terça-feira, 5 de maio de 2020

Quando o Inacreditável-Intolerável Acontece

O Estado que reagiu estranhamente muito tarde à pandemia do Sars coV 2, pediu, sublinho pediu, à Igreja que suspendesse as Missas abertas ao público, como precaução finalizada a evitar contágios. A Conferência Episcopal (CEP) acatou liberrimamente, invocando uma duvidosa devida obediência a César, com um rigorismo inusitado que, nalguns casos, aparenta ser muito pouco católico.


Conheço vários casos, em que estando embora salvaguardadas todas as medida de segurança sanitária houve proibição ríspida de celebrações. Provavelmente isto só poderá suceder por alguns se julgarem proprietários dos Sacramentos ou, porventura, serem fanáticos de uma submissão calculista ou mesmo irracional às autoridades civis.


Sinal extremamente preocupante disso mesmo é a falta de reacção pública, por parte do episcopado português, às investidas sacrílegas, policiais ou militares, que interrompem celebrações das Santas Missas.


Talvez os mais novos o ignorem, mas no meu tempo de infância e juventude estas coisas só sucediam, embora com outros pretextos, nos países comunistas leninistas, estalinistas ou maoístas. Nós ouvíamos ou líamos essas notícias com horror, enorme indignação e repugnância absoluta.


O que se tem passado por essa europa, designadamente, França, Itália, Espanha, Portugal, etc. é de uma gravidade extrema, que poderá vir a ter consequências muitíssimo mais graves que as da pandemia viral.


Padre Nuno Serras Pereira


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1 comentário:

Luís Filipe Ferrand d'Almeida disse...

Paradoxalmente poderia dizer-se que o dia 13 de Maio de 2020 foi a data da instauração do regime comunista em Portugal. Nem a primeira república nem o 25 de Abril chegaram tão longe, conseguindo proibir a peregrinação e o acesso ao Santuário, pela primeira vez em 103 anos. Foi um abuso de poder por parte do Estado, só possível com o apoio do Clero e com a pouca fé e falta de combatividade dos fiéis católicos portugueses. Tal como diz o Rev. Sr. Padre Serras Pereira, as consequências desta ignomínia vão ser muito piores do que poderiam ter sido as de algum contágio do vírus, já em fase de declínio.