quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O que é o juízo particular?

Juízo particular é o julgamento a que é sujeita a pessoa imediatamente quando morre.

Nesse momento em que a alma se separa do corpo, Deus revela todas as graças que deu àquela pessoa ao longo da sua vida, e as inúmeras ajudas que lhe deu para que escapasse às ciladas do demónio. A alma da pessoa fica a conhecer também todas as vezes em que correspondeu a essa graça, fazendo boas acções, e todas as vezes em que rejeitou a graça de Deus, escolhendo o pecado.

A sentença é proferida, segundo a justiça e a misericórdia infinitas de Deus, e a alma tem a recompensa que lhe é devida: salvação ou condenação; Céu ou inferno; amizade com Deus ou inimizade com Deus; felicidade eterna ou sofrimento eterno.
Ninguém escapa a isto, desde o mais rico e poderoso até ao mais pobre e desprezado dos seres humanos.

Deus é Amor, por isso sabemos que nos dá tudo para ficarmos seus amigos já nesta vida, e sermos ainda mais seus amigos na eternidade. E também por isso temos a responsabilidade de começar desde já a investir nessa amizade com o Único Amigo que nunca nos vai desiludir.


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Santo André, o primeiro Apóstolo chamado por Jesus

Santo André nasceu em Bethsaida de Galilea e morreu em Patras (Grecia), por volta do ano 60 d.C. Ao Apóstolo André cabe o título de "Primeiro chamado". E é comovente que, no Evangelho, tenha sido até anotada a hora (4 da tarde) do seu primeiro encontro e primeiro compromisso com Jesus. Depois, foi André comunicar ao seu irmão Simão (Pedro) a descoberta do Messias e a conduzi-lo rapidamente até Ele. 

A sua presença é ressaltada de modo particular no episódio da multiplicação dos pães.  Sabemos também que foi a André que se dirigiram os gregos que queriam conhecer a Jesus, e ele conduziu-os ao Divino Mestre.  Segundo os antigos escritores cristãos, o Apóstolo André evangelizou a Ásia Menor e as regiões ao longo do Mar Negro, chegando até ao rio Volga, sendo por isso honrado como Padroeiro na Roménia, Ucrânia e Rússia. 

Comovente é a Passio - ainda que tardia - que narra a morte do Apóstolo, que teria ocorrido em Partas, em Acaia: condenado ao suplício da cruz, ele próprio pediu para ser pendurado em uma cruz particular, feita em X (cruz que desde então leva o seu nome) e que evoca, em sua própria forma, a inicial do nome grego de Cristo. 

A 'Legenda Aurea' refere que o Apóstolo Santo André foi ao encontro da sua cruz com esta esplêndida invocação nos lábios: "Salve Cruz, santificada pelo Corpo de Jesus e enriquecida pelas gemas preciosas de Seu Sangue... Venho a ti cheio de segurança e alegria, para que tu recebas o discípulo d'Aquele que sobre ti morreu. Cruz boa, há tempos desejada, que os membros do Senhor revestiram de tanta beleza! Desde sempre te amei e desejei abraçar-te... Acolha-me e leva-me até o meu Mestre". 

Patronato: Pescadores 
Etimologia: André = viril, forte, do grego
Emblema: Cruz decussada (em forma de X), rede de pescador 

Entre os Apóstolos, é o primeiro que encontramos nos Evangelhos: o pescador André, nascido em Bethsaida da Galileia, irmão de Simão Pedro. O Evangelho de João (cap. 1) no-lo mostra com um amigo enquanto segue a pregação do Baptista; o qual, vendo passar Jesus por ele baptizado um dia antes, exclama: "Eis o cordeiro de Deus!" Palavras que imediatamente impelem André e o seu amigo até Jesus: Falam com Ele e André corre, depois, para informar o irmão: "Encontrámos o Messias!" Pouco depois, eis também Simão diante de Jesus; o qual "fixando o olhar sobre ele, disse: 'Tu és Simão, filho de João: chamar-te-ás Cefas'." Esta é a apresentação. Depois vem o chamamento. Os dois irmãos haviam voltado ao seu ofício de pescadores no "mar da Galileia": mas deixam tudo para trás quando chega Jesus e diz: "Segui-me, far-vos-ei pescadores de homens" (Mt. 4, 18-20).

Encontramos, depois, André no grupo restrito - com Pedro, Tiago e João - que, no monte das Oliveiras, "à parte", interroga Jesus sobre os sinais dos últimos tempos: e a resposta é conhecida como o "discurso escatológico" do Senhor, que ensina como devemos nos preparar para a vinda do Filho do Homem, "com grande potência e glória" (Mc 13). O nome de André aparece também no primeiro capítulos dos Actos dos Apóstolos com os dos outros Apóstolos que se dirigiam a Jerusalém depois da Ascensão. 

E depois a Escritura nada mais diz sobre ele, mas dele falam alguns textos apócrifos, ou seja, não canónicos. Um desses, do século II, publicado em 1740 por L. A. Muratori, afirma que André encorajou João a escrever o seu Evangelho. E um texto copto contem esta bênção de Jesus a André: "Tu serás uma coluna de luz no Meu reino, em Jerusalém, a minha cidade predilecta. Amém". 

O historiador Eusébio de Cesarea (ca. 265-340) escreve que André pregou o Evangelho na Ásia Menor e na Rússia meridional. Depois, indo para a Grécia, guiou os cristãos de Patras. E aqui sofre o seu martírio por crucifixão: pendurado com cordas, de cabeça para baixo, em uma cruz em forma de X; aquela dita depois "cruz de Santo André". Isto ocorreu por volta do ano 60 d.C., no dia 30 de novembro.  

Em 357 d.C., os seus restos foram levados para Constantinopla; mas a cabeça, menos um fragmento, continuou em Patras. Em 1206, durante a ocupação de Constantinopla (Quarta Cruzada), o Legado Pontifício Cardeal Capuano, de Amalfi transferiu aquelas relíquias para Itália. E, em 1208, são acolhidas solenemente pelos amalfitanos na cripta de sua Catedral. Quando, em 1460, os Turcos (muçulmanos) invadem a Grécia, a cabeça do Apóstolo é levada de Patras para Roma, onde foi guardada na Basílica de São Pedro, durante cinco séculos.  Isto é até que o Papa Paulo VI, em 1964, tenha devolvido a relíquia à Igreja de Patras. 

in Pale Ideas


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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Coroa das Almas do Purgatório

Senhor, meu Criador e Redentor, eu creio que na Vossa justiça criastes o Purgatório para aqueles que passam desta vida à eternidade sem haver pagado completamente as dívidas de culpa e de pena. E creio que na Vossa misericórdia aceitais os sufrágios, especialmente o Santo Sacrifício da Missa, para seu alívio e libertação. Reavivai em mim a Fé e infundi em mim sentimentos de piedade para com esses amados irmãos que sofrem. 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua; descansem em paz. Amen

Senhor Jesus Cristo, Rei da glória, por intercessão de Maria, e de todos os santos, acolhei no Vosso Reino os que morrem. E vós, São Miguel Arcanjo, guiai-nos para a luz santa que Deus prometeu a Abraão e aos seus descendentes. Ofereço-Vos, Senhor, sacrifícios e orações de louvor; aceitai-os pelos que adormeceram e fazei-os passar para a luz eterna. 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua; descansem em paz. Amen

Jesus, bom Mestre, suplico-Vos pelos que morreram e a quem sou devedor de reconhecimento, justiça, caridade, parentesco. Recomendo-Vos ainda as pessoas que na Terra tiveram maiores responsabilidades: os sacerdotes, os governantes, os superiores, os religiosos. Peço-Vos ainda pelas almas mais abandonadas e mais devotas da Santíssima Eucaristia, da Santíssima Virgem, de São Paulo. Dignai-Vos chamá-los prestes para a celeste felicidade. 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua; descansem em paz. Amen

Agradeço-Vos, ó Jesus, Divino Mestre, que descestes do Céu para libertar os homens de tantos males com a Vossa doutrina, santidade e morte. Suplico-Vos por aqueles que se encontram no Purgatório por causa da imprensa, cinema, rádio, televisão. Confio que estes, uma vez libertos das suas penas e admitidos ao gozo eterno, Vos orem e supliquem pelo mundo de hoje, a fim de que os inumeráveis bens que nos dispensastes, para a elevação da vida presente, sejam mesmo adoptados para o apostolado e para a vida eterna. 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua; descansem em paz. Amen

Jesus misericordioso, pela Vossa dolorosa Paixão e pelo amor que me tendes, suplico-Vos, que me perdoeis as penas merecidas para esta ou para a outra vida com os meus pecados. Concedei-me espírito de penitência, delicadeza de consciência, ódio a toda a venialidade deliberada e as disposições necessárias para a aquisição das indulgências. Prometo sufragar, na medida das minhas forças, as que passarem desta vida à eternidade. E vós, Bondade infinita, infundi em mim um fervor cada vez mais vivo, para que um dia Vos possa contemplar, amar e gozar para sempre no Céu. 

Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso entre os resplendores da luz perpétua; descansem em paz. Amen


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São Saturnino, Bispo e Mártir

Hoje é dia do santo que foi arrastado por um toiro até à morte. São Saturnino, primeiro Bispo de Toulouse, fazia fortes pregações contra os deuses pagãos, que demonstrava serem falsos e demoníacos.
 
Ao passar à frente do templo pagão, os que o frequentavam - antepassados ideológicos dos ateus, maçãos e mundanos dos nossos dias - prenderam o santo a um toiro e espantaram o animal para que o arrastasse pelas ruas da cidade e assim o matasse.

São Saturnino morreu por defender a Fé Católica, por defender a verdade. Perdeu a vida terrena mas ganhou a vida eterna, que é a que realmente interessa.


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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Missa Prelatícia em pavilhão gimnodesportivo






Missa Prelatícia em pavilhão gimnodesportivo. D. Athanasius Schneider celebrou uma Missa em Milton Keynes, a 1h30 de Londres (Reino Unido).

A Missa deveria ter tido lugar na paróquia mas a grande afluência de fiéis fez com que tivesse de ser mudada para um lugar onde a multidão pudesse caber. A beleza do altar contrasta com os cestos de basquetebol.


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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

A Medalha Milagrosa e a conversão de Afonso Ratisbonne

Este é um pequeno resumo da inesperada e súbita conversão do austríaco Afonso Ratisbonne. Afonso era judeu e maçon. Nutria pela Igreja Católica, e tudo o que estivesse relacionado com o catolicismo, um profundo ódio e desdém. Poucos dias antes da sua conversão, tinha aceitado usar no bolso uma medalha de Nossa Senhora das Graças (medalha milagrosa) para provar que não tinha qualquer efeito.

20 de Janeiro de 1842: Ratisbonne encontrava-se em Roma. Saindo de um café onde acabara de conversar com dois amigos, encontra a carruagem do Barão de Bussière que o convida para dar um passeio. Afonso, sem muito entusiasmo, mas para não fazer uma descortesia àquele do qual pouco antes tinha sido hóspede, aceita o convite. Acharam-se logo diante da igreja de Sant'Andrea delle Fratte. O piedoso conde de Laferronays devia receber as honras fúnebres e o Barão de Bussière fora encarregado de reservar uma tribuna para a família do defunto.

“Será coisa de dois minutos", diz ele a Afonso que, durante este tempo resolve visitar a igreja. Tenta Afonso descrever o que então se passou na sua alma: “Esta igreja é pobre e deserta; creio que nela me achei mais ou menos só… Nenhum objecto de arte atraiu a minha atenção… Subitamente nada mais vejo… ou antes, ó meu Deus, vejo uma só coisa! Como seria possível falar do que vi? Oh! não, a palavra humana não deve tentar exprimir o que se não pode exprimir; toda descrição, por sublime que seja, não seria mais que uma profanação da inefável realidade…”

Tornando à igreja, o Barão de Bussière não encontra Afonso onde o havia deixado, mas ajoelhado diante da capela de São Miguel Arcanjo e de São Rafael, submergido em profundo recolhimento.

“A esta vista, pressentindo um milagre - depõe o barão - apoderou-se de mim um frémito religioso. Dirijo-me a ele, agito-o várias vezes sem que ele dê conta da minha presença. Finalmente, voltando para mim o seu rosto banhado de lágrimas, junta as mãos e me diz: “Oh! como este senhor rezou por mim!”

Compreendi logo que se tratava do falecido Conde de Laferronays. Amparado, quase levado por mim, sobe à carruagem. Onde quereis ir? pergunto-lhe eu.

“Levai-me para onde quiserdes. Depois do que vi, obedeço”.

Declara-me em seguida que só falará com o consentimento de um padre, porque "o que eu vi – acrescenta ele – só o posso dizer de joelhos”.

Conduzido à igreja do Gesú, dos padres jesuítas, ao lado do padre Villefort que o convida a explicar-se, tira Afonso a medalha, abraça-a, mostra-a e exclama: “Eu vi-A! Eu vi-A!… Havia uns instantes que eu estava na igreja, quando repentinamente me senti dominado por uma turbação inexprimível. Ergui os olhos; todo o edifício desparecera à minha vista; só uma capela tinha, por assim dizer, concentrada toda a luz; e, no meio desta irradiação, apareceu, em pé sobre o altar, grande, brilhante, cheia de majestade de doçura a Virgem Maria, tal qual está na minha medalha; uma força irresistível atraiu-me para ela. A Virgem com a mão fez-me sinal para que me ajoelhasse. Pareceu dizer-me: “Está bem! Não me falou nada, mas eu compreendi tudo”.

Mais tarde dirigiu-se Afonso à Basílica de Santa Maria Maior a fim de agradecer à sua celeste benfeitora o grande benefício recebido.

Ao entrar na capela de Nossa Senhora, exclamou: “Oh! como estou bem aqui! Gostaria de ficar aqui para sempre: parece-me que já não estou na Terra!”

Ao fazer a visita ao Santíssimo Sacramento, por pouco não desfaleceu. Apavorado, exclamou: “que coisa horrível estar na presença do Deus vivo sem ser baptizado!”

Afirma o Padre Roothan, geral da Companhia de Jesus, que “depois da sua conversão o senso da fé nele se manifestava de modo tão intenso que lhe fazia sentir, penetrar e reter tudo o que lhe era proposto, tanto que em pouco tempo o julgaram suficientemente instruído para receber o santo Baptismo”.

Ratisbonne recebeu sem dúvida uma assistência toda especial de Deus e da Santíssima Virgem.

A 31 de Janeiro, 11 dias após a aparição, Afonso Ratisbonne abjura solenemente à maçonaria e recebe o baptismo na igreja do Gesú das mãos do cardeal Patrizzi. O vasto e sumptuoso templo estava repleto. Ali se encontrava o escol da sociedade romana e estrangeira. Acompanhado pelo Padre Villefort e pelo seu padrinho, o barão de Bussière, Afonso foi levado à porta da igreja. Vestido de uma longa túnica de damasco branco, trazia o Terço e a medalha de Nossa Senhora nas mãos.

– Que pedes à Igreja de Deus? pergunta-lhe o oficiante.
– A fé!

Ah! diz uma testemunha ocular dessa cena majestosa, já tinha a fé católica aquele a quem a Estrela da Manhã iluminara com os seus raios.

Afonso beija a terra e fica prostrado até ao fim dos exorcismos.

Levanta-se e, guiado pelo pontífice, encaminha-se para o altar entre as bênçãos de uma imensa multidão que respeitosamente se abre à sua passagem.

Perguntam-lhe qual é o seu nome.

– Maria! responde num arrebatamento de amor e de gratidão.
– Que desejas?
– O baptismo.
– Crês em Jesus Cristo?
– Creio!
– Queres ser baptizado?
– Quero!

Com um sorriso de celeste beatitude levantou sua cabeça ainda humedecida da água baptismal. Acabava de transpor um abismo: era cristão.

Afonso, cheio de Deus, radicalmente transformado pela graça, deixa o mundo e entra na Companhia de Jesus. Nela viveu dez anos vida exemplar e só a deixou, desfeito em lágrimas, para fazer a vontade de Deus que o queria ao lado do seu irmão, o Padre Teodoro, para com ele trabalhar numa obra tão grata ao mesmo Deus e de tanta relevância: a conversão dos judeus.

O piedoso Padre Maria Afonso Ratisbonne nunca se esqueceu da sua Mãe amantíssima que o arrancou das trevas da incredulidade para os esplendores da verdadeira fé.

Inclinava-se profundamente sempre que ouvia no canto das ladainhas a invocação: “Refúgio dos pecadores, rogai por nós!”

Os que o ouviam falar da sua Mãe Celeste adivinhavam o que se passava no seu coração; o seu olhar fulgurante parecia que ainda contemplava a mais bela e a mais pura das virgens.

A medalha milagrosa, que exercera papel preponderante na sua conversão, era o seu mais caro tesouro. Julgou um dia que a havia perdido; a sua aflição foi extrema; parecia-lhe que fora abandonado pela Virgem misericordiosíssima. As suas lágrimas não cessaram de correr até que a encontrou.

Maria Santíssima foi a sua consolação em todas as penas e o seu grande motivo de esperança em todas as provações. Dizia que Maria Santíssima não é outra coisa que uma mão de Deus, não a mão que castiga, mas a mão das misericórdias.

Dizem os historiadores que quando o Padre Ratisbonne pregava sobre Nossa Senhora, todos os ouvintes se comoviam, muitos pecadores se convertiam. 

Padre Élcio Murucci in Fratres in Unum


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Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa

A aparição de Nossa Senhora das Graças ocorreu no dia 27 de Novembro de 1830 a Santa Catarina Labouré, irmã de caridade (religiosa de S.Vicente Paulo). A santa encontrava-se em oração na capela do convento, em Paris (rua du Bac), quando a Virgem Santíssima lhe apareceu.

Tratava-se de uma "Senhora de mediana estatura, o seu rosto tão belo e formoso... Estava de pé, com um vestido de seda, cor de branco-aurora. Cobria-lhe a cabeça um véu azul, que descia até os pés... As mãos estenderam-se para a terra, enchendo-se de anéis cobertos de pedras preciosas ..." A Santíssima Virgem disse: "Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem...".

Formou-se então em volta de Nossa Senhora um quadro oval, em que se liam em letras de ouro estas palavras: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós". Nisto voltou-se o quadro e eu vi no reverso a letra M encimada por uma cruz, com um traço na base. Por baixo, os Sagrados Corações de Jesus e Maria - o de Jesus cercado por uma coroa de espinhos e a arder em chamas, e o de Maria também em chamas e atravessado por uma espada, cercado de doze estrelas. 

Ao mesmo tempo ouvi distintamente a voz da Senhora a dizer-me: "Manda, manda cunhar uma medalha por este modelo. As pessoas que a trouxeram por devoção hão de receber grandes graças.

O Arcebispo de Paris Dom Jacinto Luís de Quélen (1778-1839) aprovou, dois anos depois, em 1832, a medalha pedida por Nossa Senhora; em 1836 exortou todos os fiéis a usarem a medalha e a repetir a oração gravada em torno da Santíssima Virgem: "Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós."

Esta piedosa medalha - segundo as palavras do Papa Pio XII - "foi, desde o primeiro momento, instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, protecções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo lhe chamou desde logo Medalha Milagrosa". 

in EAQ


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domingo, 26 de novembro de 2023

Cardeal Sarah sobre a proibição da Missa Tidentina




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Para que fins se oferece o Santo Sacrifício da Missa?

Oferece-se a Deus o Santo Sacrifício da Missa para 4 fins:

1º para honrá-Lo como convém, e sob este ponto de vista o sacrifício é latrêutico (Adoração);

2º para Lhe dar graças pelos seus benefícios, e sob este ponto de vista o sacrifício é eucarístico (Agradecimento);

3º para aplacá-Lo, dar-Lhe a devida satisfação pelos nossos pecados, para sufragar as almas do Purgatório, e sob este ponto de vista o sacrifício é propiciatório (Reparação);

4º para alcançar todas as graças que nos são necessárias, e sob este ponto de vista o sacrifício é impetratório (Petição).

Catecismo de São Pio X


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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Não é só hoje




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Dia de São João da Cruz

No calendário tradicional, hoje é dia de São João da Cruz: fundador dos Carmelitas descalços (juntamente com Santa Teresa d'Ávila), doutor da Igreja, grande místico, etc.

Sendo um homem superiormente inteligente e sábio - consta que sabia a Sagrada Escritura praticamente de cor, assim como a Summa Theologiae, obra-prima de São Tomás de Aquino - era acima de tudo um homem santo e humilde. 

Pedia constantemente 3 coisas a Deus: que não deixasse passar um dia da sua vida sem lhe enviar sofrimentos, que não o deixasse morrer ocupando o cargo de superior e que lhe permitisse morrer humilhado e desprezado.

Um dos alertas que deixou aos seus filhos espirituais, e a todos nós, é que no fim da nossa vida seremos julgados pelo amor. O nosso juiz será Jesus Cristo, que morreu na cruz para mostrar que Ele é o amor por definição. E é à luz desse amor na cruz que será analisado tudo o que fizemos ao longo do tempo que nos foi dado aqui na Terra.


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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Pai Nosso pelas Almas do Purgatório ensinado por Santa Matilde

Um dia em que Santa Matilde havia acabado de comungar e oferecer a Deus a Hóstia Preciosíssima a fim de que Ela servisse para a libertação das Almas do Purgatório, com a remissão dos seus pecados e a reparação de suas negligências, ouviu o Senhor dizer-lhe: “Reze por elas um Pai Nosso em união com a intenção que Eu tive, ao tirá-lo do Meu Coração, a fim de ensiná-lo aos homens”. 

Ao mesmo tempo, a inspiração Divina desvendou a Santa Matilde as intenções do Pai Nosso Pelas Almas. E quando Santa Matilde acabou de rezar o Pai Nosso nessas intenções, ela viu uma grande multidão de Almas, rendendo graças a Deus pela sua libertação do Purgatório, numa alegria extrema. A cada vez que a Santa rezava essa oração, via uma legião de Almas subindo para o Céu. Socorramos as pobres Almas do Purgatório, que nada podem para si mesmas, a não ser sofrer, esperando pelos nossos sufrágios, rezar por nós e serem gratas.

PAI NOSSO QUE ESTAIS NO CÉU

Peço-Vos humildemente: Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, que perdoeis às almas do Purgatório, por não Vos terem amado nem prestado toda a honra que Vos é devida, a Vós, Seu Senhor e Pai,  que por pura graça as adoptastes como Vossas filhas. Pelo contrário, por causa dos pecados, fecharam os seus corações onde Vós queríeis habitar para sempre. Em reparação destas faltas, ofereço-Vos o amor e a veneração que o Vosso Filho Encarnado Vos testemunhou ao longo da Sua Vida terrestre e ofereço-Vos todos os actos de penitência e de reparação que Ele cumpriu e pelos quais pagou e expiou os pecados dos homens.

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME 

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório, por não terem honrado dignamente o Vosso Santo Nome: elas pronunciaram-n`O muitas vezes distraidamente e tornaram-se indignas do nome de cristãos pela sua vida de pecado. Em reparação das faltas que cometeram, ofereço-Vos toda a honra que o Vosso Filho Bem-Amado rendeu ao Vosso Nome, por palavras e actos ao longo de toda a Sua Vida terrestre.

VENHA A NÓS O VOSSO REINO 

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório porque não procuraram nem desejaram o Vosso Reino, com intenso fervor e empenho, este Reino que é o único lugar onde reina o verdadeiro repouso e a paz eterna. Em reparação pela indiferença em fazer o bem, ofereço-Vos o desejo do Vosso Divino Filho através do qual Ele quis ardentemente torná-las, a elas também, herdeiras do Seu Reino.

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório por não se terem sempre submetido com devoção à Vossa Vontade. Elas não procuraram cumprir a Vossa Vontade em todas as coisas e muitas vezes cederam a agiam fazendo unicamente a sua própria vontade. Em reparação da sua desobediência, ofereço-Vos a perfeita conformidade do Coração cheio de Amor do Vosso Filho à Vossa Santa Vontade e a submissão total que Ele Vos testemunhou, obedecendo-Vos até à Sua Morte na Cruz. 

O PÃO DE CADA DIA NOS DAI HOJE

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório,  por não terem recebido sempre o Santo Sacramento da Eucaristia com intenso desejo. Receberam-n`O muitas vezes sem recolhimento, sem amor, ou indignamente ou mesmo negligenciando recebê-l`O. Em reparação de todas estas faltas que cometeram, ofereço-Vos a plena santidade e o grande recolhimento de Nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Divino Filho, bem como o ardente amor, através dos quais nos ofereceu este dom incomparável. 

PERDOAI-NOS AS  NOSSAS OFENSAS  ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório, todas as faltas de que se tornaram culpadas sucumbindo aos sete pecados capitais e também quando não quiseram amar, nem perdoar aos seus inimigos. Em reparação de todos estes pecados, ofereço-Vos a Oração cheia de Amor que o Vosso Divino Filho Vos dirigiu em favor dos Seus inimigos quando estava na Cruz. 

E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, perdoai às almas do Purgatório, porque muitas vezes não resistiram às tentações e paixões, mas seguiram o Inimigo de todo o bem e abandonaram-se ás fraquezas da carne. Em reparação de todos estes pecados em múltiplas formas, dos quais se reconhecem culpadas, ofereço-Vos a gloriosa Vitória que Nosso Senhor Jesus Cristo trouxe ao mundo assim como a Sua Vida Santíssima, o Seu trabalho e penas, o Seu sofrimento e a Sua Morte crudelíssima. 

MAS LIVRAI-NOS DO MAL 

Peço-Vos humildemente, Pai Eterno, Benevolente e Misericordioso, livrai-nos de todos os flagelos, pelos méritos do Vosso Filho Bem-Amado e conduzi-nos, bem como às almas do Purgatório, ao Vosso Reino de Glória eterna, que se identifica Convosco. Amen. 


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São Clemente I, Papa e Mártir

São Clemente I, também conhecido como Clemente Romano, foi o quarto Papa da Igreja Católica, entre 88 e 97 dC. Nascido em Roma, nos arredores do Coliseu, por volta do ano 35dC, de família hebraica, foi um dos primeiros a receber o baptismo de São Pedro, que também o sagrou Bispo. 

Foi sucessor de Anacleto I (ou Cleto) e autor da Epístola de Clemente aos Coríntios (segundo Clemente de Alexandria e Orígenes), o primeiro documento de literatura cristã, endereçada à Igreja de Corinto. Foi também o primeiro Padre da Igreja. 

Padres da Igreja, Santos Padres ou Pais da Igreja foram influentes teólogos, professores e mestres cristãos e importantes Bispos. Os seus trabalhos académicos foram utilizados como precedentes doutrinários para séculos vindouros. Os Padres da Igreja viveram entre o século II e VII. O estudo dos escritos dos Padres da Igreja é denominado Patrística.

Discípulo de São Pedro, São Clemente, após eleito restabeleceu o uso do Crisma seguindo o rito do primeiro Papa, e iniciou o uso da palavra Amém nas cerimônias religiosas. 

A Primeira Epístola de Clemente, também conhecida literalmente como Clemente aos Coríntios, abreviada como I Clemente, é uma carta endereçada aos cristãos da cidade de Corinto. A carta foi datada como sendo do final do século I ou começo do século II d.C. e, juntamente com o Didaquê e o Evangelho de Tomé, é um dos mais antigos - se não o mais antigo - documentos cristãos sobreviventes fora dos Evangelhos canónicos.

Durante o seu Pontificado ocorreu uma segunda perseguição aos cristãos, na época de Domiciano. Mais tarde, Clemente foi preso no reinado de Trajano. Após ser detido e condenado ao exílio, com trabalhos forçados nas minas de cobre de Galípoli (no ano 97 dC), decidiu que os cristãos não podiam ficar sem um guia espiritual, renunciando em favor de Santo Evaristo. 

Converteu muitos presos e, por isso, por volta do ano 100, foi atirado ao mar com uma pedra amarrada ao pescoço, tornando-se um dos mártires dos princípios da Cristandade. O seu corpo foi recuperado da águas e sepultado em Quersoneso, na Crimeia, de onde, mais tarde, por ordem de Nicolau I, foi levado para Roma.

in Pale Ideas


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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Missa Nova Solene do Cónego Bell (ICRSS) no Oratório de S. Francisco de Sales













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Dia de Santa Cecília, padroeira dos músicos

Mártir romana do Séc. II, enfrentou a morte de forma heróica e rodeada de conversões e milagres.

Durante muitos séculos não se tinha a certeza que o seu corpo estaria mesmo na igreja com o seu nome, até que, feitas as devidas escavações, foi encontrado incorrupto em 1599, 14 séculos depois da sua morte.

A Stefano Maderno, um jovem escultor de apenas 23 anos, foi pedido que imortalizasse esse momento e foi o que fez, criando esta estátua do corpo de Santa Cecília tal como estava quando foi encontrado. É considerada uma das maiores obras de arte da escultura barroca e encontra-se na Basílica de Santa Cecília em Trastevere, tal como o corpo da santa.


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terça-feira, 21 de novembro de 2023

A Igreja perseguida reza

Poucos dias depois do Bispo de Tyler, Joseph Strickland, ter sido (injustamente) removido da sua diocese, a Conferência Episcopal Norte-Americana reuniu-se em Baltimore. O Arcebispo Broglio, que preside à reunião, disse que o Bispo Strickland tinha o direito a estar na conferência (tal como os Bispos eméritos) apenas não poderia votar.

Apesar disso, o Núncio Apostólico, Cardeal Christophe Pierre, proibiu o Bispo Strickland de estar presente na reunião. Assim sendo, ficou do lado de fora, em oração. Aqui o vemos, rodeado de fiéis, a rezar o Terço de joelhos em defesa da Vida.


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Dia da apresentação de Nossa Senhora no Templo

Aquela criança que sobe os 15 degraus do Templo entrega-se totalmente a Deus.
 
Fazer totalmente a vontade de Deus era algo a que Nossa Senhora se tinha habituada desde tenra idade. Aos 15 anos, aparecendo-lhe o Anjo que anuncia a grande missão que terá pela frente, Maria responde: "Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra." 

É uma boa oração para se fazer logo no início de cada dia, nem que seja rezando o Angelus.


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segunda-feira, 20 de novembro de 2023

Uma bênção papal à antiga



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São Félix de Valois, co-fundador da Ordem da Santíssima Trindade e dos Cativos

Nasceu em Amiens, França, em 1127 e morreu em 1212, tendo sido o seu culto aprovado pelo Papa Alexandre VII em 1666. Foi co-fundador da Ordem da Santíssima Trindade (os Frades Trinitários) para o Resgate dos Cativos das mãos dos muçulmanos.

No começo do século XII, o distrito de Somme e Aisle na França era governado pelo Conde Raul de Vermandois e de Valois. A sua esposa, Alienor de Champagne, no dia 19 de Abril de 1127, deu à luz um filho, que foi batizado com o nome de Hugo, em homenagem ao seu avô, o filho de Henry I, Rei da França.

O jovem Hugo foi enviado para a Abadia de Clairvaux para ser educado. Com 20 anos saiu numa cruzada, mais foi incógnito para não ser tratado de modo diferente. Três anos mais tarde retornou, viajou por Itália e foi ser um eremita no norte da Itália ou perto de Clermont d’Oise. Para evitar ser reconhecido mudou o nome para Félix e for ordenado sacerdote.

Em 1193, vivia em extrema solidão, perto de Montigny, quando recebeu a visita de São João da Mata que se havia diplomado na Universidade de Paris e depois ordenado sacerdote, celebrando a sua primeira Missa a 28 de Janeiro de 1193. Eles tornaram-se amigos, formando uma pequena comunidade juntamente com outros discípulos.

Um dia, em 1197, uma corça branca, que vinha com frequência beber água numa fonte onde os eremitas tiravam a sua água, apareceu com uma cruz vermelha e azul entre os chifres. João lembrou-se da visão que havia tido durante a sua primeira Missa, quando viu um anjo vestido de branco com uma cruz vermelha e azul no seu peito. Ele e Félix sabiam que a corça era um sinal de Deus e que eles deveriam seguir em frente com os planos que haviam discutido. Este plano era fundar uma Ordem Religiosa dedicada a resgatar os cativos cristãos que eram capturados pelos Mouros durante as cruzadas.

Juntos, apresentaram o seu plano ao Papa Inocêncio III, o qual não só deu a sua aprovação, mas deu aos fundadores o hábito da Ordem: branco com uma cruz vermelha e azul. João e Félix retornaram a França e a sua comunidade foi renomeada de Cerfroid em homenagem à corça. A 17 de Dezembro de 1198, o Papa aprova a Regra Própria da nova Ordem.

João deixou Cerfroid para começar o trabalho de resgatar os cativos; Félix ficou como Supervisor Geral em Cerfroid, mas mais tarde foi a Paris para estabelecer o hospital da Ordem em Saint Mathurin, que lhes havia sido doado. Como resultado, membros da Ordem eram popularmente chamados de Mathurinos; os frades trinitários eram também conhecidos como “frades dos asnos” porque usavam bastante esse meio de transporte (o asno) como testemunho de pobreza.

Na noite de 8 de Setembro de 1212, embora o frade sacristão de Cerfroid se tivesse esquecido de tocar o sino da manhã (geralmente às 3 da madrugada), Félix desceu à Igreja para cantar as matutinas com a comunidade, como de costume, e encontrou a Virgem Maria e vários anjos, todos eles usando o hábito da Ordem.

Alguns dias mais tarde João de Matha retornou a Cerfroid para ver o seu velho amigo, mas ficou apenas alguns dias. A 4 de Novembro de 1212, Félix morreu com a idade de 85 anos. A grande reputação da sua santidade e dos milagres reportados junto do seu túmulo fez com que o Papa Urbano IV o canonizasse em 1 de Maio de 1262.

Em 1631 os trinitários tentaram receber a permissão para celebrar as festas dos santos Félix e João liturgicamente na França e na Espanha, como os seus confrades na Inglaterra haviam conseguido desde 1308; mas como o Concílio de Trento havia estabelecido controles restritivos dessas celebrações, eles não receberam permissão. A Bula papal de canonização de Félix do Papa Urbano IV também havia se perdido, assim os trinitários começaram a colher novos dados.

Eles encontraram os “cânones” de Meaux invocando São Félix desde 1219. Nesse ano o Capítulo Geral fixou o dia da sua festa e em 1308 o provincial da Inglaterra recebeu os ofícios da Missa do Papa João XXII. Havia bastantes documentos para convencer ao Papa Alexandre VII a confirmar o culto em 21 de Outubro de 1666. Mas 5 anos mais tarde, o Sagrado Colégio dos Ritos ainda não havia adicionado Félix e João no Martirológio Romano, e apenas com a intercessão do Rei Luís XIV de França e Filipe V da Espanha a favor de Félix de Valois, o Papa Inocêncio XII estendeu as festas de São Félix e São João de Mata a toda Igreja, em 1694.

São Félix é mostrado na arte litúrgica da Igreja como: 1) um velho com o hábito trinitário e correntes ou cativos ao seu lado, ou 2) perto de uma fonte onde uma corça bebe água ou 3) junto a uma corça com uma cruz nos chifres.

in trinitarios.com.br


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domingo, 19 de novembro de 2023

Macron beija as pantufas maçónicas

O Presidente francês, Emmanuel Macron, discursou no Museu Maçónico de Paris para assinalar o 250.º aniversário do Grande Oriente de França. Dirigiu-se aos "muito respeitáveis grão-mestres".

- Chamou à seita a "filha mais velha do [suposto] Iluminismo" [uma paródia de "França, a filha mais velha da Igreja"].

- "A Maçonaria foi formada à imagem dos projectos da nação francesa".

- Invocou os "destinos gémeos" da Maçonaria e da República.

- "A contribuição da Maçonaria é uma verdade histórica".

- Nem todos os fundadores da "República" eram maçons, "mas todos eles defenderam os seus [ditos] valores".

- "A República não teria sido criada sem a Maçonaria".

- Temos de preservar a ligação viva entre a Maçonaria e a República".

- Agradeceu à seita a sua contribuição para levar os mais velhos e os doentes ao suicídio ("eutanásia").

- Enquanto a Maçonaria estiver a trabalhar, a República estará acordada".

in gloria.tv


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sábado, 18 de novembro de 2023

Dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo

Após celebrar no dia 5 de Agosto a Dedicação de Santa Maria Maior, no dia 29 de Setembro, a Dedicação de São Miguel e a 9 de Novembro a de São João do Latrão, finalmente, no final do ano litúrgico, todas as catedrais e dioceses comemoram a dedicação das Basílicas de São Pedro e São Paulo. Todos estes aniversários ocorrem no tempo depois de Pentecostes, período reflectimos sobre a Igreja, da qual estes templos são imagens vivas. 

BASÍLICA DE SÃO PEDRO

Segundo a Tradição, o martírio de São Pedro teve lugar nos jardins de Nero, no Vaticano, onde se construiu o Circo de Calígula, e se afirma que foi sepultado perto daí. No ano 323 d.C., o imperador Constantino começou a construir a Basílica de São Pedro sobre o sepulcro do Apóstolo, atendendo aos apelos da sua mãe, Santa Helena. Construiu-a no local onde São Pedro foi sepultado. Durante dois séculos foi preservada a sua concepção original. Depois, a construção foi se deteriorando. Pouco a pouco os Papas foram estabelecendo junto a ela, ao pé da colina Vaticano, a sua residência, depois do desterro de Avinhão.

As grandes basílicas foram construidas no período que vai de Constantino a Justiniano.

A dedicação da Basílica de São Pedro foi feita pelo Papa Silvestre, cujo pontificado ocorreu de 314 a 335. A Basílica de São Paulo foi dedicada pelo Papa Siricio, que pontificou de 384 a 399.

No pontificado do Papa Júlio II decidiu-se derrubar a velha igreja de São Pedro. A 18 de Abril de 1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar a nova igreja. O arquitecto Bramante desenhou um edifício centralmente planificado, com uma cúpula colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho.

Os anos foram passando. Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo.

O Papa Paulo III, em 1546, entregou a direcção dos trabalhos a Michelangelo. Este, já com 72 anos, ficou fascinado com a cúpula, concentrando nele seus esforços, mas não conseguiu completá-la antes da sua morte, em 1564. Vignola, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na Basílica.

A cúpula tem de diâmetro 42 metros e de altura 132,5 metros. Graças aos planos de Michelangelo e a um modelo em madeira, Giacomo della Porta foi capaz de terminá-la, com ligeiras modificações. Terminada em 1590, ainda é uma das maravilhas da arquitectura ocidental.

O Papa Paulo V encarregou Carlo Maderno de aumentar a nave, criando uma cruz latina. Completou também em 1614 a famosa fachada. O Papa Urbano VIII dedicou a nova igreja a 18 de Novembro de 1626, exatamente 1300 anos depois da data em que a primeira Basílica fora dedicada, e 126 anos após o inicio da nova construção.

Em 1629, Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde, Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, unificando todos os edifícios num conjunto harmonioso. Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Papa Pio VI (1775-1799).

A Basílica de São Pedro é a maior de todas as igrejas católicas. Cobre área de 23000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.

A BASÍLICA DE SÃO PAULO

A Basílica de São Paulo Extramuros localiza-se ao longo da Via Ostiense, próximo à margem esquerda do Tibre, a, aproximadamente, 2 quilómetros da Muralha Aureliana, saindo pela Porta São Paulo, daí ser chamada: fora dos muros ou extramuros.

Segundo a Tradição, também a Basílica de São Paulo, que fica a 11km da de São Pedro, foi construida sobre o seu túmulo do respectivo apóstolo, que fica debaixo do altar maior, dito altar papal. Por esta razão, houve, ao longo dos séculos, um grande movimento de peregrinação. 

O martírio de São Paulo deu-se em Aquae Salviae (actualmente Tre Fontane), na Via Ostiense. O corpo do Santo Apóstolo foi sepultado a três quilómetros daí, na propriedade de uma matrona chamada Lucina. A partir do século XIII, data do primeiro Ano Santo, a Basílica faz parte do itinerário jubilar para obter-se indulgência e celebrar a abertura da Porta Santa.

A grande Igreja de São Paulo Extramuros foi construída principalmente pelo imperador Teodosio I e o Papa São Leão Magno. Em 1823, foi consumida por um incêndio. Reconstruiu-se, fez-se uma imitação da anterior e foi consagrada pelo Papa Pio IX, a 10 de Dezembro de 1854, mas a data é comemorada neste dia, como faz notar o Martirológio Romano.

A construção tem 131,66m de comprimento, largura de 65m e altura de 29,70m. É também uma construção imponente e representa, pela grandeza, a segunda dentre as quatro Basílicas patriarcais de Roma. 

A Basílica e todo o complexo anexo, como o claustro e o mosteiro, não fazem parte da República Italiana, mas são propriedade da Santa Sé, mesmo estado fora dos muros da cidade do Vaticano.

in Pale Ideas


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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Cardeal Müller responde à questão de padrinhos e baptizados "transexuais"

A tarefa do Magistério Romano, seja dire
ctamente do Papa ou mediado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé, é preservar fielmente a verdade da Revelação Divina. Ele é instituído por Cristo e actua no Espírito Santo para que os fiéis católicos sejam protegidos de todas as heresias que põem em perigo a salvação e de toda a confusão em matéria de doutrina e de vida moral.

As respostas do Dicastério a várias perguntas de um bispo brasileiro (3 de Novembro de 2023), por um lado, recordam-nos verdades de fé geralmente conhecidas, mas, por outro lado, também abrem espaço para o mal-entendido de que há, afinal, espaço para a coexistência do pecado e da graça na Igreja de Deus.

O Baptismo como porta para uma nova vida em Cristo

O Filho de Deus, nosso Redentor e Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, instituiu o Sacramento do Baptismo para que todos os homens possam alcançar a vida eterna através da fé em Cristo e de uma vida à sua imitação. O amor incondicional de Deus liberta os homens do domínio mortal do pecado, que mergulha o homem na desgraça e o separa de Deus, fonte de vida. A vontade salvífica universal de Deus (1Tm 2,4s) não diz que basta confessar Jesus como nosso Senhor com os lábios para entrar no Reino de Deus, e, ao mesmo tempo, eximirmo-nos do dever de cumprir a vontade santa e santificadora de Deus, invocando a nossa fraqueza humana (cf. Mt 7,21-23). A simples metáfora "a Igreja não é uma alfândega", que pretende dizer que o cristão não deve ser medido burocraticamente pela letra da lei, encontra o seu limite quando falamos da graça que nos conduz a uma vida nova para além do pecado e da morte.

O Apóstolo Paulo diz que todos nós éramos "escravos do pecado" antes de chegarmos à fé em Cristo. Mas agora, através do Baptismo em nome de Cristo, o Filho de Deus e Ungido com o Espírito Santo, "tornámo-nos obedientes de coração à doutrina a que fomos entregues". Portanto, não devemos pecar, porque já não estamos sujeitos à lei, mas estamos sujeitos à graça. "Por isso, o pecado não dominará o vosso corpo mortal, e já não estareis sujeitos aos seus desejos... como homens que passaram da morte para a vida" (Rm 6,12s).

A mais antiga ordenação da Igreja escrita em Roma (cerca de 200 d.C.) indica os critérios para a admissão ou rejeição (ou mesmo adiamento) [de uma pessoa] ao catecumenacto e à receção do Baptismo e exige que todas as profissões duvidosas, parcerias ilegais e qualquer comportamento imoral que sejam contrários à vida de graça do Baptismo devem ser abandonados (Traditio Apostolica 15-16).

São Tomás de Aquino, que é felizmente citado nas respostas do Dicastério, dá uma resposta dupla e diferenciada à questão de saber se os pecadores podem ser baptizados:

1. Pecadores que pecaram pessoalmente no passado e estão sob o poder do "pecado de Adão" (i.e. pecado original e hereditário) certamente podem ser batizados. Pois o Baptismo é para o perdão dos pecados, que Cristo comprou para nós através da Sua morte na cruz.

2. No entanto, aqueles "que são pecadores, porque vêm ao Baptismo com a intenção de continuar a pecar" e assim resistem à Santa Vontade de Deus, não podem ser baptizados. Isto é verdade não só por causa da contradição interior entre a graça de Deus para connosco e o nosso pecado contra Deus, mas também por causa do falso testemunho para o exterior, que mina a credibilidade do anúncio da Igreja, porque os sacramentos são sinais da graça que transmitem (cf. Tomás de Aquino, Summa theologiae III q. III Quaestio 68, Artigo 4).

Na armadilha da terminologia transhumanista

É confuso e nocivo quando o Magistério se apoia na terminologia de uma antropologia niilista e ateia e parece, assim, emprestar ao seu conteúdo falso o estatuto de opinião teológica legítima na Igreja.

"Não lestes", diz Jesus aos fariseus que queriam armar-lhe uma cilada, "que no princípio o Criador criou o homem e a mulher?" (Mt 19,4) Na verdade, as pessoas transexuais ou homófilas (homoafetivas ou homossexuais) não existem, nem na ordem da natureza da criatura, nem na graça da Nova Aliança em Cristo. Na lógica do Criador do homem e do mundo, dois sexos são suficientes para assegurar a preservação da humanidade e para ajudar as crianças a florescer e desabrochar na comunidade familiar com o seu pai e a sua mãe. Como todos os filósofos e teólogos sabem, uma "pessoa" é um ser humano na sua individualidade espiritual e moral, que o relaciona diretamente com Deus, seu Criador e Redentor.

No entanto, cada pessoa humana existe na natureza espiritual-corporal e concretamente como homem ou como mulher, através do acto de criação em que Deus a criou (e na relação recíproca do casamento) à semelhança da sua Bondade Eterna e do seu Amor Trino. E tal como os criou, Deus ressuscitará também cada ser humano no seu corpo masculino ou feminino, sem se irritar com aqueles que (por muito dinheiro) mutilaram genital ou hormonalmente outras pessoas ou que - confundidos pela falsa propaganda - se deixaram enganar voluntariamente sobre a sua identidade masculina ou feminina.

O transhumanismo em todas as suas variações é uma ficção diabólica e um pecado contra a dignidade pessoal dos seres humanos, mesmo que sob a forma de transexualismo e terminologicamente enfeitado como "mudança de género autodeterminada". A doutrina e a prática da Igreja Romana prescrevem claramente: "A prostituta, o fornicador, o que se mutila e qualquer outro que faça algo de que não se fala (1 Cor 6, 6-20) devem ser rejeitados [do catecumenacto e do Baptismo]" (Traditio Apostolica 16).

A "sã doutrina" (1Tm 4,3) como a pastoral mais benéfica

O motivo pastoral que nos exorta a tratar aqueles que pecam contra o Sexto e o Nono Mandamento do Decálogo da forma mais "gentil e compassiva" possível só é louvável enquanto o pastor não enganar o seu paciente sobre a gravidade da sua doença, como um mau médico, ou seja, apenas quando o bom pastor "se alegra mais com o céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que [na falsa autoavaliação] não têm necessidade de se arrepender." (Lc 15,6) Há que fazer aqui também uma distinção fundamental entre o sacramento (único) do Baptismo, que anula todos os pecados anteriores e nos confere o carácter permanente de sermos incorporados no Corpo de Cristo, e o sacramento (repetível) da Penitência, que perdoa os pecados que cometemos depois do Baptismo.

É sempre justo, de acordo com o cuidado da Igreja pela salvação, que uma criança possa e deva ser baptizada quando a sua educação católica pode ser garantida pelos responsáveis, especialmente também através de uma vida exemplar.

No entanto, a Igreja não pode deixar dúvidas sobre o direito natural de uma criança a crescer com os seus próprios pais biológicos ou, em caso de emergência, com os seus pais adoptivos, que, num sentido moral e legal, legitimamente os substituem. Qualquer forma de maternidade de substituição ou de produção de uma criança num laboratório (como uma coisa) para satisfazer desejos egoístas é, na opinião da Igreja, uma grave violação da dignidade pessoal de um ser humano que Deus quis que existisse física e espiritualmente através da sua própria mãe e do seu próprio pai, a fim de o chamar a ser filho de Deus na vida eterna.

Porque é que Deus só edifica a Igreja através da verdadeira fé

No âmbito do Sínodo sobre a sinodalidade, esta formulação bíblica foi muitas vezes referida: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas" (Ap 2,11). Como no último livro da Sagrada Escritura: "a fidelidade à Palavra de Deus e ao testemunho de Jesus Cristo" (Ap 1,2).

O autor do Traditio Apostolica na Roma dos príncipes apóstolos Pedro e Paulo, está convencido de que "a edificação da Igreja se faz pela aceitação da fé correcta". Conclui o seu escrito com as palavras de reflexão que vale a pena considerar: "Porque se todos ouvir a tradição apostólica, segui-la e observá-lae nenhum herege ou qualquer outro homem vos poderá enganar. Pois as muitas heresias surgiram porque os governantes [bispos] não quiseram ser instruídos nos ensinamentos dos apóstolos, mas agiram segundo o seu próprio julgamento e não como convinha. Se nos esquecemos de alguma coisa, amados, Deus revelá-la-á àqueles que são dignos. Pois Ele guia a Igreja para que ela possa chegar ao porto do Seu descanso." (Traditio Apostolica 43).

in Life Site News


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