terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Adopção por homossexuais, porque não - Razões empíricas

por Pe. João Paulo Pimentel (Parte 2)
A parte 1 pode ser lida aqui.

I. Razões empíricas


1. Riscos de instabilidade

Outro motivo que – sem ser o mais importante e decisivo – desaconselha este tipo de adoção é a falta de estabilidade nas uniões homossexuais. Não é que não possam dar-se exceções, mas estas são tão raras que o legislador – mesmo se não encontrasse outras razões para negar a adoção – deveria exigir uma estabilidade de vários anos antes de entregar uma criança à adoção por homossexuais. Quando um casal diz que se vai separar, os que o rodeiam sentem habitualmente pena e aconselham a uma reflexão séria antes de a separação ser consumada. No caso de pares homossexuais, haverá alguém próximo que lamente essa separação anunciada? Aliás, os próprios, quando se comprometem numa união mais pública e estável, quererão mesmo viver juntos para toda a vida?

Mas a falta de estabilidade nestes casos não decorre apenas da pouca durabilidade (a duração média do «vínculo» não costuma ser superior a três anos): é sabido que os conflitos e os comportamentos violentos entre pares homossexuais são duas a três vezes mais frequentes do que os ocorridos em casais heterossexuais; além disso, as mudanças de «companheiro» são muito frequentes, e a promiscuidade sexual é maior do que a que ocorre em casais heterossexuais. Tudo isto contribui para a instabilidade afetiva das crianças adotadas.

2. Risco de sérios transtornos

Alguns psiquiatras afirmam que os principais riscos que correm as crianças adotadas por homossexuais são, do ponto de vista médico, os seguintes:

Transtornos na identidade sexual;
Maior incidência de comportamentos homossexuais ao chegarem à adolescência (em concreto, estes sete vezes mais frequentes do que em crianças que vivem com os pais biológicos e em famílias com o pai e a mãe em casa);
Tendências significativamente maiores para a promiscuidade sexual, transtornos da conduta, a depressão, comportamentos agressivos, a ansiedade, a hiperatividade e as insónias.

Estes argumentos são rebatidos tanto em artigos quanto por aqueles que estimam ainda ter decorrido pouco tempo para se chegar a conclusões certas (dizem que «as amostras» são insuficientes para se chegar a conclusões nesta matéria). Sendo assim, talvez a formulação mais correta do argumento pudesse ser a seguinte: existe uma forte possibilidade e um aumento do risco de que as tais crianças desenvolvam problemas emocionais, confusões na identidade sexual e depressões; há uma dificuldade real de a criança se adaptar e crescer harmonicamente quando é educada por dois homens ou por duas mulheres, em vez de o ser por um homem e por uma mulher.

3. Outros riscos e dúvidas

Vale a pena levantar mais algumas questões, numa tentativa de convidar o leitor a refletir:

Quando um rapaz adotado por dois homens sentir atração por raparigas, estará à-vontade para o manifestar aos que dizem ser seus pais?
Quando as crianças nessas condições se derem conta de que a maioria das pessoas tem uma atração pelo outro sexo, como olharão para os que dizem ser seus pais?
Não será previsível que crianças nessas situações acabem por ser malvistas pelos seus colegas?
Que farão os pais que se veem confrontados com um convite do colega do filho que foi adotado por dois homens ou por duas mulheres (referimo-nos aos que desejam que os seus filhos saibam o que está bem e o que está mal)? Deixarão o filho ir a casa do colega adotado?

Para concluir, sugerimos que se veja um último testemunho (consultado online a 27 de dezembro de 2015): https://www.youtube.com/watch?v=CotB5fUzj38

Defendamos o bem das crianças!


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3 comentários:

Paulo Alpiarça disse...

Uma vez que existe censura nos comentários, duvido que este seja publicado. Mas quando leio a série de inverdades que foram publicadas, não deixo de ficar arrepiado.
Academias internacionais prestigiosas já se pronunciaram a favor da homoparentalidade. Localmente, a Ordem dos psicólogos portuguesa pronunciou-se a favor.
O título do post anuncia razões empíricas, mas nunca li uma razão empírica mas sim opiniões infundadas e subjectivas:
- dizer que as uniões ou "pares" (note-se que não escreveu casais ou desconhece a origem latina da palavra "casal" por usar "pares") homossexuais são instáveis é uma afirmação gratuita e ignorante. Basta comparar a (abismal) diferença entre as taxas de divórcio em casais heterossexuais e homossexuais (dados do IRN).
- dizer que o legislador não exige estabilidade no instituo de adopção é pura ignorância. O Código Civil obriga a que o casal candidato à adopção justifique 4 anos de casamento.
- dizer que os casais homossexuais não lamentem as suas separações, é outra vez uma opinião absolutamente gratuita que desconhece por completo a realidade. Será que o sr.padre conhece algum casal do mesmo sexo para nos pregar esta sua "verdade"?
- dizer que a criança poderá ser discriminada pelos amigos, é confessar que a intolerância proferida por opiniões dessas equivale a afirmar que a criança será discriminada porque os pais são "pretos, ou divorciados, ou estrangeiros, ou portadores de óculos ou... católicos" (já agora ou porque são ignorantes".
- falar de consequências psicológicas na criança sem nunca referir um único estudo científico é esquecer a unanimidade dos estudos sérios, não tendenciosos e científicos (não se trate dos 2 ou 3 estudos manipulados financiados por fundos extremistas) que apontam até para um melhor desenvolvimento da criança.
Os argumentos -esses sim baseados no empirismo - não resistem à pobreza deste post. Uma igreja fechada, não virada para a sociedade, condena-se à si própria à uma morte certa... Sr.padre saia à rua e conheça as realidades antes de debitar tais disparates.

António Costa disse...

https://www.publico.pt/opiniao/jornal/quando-a-adopcao-e-um-duplo-trauma-26537587
Quando a adopção é um duplo trauma
ABEL MATOS SANTOS Psicólogo clínico e sexologista
16/05/2013
1. Iniciativas legislativas para que se aprove a adopção por pares homossexuais são erróneas e imprudentes porque desprezam os direitos das crianças e ignoram importantes estudos e pesquisas da área psicológica e social no que diz respeito às necessidades daquelas.
2. Cada criança precisa de um pai e de uma mãe. Quando se altera o curso natural da vida, é determinante o superior interesse da criança. Os estudos em Ciências Sociais têm repetidamente demonstrado a importância vital de ambos os progenitores, o pai e a mãe, para um ambiente saudável e positivo no desenvolvimento da criança e os riscos que correm se criados sem um deles. A mãe e o pai trazem contribuições únicas que são essenciais para a sua saúde e bem-estar.
3. Crianças que foram privadas, por exemplo, do cuidado materno durante longos períodos de tempo na fase precoce das suas vidas, revelaram em geral menor capacidade de sentir e de se emocionarem, tendem a criar relações superficiais, a mostrar tendências antissociais e são mais hostis ao longo do seu crescimento.
4. Os pais têm talentos específicos. São bons a disciplinar, a brincar e a levar as crianças a enfrentar desafios. São modelos a seguir para as crianças. A sua presença em casa protege a criança do medo e fortalece a capacidade da criança para se sentir segura. A vasta investigação cientifica sobre os graves problemas psíquicos, académicos e sociais nos jovens criados em famílias sem um dos pais demonstraram a importância da sua presença em casa para um desenvolvimento saudável.
5. Os direitos e as necessidades da criança a uma mãe e a um pai devem ser protegidos pelo Estado. Os adultos não têm o direito de deliberadamente privar uma criança de um pai e de uma mãe.
6. Um estudo australiano (Children in Three Contexts) feito com crianças a viver com casais heterossexuais casados, com casais heterossexuais em união de facto e com pares homossexuais revelou que os primeiros forneciam o melhor ambiente para um desenvolvimento social da criança e para a sua educação, os casais em união de facto eram os segundos e os pares homossexuais aparecem em último.
7. Existem académicos e activistas que se opõem a esta evidência, apoiando-se em estudos malfeitos e metodologicamente enviesados. Dois estudos de 2010 são frequentemente citados porque defendem que as crianças que foram deliberadamente privadas dos benefícios da complementaridade na família com pai e mãe não sofrem danos psicológicos. Contudo, os dados recolhidos são auto-informações dadas pela mãe ou pai, estando estas a par da agenda política do investigador. O que distorce os resultados.
8. Muita da investigação feita com pares homossexuais tem graves falhas metodológicas. É muitas vezes dito que não existe evidência de que as crianças são prejudicadas e agredidas emocionalmente se forem criadas por pares homossexuais. Mas a ausência de evidência não prova que não exista. Quer apenas dizer que não existe evidência.
9. As crianças têm o direito e a necessidade à parentalidade conjunta por um pai e uma mãe. De acordo com um dos maiores psiquiatras americanos (Fitzgibbons), as relações homossexuais não fornecem o ambiente ideal para que se possam criar e educar crianças, por várias razões: primeiro, os pares homossexuais tendem a ser mais promíscuos. Um dos mais abrangentes estudos com pares homossexuais (The Male Couple), revelou que apenas 7 de 156 pares homossexuais tinham um relacionamento sexual exclusivamente monogâmico. A maioria destas relações duraram menos de cinco anos. Segundo, as uniões são muito frágeis. A probabilidade de quebra da relação é elevada nos pares de lésbicas. No estudo de 2010 (US National Longitudinal Lesbian Family Study) 40% dos pares que tiveram um filho (por inseminação artificial) tinham-se separado.(...)
Estarão os direitos dos homossexuais acima das necessidades e direitos da criança a uma mãe e a um pai? Quem protege estas crianças?

António Costa disse...

https://www.publico.pt/opiniao/jornal/quando-a-adopcao-e-um-duplo-trauma-26537587
Quando a adoção é um duplo trauma
ABEL MATOS SANTOS Psicólogo clínico e sexologista
16/05/2013
1. Iniciativas legislativas para que se aprove a adopção por pares homossexuais são erróneas e imprudentes porque desprezam os direitos das crianças e ignoram importantes estudos e pesquisas da área psicológica e social no que diz respeito às necessidades daquelas.
2. Cada criança precisa de um pai e de uma mãe. Quando se altera o curso natural da vida, é determinante o superior interesse da criança. Os estudos em Ciências Sociais têm repetidamente demonstrado a importância vital de ambos os progenitores, o pai e a mãe, para um ambiente saudável e positivo no desenvolvimento da criança e os riscos que correm se criados sem um deles. A mãe e o pai trazem contribuições únicas que são essenciais para a sua saúde e bem-estar.
3. Crianças que foram privadas, por exemplo, do cuidado materno durante longos períodos de tempo na fase precoce das suas vidas, revelaram em geral menor capacidade de sentir e de se emocionarem, tendem a criar relações superficiais, a mostrar tendências antissociais e são mais hostis ao longo do seu crescimento.
4. Os pais têm talentos específicos. São bons a disciplinar, a brincar e a levar as crianças a enfrentar desafios. São modelos a seguir para as crianças. A sua presença em casa protege a criança do medo e fortalece a capacidade da criança para se sentir segura. A vasta investigação cientifica sobre os graves problemas psíquicos, académicos e sociais nos jovens criados em famílias sem um dos pais demonstraram a importância da sua presença em casa para um desenvolvimento saudável.
5. Os direitos e as necessidades da criança a uma mãe e a um pai devem ser protegidos pelo Estado. Os adultos não têm o direito de deliberadamente privar uma criança de um pai e de uma mãe.
6. Um estudo australiano (Children in Three Contexts) feito com crianças a viver com casais heterossexuais casados, com casais heterossexuais em união de facto e com pares homossexuais revelou que os primeiros forneciam o melhor ambiente para um desenvolvimento social da criança e para a sua educação, os casais em união de facto eram os segundos e os pares homossexuais aparecem em último.
7. Existem académicos e activistas que se opõem a esta evidência, apoiando-se em estudos malfeitos e metodologicamente enviesados. Dois estudos de 2010 são frequentemente citados porque defendem que as crianças que foram deliberadamente privadas dos benefícios da complementaridade na família com pai e mãe não sofrem danos psicológicos. Contudo, os dados recolhidos são auto-informações dadas pela mãe ou pai, estando estas a par da agenda política do investigador. O que distorce os resultados.
8. Muita da investigação feita com pares homossexuais tem graves falhas metodológicas. É muitas vezes dito que não existe evidência de que as crianças são prejudicadas e agredidas emocionalmente se forem criadas por pares homossexuais. Mas a ausência de evidência não prova que não exista. Quer apenas dizer que não existe evidência.
9. As crianças têm o direito e a necessidade à parentalidade conjunta por um pai e uma mãe. De acordo com um dos maiores psiquiatras americanos (Fitzgibbons), as relações homossexuais não fornecem o ambiente ideal para que se possam criar e educar crianças, por várias razões: primeiro, os pares homossexuais tendem a ser mais promíscuos. Um dos mais abrangentes estudos com pares homossexuais (The Male Couple), revelou que apenas 7 de 156 pares homossexuais tinham um relacionamento sexual exclusivamente monogâmico. A maioria destas relações duraram menos de cinco anos. Segundo, as uniões são muito frágeis. A probabilidade de quebra da relação é elevada nos pares de lésbicas. No estudo de 2010 (US National Longitudinal Lesbian Family Study) 40% dos pares que tiveram um filho (por inseminação artificial) tinham-se separado.
(...)
Estarão os direitos dos homossexuais acima das necessidades e direitos da criança a uma mãe e a um pai? Quem protege estas crianças?