé católica".

O Bispo refere-se a três crises na história da Igreja: a crise ariana no século IV, quando a maioria dos bispos negou a divindade de Cristo; o chamado "Século Negro" (904-964), quando poderosas famílias nobres romanas ("grupos mafiosos romanos") colocaram filhos corruptos e indignos na Cátedra de Pedro, que eram papas válidos; e o Papado de Avinhão no século XIV, seguido pelo Cisma do Ocidente com antipapas.
Comparada com estas graves situações, o Bispo Schneider chama à crise actual "única" e "espectacular", porque penetra todos os níveis - doutrina, vida moral, liturgia - tudo.

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