quinta-feira, 31 de março de 2022

Exame de consciência Beneditino

 
Em geral

- Deixei de amar o Senhor Deus com todo o meu coração, toda a minha alma e todas as minhas forças, e ao meu próximo como a mim mesmo? Em caso afirmativo, de que maneiras específicas?
- Matei, cometi adultério, roubei, cobicei ou dei falso testemunho por acções ou pensamentos?
- Pequei contra a honra de alguém?
- Fiz a outro o que não teria feito a mim?
- Preferi alguma coisa, grande ou pequena, ao amor de Cristo?

Abnegação

- Tenho sido auto-indulgente em vez de negar a mim mesmo para seguir a Cristo?
- Mimei o meu corpo ou busquei uma vida delicada, em vez de castigá-lo?
- Negligenciei o jejum ou a abstinência?
- Exagerei no vinho ou outras bebidas alcóolicas, ou cheguei à gula?
- Tenho estado sonolento ou preguiçoso?
- Mergulhei nos assuntos mundanos em vez de me manter distante deles?
- Realizei os desejos da carne em vez de odiar a minha própria vontade?
- Pequei contra a castidade, modéstia ou pureza?
Caridade para com o próximo
- Deixei, quando era possível, de socorrer os pobres, vestir os nus, visitar os doentes, enterrar os mortos, ajudar nas aflições ou consolar os aflitos?
- Satisfiz a raiva ou nutri por alguém um desejo de vingança?
- Cultivei a astúcia no meu coração ou fiz alguma paz fingida?
- Deixei de dizer a verdade no coração e na boca?
- Retribuí o mal com o mal ou fiz mal a alguém?
- Senti ou demonstrei impaciência quando injustiçado?
- Odiei os meus inimigos ou qualquer homem?
- Deixei de rezar pelos meus inimigos no amor de Cristo?
- Evitei fazer as pazes com alguém?
- Fugi da perseguição por causa da justiça?
- Amaldiçoei em vez de benzer?
- Tenho sido culpado de murmuração ou depreciação?
- Tenho evitado falar muito, palavras vãs e risos desnecessários ou excessivos?
- Disse palavras más e perversas?
- Fui ciumento ou dei lugar à inveja?
- Procurei o conflito?
- Cedi à vaidade?
- Tenho sido orgulhoso?
- Deixei de reverenciar os mais velhos em Cristo?
- Não amei aqueles que são meus irmãos, dependentes ou alunos?
- De alguma ou outra forma abandonei a caridade?

Procurar primeiro o Reino de Deus

- Negligenciei a minha oração e confissão de pecados passados?
- Vacilei ao colocar minha esperança em Deus?
- Atribuí, subtil ou abertamente, o bem que vejo em mim a mim mesmo e não a Deus?
- Fugi de reconhecer o mal que fiz ou tentei culpar outra pessoa?
- Demorei a tomar as medidas necessárias para corrigir os meus pecados, negligências e falhas?
- Fui negligente ao acabar com maus pensamentos no instante em que entraram no meu coração?
- Tenho sido negligente em aplicar-me à oração frequente ou à lectio divina?
- Deixei de ter a morte diariamente diante de meus olhos, com medo do Dia do Juízo e pavor do Inferno?
- Não tenho desejado a vida eterna com todo o desejo espiritual?
- Deixei de vigiar as acções da minha vida, tendo em mente que Deus me vê em todos os lugares?
- Não procurei o conselho do meu director espiritual quando deveria?
- Escondi dele os meus maus pensamentos?
- Tenho mostrado pouca obediência aos mandamentos daqueles que são colocados em autoridade sobre mim?
- Procurei uma reputação de santidade em vez da própria santidade?
- Tenho sido negligente em cumprir todos os dias os mandamentos de Deus?
- Já desesperei da misericórdia de Deus?

Peter Kwasniewski in Life Site News


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quarta-feira, 30 de março de 2022

Ajudar os outros em vez de os julgar

Ouvi alguns falarem mal do seu próximo e repreendi-os. Para se defenderem, esses operários do mal replicaram: «É por caridade e por solicitude que falamos assim!» Mas eu respondi-lhes: Deixai de praticar tal caridade, pois estaríeis a chamar mentiroso ao que diz: «Afasto de Mim quem denigre em segredo o seu próximo» (Sl 100,5). 

Se amas essa pessoa como afirmas, reza em segredo por ela e não te rias do que faz. É essa maneira de amar que agrada ao Senhor; não percas isto de vista e esforça-te cuidadosamente por não julgar os pecadores. Judas pertencia ao número dos apóstolos e o ladrão fazia parte dos malfeitores, mas que espantosa mudança se deu nele num só instante! 

Responde, pois, ao que diz mal do seu próximo: «Pára, irmão! Eu próprio caio todos os dias em faltas mais graves; como poderei condenar essa pessoa?» Obterás assim um duplo proveito: curar-te-ás a ti mesmo e curarás o teu próximo. Não julgar é um atalho que conduz ao perdão dos pecados, pois está dito: «Não julgueis e não sereis julgados.» 

Alguns cometeram grandes faltas à vista de todos mas realizaram em segredo os maiores actos de virtude, de tal maneira que os seus acusadores se enganaram, dando atenção ao fumo sem verem o sol. Os críticos diligentes e severos caem nessa ilusão porque não guardam a memória nem a preocupação dos seus próprios pecados. 

Julgar os outros é usurpar sem vergonha uma prerrogativa divina; condená-los é arruinar a nossa própria alma. Tal como um bom vindimador come as uvas maduras e não colhe as verdes, assim também um espírito benevolente e sensato anota cuidadosamente todas as virtudes que vê nos outros; mas o insensato perscruta as faltas e as deficiências.

São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai in 'A Escada Santa' (10.º degrau) 


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terça-feira, 29 de março de 2022

segunda-feira, 28 de março de 2022

Santa Sé fecha Mosteiro porque as monjas não eram vacinadas

A Abadessa do Mosteiro Beneditino de Santa Catarina não obrigou as suas freiras a serem vacinadas contra a Covid. Portanto, o mosteiro será fechado. Madre Catarina explica o que se passou na inusitada visita apostólica que receberam em Fevereiro:

«O visitador, Cardeal Bassetti, encontrou tudo em ordem, excepto que não estávamos vacinadas. Eu sabia da visita do Bispo mas não sabia os motivos. O decreto denuncia o meu "comportamento inadequado": deveria ter forçado as minhas irmãs a fazer algo que elas não queriam fazer, correndo o risco de uma denúncia?»

O mosteiro de Santa Catarina d'Alexandria, em Perugia, será, portanto, fechado muito em breve. Tudo estava em perfeita ordem. A única falha foi a teimosia das freiras em não serem vacinadas e a recusa da Abadessa em forçá-las a fazê-lo. Isso foi confirmado pela própria superiora:

«A visita apostólica aconteceu em meados de Fevereiro, enviámos logo em seguida o que tínhamos a dizer agora aguardamos a resposta da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada”.

-Mas quem pediu a visita?
- Eles não me disseram. Soube pelo Cardeal Bassetti, Arcebispo de Perugia.

- Quando é que descobriu?

- Fui vê-lo para assinar um documento, mas ele disse-me que não podia assinar porque havia uma visita apostólica em andamento. Fiquei atordoada. "O que é que nós fizemos?", perguntei. 

- Todas as irmãs são idosas?
- Não, não somos todas idosas.

- Tiveram Covid nesses dois anos?
- Não, sempre tivemos uma saúde excelente .

in infoCatolica


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domingo, 27 de março de 2022

Estudo inédito mostra diferenças enormes entre Católicos que vão à Missa Tradicional e à Missa Nova

O autor deste estudo celebrou durante 20 anos tanto a Missa Nova, ou Novus Ordo (NOM), como a Missa Tradicional em Latim (TLM), e observou diferenças entre as pessoas que frequentam as duas Missas. Os católicos norte-americanos que frequentam a Missa Nova foram inquiridos ​​repetidamente em termos de crenças e práticas (Pew Research e Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado da Universidade de Georgetown [CARA]).

No entanto, o corpo de pesquisa não parece incluir uma descrição dos católicos que frequentam a Missa Tradicional. Esses católicos participam de, pelo menos, 489 Missas dominicais, em todo o país (latinmassdir.org, 2019). Todos os Domingos, estima-se que 100 mil católicos (pouco mais de 200 fiéis por Missa) nos Estados Unidos assistem à Missa Tradicional que, antes da reforma litúrgica dos anos 70, foi celebrada na Igreja Latina durante mais de 1500 anos.

O número crescente de paróquias destinadas apenas à Missa Tradicional permite pesquisas que vão além das observações de um indivíduo. O objectivo deste estudo piloto foi medir o fruto das duas Missas, comparando directamente as respostas dos participantes da TLM e da NOM às mesmas perguntas.

Método

A pesquisa consistiu em 7 perguntas sobre as crenças e atitudes dos entrevistados. Os dados foram recolhidos entre Março de 2018 e Novembro de 2018. As pesquisas foram anónimas e só se podia responder uma vez. Em pesquisas nas igrejas foram inquiridas 1322 pessoas. O número de respostas variou (entre 1.251 e 1.322) conforme a questão em causa. A mesma pesquisa, feita online, recebeu 451 respostas.

Os inquiridos nas igrejas eram dos seguintes Estados: Arizona, Califórnia, Colorado, New Hampshire, Texas.

Os inquiridos online eram dos seguintes Estados: Connecticut, Flórida, Idaho, Kansas, Minnesota, Missouri, Pensilvânia, Nova York, Virgínia, Washington, Virgínia Ocidental.

O inquérito a pessoas que vão à Missa Tradicional foi preparado de tal modo que as perguntas feitas correspondesses a pesquisas já feitas para os católicos que vão à Missa Nova. Estes foram os tópicos:

1. Aprovação de contracepção
2. Aprovação do aborto
3. Frequência semanal da Missa
4. Aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo
5. Percentagem do rendimento doado à Igreja
6. Confissão anual entre os que vão à Missa semanal
7. Taxa de fertilidade
Análise

A sociedade moderna, segundo muitos, é a causa da diminuição da participação sacramental na Igreja Católica. No entanto, a presente pesquisa, comparada com outros dados, revela uma impressionante variação entre os católicos que frequentam a Missa Tradicional e aqueles que frequentam o Missa Nova. Estas diferenças são dramáticas ao comparar crenças, frequência à igreja, generosidade monetária e taxas de fertilidade.

É importante ressaltar que as famílias que vão à Missa Tradicional têm um tamanho de família quase 60% maior. Isto traduzir-se-á numa mudança demográfica dentro da Igreja. Os participantes da Missa Tradicional doam 5 vezes mais à Igreja, indicando que estão mais comprometidos do que os participantes da Missa Nova. A frequência da Missa dominical 4,5 vezes maior quando comparada com a percentagem dos que vão à Missa Nova, 99% daqueles e 22% destes. Isto implica um profundo compromisso com a Fé. A adesão quase universal à Missa dominical retrata os católicos que estão profundamente apaixonados pela sua Fé e não lhes passa pela cabeça faltar à Missa ao Domingo.

Pesquisa futura

Será que os jovens adultos que frequentam a Missa Tradicional têm uma maior probabilidade de se comprometerem com uma vida na Igreja? Esta questão nunca foi estudada desde o início da Missa Nova, em 1970. A pesquisa é necessária para perceber os números das vocações dos participantes da Missa Tradicional. Estudos preliminares deste autor indicam que a Missa Tradicional produz 7 a 8 vezes o número de vocações Sacerdotais e Religiosas comparando com o que vão à Missa Nova. O sacramento do Santo Matrimónio também parece ser mais popular entre os participantes da Missa Tradicional. Por fim, até que ponto a Missa Tradicional entusiasma os jovens adultos depois de terem saído de casa dos pais? Um estudo rigoroso sobre esses tópicos está planeado para 2019.

Bibliografia

1. CARA Annual Conf/Weekly Mass Feb 16, 2014 
2. CARA 2017 Mass attendance April 11, 2018 Huffington Post quoting Dr. Mark Gray
3. Catholic Philly.com Donation % May 17, 2013
4. Pew Research Catholic Fertility Rate May 12, 2015
5. Pew Research Contraception Sept 28, 2016
6. Pew Research Abortion Oct 15, 2018 
7. Relevant Magazine Donation % March 8, 2016
8. Daily Wire Same sex marriage July 2, 2017

Autor do Estudo

Fr. Donald Kloster - St. Mary’s Catholic Church, Norwalk, Connecticut, USA.
revfrkloster@yahoo.com

in liturgyguy
Tradução: Senza Pagare


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sábado, 26 de março de 2022

Apostolado Courage: Fé Católica e "homossexualidade"



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Como se Matam Anjos

 
1. Quando cursava Teologia na Universidade Católica Portuguesa (UCP) assisti a um ciclo de conferências sobre a oração. Uma das palestras foi proferida pelo padre Bragança, um ilustre Professor de Liturgia e de Patrologia. A determinada altura como estivesse citando uma oração de Orígenes que continha uma referência aos Anjos, interrompeu a leitura da mesma, abrindo um parêntesis, para dizer: “bem, os Anjos já não existem; ou melhor mataram-nos…”. Como estalasse uma gargalhada geral provocada pela ironia evidente, dirigida a alguns exegetas e teólogos modernos, o padre Bragança continuou: “os senhores riem-se, mas eu tenho pena. Escusávamos de mentir na Missa quando rezamos ‘os Anjos e os santos proclamam a Vossa glória, etc.’”. E prosseguiu imperturbável a sua exposição. A circunstância de aquela admonição ter sido feita em forma de zombaria não obstou, porém, a que a seriedade da advertência fosse compreendida.

2. A primeira vez a que assisti à matança dos Anjos foi numa aula de Sagrada Escritura sobre o Antigo Testamento. Dos cumes da sua ciência e erudição o professor, um sacerdote, explicava, a nós ignaros, que os Anjos não existiam porque havia referências aos mesmos em textos religiosos do médio oriente anteriores à Bíblia. Foi nessa altura que eu compreendi, com a evidência de uma revelação, que as árvores, as montanhas e o mar também não existiam, pois todas essas realidades eram descritas nos mesmos ou semelhantes textos sagrados.

Mais tarde, um outro sacerdote (daqueles que já leram várias toneladas de livros) que nos ensinava Sinópticos (os Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas) decretou que os Anjos eram géneros literários ou recursos da retórica. De modo que, a partir daquele dia alguns seminaristas, cépticos, chalaceavam entre si modificando as palavras do Anjo, no Evangelho de Lucas, “não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus” em “não temas, Maria, pois sou uma figura de estilo”. Os Anjos não seriam pois mais do que uma Fada Boa ou Bruxa Má dos contos dos tempos antigos, sendo que a primeira figura os Anjos bons e a segunda os demónios, anjos caídos.

Já ordenado padre assisti também a prelecções de outros presbíteros que afirmavam peremptoriamente que os Anjos não eram mais do que estados da nossa consciência, projecções fantasmáticas da nossa subjectividade, subtilezas do nosso mundo interior e outras abstrusões semelhantes. Teríamos, portanto, o Anjo reduzido ao superego de Freud.

3. De onde virá esta sanha persecutória aos Anjos é para mim não só um enigma, mas mesmo um mistério, um mistério incluído no Mistério da Iniquidade.

4. S. Francisco de Assis teve sempre uma grande devoção aos Anjos e fundou a sua Ordem precisamente na Igreja da Santa Maria dos Anjos. Esta veneração ardente dos franciscanos pelos mesmos perdurou através dos séculos até há bem pouco tempo. Eu, ainda, tive a graça de ter feito os meus votos solenes no dia dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael (29 de Setembro) e desde a minha meninice me foi ensinada a devoção ao Anjo da Guarda.

Ora a existência dos Anjos e dos demónios, como pessoas puramente espirituais, foi declarada solenemente como uma Verdade de Fé (um Dogma) no Concílio Latrão IV, em 1215. A Igreja Mestra da Verdade (Concílio Vaticano II, Dignitatis humanae, 14) raramente recorre a estas declarações solenes. Percebe-se porquê, a relação da Igreja com os seus fiéis é como a de uma mãe com os seus filhos. E seria absurdo um filho sempre que a mãe lhe ensina alguma coisa perguntar insistentemente se jura que é verdade (a comparação é do, então, Cardeal Ratzinger). O normal é acreditar na mãe e aceitar o que ela diz. No entanto, por vezes há circunstâncias em que pela sua importância ou pelos perigos para a Fé que podem advir se torna conveniente ou necessário sublinhar solenemente uma verdade para que termine toda e qualquer querela ou logomaquia. A não-aceitação ou rejeição, a sabendas, por parte de um católico de um Dogma de Fé é um crime de heresia, o qual implica a excomunhão do mesmo.

4. O Catecismo da Igreja Católica ensina: «A existência dos seres espirituais, não corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão claro como a unanimidade da Tradição. Santo Agostinho diz a respeito deles: “… Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito; pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)”. Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. … Enquanto criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e vontade: são criaturas pessoais e imortais. Excedem em perfeição todas as criaturas visíveis. O esplendor da sua glória assim o atesta.». (Catecismo da Igreja Católica, 328-330).

Padre Nuno Serras Pereira


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sexta-feira, 25 de março de 2022

Explicação do Angelus

A oração do Angelus é uma meditação a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída. Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente, resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.

Vejamos como é a História do Natal no Angelus:

1º ponto: O Anjo do Senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;
2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa vontade;
3º ponto: O Verbo Divino encarnou e habitou entre nós.

São três aspectos do Natal. O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem. O terceiro glorifica o facto do Verbo não só ter encarnado, mas ter habitado entre nós.

Nestes três pontos está condensada toda a História do Natal de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada. Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o Anjo anunciara.

Este é o mais importante acontecimento da História da Humanidade. E a maior honra para o género humano é o Verbo ter encarnado e habitado entre nós. Por isso, tornou-se hábito na piedade católica recitar o Angelus pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo.

Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito delas, pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades. Como é bonito o Angelus rezado pela manhã, ao meio-dia e no fim do trabalho, às 6 horas da tarde! 

Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Angelus também vai mudando de matizes: como é diferente o Angelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Angelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento. A Igreja criou esta jóia que é o Angelus promove-a nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.

As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instincto do Espírito Santo para serem bem feitas. Nelas encontra-se um mundo de harmonias.

No Angelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos, literários, que não entram em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.

Imaginem se o Angelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República: decreto nº X mil e tanto: compunha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos. Viria uma oraçãozinha relâmpago, com um disparate qualquer, vazio, seco. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Angelus.

Falta ao Homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência, da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso, por ser tão bem pensado, bem sentido, bem realizado, bem rezado e, sobretudo, bem acreditado. 

Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da Tradição da Igreja. E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas após as outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico. Desse modo, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.

O Angelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista: cada um dá um dos mil coloridos de um vitral. É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira jóia.

Isto deve levar-nos a ser cada vez mais devotos do Angelus - não o omitindo em nenhuma ocasião - lembrá-lo na nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Angelus.

Plinio Corrêa de Oliveira


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terça-feira, 22 de março de 2022

A mística portuguesa a quem Jesus pediu a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria

ALEXANDRINA MARIA DA COSTA nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi baptizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo. Foi educada cristãmente pela mãe, junto com a irmã Deolinda. Alexandrina viveu em casa até aos 7 anos. Depois foi para uma pensão dum marceneiro na Póvoa de Varzim a fim de frequentar a escola primária que não existia em Balasar. Fez a primeira comunhão na sua terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento da Crisma pelo Bispo do Porto.

Passados 18 meses, voltou a Balasar e foi morar com a mãe e a irmã na localidade do “Calvário”, onde irá permanecer até à morte.

Robusta de constituição física, começou a trabalhar nos campos, equiparando-se aos homens e a ganhar o mesmo que eles. A sua infância foi muito viva: dotada de temperamento feliz e comunicativo, era muito querida pelas colegas. Aos 12 anos, porém, adoeceu: uma grave infecção (uma febre tifóide, talvez) colocou-a quase à morte. Superou a doença, mas a sua saúde ficou abalada para sempre.

Aos 14 anos aconteceu um facto que seria decisivo para a sua vida.

Era Sábado Santo de 1918. Nesse dia, ela, a irmã Deolinda e mais uma mocinha aprendiz, estavam a trabalhar de costura, quando perceberam que três homens tentavam a entrar na sala onde se encontravam. Embora estivessem fechadas, os três homens forçaram as portas e conseguiram entrar. Alexandrina, para salvar a sua pureza ameaçada, não hesitou em atirar-se pela janela, de uma altura de quatro metros. As consequências foram terríveis, embora não imediatas. De facto, as várias visitas médicas a que foi sucessivamente submetida diagnosticaram, cada vez com maior clareza, um facto irreversível.

Até aos 19 anos pôde ainda arrastar-se até a igreja, onde gostava de ficar recolhida, com grande admiração das pessoas. A paralisia foi avançando cada vez mais, até que as dores se tornaram insuportáveis; as articulações perderam qualquer movimento; e ela ficou completamente paralisada. Era o dia 14 de abril de 1925 quando Alexandrina ficou definitivamente de cama. Ali haveria de passar os restantes 30 anos de sua vida.

Até 1928 não deixou de pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, prometendo que se sarasse partiria para as missões. Depois compreendeu que a sua vocação era o sofrimento. Abraçou-a prontamente. Dizia: “Nossa Senhora concedeu-me uma graça ainda maior. Depois da resignação deu-me a conformidade completa à vontade de Deus e, por fim, o desejo de sofrer”.

São desse período os primeiros fenómenos místicos: Alexandrina iniciou uma vida de grande união com Cristo nos Tabernáculos, por meio de Nossa Senhora. 

Um dia em que estava só, veio-lhe improvisamente este pensamento: “Jesus, tu és prisioneiro no Tabernáculo. E eu por tua vontade prisioneira na minha cama. Far-nos-emos companhia”. Desde então começou a primeira missão: ser como a lâmpada do Tabernáculo. Passava as noites como em peregrinação de Tabernáculo em Tabernáculo. Em cada Missa oferecia-se ao Eterno Pai como vítima pelos pecadores, junto com Jesus e segundo as suas intenções.

Quanto mais clara se tornava a sua vocação de vítima tanto mais crescia nela o amor ao sofrimento. Comprometeu-se com voto a fazer sempre o que fosse mais perfeito.

De sexta-feira, 3 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942, ou seja por 182 vezes, viveu, em todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão: Alexandrina, superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos momentos da Via Crucis.

“Amar, sofrer, reparar” foi o programa que o Senhor lhe indicou. Desde 1934, a convite do padre jesuíta Mariano Pinho, que a dirigiu espiritualmente até 1941, Alexandrina punha por escrito tudo quanto, vez por vez, lhe dizia Jesus.

Em 1936, por ordem de Jesus, pediu ao Santo Padre, através do P. Pinho, a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. Este pedido foi renovado várias vezes até 1941, pelo que a Santa Sé interrogou três vezes o Arcebispo de Braga a respeito de Alexandrina. No dia 31 de Outubro de 1942, Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria com uma mensagem transmitida de Fátima em língua portuguesa. Este acto foi repetido em Roma na Basílica de São Pedro no dia 8 de Dezembro do mesmo ano de 1942.

Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto.

Em 1944, o novo director espiritual, P. Umberto Pasquale, salesiano, após constatar a profundidade espiritual a que tinha chegado, animou Alexandrina a continuar a ditar o seu diário; fê-lo com espírito de obediência até à morte. No mesmo ano de 1944 Alexandrina inscreveu-se na União dos Cooperadores Salesianos. E quis pôr o seu diploma de Cooperadora «em lugar bem visível a fim de o ter sempre debaixo dos olhos» e colaborar com o seu sofrimento e as suas orações para a salvação das almas, sobretudo juvenis. Rezou e sofreu pela santificação dos Cooperadores Salesianos de todo o mundo.

Apesar dos sofrimentos, continuava a dedicar-se aos problemas dos pobres, do bem espiritual dos paroquianos e de muitas outras pessoas que a ela recorriam. Promoveu em sua paróquia tríduos e horas de adoração.

Especialmente nos últimos anos de vida, muitas pessoas, vindas de longe, atraídas pela fama de santidade, visitavam-na; muitas atribuíam a própria conversão aos seus conselhos.

Em 1950, Alexandrina festejou o 25º ano de sua imobilidade. E em 7 de Janeiro de 1955 foi-lhe preanunciado que aquele seria o ano da sua morte. De facto, dia 12 de Outubro quis receber a unção dos enfermos. E dia 13, aniversário da última aparição de N. Sra. de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céu”. Às 19h30 expirou.

Sobre a sua campa podem ler-se estas palavras por ela tão desejadas:
“Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.

É a síntese da sua vida gasta exclusivamente para salvar as almas. No Porto, na tarde do dia 15 de Outubro, os vendedores de flores viram-se sem nenhuma flor branca: todas tinham sido vendidas para a homenagem floral a Alexandrina, que tinha sido a rosa branca de Jesus. 

in vatican.va


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"Bispo" Anglicano ordenado Sacerdote Católico

Jonathan Goodall, "Bispo" convertido do Anglicanismo ao Catolicismo, foi ordenado sacerdote católico pelo Cardeal Vincent Nichols na Catedral de Westminster (Londres).

As ordens sacerdotais anglicanas são consideradas inválidas pela Igreja Católica, por isso tanto os seus "sacerdotes" como os seus "Bispos" são leigos.










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segunda-feira, 21 de março de 2022

Vida Beneditina no Mosteiro de Silverstream (Irlanda)



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Dia de São Bento, Padroeiro da Europa

Do prólogo da regra de São Bento: 

É preciso preparar os nossos corações e os nossos corpos para militar na santa obediência dos preceitos. E em tudo aquilo que a nossa natureza tiver menores possibilidades, roguemos ao Senhor que ordene à Sua graça que nos preste auxílio. E se, fugindo das penas do inferno, queremos chegar à vida eterna, enquanto é tempo e ainda estamos neste corpo e é possível realizar todas estas coisas no decorrer desta vida, cumpre correr e agir, agora, de forma que nos aproveite para sempre.

Devemos, pois, constituir uma escola de serviço do Senhor. Nesta instituição esperamos nada estabelecer de áspero ou de pesado. Mas se aparecer alguma coisa um pouco mais rigorosa, ditada por motivo de equidade, para emenda dos vícios ou conservação da caridade, não fujas logo, tomado de pavor, do caminho da salvação, que nunca se abre senão por estreito início.

Mas, com o progresso da vida monástica e da fé, dilata-se o coração e com inenarrável doçura de amor é percorrido o caminho dos mandamentos de Deus. De modo que não nos separando jamais do Seu magistério e perseverando no mosteiro, sob a sua doutrina, até a morte, participemos, pela paciência, dos sofrimentos do Cristo a fim de também merecermos ser co-herdeiros do seu reino. 


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sábado, 19 de março de 2022

Hino a São José

Hoje a teus pés pomos a nossa vida
Hoje a teus pés, glorioso São José
Escuta a nossa oração
E por tua intercessão, obteremos a Paz de coração

Em Nazaré, junto da Virgem Santa
Em Nazaré, glorioso São José
Cuidaste O Menino Jesus
Pois p’lá tua virtude
Foste digno, custódio da Luz

Tão simplesmente e humilde carpinteiro
Tão simplesmente, glorioso São José
Cumpriste a tua missão, operário do Senhor
Oferecendo trabalho e oração.

Tiveste fé em Deus e Sua Promessa
Tiveste fé, glorioso São José
Sê a nossa companhia,
Exemplo de viver a escutar e seguir a voz de Deus


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São Bernardo sobre o Patriarca São José

Irmãos lembrai-vos do Patriarca José, de quem José, o esposo de Maria, herdou não apenas o nome mas também a castidade, a inocência e as graças. O primeiro recebeu do céu a interpretação dos sonhos (Gn 40;41); o segundo não só teve conhecimento dos segredos do céu, como teve a honra de neles participar. 

O primeiro providenciou o sustento a todo um povo, fornecendo-lhe trigo em abundância (Gn 41,55); o segundo foi estabelecido como guardião do pão vivo que veio para dar pessoalmente a vida ao mundo inteiro (Jo 6,51). Não há dúvida de que José, que foi noivo da mãe do Salvador, foi um homem bom e fiel, ou antes, o «servo bom e fiel» (Mt 25,21) que o Senhor colocou à frente da Sua família para ser a consolação de Sua mãe, o pai nutrício da Sua humanidade, o colaborador fiel no Seu desígnio para o mundo.

E era da casa de David, descendente da estirpe real, nobre por nascimento, mas ainda mais nobre de coração. Sim, era verdadeiramente filho de David, não apenas pelo sangue, mas pela sua fé, pela sua santidade, pelo seu fervor no serviço de Deus. Em José o Senhor encontrou verdadeiramente, como em David, «um homem segundo o Seu coração» (1Sm 13,14) a quem pôde confiar, com toda a segurança, o maior segredo do Seu coração. 

Ele revelou-lhe «a sabedoria que instrui no segredo» (Sl 50, 8), deu-lhe a conhecer uma maravilha que nenhum dos príncipes desta terra conheceu; concedeu-lhe, enfim, ver o que «muitos profetas e reis quiseram ver [...] e não viram», escutar o que muitos queriam «ouvir e não ouviram!» (Lc 10,24). E não apenas vê-Lo e ouvi-Lo, mas também levá-Lo nos braços, conduzi-Lo pela mão, apertá-Lo ao coração, abraçá-Lo, alimentá-Lo e cuidar d'Ele.


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sexta-feira, 18 de março de 2022

Lição de Madre Angélica sobre a Quaresma



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O violentíssimo veneno mortal da maledicência

Asqueroso parece-me ser um dos termos mais adequados - outros o poderiam ser, por exemplo, ignominiosos, assassinos, demoníacos -, a esta peçonha diabólica capaz de matar a boa-fama de alguém introduzindo desconfianças ou suspeitas que evidentemente incutem a divisão entre as pessoas. 

Isto é muito mais maligno quando a serpente venenosa faz uso indevido e manipulado de conversas privadas. Com a agravante de o próprio não se poder defender porque desconhece o que sobre ele foi dito. Mais perverso ainda é quando a pessoa acusada se dispõe a correções, que lhe são negadas, mas traiçoeiramente, à sua revelia, são usadas para o descartar. Ninguém, habitualmente, cuida de verificar os factos e as suas circunstâncias, mas logo aceita as efabulações fantasiosas que lhe são comunicadas (independentemente da ‘boa-fé’ das pessoas), tendo-as como absolutamente verdadeiras. 

Neste sentido, a culpa grave atribuída principalmente ao difamador ou caluniador, recairá também sobre aquele que aceita como verdadeiro (tirando consequências e agindo imprudentemente em consequência) sem cuidar de verificar, sem preconceitos (que possam ou não ter sido incutidos pelo que outros disseram), da veracidade do que lhe foi comunicado.
 
Aliás, nunca se deve dizer mal de alguém. A não ser a quem possa resolver um assunto grave.
 
Mais sério, ainda, será, evidentemente, maldizer de alguém que já confessámos, ou assistimos espiritualmente, ou ainda de pessoas com quem conversámos e que sempre lhes dissemos que os colóquios ou mensagens eram reservados, ou privados.
 
Tantas vezes somos levados a pensar que o jejum consiste somente na privação de comida. No entanto, o jejum da maledicência poderá ser muito mais meritório.

Padre Nuno Serras Pereira



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quinta-feira, 17 de março de 2022

D. Athanasius pede que todos os Bispos se unam à Consagração da Rússia ao Imaculado Coração

A Santa Sé anunciou que o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria na Sexta-Feira, 25 de Março, festa da Anunciação, durante uma cerimónia penitencial às 17h na Basílica de São Pedro. 

Esta notícia deve encher todos os católicos de profunda alegria, consolação e encorajamento; e esperamos que também traga alegria e consolo aos nossos queridos irmãos e irmãs ortodoxos na Rússia e na Ucrânia. 

Como sabemos do pedido feito por Nossa Senhora à Irmã Lúcia, o Papa deve convidar todos os Bispos a unirem-se a ele ao fazer esta consagração. Esperamos que, mesmo na ausência de um convite formal do Papa, muitos Bispos se unam a este acto de consagração. 

Num tempo em que a Igreja e o Mundo atravessam uma crise espiritual sem precedentes, o acto colegial comum de consagração ao Imaculado Coração, feito pelo Papa em união com os Bispos do mundo, será um instrumento poderoso para a Divina Providência derramar aquelas graças especiais de que a Igreja e o Mundo precisam com tanta urgência.


Novena preparatória para a Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria

Ó Imaculado Coração de Maria, Santa Mãe de Deus e nossa Mãe terníssima. Olhai para baixo, para a angústia em que se encontra a Igreja e toda a Humanidade devido à difusão da impiedade, materialismo e perseguição da Fé Católica, erros sobre os quais Vós nos haveis avisado em Fátima.

Vós sois a Medianeira de todas as graças. Obtende-nos a graça de que todos os Bispos do Mundo, em união com o Papa, consagrem a Rússia e a Ucrânia ao Vosso Imaculado Coração no dia 25 de Março de 2022. 

Com esta consagração esperamos - como nos dissestes em Fátima - que, por desígnio de Deus, a Rússia seja convertida e a Humanidade tenha uma era de paz. Esperamos que, por esta consagração, o triunfo do Vosso Imaculado Coração chegue em breve e a Igreja seja autenticamente renovada no esplendor da pureza da Fé Católica, a sacralidade da liturgia e a santidade da vida cristã.

Ó Rainha do Santo Rosário e nossa Mãe terníssima, voltai os vossos olhos misericordiosos para o Papa, os Bispos e cada um de nós, e ouvi graciosamente a nossa oração fervorosa e confiante.
Amen.

+ Athanasius Schneider


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quarta-feira, 16 de março de 2022

Cardeal Pell pede que dois Bispos sejam corrigidos pelo apoio público à "homossexualidade"

Em entrevista à agência de televisão católica alemã K-TV, originalmente dada em Roma a 11 de Março de 2022, o Cardeal George Pell pediu à Congregação para a Doutrina da Fé que interviesse e se pronunciasse sobre a rejeição total e explícita da Doutrina da Igreja Católica sobre a ética sexual por parte do Cardeal Jean-Claude Hollerich SJ, de Luxemburgo, e Mons. George Bätzing, presidente da Conferência Episcopal Alemã. 

O Cardeal australiano disse que entende a difícil situação (destes Prelados) por causa dos números decrescentes de fiéis nas igrejas de língua alemã (e não apenas nestas), mas que a única resposta é “redescobrir as promessas de Jesus” e abraçar mais o “depósito inabalável da fé”, e não seguir os ditames inconstantes da cultura laica. 

Como o Papa Paulo VI apontou há muitos anos, este é um caminho de auto-destruição para a Igreja. Este ensino errado não só rejeita as antigas doutrinas judaico-cristãs contra actividade homossexual, mas mina e rejeita o ensinamento sobre o casamento monogâmico, a união exclusiva de um homem e uma mulher.

A excelente carta da Conferência Episcopal Nórdica de dia 9 de Março de 2022 é um exemplo da
rejeição quase unânime dos bispos de todo o Mundo a estas inovações. Mas é necessária uma clara repreensão vinda de Roma.

A Igreja Católica não é uma federação solta onde diferentes sínodos ou reuniões nacionais e líderes proeminentes rejeitam elementos essenciais da Tradição Apostólica e tudo permanece imperturbável. Isto não deve se pode tornar numa situação normal e tolerada. 

A Unidade Católica à volta de Cristo, e do Seu ensinamento, requer unidade nos principais elementos da hierarquia das verdades. Esta rejeição é uma ruptura, não compatível com o que nos ensina a Escritura e o Magistério, não compatível com quaisquer desenvolvimentos doutrinários legítimos.

O Cardeal concluiu respeitosamente reiterando o seu pedido de intervenção romana.

Nenhum dos Dez Mandamentos é opcional; todos estão lá para serem seguidos, e por pecadores. Não podemos ter uma versão especial australiana ou alemã dos Dez Mandamentos. Nem podemos seguir Bertrand Russell, o filósofo ateu inglês que sugeriu que os Dez Mandamentos podem ser como um exame, no qual apenas seis em cada dez questões precisam de ser respondidas.

Cristo acolheu e conviveu com pecadores, mas chamou-nos ao arrependimento.



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O Príncipe e o milagre de S. Filipe Néri

Todos os anos, no dia 16 de Março os príncipes Massimo, uma das famílias mais antigas de Roma, abre as portas do “Palazzo Massimo alle Colonne”, situado no centro de Roma, a quem o queira visitar.

É o dia em que se comemora o milagre que ali aconteceu. Tudo começou com a doença do príncipe Paolo Máximo, que tinha 14 anos. O jovem corria perigo de vida, e S. Filipe Néri, amigo da família, visitava-o diariamente. Mas no dia 16 de Março de 1583, Filipe estava a celebrar Missa algures, e no fim foi avisado que o príncipe estava prestes a morrer. 

Apressou-se para o Palácio, encontrando o jovem já sem vida, e sem que tivesse podido receber os últimos sacramentos. Comovido, S. Filipe encostou-se ao seu peito, meteu-lhe a mão na testa e rezou intensamente durante 7 a 8 minutos; ao aspergi-lo com água benta e encostando-se novamente ao seu peito, chamou o seu nome. 

O jovem príncipe abriu os olhos, falou durante alguns minutos com S. Filipe, e recebeu os sacramentos. Depois disto, o santo perguntou-lhe se queria ir já para o Céu. Ele respondeu que sim, porque estaria com a mãe e a irmã. S. Filipe disse-lhe “Vai em paz…”, e Paolo voltou a morrer.

O quarto do príncipe foi transformado numa capela lindíssima, onde neste dia são celebradas Missas ininterruptamente, desde as 7 da manhã. 


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