terça-feira, 30 de setembro de 2025

Mensagem da Casa Branca para a Festa de São Miguel Arcanjo

Saúdo hoje os milhões de Cristãos crentes nos Estados Unidos e em todo o Mundo, que vivem a Festa de São Miguel Arcanjo. Segundo a Sagrada Escritura, quando o Demónio se rebelou contra Deus no Céu, São Miguel e a sua legião de Anjos lançaram Satanás à Terra—reafirmando triunfalmente a soberania de Deus sobre toda a Criação. 

Durante 2000 anos, os Cristãos têm recorrido a São Miguel Arcanjo em busca de protecção, força e coragem em tempos de conflito, angústia e dúvida.

Em 1886, há quase 140 anos, o Papa Leão XIII, chefe da Igreja Católica Romana, receando pelo futuro do mundo ocidental, introduziu a lendária Oração a São Miguel, que ainda hoje se recita nas igrejas e lares por todo o nosso País e em todo o Mundo:

São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.



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segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Dia de São Miguel Arcanjo

Normalmente é representado a espezinhar o cornudo. Como é de conhecimento geral, o pecado de Satanás foi o da soberba: recusou aceitar o domínio de Deus sobre ele, quis fazer a sua vontade e não a Sua vontade.

Deus designou um Arcanjo - 2º a contar de baixo na hierarquia dos Coros Angélicos (ou Ordens Angélicas) - para derrotar o inimigo, que pertencia ao Coro mais elevado (Serafins). A humilhação de Satanás é deste modo ainda maior, porque é esmagado por quem lhe é ontologicamente inferior.

Ao "Não servirei" (a Deus) com que se revoltou o pai da soberba responde São Miguel com o seu próprio nome, que significa "Quem como Deus" (que é como quem diz: Deus é o maior).


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sábado, 27 de setembro de 2025

Há 485 anos, Paulo III aprovava a fundação dos Jesuítas

No dia 27 de Setembro de 1540, o Papa Paulo III publicou a bula Regimini militantis Ecclesiae, aprovando a Constituição da Companhia de Jesus. A finalidade dessa empresa está resumida na Fórmula do Instituto da Companhia de Jesus:

«Todo aquele que pretender alistar-se sob a bandeira da cruz, na nossa Companhia, que desejamos se assinale com o nome de Jesus, para combater por Deus e servir somente ao Senhor e à Sua esposa a Igreja, sob a direcção do Romano Pontífice, Vigário de Cristo na terra, depois dos votos solenes de perpétua castidade, pobreza e obediência, persuada-se que é membro da Companhia.

Esta foi instituída principalmente para a defesa e a propagação da fé e o aperfeiçoamento das almas na vida e na doutrina cristãs, por meio de pregações públicas, lições e qualquer outro ministério da palavra de Deus, Exercícios Espirituais, formação cristã das crianças e dos rudes, e Confissões e administração dos outros Sacramentos, buscando principalmente a consolação espiritual dos fiéis cristãos.»


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Papa Leão evita dizer uma heresia

Encontro ecuménico na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma. A dada altura reza-se o Credo Niceno-Constantinopolitano. À primeira vista não parece má ideia pôr os protestantes e ortodoxos a dizer que acreditam: “Na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica”. 

Mas, antes disso, certamente para agradar aos ortodoxos (não insistindo na questão do Filioque), no livreto da celebração dizia que o Espírito Santo procede (apenas) do Pai, omitindo que também procede do Filho, como diz o Credo e a doutrina católica. O Papa, ao ler essa passagem, parece fazer um ar surpreendido e fica em silêncio.


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segunda-feira, 22 de setembro de 2025

O que é a soberba?

É o amor desordenado da nossa própria glória.
Daqui nasce a ambição, que gera as intrigas, a hipocrisia, os respeitos humanos. Daqui nascem a mentira, as desculpas intermináveis, a jactância, a obstinação no juízo próprio, as contendas, a discórdias.
Daqui nascem também o egoísmo e a inveja, que dão ocasião a uma infinidade de pecados contra a caridade: sente-se uma pessoa mortificada com o feliz êxito dos outros, alegra-se com os seus infortúnios ou faltas, despreza-os no seu interior por simples suspeitas, julga-os temerariamente e rouba-lhe muitas vezes a estima do próximo com a maledicência, calúnia, insinuações malévolas, etc.
P. Bruno Vercruysse, SJ - A vida e doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo





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Cardeal Japonês: Sim à Missa Tradicional, não ao activismo social

A Igreja no Japão tem tentado, há décadas, converter o país budista através do Novus Ordo, disse o Cardeal Tarcisio Isao Kikuchi, 66 anos, de Tóquio, que é também presidente da Caritas Internationalis, ao UcaNews.com (11 de Agosto): "E, apesar disso, ainda hoje, pouca coisa mudou. Continuamos a ser uma pequena minoria, talvez cerca de meio milhão de católicos japoneses."

"Temos numerosas instituições de ensino e programas de assistência social. Como resultado, temos vários simpatizantes, incluindo alguns no governo e entre pessoas abastadas. Mas são apenas isso — simpatizantes."

O Cardeal Kikuchi acrescenta que a maioria das pessoas no Japão tende a ser politicamente conservadora: "Os ensinamentos sociais da Igreja Católica são frequentemente vistos como pouco conservadores e, por vezes, até como esquerdistas ou, para alguns, 'comunistas'."

Uma nota lateral que é a sua frase chave: "Algumas pessoas no Japão preferem práticas católicas tradicionais, como a Missa em latim, com muito incenso e uma atmosfera mística, porque isso ajuda-as a desligar-se dos ensinamentos políticos ou sociais da Igreja. Dentro da própria Igreja, mesmo sendo pequena, há sempre tensão entre os que querem ser social e politicamente activos e os que favorecem uma espiritualidade mais tradicional."

O Cardeal Kikuchi também reconhece que a sociedade japonesa está a envelhecer. "Não é só a Igreja. Os jovens estão ausentes da sociedade em geral."

Os seus missionários são migrantes. "Há filipinas que casaram com japoneses. Em muitas comunidades rurais, os agricultores japoneses procuraram esposas. Por agências e outros meios, muitas mulheres vieram das Filipinas, Indonésia e China, mas a maioria era filipina."

O Cardeal prossegue: "Esses filipinos que vivem no Japão rural foram os que diziam aos seus maridos não católicos: 'Leva-me à igreja.'" E eles "evangelizam de forma discreta, pessoal e convicta".

Na sua Arquidiocese de Tóquio, há 90.000 católicos japoneses, mas outros 100.000 estrangeiros católicos, dos quais 40.000 são filipinos.

in gloria.tv


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sábado, 20 de setembro de 2025

Os ataques do tentador

Se, depois o baptismo, fores atacado pelo perseguidor, o tentador da luz, tens material para a vitória. Ele irá certamente atacar-te, já que também atacou o Verbo, o meu Deus, enganado pela aparência humana que lhe escondia a luz incriada. Não tenhas medo do combate. Opõe-lhe a água do baptismo, opõe-lhe o Espírito Santo no qual se extinguem todos os dardos inflamados lançados pelo maligno. 

Se ele te mostrar as necessidades que te oprimem – e não deixou de o fazer com Jesus –, se te lembrar que tens fome, não dês a entender que ignoras as suas propostas. Ensina-lhe o que ele não sabe; opõe-lhe a Palavra de vida, esse verdadeiro Pão enviado do céu e que dá a vida ao mundo. 

Se ele te estender a armadilha da vaidade – e usou-a contra Cristo, quando O levou ao pináculo do Templo e Lhe disse: «Deita-Te daqui abaixo», para O fazer manifestar a sua divindade –, toma cuidado para não caíres por teres querido elevar-te

Se te tentar pela ambição, mostrando-te, numa visão instantânea, todos os reinos da terra submetidos ao seu poder, e te exigir que o adores, despreza-o: ele não é mais que um pobre irmão teu. E diz-lhe, confiando no selo divino: «Também eu sou imagem de Deus; ainda não fui, como tu, precipitado do alto da minha glória por causa do meu orgulho! Estou revestido de Cristo; tornei-me outro Cristo pelo meu baptismo; cabe-te a ti adorares-me.» 

Tenho a certeza que ele se irá embora, vencido e humilhado por estas palavras. Vindas de um homem iluminado por Cristo, serão sentidas por ele como se emanadas de Cristo, a luz suprema. Estes são os benefícios que a água do baptismo traz aos que reconhecem a sua força.

S. Gregório de Nazianzo in Sermão XL, 10 


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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Começa amanhã a Novena a São Miguel Arcanjo

Rezar diariamente durante 9 dias (de 20 a 28 de Setembro) estas orações: 

Glorioso São Miguel Arcanjo, o primeiro entre os Anjos de Deus, guarda e protector da Igreja Católica, lembrando de que Nosso Senhor vos confiou a missão de velar pelo seu povo, em marcha para a vida eterna, mas rodeado de tantos perigos e ciladas do dragão infernal, eis-me prostrado a vossos pés para implorar confiadamente o vosso auxílio, pois não há necessidade alguma em que não possais valer. Sabeis a angústia por que passa a minha alma. Ide junto a Maria, nossa Mãe muito amada, ide a Jesus e dizei-lhe uma palavra em meu favor, pois sei que Eles nada vos podem recusar. Intercedei pela salvação da minha alma e, também agora, por aquilo que tanto me preocupa:

(Fazer o pedido)

E se o que peço não é para glória de Deus e o bem da minha alma, obtende-me paciência e que eu me conforme com a Vontade Divina, pois sabeis o que é mais do agrado de Nosso Senhor e Pai.  Em nome de Jesus, Maria e José, atendei-me. Ámen.

Rezar, depois, 9 Glória-ao-Pai em acção de graças por todos os dons concedidos por Deus a São Miguel e aos Nove coros de Anjos:

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. Assim como era no princípio, agora e sempre, e por todos os séculos dos séculos. Ámen.

Invocação a São Miguel Arcanjo (pequeno Exorcismo):

São Miguel Arcanjo, defendei-nos neste combate, sede o nosso auxílio contra as maldades e as ciladas do demónio. Instante e humildemente vos pedimos que Deus sobre ele impere. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com esse poder divino, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos que vagueiam pelo mundo para perdição das almas. Ámen.


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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Coalizão Católica pede ao Papa Leão que revogue a Fiducia Supplicans

Uma coalizão internacional de associações católicas entregou uma carta pública ao
Papa Leão XIV, apelando para que tome medidas decisivas no sentido de manter o ensinamento imutável da Igreja sobre o matrimónio e a sexualidade e de resistir às tentativas de alterar a doutrina através de mudanças graduais na prática pastoral.

A coalizaão dirige-se também, respeitosamente, ao Santo Padre para que implemente medidas destinadas a sustentar o magistério perene da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimónio e a comunhão sacramental.

A carta aberta, intitulada 'Uma Súplica Filial e Apreensiva a Sua Santidade o Papa Leão XIV, enquadra o seu apelo no contexto do que a coligação descreve como “um legado de confusão e divisão difícil de sanar”.

Constitui também resposta directa à controvérsia em torno da recente “peregrinação jubilar LGBTQ+” promovida oficialmente pelo Vaticano, organizada durante o pontificado de Francisco.

A coligação internacional, herdeira do pensamento e acção do líder católico brasileiro Plinio Corrêa de Oliveira, é composta por dezenas de associações de toda a Europa, Américas, África e Ásia.


in complicitclergy.com


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São José de Cupertino, o santo que voava

No dia 17 de Junho de 1603, nasceu, no reino de Nápoles, na aldeia de Cupertino, um menino de nome José. Era o filho mais novo da família Desa, cujo Pai, um pobre carpinteiro, mal conseguia sustentar a Família. Ele veio ao mundo num pequeno estábulo, onde permaneceu nos primeiros meses de vida, porque o Pai, endividado, teve de vender o pouco que possuíam.

Apesar de pobre e iletrado, o menino foi criado no rigor dos ensinamentos de Cristo, pois sua família era muito religiosa. Assim foi a infância de José. Os únicos talentos por ele manifestados foram de ordem espiritual: o da oração e o da caridade para com os mais necessitados, que sofriam as agruras da miséria, como ele.

Quando completou 17 anos, estava determinado a tornar-se frade. Mas até os capuchinhos que o haviam aceitado como irmão leigo fizeram-no devolver o hábito, por causa da sua grande confusão mental. Isso causou a José um sofrimento muito grande. Mas não desistiu. Finalmente, foi aceite no Convento de Grotella pelos Frades Menores, que o acolheram e lhe deram uma tarefa simples: cuidar de uma mula.

Mesmo assim, estava determinado a ser Sacerdote. Foi então que as graças divinas começaram a intervir na sua vida. Apesar da dificuldade que tinha em estudar, milagrosamente saía-se muito bem nas provas. Desde então, começaram a aparecer sinais de predilecção divina e fenómenos que atestavam a sua santidade interior, presenciados pela comunidade de fiéis e irmãos da Ordem. Eram manifestações extraordinárias, como, por exemplo, curas totalmente milagrosas de doentes de todos os tipos de enfermidades. E ainda êxtases de oração, caminhava pela igreja sem colocar os pés no chão e, sem tomar nenhum cuidado com o corpo, exalava um fino e delicado odor. Por tudo isso, já era venerado em vida como santo.

Outro facto relevante na vida de José de Cupertino é que, apesar de quase não ter nenhum estudo teológico, tinha o dom da ciência e era consultado por teólogos a respeito de questões delicadas. Espantosamente, tinha sempre respostas sábias e claras. Com isso, José conquistou a glória máxima e, mesmo sendo considerado o frade mais ignorante de toda a Ordem franciscana, a sua fama de bom cristão, o seu comportamento peculiar e os seus milagres chegaram a Roma. O Papa Urbano VIII convocou-o e recebeu-o com as honras de que era merecedor.

Em 1628, foi ordenado Sacerdote. José de Cupertino mergulhou tão profundamente nas coisas de Deus que acabou por tornar-se um conselheiro de padres, bispos, cardeais, chefes de Estado e religiosos em geral. Todos o procuravam. E ele atendia-os com paciência, humildade e sabedoria, indicando-lhes a luz de que necessitavam. 

José de Cupertino morreu aos 60 anos de idade, no dia 18 de Setembro de 1663, no Convento de Osímo (Itália). O local, que se tornara um ponto de peregrinação com ele ainda vivo, tornou-se, imediatamente, um santuário a ele dedicado. Festejado liturgicamente no dia de sua morte, este singular frade franciscano é considerado pelos estudiosos como "o santo mais simpático da hagiografia católica".

Os frequentes êxtases espirituais, que lhe permitiam "voar" literalmente pela igreja, fizeram de São José de Cupertino o padroeiro dos aviadores e pára-quedistas. Também, devido à sua determinação diante das numerosas dificuldades encontradas nos estudos e exames é considerado o santo padroeiro dos estudantes que têm de fazer exames. 

in Paulinas


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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Quando São Francisco de Assis recebeu os estigmas

Francisco e um jovem companheiro, nas suas andanças costumeiras, passaram por um grande castelo todo iluminado devido às comemorações relativas à honra de cavaleiro atribuída a um filho da casa. Eles entraram nessa mansão aristocrática, que tomou seu nome do monte Feltro, à sua maneira bela e casual, e começaram a dar o seu próprio tipo de boa-nova. 

Ao menos algumas pessoas ouviram o santo “como se fosse um anjo de Deus”; entre elas estava um cavalheiro chamado Orlando de Chiusi, proprietário de muitas terras na Toscana, que decidiu brindar São Francisco com uma singular e pitoresca cortesia. Ele deu ao santo uma montanha, uma dádiva um tanto fora do comum entre as muitas possíveis.

Pode-se supor que a regra franciscana, que proibia aceitar dinheiro, não previra detalhadamente como agir com respeito à aceitação de montanhas. E é claro que São Francisco só a aceitou como aceitava tudo: como uma conveniência temporária, e não como uma posse pessoal. Então, transformou-a numa espécie de refúgio para a vida eremítica, não para a vida monástica, e se recolhia lá quando desejava uma vida de oração e de jejum, que não pedia nem aos amigos íntimos. Era o Monte Alverno, parte dos Montes Apeninos, monte encimado sempre por uma nuvem escura dotada de uma extremidade ou halo de glória.

Talvez nunca se possa saber o que de facto aconteceu ali. Imagino que a questão tenha sido objeto de controvérsias entre os mais devotos estudiosos da vida santa e entre estes e os estudiosos mais seculares. Talvez São Francisco nunca tenha falado com ninguém sobre o assunto, o que seria bem típico dele. Seja como for, o certo é que, de todo modo, ele falou muito pouco a esse respeito; acho que, pelo que dizem, ele só tratou disso com um único homem. Embora sujeito a essas dúvidas verdadeiramente sagradas, confesso que, para mim, esse relato solitário e indireto que chegou até nós parece bem com um relato de algo real, de algo mais real do que as chamadas realidades quotidianas. 

Até mesmo algo de duplo sentido e de imagem surpreendente, por exemplo, pode dar a impressão de uma experiência capaz de abalar os sentidos – como é o caso da passagem do Apocalipse sobre as criaturas sobrenaturais cheias de olhos. Ao que parece, São Francisco viu o céu acima de si ocupado por um grande ser com asas, semelhante a um serafim, que formava a figura da cruz. Não se sabe ao certo se a figura estava crucificada ou na posição da crucificação, ou se simplesmente a estrutura das suas asas incluía um enorme crucifixo. 

Mas parece claro que havia dúvidas sobre a possibilidade da crucificação, porque São Boaventura diz com todas as letras que São Francisco duvidava que um serafim pudesse ser crucificado, visto que esses principados não estavam sujeitos a passar pela Paixão. São Boaventura sugere que a aparente contradição deve ter significado que São Francisco seria crucificado como espírito, dado que não seria crucificado como homem. 

Seja qual for o significado da visão, contudo, a sua ideia geral é bem vívida e bastante intensa. São Francisco viu acima de si, ocupando todo o espaço do céu, alguma força inconcebível imemorial, antiga como o Ancião dos Dias (cf. Dan 7), cuja calma os homens tinham concebido na forma de touros alados ou de querubins monstruosos, e todo esse prodígio alado estava sofrendo dores como um pássaro ferido. Esse serafim sofredor, afirma-se, perfurou o coração de São Francisco com uma espada de pesar e piedade; pode-se deduzir que uma espécie de crescente agonia acompanhou o êxtase. Por fim, de alguma maneira o Apocalipse desapareceu do céu e a agonia interior cessou; e o silêncio e o ar natural tomaram conta das primeiras luzes do dia e se assentaram lentamente nos precipícios e nas profundas fendas dos Apeninos.
 
A cabeça do solitário afundou, em meio a todo o relaxamento e tranquilidade em que o tempo pode fluir com a sensação de algo encerrado e completo; e, ao olhar para baixo, ele viu as marcas dos pregos nas suas próprias mãos.

Gilbert Keith Chesterton in Saint Francis of Assisi


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terça-feira, 16 de setembro de 2025

A vida e martírio de São Cipriano de Cartago

São Cipriano é figura brilhante da Igreja africana no século III. Filho de pais nobres, dotado de extraordinários talentos, foi um dos maiores sábios do seu tempo e orador de inesgotáveis recursos. Sendo pagão, converteu-se ao Cristianismo e, em marcha ininterrupta, cresceu imensamente nas virtudes cristãs, a ponto de operar grandes milagres.

Por vontade do povo inteiro, e do clero, foi ordenado sacerdote, e no ano 248 sagrado Bispo de Cartago. Por causa do zelo sem par e da vida santa e piedosa deste Bispo a Diocese de Cartago foi a primeira diocese em África.

Quando, em 249, o Imperador Décio decretou a perseguição à Igreja de Cristo, muitos cristãos testemunharam a Fé com o próprio sangue, enquanto outros apostataram. Não tardou que a perseguição chegasse também a Cartago. Os pagãos reuniram-se no grande fórum e, em altos e apaixonados gritos, manifestavam o ódio ao Santo Bispo: "Cipriano aos leões! Cipriano às feras!"

Cipriano, com fervorosas orações, procurava conhecer a vontade de Deus. Para poupar o rebanho, embora aceitasse o martírio, achou mais acertado seguir o conselho de Nosso Senhor, que disse: "Se vos perseguirem numa cidade, procurai outra". 

Um sinal que recebeu do Céu mostrou-lhe também a conveniência dessa medida, e assim resolveu fugir. Do esconderijo pôde prestar grandes serviços aos pobres cristãos perseguidos, os quais animava, consolava e fortificava. Grande rigor opunha aos apóstatas. Muitos deles mostravam-se arrependidos, pedindo para serem aceites novamente. Como outros bispos e sacerdotes tratassem com mais benignidade esses infelizes, formou-se uma corrente fortíssima com ares de cisma contra Cipriano.

O movimento adversário era chefiado por Novaciano. Contra este e outros sacerdotes descontentes, Cipriano convocou um Concílio, cujas resoluções foram apresentadas ao Papa Cornélio, que as aprovou e sancionou. Em outro Concílio foi confirmado o valor do Baptismo das crianças.

Numa nova perseguição, que veio sob o governo do Imperador Galo, Cipriano tornou a fortalecer a fé dos cristãos. 

Quando a Peste, no espaço de 15 anos, dizimava a população, o santo Bispo permaneceu com os fiéis, consolando e socorrendo-os com orações e auxílios. Resgatou com o próprio dinheiro muitos cristãos que caíram prisioneiros.

Surgiu uma grande controvérsia sobre o valor do baptismo administrado por hereges. Enquanto o Papa Santo Estevão I decidia pela conservação da tradição, que considerava válido esse baptismo, Cipriano impugnava-o e com ele muitos bispos da África e da Ásia, que exigiam o segundo baptismo para pessoas baptizadas por hereges. A questão ficou, ao princípio, sem solução, devido às dificílimas complicações políticas daquele tempo. 

Embora contrariando a opinião do Papa, não era intenção de Cipriano desrespeitá-lo. A Igreja Romana era para ele "a cadeira de São Pedro, a Igreja por excelência, e que a união entre os bispos se origina e na qual é inadmissível uma traição, por menor que seja". Se houve da sua parte um excesso de ardor nas discussões e uma certa falta de ponderação, dela se penitenciou na perseguição que rompeu, quando Valeriano era imperador.

Foi no ano 257 que, pela primeira vez, se viu citado perante o tribunal do Procônsul Aspásio. As declarações sobre a sua posição, religião e modo de pensar cristão foram tão positivas que o juiz condenou-o ao exílio em Curubis. Por uma visão do Céu, soube que só um ano o separaria do Martírio.

Do exílio escreveu uma carta consoladora e enviou uma quantia de dinheiro aos cristãos condenados a trabalhos forçados nas minas de cobre. Ainda pôde voltar para Cartago, onde Galério Máximo tinha sucedido a Aspásio. Lá, tomou ainda muitas providências, repartiu os tesouros da Igreja entre os pobres, exortou os fiéis à constância e rejeitou o conselho de esconder-se.  

A 13 de Setembro de 258 foi levado à presença do novo Procônsul. Uma enorme multidão acompanhou-o apreensiva com o que poderia lhe acontecer. Como se negou a prestar homenagens aos deuses, o juiz romano condenou-o à morte pela espada. A execução foi imediata, e Cipriano, preparando-se para o último sacrifício, deu ao carrasco 25 moedas de ouro. Os cristão estenderam panos de linho branco em redor, para recolher o sangue do Mártir.

O cadáver foi sepultado com grande solenidade. Duas igrejas foram erguidas: uma no lugar onde foi decapitado, e outra sobre o seu túmulo. 

in Página do Oriente


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segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Hoje é dia de Nossa Senhora das Dores

Para fazer companhia à nossa querida Mãe é tradição rezar um Pai-Nosso e sete Avé-Marias por cada uma das 'dores' de Maria:

1. A profecia de Simeão (Lc 2, 34-35)
2. A fuga para o Egipto (Mt 2, 13)
3. O Menino Jesus perdido e encontrado no Templo (Lc 2, 43-45)
4. Maria encontra Jesus a caminho do Calvário (Lc 23, 26)
5. Jesus morre na Cruz (Jo 19, 25)
6. Maria recebe o corpo de Jesus nos braços (Mt 27, 57-59)
7. O corpo de Jesus é colocado no Sepulcro (Jo 19, 40-42)


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domingo, 14 de setembro de 2025

A Cruz é o triunfo do bem sobre o mal

Muitos poderiam ser tentados a interrogar-se por que motivo nós, cristãos, celebramos um instrumento de tortura, um sinal de sofrimento, de derrota e de falência. É verdade que a cruz exprime todos estes significados. 

Todavia, por causa daquele que foi elevado sobre a cruz para a nossa salvação, ela representa o triunfo definitivo do amor de Deus sobre todos os males do mundo.

Papa Bento XVI, homilia na Igreja da Santa Cruz em Nicosia (5/VI/2010)


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sábado, 13 de setembro de 2025

A comoção dos pais do novo sacerdote





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Guerra contra a Missa Tradicional em Charlotte

O novo Bispo de Charlotte (Estados Unidos) encetou uma guerra contra a Missa Tradicional. Perante esta injusta, a 'Charlotte Latin Mass Community' emitiu este comunicado:

Rezamos pelos nossos sacerdotes. Em particular, estamos gratos aos quatro sacerdotes que lutaram tão valorosamente para preservar a Missa Tradicional nas nossas paróquias (Pe. Reid, Pe. Codd, Pe. Buettner e Pe. Coleman).

Rezamos pelo Pe. Jones, que foi incumbido, na qualidade de capelão, de orientar a nova capela a partir do próximo mês.

Rezamos pelo Pe. Bourbeau e pelos sacerdotes da FSSPX que assistem a comunidade católica de Santo António em Mount Holly.

Rezamos pelos nossos seminaristas diocesanos, assim como pelos que se encontram em formação noutras ordens tradicionais, como a FSSP.

Defendemos os direitos dos fiéis, tal como exposto nos Cânones 213-214, de seguirem a sua “própria forma de vida espiritual”, em consonância com a doutrina imutável da Igreja.

Sujeitamo-nos com plena docilidade à autoridade autêntica do nosso Bispo, Sua Ex.ª D. Michael Martin, e do Santo Padre, o Papa Leão XIV; cuja missão é proteger e defender a fé católica e o sagrado depósito da Tradição.

Após o dia 2 de Outubro, só haverá duas capelas na Diocese de Charlotte onde os fiéis poderão assistir à Missa Tradicional em Latim: a capela ainda sem nome, em Mooresville, e a capela de Santo António de Pádua em Mount Holly, assistida pela FSSPX.

Para os fiéis que têm assistido à Missa Tradicional nas quatro paróquias que serão encerradas, qualquer escolha que façam exigirá grande sacrifício. Ninguém reivindique para si um grau mais elevado de sofrimento (isto seria orgulho e não humildade), e ninguém questione estas decisões de discernimento que cada família deve tomar.

Para aqueles para quem a Missa em Latim é apenas uma questão de preferência e que escolhem permanecer nas suas paróquias assistindo ao Novus Ordo, aguardamos com alegria as ocasiões em que venham a Mooresville ou a Mount Holly para se unirem a nós.

Para aqueles que desejam continuar a vir à Missa Tradicional mas não o poderão fazer devido à distância, incapacidade ou outros impedimentos, estamos em solidariedade convosco, sustentamo-vos nas nossas orações e continuamos a lutar contra este abuso espiritual.

Para aqueles que continuarão a assistir semanalmente à Missa Tradicional porque é o vosso direito, e porque a Missa é “a coisa mais bela deste lado do Céu”, saibam que terão estas duas capelas à vossa disposição, e muitos rostos familiares à vossa espera.


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sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Festa do Santíssimo Nome de Maria

A Festa do Santíssimo Nome de Maria, no dia 12 de Setembro, é uma data tradicional da Igreja Católica com profundo significado espiritual e histórico. A celebração começou na cidade espanhola de Cuenca, em 1513, como reconhecimento especial ao nome de Maria.

Inicialmente, foi uma comemoração local, mas logo se espalhou por toda a Espanha e depois, por influência da vitória cristã na Batalha de Viena em 1683, tornou-se uma festa universal, graças ao Papa Inocêncio XI. Nessa batalha, o rei polonês Jan Sobieski entregou suas tropas à protecção de Nossa Senhora e, ao atribuir a vitória à sua intercessão, o Papa estendeu a festa para toda a cristandade como ação de graças.

Ao longo da História, a festa passou por várias modificações de data e extensão: celebrada inicialmente a 15 de Setembro, passou para 17, com o Papa Sisto V, e, posteriormente, foi alargada à Arquidiocese de Toledo e a toda Espanha. Também recebeu permissão em ordens religiosas específicas e, finalmente, após a vitória de Viena, entrou no calendário universal da Igreja Católica.

O dia é marcado por Missas solenes, ladainhas e devoções especiais ao Nome de Maria, incluindo procissões e atos de consagração. Muitos fiéis rezam o Rosário, meditam sobre as virtudes de Nossa Senhora - fé, humildade, obediência.

Tradicionalmente, neste dia, invoca-se a protecção de Nossa Senhora sobre a Igreja, as Nações e as famílias. Em Roma, por exemplo, uma das igrejas do Fórum de Trajano é dedicada especialmente ao Nome de Maria.


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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

O genocídio cristão na Nigéria

O que está a acontecer aos cristãos na Nigéria é “genocídio” e “uma guerra religiosa”, afirmou o Bispo Wilfred Anagbe, de 60 anos, de Makurdi, Nigéria, ao 'Il Tempo' a 1 de Setembro.

A sua diocese situa-se no Estado de Benue, onde 95% da população é cristã. A região tornou-se uma das mais perigosas do país: “Os agressores — muçulmanos provenientes de fora da região — destroem igrejas, matam habitantes indefesos, obrigam outros a fugir, incendeiam as suas terras e regressam depois para as ocupar.”

Mons. Anagbe fala de “um plano de conquista” que inclui também métodos não violentos, como mudar os nomes das aldeias para palavras árabes ou encerrar escolas durante o Ramadão: “Na Arábia Saudita ou no Afeganistão as escolas não são encerradas, então por que razão o são na Nigéria?”

Durante o massacre de Yelewata, em Junho, 200 cristãos foram mortos. O Bispo Anagbe recorda: “Atearam fogo a uma sala, queimando vivos todos os que estavam dentro, incluindo duas crianças de três anos e de cinco meses. Uma mãe que procurara refúgio num telhado foi obrigada a testemunhar o massacre dos seus cinco filhos e, no seu desespero, lançou-se abaixo.”

Os ataques acontecem quotidianamente nas aldeias: “Temos testemunhos de mulheres grávidas que foram degoladas pelos terroristas, os quais deitavam depois fora os seus filhos ainda por nascer.”

Mons. Anagbe adverte ainda que o problema afecta também a Europa: “Vimos como o radicalismo islâmico criou raízes na Bélgica, em França e no Reino Unido.”

in gloria.tv


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terça-feira, 9 de setembro de 2025

São Pedro Claver: o "Escravos dos Escravos"

São Pedro Claver foi um sacerdote jesuíta catalão, e missionário, que nasceu em 1580 no seio de uma família de agricultores que era devotamente católica e próspera na aldeia de Verdú, Urgell, localizada na província de Lleida. 
Mais tarde, como estudante da Universidade de Barcelona, Claver ficou conhecido pela sua inteligência e piedade. Após dois anos de estudos, escreveu essas palavras no seu caderno, que guardou até o fim de sua vida: “Devo dedicar-me ao serviço de Deus até a morte, entendendo que sou como um escravo.”

Após a conclusão dos seus estudos, ingressou na Companhia de Jesus em Tarragona, aos 20 anos. Quando completou o seu noviciado, foi enviado para estudar filosofia em Palma. Lá conheceu o porteiro do Colégio, Santo Afonso Rodríguez, um irmão leigo que era conhecido pela sua santidade e dom de profecia. Rodríguez acreditava que Deus lhe dissera que Claver iria passar a vida a serviço nas colónias da Nova Espanha e pedia frequentemente para que o jovem estudante aceitasse esse chamamento.

Claver ofereceu-se para as colónias espanholas e foi enviado para o Reino de Nova Granada, onde chegou à cidade portuária de Cartagena em 1610. Foi necessário esperar seis anos para ser ordenado sacerdote. Enquanto fazia os seus estudos teológicos, morou em casas jesuítas em Tunja e Bogotá. Durante esses anos preparatórios, ficou profundamente perturbado com o tratamento severo e as condições de vida dos escravos negros trazidos de África.

O Pe. Alonso de Sandoval foi o seu mentor e inspiração, por ter se dedicado a servir os escravos durante 40 anos antes que Claver chegasse para dar continuidade ao trabalho. Sandoval achou Claver apto e, quando ele professou solenemente os seus votos, em 1622, assinou o seu documento final com os dizeres em latim: Petrus Claver, aethiopum semper servus (Pedro Claver, servo dos etíopes para sempre).

Claver dirigiu-se ao cais assim que um navio negreiro entrou no porto. Embarcando no navio, entrou nos porões para tratar e ministrar a carga humana terrivelmente maltratada, que havia suportado uma viagem de vários meses sob condições difíceis. Depois, enquanto os escravos foram arrebanhados do navio e redigidos nos quintais próximos para serem examinados por uma multidão de compradores, Claver juntou-se a eles com remédios, comida, pão, brandy, limões e tabaco. Com a ajuda de intérpretes deu instruções básicas.

Claver viu os escravos como companheiros cristãos, encorajando-os a fazê-lo também. Durante a temporada em que os traficantes não aportavam, Claver atravessou o país visitando plantações atrás de plantações para dar consolo espiritual aos escravos. Durante os 40 anos de ministério, estima-se que ele tenha catequizado e baptizado mais de 300 mil escravos.

O trabalho de Claver em favor dos escravos não o impediu de ministrar às almas de membros prósperos da sociedade, comerciantes e visitantes de Cartagena (incluindo muçulmanos e protestantes ingleses), tendo também feito o mesmo a criminosos condenados, muitos dos quais preparou espiritualmente para a morte. Também era um visitante frequente nos hospitais da cidade.

Nos últimos anos da sua vida estava doente demais para deixar o seu quarto e permaneceu negligenciado, esquecido, fisicamente abusado e privado de comida durante quatro anos, por um ex-escravo que havia sido contratado pelo superior da casa para cuidar dele. Nunca reclamou do modo como foi maltratado, aceitando-o como punição justa pelos seus pecados. Veio a falecer no dia 8 de Setembro de 1654.

Quando as pessoas da cidade souberam da sua morte, muitos forçaram-se a entrar no seu quarto para prestar homenagem. Tal era a sua reputação de santidade que as pessoas se apoderaram de todas as suas roupas para servir como uma relíquia do santo.

Ficou conhecido como "Escravo dos Escravos e “Apóstolo dos Negros”.

adaptado de salvemaria.com.br


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segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Natividade de Nossa Senhora

Esta Senhora faz hoje 2041 anos. Nesta pintura aparece a fazer o que sempre fez: apontar e mostrar o caminho para o Seu filho, Jesus.

Avé Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Ámen.



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sábado, 6 de setembro de 2025

Bispo escreve poema sobre a Batina

Minha pobre batina, mal cerzida,
tu vales mais que todos os amores,
pois, negra embora, enches-me de flores 
e de esperanças imortais a vida.

Com seus sorrisos escarnecedores,
zomba o mundo de ti, de ti duvida,
porque não sabe a força que na lida,
tu me dás, do teu beijo aos resplendores.

Tu serenas do orgulho as brutas vagas,
e a mostrar-me do mundo a triste sina,
toda a volúpia das paixões apagas.

Oh! Como o bravo envolto na bandeira,
contigo hei de morrer, minha batina,
ó minha heróica e santa companheira!

D. Francisco de Aquino Corrêa, Arcebispo de Cuiabá


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sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Missa diária

Quando vos ocorre o pensamento de ir à Missa num dia de trabalho, é um movimento de graça que Deus quer muito dar-vos. Sigam-no.

Os santos só se tornaram santos pela sua grande atenção e seguimento de todas as boas inspirações que o bom Deus lhes enviava, e os condenados estão no Inferno porque as desprezaram. Vós sereis julgados por estes pensamentos que não acolhestes e pelas Missas que poderíeis ter ouvido e que não ouvireis.

Ah meu bom Deus, o que será de nós! As chamas do purgatório serão o castigo da nossa preguiça ou da nossa visão demasiado egoísta.

São João Maria Vianney


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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Bolívia condena Jesuítas por encobrirem abusos sexuais de menores por sacerdote homossexual

No dia 2 de Setembro, um tribunal boliviano condenou dois padres jesuítas espanhóis idosos, Marcos Recolons, de 81 anos, e Ramón Alaix, de 83, a um ano de prisão cada, por terem encoberto décadas de abusos sexuais de menores cometidos pelo seu confrade, o padre Alfonso Pedrajas (+2009). A maior parte das vítimas eram rapazes indígenas – bolseiros em colégios dirigidos pelos Jesuítas.

O caso veio a público em 2023 após a divulgação do diário de Pedrajas, no qual este confessava ter abusado de pelo menos 85 menores entre 1972 e 2000. Nele mencionava que os seus superiores jesuítas "sabiam", mas nada fizeram, chegando até a encobri-lo.

Numa audiência em Julho relativa ao processo, o presidente de uma associação de vítimas de abusos declarou que, depois da publicação do diário, encontraram vítimas de diferentes gerações. "Percebemos que tínhamos sido vítimas não só dos agressores, mas também de toda uma estrutura: a Companhia de Jesus (Jesuítas), que transferia os abusadores."

Acrescentou ainda: "Quando um abusador tem mais de dez vítimas, falamos de um violador em série."

Outras vítimas relataram como o padre Pedrajas se aproveitou da sua confiança, muitas vezes sob o pretexto de orientação ou direcção espiritual.

O tribunal concluiu que ambos, tendo exercido funções de provinciais jesuítas na Bolívia durante os anos em questão, tinham conhecimento das acusações contra Pedrajas, mas optaram por transferi-lo para locais onde continuava a ter contacto com crianças. O juiz apelou ao Ministério Público para investigar outros responsáveis jesuítas.

Na sala de audiências encontrava-se Erika Montaño, cujo irmão foi vítima de abusos homossexuais e entrou também na Companhia de Jesus, acabando por suicidar-se.

in gloria.tv


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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Oração pelos Sacerdotes indulgenciada por São Pio X

Ó Jesus, Pontífice Eterno, Divino Sacrificador, Vós que, no Vosso incomparável amor, deixastes sair do Vosso Sagrado Coração o sacerdócio cristão, dignai-Vos derramar, nos Vossos sacerdotes, as ondas vivificantes do Amor infinito.
 
Vivei neles, transformai-os em Vós, tornai-os, pela Vossa graça, instrumentos de Vossas Misericórdias. Actuai neles e por eles, e fazei que, revestidos inteiramente de Vós pela fiel imitação de Vossas adoráveis virtudes, operem, em Vosso nome e pela força de Vosso espírito, as obras que Vós mesmo realizastes para a salvação do mundo.
 
Divino Redentor das almas, vede como é grande a multidão dos que dormem ainda nas trevas do erro; contai o número dessas ovelhas infiéis que ladeiam os precipícios; considerai a multidão dos pobres, dos famintos, dos ignorantes e dos fracos que gemem ao abandono.

Voltai para nós por intermédio dos Vossos sacerdotes. Revivei neles; actuai por eles, e passai de novo através do mundo, ensinando, perdoando, consolando, sacrificando, e reatando os laços sagrados do amor entre o Coração de Deus e o coração humano. Amém.

Oração indulgenciada pelo Papa Pio X a 3 de Março de 1905


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