terça-feira, 30 de novembro de 2021

Morreu o homem que construiu sozinho uma "Catedral"

Justo Gallego Martinez, o criador da "Catedral" Nuestra Señora del Pilar, em Mejorada del Campo, Espanha, morreu neste Domingo, aos 96 anos.

Justo começou a construção em 1961 sem planos e sem guindaste. Trabalhava sozinho, usava apenas sucata do complexo industrial próximo. O seu dia de trabalho começava todos os dias às 6h00 da manhã, excepto aos Domingo.

Quando tinha 10 anos, durante a Guerra Civil Espanhola, testemunhou como os comunistas, lutando contra o General Franco, assassinaram sacerdotes e pegaram fogo à igreja em Mejorada. Isso deixou-o com pouco respeito pela administração socialista da cidade.

Justo tornou-se trapista, mas contraiu tuberculose, pelo que foi incapaz de seguir a vida trapista ascética e saiu pouco antes de fazer os votos finais. Ele prometeu a Nossa Senhora do Pilar que construiria um santuário se recuperasse a saúde. Quando isso aconteceu, começou a construir a igreja num terreno herdado dos seus pais.

A imponente construção (55x25x35m) apresenta uma série de torres semi-acabadas, enquanto as paredes internas são decoradas com frescos.

Quando Justo começou, as pessoas chamavam-lhe "padre maluco", mas ele não ligava. “O que fiz, fi-lo por Nosso Senhor”, disse Gallego, “nunca estive com uma mulher. Para mim, a Igreja é a minha vida, a minha esposa, os meus filhos”.

Os bispos espanhóis recusaram-se a aceitar a Catedral como igreja.

in gloria.tv


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Dia do Apóstolo Santo André, irmão de São Pedro

Hoje é dia de Santo André, o primeiro Apóstolo a ser chamado por Jesus Cristo para O seguir. Dos 12 Apóstolos, 10 morreram mártires. Santo André foi morto numa cruz em forma de X, na região de Patras (Grécia), para onde tinha ido evangelizar. Enquanto se encaminhava para a dita cruz, rezou deste modo:

"Salve Cruz, santificada pelo Corpo de Jesus e enriquecida pelas gemas preciosas de Seu Sangue... Venho a ti cheio de segurança e alegria, para que tu recebas o discípulo d'Aquele que sobre ti morreu. Cruz boa, há tempos desejada, que os membros do Senhor revestiram de tanta beleza! Desde sempre te amei e desejei abraçar-te... Acolhe-me e leva-me até o meu Mestre."

Um homem que enfrenta assim a morte, com a certeza que nada acaba ali - antes, o que vem depois é incomparavelmente melhor do que qualquer coisa que se possa ter ou viver nesta vida - é um homem verdadeiramente livre. Fazem falta homens livres.

João Silveira


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segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Como começar a rezar o Terço em Família durante o Advento

Para a nossa família o Terço diário começou um ano, durante o Advento. A Joy e eu sabíamos que deveríamos rezar o Terço em família todos os dias. Afinal de contas, Nossa Senhora de Fátima pediu se rezar o Terço todos os dias. 

Mais ainda, os Papas têm pedido repetidas vezes o Terço em família, concedendo mesmo uma indulgência plenária a quem o faz. Por isso nós queríamos rezá-lo, mas não sabíamos como começar. Sem sabermos, o Advento viria a tornar-se o modo para o Terço diário se tornar consagrado na nossa vida doméstica de cada dia. Aconteceu assim:

Todos os anos a nossa família acende uma coroa de advento muito bonita, com velas altas e largas - não só nos Domingos do Advento mas em cada do dia do Avento (i.e. acendemos um vela roxa todas noites na primeira semana - duas velas na segunda semana, etc.). Normalmente eu lia um versículo da Sagrada Escritura, falávamos sobre isso e depois rezámos em família. Quando as crianças começaram a crescer  faziam o que fosse preciso para acender as velas porque as crianças gostam mesmo do fogo.

Se disserem a uma criança: "Podes acender as velas do Advento se comeres as ervilhas todas", a criança vai comer todas as ervilhas. Isto também funciona na Missa. Já acalmei o meu filho de 3 anos a dizer baixinho: "Se queres acender uma vela no fundo da igreja, é melhor parares de andar às voltas!"

Assim, o Advento foi a única altura consistente em que nos juntávamos como uma família à noite para rezar. Rezávamos com as crianças antes de dormir. As crianças gostavam das nossas noites de Advento porque podiam acender as velas e depois soprá-las quando acabava. Naturalmente, o Advento foi a altura ideal para inserir o Terço de família e foi isso que aconteceu.

As crianças, dos 3 aos 7 de idade, vão tentar rezar e seguir as contas se puderem "brincar com o fogo". As velas do Advento foram o meio de conseguir isto.

Por isso, quando o Advento acabou, continuámos a rezar o Terço durante os 12 dias de Natal e continuámos a acender essas velas. Depois veio a Epifania e tínhamos de guardar as velas. Isto foi um problema porque as crianças queriam acender as velas! Mas nós não podíamos manter a Coroa de Advento o ano inteiro...

Assim, fizemos um altar de família permanente, acrescentámos um crucifixo e...claro: velas. E o Terço em família simplesmente continuou e tem continuado sem interrupções até hoje. Mesmo com babysitters, as crianças vão rezar o Terço. É como lavar os dentes ou pôr desodorizante. Rezar o Terço é uma coisa que se faz todos os dias.

Ainda estamos na primeira semana do Advento. Se não rezam o Terço em família não é tarde. Deixem os miúdos acender as velas e arranjem uma imagem bonita de Nossa Senhora ou um crucifixo para ter por perto. Quando o Advento acabar, tirem a coroa, e repitam o processo.

Tenham um feliz e santo Advento e façam dele um tempo para crescer mais perto de Maria e Jesus - através do Santo Terço. 

Taylor Marshall


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Liturgia para a bênção de uma mãe após dar à luz (França, 1930)




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sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Nossa Senhora encarregou um menino de dizer a Pio XII que deveria proclamar o dogma da Assunção

Gilles Bouhours nasceu a 27 de Novembro de 1944, em Bergerac, sul de França. Quando tinha apenas 1 ano foi curado milagrosamente, graças à intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus. Aos 4 anos foi portador de uma mensagem de Maria Santíssima, na qual se lhe ordenava que a sua missão era ir até ao Papa Pio XII para lhe transmitir o que a Virgem lhe tinha comunicado. 

Nada se sabe da entrevista do Papa com o menino, que teve lugar em Maio de 1950, excepto o que o Pontífice deu a conhecer: o menino comunicou-lhe, da parte da Mãe de Deus, que esta Senhora, depois da sua vida mortal, subiu ao Céu em corpo e alma.
 
O Papa Pio XII havia pedido a Nosso Senhor um sinal sobrenatural para decidir-se a proclamar o dogma da Assunção de Maria. O pequeno Gilles foi o sinal que o Céu outorgou ao Pontífice, e assim, em 1 de Novembro de 1950, foi proclamado o Dogma da Assunção da Nossa Senhora
 
A partir dos seus quatro anos, o pequeno Gilles teve autorização para comungar. A sua devoção a Jesus Sacramentado era extraordinária. Também desde a mais tenra idade manifestou o seu desejo de ser sacerdote e missionário. A 12 de Junho de 1949 fez a Primeira Comunhão e dois meses depois manteve o seguinte diálogo com um missionário conhecido:

– Que queres ser quando fores grande?
– Sacerdote.
– E porquê queres ser sacerdote?
– Para pôr Jesus na Hóstia Sagrada.
– Não gostavas também de ser missionário?
– Que quer dizer missionário?
– É um sacerdote que faz com que se amem muito a Jesus e a Maria.
– Sim, sim, claro que gostaria de ser missionário.
 
Este desejo chegou a ser nele como uma obsessão, traduzindo-se numa fome insaciável do Pão dos Anjos. Não temia a frio, nem nada deste mundo, quando ia comungar. O seu recolhimento era algo insólito e nada usual. Inclusivamente chegou – nunca como um jogo, ou para se divertir – a celebrar “Missas Brancas”, o que significava recitar num altar, disposto num compartimento de sua casa, todas as orações da Missa, tais como as diz o sacerdote, do princípio ao fim, sem que se produzisse a Consagração, como é lógico, mas revestido com os paramentos que previamente lhe tinham confeccionado para esse efeito, tendo em conta a sua estatura. 

Os sermões que pregava às pessoas que presenciavam estas cerimónias, dignas de um Anjo, eram cheios de profundidade e fervor, sem erro algum. É preciso dizer-se que, quando se entrevistou com Sua Santidade o Papa Pio XII, cantou a antífona litúrgica “Parce Domine”, com os braços em cruz e como o ensinou a Santíssima Virgem.

Certo dia protestou durante a refeição, porque não gostava muito da sopa. Tinha 5 anos. O seu pai disse-lhe que isso não agradava à Santíssima Virgem, porque era um capricho tolo. O menino, então, comeu a sopa toda sem recalcitrar e quando acabou, disse: «Papá, dá-me um pouco mais. Está tão boa esta sopa!»
 
Seguidamente, transcreve-se uma pequena parte de um sermão que Gilles pronunciou em 13 de Setembro de 1952:
 
«Hoje vamos falar da Paixão de Jesus. Estava no Jardim das Oliveiras com três dos seus Apóstolos. Sabia muito bem que havia um que O ia atraiçoar e que se acercava d’Ele com má intenção. Era em plena noite, e Jesus encontrava-se sob o peso dos pecados dos homens. E orava a seu Pai, dizendo: Que este cálice… Então, dirigindo-se aos seus Apóstolos, que dormiam, disse-lhes: “Não podeis velar uma hora coMigo? Vigiai e orai, porque vão entregar o Filho do Homem”.»
 
Admiráveis expressões na boca de uma criança. Poucos anos depois, Nosso Senhor levá-lo-á para o Céu.
 
A 24 de Fevereiro de 1960 Gilles cai doente, com um misterioso torpor que nenhum médico conseguiu diagnosticar. Ao cabo de 48 horas, e após receber os últimos Sacramentos, o adolescente (15 anos) morre. Antes de expirar, disse: «Vou morrer, mas não choreis. Estou bem e contente.» Seguidamente, juntou as mãos e orou assim: «Meu Deus, peço-Vos perdão de todos os meus pecados… Senhor meu, Jesus Cristo, Deus e Homem verdadeiro…»
 
Entregou a sua alma a Deus no dia 26 de Fevereiro de 1960, às 6 horas da manhã. No seu túmulo estão gravadas estas palavras, que ele mesmo disse:
 
“Amai a Deus e a Santíssima Virgem. 
Oferecei-Lhes todos os vossos sofrimentos
e assim recuperareis a paz da alma.” 


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quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Cardeal Müller volta a celebrar a Missa Tradicional

O Cardeal Gerhard Ludwig Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, nunca foi um defensor da Missa Tradicional. Antes era visto como um Bispo hostil à celebração dessa liturgia.

Nos últimos tempos pareceu aproximar-se e melhor perceber o movimento tradicional. De tal maneira que no dia 11 de Julho celebrou a primeira Missa pública em Rito Tradicional, durante a ordenação sacerdotal de um monge na Abadia Beneditina de Le Barroux (França). 

Alguns dias depois foi publicado o motu proprio Traditionis Custodes, que veio tentar limitar o uso do Rito Antigo da Liturgia Romana. O Cardeal deu então uma entrevista na qual criticou a rigidez do documento e a rudeza com que foram tratados os fiéis ligados a esse Rito.

Foram agora publicadas imagens de mais uma Missa Pontifical celebrada pelo Cardeal Müller, desta vez na Abadia Beneditina de Clear Creek em Oklahoma (Estados Unidos). 










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quarta-feira, 24 de novembro de 2021

Poema de São João da Cruz cantado pelas Carmelitas de Fátima

Embora seja noite 
(uma referência à noite espiritual)

Bem eu sei a fonte que mana e corre
Embora seja noite.

Aquela eterna fonte está escondida
mas sei bem d’onde é suprida
Embora seja noite.

A sua origem desconheço, pois não a tem
mas sei que toda origem dela vem,
Embora seja noite.

Sei que não pode haver coisa tão bela
e que céus e terra bebem dela,
Embora seja noite.

Sei bem que fundo nela não se acha,
e que ninguém pode atravessá-la,
Embora seja noite.

A sua claridade não é nunca escurecida
e sei que a sua luz toda já é vinda,
Embora seja noite.

Sei ser tão caudalosas suas correntes
que regam céus, infernos e as gentes,
Embora seja noite.

A corrente que nasce desta fonte
sei que é forte e omnipotente,
Embora seja noite.

E das duas a corrente que procede
sei que nenhuma delas a precede,
Embora seja noite.

E esta eterna fonte está escondida
neste vivo Pão para dar-nos vida,
Embora seja noite.

Aqui ela está chamando as criaturas
e se fartam desta água, ainda que às escuras
porque é de noite.

Esta viva fonte que desejo
neste Pão de vida a vejo,
Embora seja noite.

São João da Cruz, doutor da Igreja e reformador carmelita


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terça-feira, 23 de novembro de 2021

Morreu o último Trapista que tinha sobrevivido ao massacre de Tibhirine

O Padre Jean Pierre Schumacher morreu Domingo passado no mosteiro de Midelt (Marrocos), aos 97 anos. Foi um dos dois monges que sobreviveram ao massacre no mosteiro trapista de Tibhirine, na Argélia em 1996.

O falecido monge servia como porteiro noturno do mosteiro de Tibhirine no dia 27 de março de 1996, quando membros do Grupo Islâmico Armado sequestraram e posteriormente decapitaram sete dos seus confrades.

Os sequestradores, que entraram pelo porão, não passaram pela porta da frente onde o Padre Schumacher estava naquela noite. O único outro sobrevivente da comunidade, o Padre Amédée Noto, morreu em 2008.

Os sete monges mártires da sua comunidade foram beatificados no dia 8 de Dezembro de 2018, juntamente com 12 outros cristãos mortos durante a guerra civil argelina na década de 1990. O Padre Schumacher esteve presente na beatificação, que decorreu no Santuário de Nossa Senhora da Santa Cruz em Oran.

A história dos monges de Tibhirine foi dramatizada no filme francês de 2010, "Dos Homens e dos Deuses", que ganhou o grande prémio do júri no Festival de Cannes.

O Papa Francisco cumprimentou Schumacher e beijou a sua mão durante a visita apostólica a Marrocos, em Março de 2019.

Jean Pierre Schumacher nasceu em Lorraine, França, em 1924. Depois da Alemanha ter assumido o controle da Alsácia-Lorena, durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi alistado à força na Wehrmacht, mas nunca foi enviado para a frente de guerra devido a uma tuberculose. Depois da guerra, ingressou no seminário dirigido pelos padres maristas e foi ordenado sacerdote em 1953. Alguns anos depois, ingressou no mosteiro trapista na Bretanha, França.

Foi enviado à Argélia para ingressar no mosteiro de Tibhirine em 1964, a pedido do arcebispo de Argel. Ele fazia parte da comunidade há 30 anos, quando os seus irmãos foram martirizados. Após o massacre, o Padre Schumacher restabeleceu o Mosteiro Notre Dame de L'Atlas, em Marrocos, juntamente com o Padre Noto.

O monge disse, numa entrevista em 2011, que rezou continuamente pelos extremistas muçulmanos que mataram os outros membros da sua comunidade, lembrando que o Prior da sua comunidade, o Padre Christian, perdoou os seus assassinos antes d seu martírio.

“Temos de perdoar. Deus pede para nos amarmos uns aos outros ”, disse o Padre Schumacher.



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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

9 citações do Papa João XXIII em defesa do Latim

1 - "Não sem a disposição da Divina Providência, aconteceu que a língua (latina), que por muitos séculos unira tantos povos sob o Império Romano, se tornasse a própria língua da Sé Apostólica e, preservada para a posteridade, reuniu num estreito vínculo, uns com os outros, os povos cristãos da Europa."

2 - "De facto, pela sua própria natureza, a língua latina está apta a promover junto a qualquer povo toda a forma de cultura; pois que ela não suscita invejas, apresenta-se imparcial a todos os povos, não se constitui em privilégio de ninguém, em fim é totalmente aceita e amiga."

3 -"Não podemos esquecer que a língua latina tem nobreza de estrutura léxica, visto que oferece a possibilidade de «um estilo conciso, rico, harmonioso, cheio de majestade e de dignidade» (Pio XI, Epist. Ap. Officiorum omnium, 01/08/1922: A.A .S. 14), que de modo especial consegue clareza e gravidade."

4 - "Por estes motivos a Santa Sé tem cuidadosamente zelado na conservação e progresso da língua latina e a considera digna de ser utilizada como « magnífica vestimenta da doutrina celeste e das santíssimas leis» (Pio XI, Motu Proprio Litterarum Latinarum, 20/10/1924), no exercício do seu magistério, e quer ainda que seus ministros a utilizem."

5 - «O pleno conhecimento e uso dessa língua, tão ligada à vida da Igreja, não interessa tanto à cultura e às letras quanto à Religião» (Pio XI, Epist. Ap. Officiorum omnium, 01/08/1922), "como disse nosso Predecessor...; o qual, ocupando-se cientificamente do assunto, reuniu três dons desta língua, de modo admirável conforme a própria natureza da Igreja: «De fato, a Igreja, como mantém unidos na sua amplitude todos os povos e durará até a consumação dos séculos... requer, pela sua natureza, uma língua universal, imutável, não vulgar» (Ibidem).

6 - "É necessário que a Igreja utilize uma língua não só universal, mas também imutável. Se, de facto, a verdade da Igreja Católica fosse confiada a algumas ou a muitas das línguas modernas, sujeitas a uma contínua mudança, as quais nenhuma tem maior autoridade e prestígio sobre as outras, resultaria sem dúvida que, devido à sua variedade, não ficaria manifesto para muitos com suficiente precisão e clareza o sentido de tais verdades, nem, por outro lado, se disporia de alguma língua comum e estável, para confrontar o sentido das outras."

7 - "Enfim, visto que a Igreja Católica, por ter sido fundada por Cristo Nosso Senhor, excede sem medida em dignidade sobre todas as sociedades humanas, é sumamente conveniente que ela use uma língua não popular, mas rica de majestade e de nobreza."

8 - "Além disso, a língua latina, que «justamente podemos chamar de católica» (ibidem), pois que é própria da Sede Apostólica, mãe e mestra de todas as Igrejas, e consagrada pelo uso perene, deve ser mantida como « tesouro de incomparável valor» (Pio XII, Alloc. Magis quam, 23/11/1951) e como porta pela qual se abre a todos o acesso às mesmas verdades cristãs, vindas dos tempos antigos, para interpretar o testemunho da doutrina da Igreja (Leão XIII, Epist. Encicl. Depuis le jour, 08/09/1899) e, finalmente, como vínculo mais que idóneo, mediante o qual a época actual da Igreja se mantém unida com os tempos passados e com os tempos futuros de modo admirável».

9 - "Nos nossos dias, o uso do latim é objecto de controvérsia em muitos lugares e, consequentemente, muitos perguntam qual é o pensamento da Sé apostólica sobre este ponto. Por isso nós decidimos tomar medidas oportunas, enunciadas neste solene documento, para que o uso antigo e ininterrupto do latim seja plenamente mantido e restabelecido onde ele quase caiu em desuso."

Todas as citações foram retiradas da Constituição Apostólica 'Veterum Sapientiae' (sobre o uso do latim) e escolhidas pelo site Monfort


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domingo, 21 de novembro de 2021

Vídeo da Conferência sobre os 450 anos da Batalha de Lepanto

Oradores:

- Exmo. Senhor General Alexandre de Sousa Pinto
- Exmo. Senhor Doutor Jaime Nogueira Pinto
- Exmo. Senhor Doutor Ibsen Noronha


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sábado, 20 de novembro de 2021

Mães de Sacerdotes fazem peregrinação a Roma para defender a Missa em Latim

Católicos apegados à celebração do rito tridentino que alimenta o nosso amor a Cristo, recebemos com incompreensão os Motu Proprio Traditionis Custodes, enquanto partilhamos com todos os nossos irmãos e irmãs na fé o mesmo amor incondicional pela Igreja.

Profundamente abalados, decidimos dar testemunho da humilde participação de todos os fiéis apegados ao rito tridentino, plenamente comprometidos com a missão da Igreja, com a construção do reino de Cristo no Mundo, levando uma mensagem de unidade e fé até Roma.

Sugerimos aos milhares de cristãos que pensam que o rito tridentino é uma riqueza para a Igreja que nos enviem uma carta, até dia 31 de Dezembro, na qual atestem a sua fé e o seu apego litúrgico. Estas cartas serão transportadas num cofre durante uma grande marcha de Paris a Roma para serem entregues na Santa Sé.

Para que este testemunho, que brotou do coração do povo de Deus, possa ser ouvido pelo Papa Francisco serão as mães dos sacerdotes, sentinelas do invisível que deram ao mundo estes preciosos pastores, que farão o caminho romano para trazer aos pés do Santo Padre o apelo de todos os cristãos ligados à celebração do rito tridentino em plena comunhão da Igreja.

Todos os caminhos vão dar a Roma! Este será o estandarte desta marcha que sairá de Paris no Domingo, no dia 6 de Março de 2022 e terminará em Roma no dia 1 de Maio de 2022, dia em que começa o mês de Maria, a quem confiamos a protecção.

Se deseja participar, apoiar-nos ou se procura mais informações sobre o nosso projeto, convidamo-lo a visitar lavoieromaine.com e convidá-lo a juntar-se a nós nas nossas redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram e Telegram).

O Caminho Romano
contact@lavoieromaine.com


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sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Missa Pontifical de Requiem

Requiem aeternam dona eis, Domine.
Et lux perpetua luceat eis.
Requiescant in pace.
Amen.


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quinta-feira, 18 de novembro de 2021

O que é o Juízo Temerário?

JUÍZO TEMERÁRIO é a firme convicção, sem razão suficiente, do pecado ou do vício do próximo. É pecado contra a justiça, porque ofende, embora interiormente, a fama do próximo. 

Jesus Cristo previne-nos contra o juízo temerário, dizendo: «Não queirais julgar segundo as aparências, mas julgai segundo a recta justiça (Ev. S. Jo. VII, 24)

Não devemos julgar os outros sem estarmos, ao menos moralmente, certos de que é justo o nosso juízo. O juízo temerário procede de alguma destas causas: da maldade do que julga, do ódio, da vingança, ou da experiência da fragilidade humana. 

Quem não tem autoridade para julgar não se constitua juiz do seu próximo. As dúvidas que se nos apresentam sobre as acções do próximo devem ser julgadas favoravelmente.

Padre José Lourenço in Dicionário da Doutrina Católica


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quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Exame de consciência percorrendo brevemente os 10 mandamentos

No que diz respeito ao primeiro mandamento, devemos observar se não tivemos fé em qualquer verdade de nossa religião se tomamos parte em conversas contra a religião, ou, se prestamos atenção a elas; se lemos livros ou jornais contra a religião; se
cometemos sacrilégios, fazendo más Confissões ou más Comunhões, ou desprezando coisas ou pessoas sagradas; se cometemos práticas supersticiosas, ou se participamos de alguma sessão espírita.

Quanto ao segundo mandamento, observemos se blasfemamos o nome de Deus, da Virgem ou dos Santos, ou se fizemos juramentos ilícitos.

Quanto ao terceiro mandamento, observemos se não assistimos à Missa nos dias santos de guarda, ou se não assistimos à ela com a devida atenção; se, propositadamente, faltamos ao catecismo, ou ao sermão; se fizemos trabalhos manuais ou obras servis, ou então se passamos o dia de festa em divertimentos, pagodes, botequins.

Quanto ao quarto mandamento, vejamos se não respeitamos nossos pais e superiores, faltando-lhes ao respeito com palavras, obras ou insultos; ou se os fizemos chorar com o nosso mau procedimento.

Quanto ao quinto mandamento vejamos se golpeamos gravemente, ou se ferimos alguém; se nutrimos no coração ódio a alguma pessoa; se pensamos em vingança; se lançamos imprecações ou maldições; se demos escândalo, isto é, se com palavras ou acções excitamos outros ao pecado.

Quanto ao sexto e nono mandamentos, examinemos se tivemos pensamentos ou desejos contrários à castidade, se consentimos neles ou se fomos negligentes em afastá-los; se tomamos parte em conversas escandalosas, ou se lhes prestamos atenção; se lemos livros obscenos; se cometemos atos impuros, e se os cometemos sozinhos ou com outros e de que condição eram esses outros, desde que essas circunstâncias mudam a malícia do pecado; e se repetimos esses atos; se frequentamos bailes ou espetáculos desonestos.

Quanto ao sétimo e décimo mandamentos examinemos se não roubamos alguma soma ou coisa de valor, seja em casa, seja de outras pessoas; se causamos danos; se tivemos pensamentos ou desejos de nos apropriarmos das coisas dos outros injustamente.
Chegando o oitavo mandamento vejamos se proferimos injúrias graves ou danosas; se murmuramos ou caluniamos gravemente; se causamos prejuízos à estima ou à honra de alguém.

Passando aos preceitos da Igreja, basta observar se violamos dias proibidos; ou se sendo obrigados a jejuar não o fizemos: finalmente se omitimos a Confissão e Comunhão bem feita no tempo da Páscoa.

Acrescentemos a esse exame sobre os mandamentos de Deus e da Igreja, um pequeno exame sobre os vícios capitais, considerando se cometemos pecados graves de soberba, de gula, de ira, de inveja; e para terminar deitemos um olhar para as obrigações do próprio estado.


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Morrer para o Mundo, viver para Deus



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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Resumo da Peregrinação Summorum Pontificum 2021



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Oração de Santa Gertrudes pelas Almas do Purgatório

Eterno Pai, ofereço o Preciosíssimo Sangue de Vosso Divino Filho Jesus, em união com todas as Missas que hoje são celebradas em todo o Mundo, por todas as santas Almas do Purgatório, pelos pecadores, em todos os lugares, pelos pecadores, na Igreja Universal, pelos da minha casa e meus vizinhos. Ámen.


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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

5 anos depois, as Dubia continuam sem resposta do Papa Francisco

No dia 14 de Novembro de 2016, quatro Cardeais: Walter Brandmüller, Raymond L. Burke, Carlo Caffarra e Joachim Meisner fizeram uso de um antigo costume na Igreja de modo a colocarem 5 perguntas ao Papa Francisco. Os dois últimos já morreram, restam os dois primeiros, que ainda esperam a resposta do Papa.

As perguntas estavam relacionadas com a aplicação da exortação apostólica Amoris Laetitia em relação à possibilidade dos chamados "recasados" poderem ter acesso ao Sacramentos, mantendo esse estado de vida. O texto de Amoris Laetita parece deixar em aberto, numa nota de rodapé, essa possibilidade, que vai contra a doutrina Católica, segundo a qual quem vive em estado habitual de pecado não pode receber a Sagrada Comunhão sem antes se ter arrependido e se ter confessado.

Alguns Bispos, e Conferências Episcopais, interpretavam essa passagem de acordo com a doutrina Católica mas outros, com base nela, emitiram directivas para que fossem começados processos de modo a poder dar acesso sacramental a pessoas que vivem como marido e mulher sem que o fossem.

Diante da confusão generalizada, e do grave risco para a fé e salvação dos fiéis, estes 4 Cardeais tentaram, sem sucesso, agendar uma reunião com o Papa Francisco para poderem expressar as suas preocupações. Depois de esgotada essa via publicaram as 5 perguntas, chamadas Dubia.

Nos últimos 5 anos, e apesar de ter recebido várias vezes pessoas que lutam manifestamente a favor do aborto, como Nancy Pelosi e Joe Biden, o Papa Francisco não teve tempo para receber os Cardeais dos Dubia nem sequer para lhes responder.

Deixamos aqui as 5 Dubia, para que não caiam no esquecimento:

1. Pergunta-se se, de acordo com quanto se afirma em "Amoris laetitia", n. 300-305, se tornou agora possível conceder a absolvição no sacramento da Penitência, e, portanto, admitir à Sagrada Eucaristia, uma pessoa que, estando ligada por vínculo matrimonial válido, convive "more uxorio" com outra, sem que estejam cumpridas as condições previstas por "Familiaris consortio", n. 84, e entretanto confirmadas por Reconciliatio et paenitentia, n. 34, e por "Sacramentum caritatis", n. 29. Pode a expressão "[e]m certos casos", da nota 351 (n. 305) da exortação "Amoris laetitia", ser aplicada a divorciados com uma nova união que continuem a viver "more uxorio"?

2. Continua a ser válido, após a exortação pós-sinodal "Amoris laetitia" (cf. n. 304), o ensinamento da encíclica de São João Paulo II "Veritatis splendor", n. 79, assente na Sagrada Escritura e na Tradição da Igreja, acerca da existência de normas morais absolutas, válidas sem qualquer excepção, que proíbem actos intrinsecamente maus?

3. Depois de "Amoris laetitia" n. 301, pode ainda afirmar-se que uma pessoa que viva habitualmente em contradição com um mandamento da lei de Deus, como, por exemplo, aquele que proíbe o adultério (cf. Mt 19, 3-9), se encontra em situação objectiva de pecado grave habitual (cf. Pontifício Conselho para os Textos Legislativos, Declaração de 24 de Junho de 2000)?

4. Após as afirmações de "Amoris laetitia", n. 302, relativas às “circunstâncias atenuantes da responsabilidade moral”, ainda se deve ter como válido o ensinamento da encíclica de São João Paulo II "Veritatis splendor", n. 81, assente sobre a Sagrada Escritura e sobre a Tradição da Igreja, segundo o qual: "as circunstâncias ou as intenções nunca poderão transformar um acto intrinsecamente desonesto pelo seu objecto, num acto 'subjectivamente' honesto ou defensível como opção"?

5. Depois de "Amoris laetitia", n. 303, ainda se deve ter como válido o ensinamento da encíclica de São João Paulo II "Veritatis splendor", n. 56, assente sobre a Sagrada Escritura e sobre a Tradição da Igreja, que exclui uma interpretação criativa do papel da consciência, e afirma que a consciência jamais está autorizada a legitimar excepções às normas morais absolutas que proíbem acções intrinsecamente más pelo próprio objecto?


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Conferência em Lisboa: 450 anos da Batalha de Lepanto

Transmissão em directo: https://www.facebook.com/senzapagare


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Santa Missa, fonte de vocações




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sábado, 13 de novembro de 2021

80 mil pessoas rezaram um 'Terço vivo'

80 mil pessoas rezaram um 'Terço vivo' em Melbourne, na Austrália. O 'Melbourne Cricket Ground' ficou repleto mas dessa vez não havia qualquer evento desportivo, mas sim a oração que Nossa Senhora pediu insistentemente que se rezasse. Foi há 70 anos atrás, em Novembro de 1951.


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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Tomada hábito de 4 postulantes Adoradoras do Coração Real






4 postulantes das Adoradoras do Coração Real de Jesus Sumo Sacerdote receberam o hábito no Convento da Comunidade em Nápoles. A cerimónia foi presidida pelo Cardeal George Pell.


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quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Peregrinação Summorum Pontificum 2021: Missa Solene de Cristo-Rei








Sacerdote: Abbé Claude Barthe
Diácono: Don Dimitri Artifoni
Sub-diácono: Don Vilmar Pavesi

Igreja: Trinità dei Pellegrini

Fotografias: Edward Pentin, Messa in Latino, Margarida Paccetti


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terça-feira, 9 de novembro de 2021

Vicariato de Roma desfere ataque feroz contra a Missa Tradicional

O Cardeal Angelo de Donatis, Vigário da Diocese de Roma, publicou um documento que diz ser a aplicação do motu proprio Traditionis Custodes na sua diocese. Resumidamente:

- Qualquer sacerdote que queira celebrar a Missa Tradicional - e sabemos que em Roma há muitos, especialmente que os que lá estão a estudar - terá de apresentar a carta de permissão do seu Bispo para tal efeito e será depois escrutinado pelo director litúrgico do Vicariato, que poderá aceitar ou recusar o pedido. Os sacerdotes devem ainda referir o local em que celebrarão a Santa Missa, sabendo que não o poderão fazer em paróquias.

- Todos os sacramentos celebrados no Rito Tradicional, excepto a Missa segundo o Missal de 1962, estão completamente proibidos. O vigário de Roma justifica esta proibição com o artigo 8 do Traditionis Custodes. Acontece que esse artigo não menciona a proibição de baptismos ou matrimónios celebrados em Rito Tradicional.

- Fica proibida a participação de fiéis no Tríduo Pascal na Liturgia Tradicional. Esta proibição inclui as igrejas onde se celebra exclusivamente o Rito Antigo.

Este documento deixou os fiéis ligados ao Rito Tradicional atónitos e incrédulos com mais uma perseguição incompreensível. O motu proprio Traditionis Custodes, que ele próprio tem graves incertezas e incongruências jurídicas, está a ser utilizado para justificar proibições absurdas. Isto vai directamente contra o Código de Direito Canónico, que no Cân. 18 diz que uma lei que limita direitos deve ter uma interpretação estricta. 

Continua a tentativa de acabar com o crescimento da Missa Tradicional recorrendo à violência autoritária. Quando perceberão que nada podem fazer contra o Espírito Santo?


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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Como um pobre Padre mudou uma pobre paróquia

Quando São João Maria Vianney chegou à pequena e pouco conhecida aldeia de Ars, alguém lhe disse, sem nenhuma esperança: "Aqui não há mais nada a fazer!"

- "Então, é sinal de que está tudo por fazer", respondeu o Santo. E, em seguida, começou a fazer. E o que foi fazendo?... Levantava-se às duas da madrugada, punha-se em oração junto ao altar dentro da igreja escura, recitava o Ofício Divino, fazia a meditação e preparava-se para a Santa Missa.

Depois da Santa Missa, dava Acção de Graças e continuava em oração até ao meio-dia, sempre de joelhos no piso frio da igreja, sem se apoiar em nada, com o terço nas mãos e o olhar fixo no Sacrário.

E assim continuou por algum tempo.

Mas, depois... ele teve que começar a mudar os horários, chegando ao ponto de precisar modificar completamente o seu programa diário. Jesus Eucarístico e a Santíssima Virgem iam atraindo pouco a pouco as almas daquela pobre paróquia, até que a igreja foi considerada pequena para conter as multidões, e o confessionário do Santo foi inundado por filas intermináveis de penitentes.

O Santo Cura viu-se, dentro em breve, obrigado a ouvir confissões durante dez, depois quinze e até 18 horas por dia.

Como se teria dado aquela transformação?

Uma igreja pobre, um altar sem atractivos, um sacrário abandonado, um velho confessionário, um sacerdote desprovido de meios e pouco dotado... Como é que se poderia operar naquela desconhecida aldeola uma transformação tão admirável?

Pe. Stefano Manelli (fundador dos Franciscanos da Imaculada) in 'Gesú Eucarístico Amore' 


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Bênção dos automóveis




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