sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Fé e Ciência nos CTT: Gregor Mendel estampado em novos selos


Em 1865, um monge agostiniano determinava pela primeira vez as leis da hereditariedade. Gregor Johann Mendel tornava-se o “pai da genética” ao comunicar os resultados das suas experiências com ervilhas (Pisum sativum). Os CTT- Correios de Portugal celebram os 150 anos das leis de Mendel com a emissão de dois selos.

Gregor Mendel nasceu em 1822 em Hyncice, na actual República Checa, numa família de agricultores. Encorajado pelo seu professor de física do Instituto de Filosofia de Olomouc, onde estudou matemática, física, filosofia e ética, entrou para o Mosteiro de São Tomás, na actual Brno, e aí recebeu o nome Gregor com 21 anos, tornando-se monge agostiniano. Foi nesse mosteiro da ordem de Santo Agostinho que Mendel construiu uma estufa e se dedicou a experiências, durante cerca de dez anos, de cruzamento de ervilheiras para estudar a transmissão hereditária de determinadas características.

Numa época em que a existência do gene era ainda desconhecida, Mendel foi capaz de perceber como determinadas características eram transmitidas e elaborar duas leis da hereditariedade. Mas o trabalho desafiava as leis da paciência: o jovem monge controlou a fecundação das cerca de 28.000 plantas que usou em experiências e, entre estas, observou cuidadosamente 12.835 plantas.

Além dos estudos desenvolvidos na genética (que ainda não existia como tal), o monge agostiniano interessou-se ainda por áreas como a meteorologia, tendo fundado a Associação Meteorológica austríaca, e a astronomia. Ao tornar-se o abade do Mosteiro de São Tomás em 1868, a actividade científica de Mendel diminuiu para fazer face às novas responsabilidades administrativas.

A sua morte a 6 de Janeiro de 1884 deixou adormecidos os seus estudos até ao início do século XX, quando foram redescobertos por um grupo de botânicos. “Seria preciso esperar até ao início do século XX, para que os botânicos Hugo de Vries, Carl Correns e Erich von Tschermak lhe atribuíssem o crédito devido pela descoberta das leis da hereditariedade”, diz Francisco Malta Romeiras, do Centro de História das Ciências da Universidade de Lisboa, na pagela que acompanha a edição dos 150 anos das Leis da Hereditariedade.

adaptado de publico.pt


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