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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Hóstia encontrada no chão depois da Missa de encerramento da JMJ

Um peregrino das Filipinas encontrou uma Hóstia, muito provavelmente consagrada, no chão, depois da última Missa da Jornada Mundial da Juventude no Panamá. É lamentável, e é muito grave, a falta de cuidado com que se trata o Santíssimo Sacramento hoje em dia, especialmente nestas celebrações. Este é o testemunho de Marvin Sy:

"Encontrei uma partícula inteira do Santíssimo Sacramento, Nosso Senhor Jesus Cristo, no chão enquanto caminhava no campo, após a Missa de encerramento da JMJ 2019. Por reverência, e para evitar mais profanação, consumi-a no local. Espero que os Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão para a próxima JMJ verificassem o chão ao seu redor, porque se trata da Presença Real de Cristo, e não deve ser levada de ânimo leve."


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sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Missa Tradicional no Panamá

Apesar de não fazer parte da programação oficial das JMJ, a igreja de Nuestra Señora del Carmen encheu-se com centenas de jovens para uma Missa Solene, que não se via no Panamá há muitas décadas. A divulgação da Missa foi apenas por passa-palavra. O Arcebispo de Portland, Alexander Sample, pregou sobre as razões que levam tantos jovens a procurar a Missa Tradicional e a sua extrema necessidade na Igreja de hoje.  









Organização e fotografias: Juventutem


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quarta-feira, 27 de julho de 2016

Missa Pontifical celebrada por D. Athanasius Schneider em Cracóvia


No dia da abertura das JMJ 2016: Missa Pontifical na Igreja da Conversão de S. Paulo, em Cracóvia.

Na sacristia, preparam-se os paramentos do bispo. Na fotografia vemos as cruzes peitorais e o solideu.

Vemos na procissão de entrada o Bispo ainda com a Mitra, o Báculo, as Cáligas e as Luvas Pontificais. Ao vestir as luvas, o bispo reza a seguinte oração: "Circundai, Senhor, as minhas mãos do novo homem que desceu do céu, para que, do mesmo modo que Jacó, o Vosso eleito coberto de pele de carneiro obteve a bênção paterna, a oferta do alimento ao pai lhe foi gratíssima, recebei da mesma forma pelas nossas mãos a oferta da Vítima salvadora e mereçamos receber as graças da Vossa bênção."

Chegando ao altar, genuflectem, excepto o Bispo, e iniciam as orações aos pés do altar.

Reza depois a colecta no Faldistório, virado para o altar.


Consequentemente o sub-diácono canta a Epístola, neste caso do Livro da Sabedoria.

O bispo vira-se em direcção ao diácono, que depois canta o Santo Evangelho.

Prega a homilia sentado no Faldistório, com a Mitra imposta e segurando o Báculo, demonstrando toda a sua autoridade de ensino.

De seguida, os dons são trazidos para o altar, para o Bispo os oferecer a Deus.

O Bispo incensa-os, pedindo a intercessão de S. Miguel Arcanjo.

Consequentemente o Diácono incensa o Bispo.

Durante a consagração a igreja está pela única vez durante a Missa, em silêncio sepulcral.

"Corpus Christi enim Dominus est."
Jesus desceu dos Céus para Se fazer presente, pobre e indefeso.
O bispo comunga o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor.
Depois, apresenta o Salvador do mundo aos fiéis, que de seguida vão receber a Sagrada Comunhão.


Após as abluções e terminada a Missa, segue a procissão de saída, na qual o Bispo abençoa o povo.

Finda a Missa e já na sacristia, os acólitos pedem a bênção e ajudam o Bispo a desparamentar-se.

Continuem a acompanhar a Juventutem nas JMJ no blog Senza Pagare.

Oremus pro antistite Athanasio.
Deo gratias!

Créditos fotográficos para a Juventutem (Daniel Blackman)




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terça-feira, 26 de julho de 2016

Missa Solene nas JMJ2016 - Cracóvia

Hoje, dia 26, é o primeiro dia das Jornadas Mundiais da Juventude em Cracóvia, Polónia. Durante estes dias acontecerão vários eventos em simultâneo.
O programa tradicional começou já ontem, com uma Missa Solene na Igreja da Conversão de S. Paulo. O blog Senza Pagare acompanhará de perto estes acontecimentos.

Procissão de entrada

Orações aos pés do altar.
Ao sacerdote respondem o diácono, o sub-diácono e os acólitos, enquanto a Schola canta o Introito do dia.
O sub-diácono canta a epístola, pregando aos convertidos.
Do púlpito, o sacerdote prega a homilia em inglês.
Após o ofertório dá-se a incensação das oblatas. "Suba até Vós Senhor, a minha oração, como incenso..."



Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.


O sacerdote reza uma última oração, antes de dar a benção final: "Placeat tibi Sancta Trinitas..."





























A Santa Missa foi celebrada pelo Pe. Wojciech Grygiel, da FSSP.
Créditos fotográficos para a Juventutem (Daniel Blackman).

Mais informações:








































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quarta-feira, 20 de julho de 2016

Quando a confissão mudou uma vida e deu um Papa - JMJ'16

MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO
PARA A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2016

«Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia» (Mt 5, 7)

Queridos jovens!

Chegamos à última etapa da nossa peregrinação para Cracóvia, onde juntos, (...), celebraremos a XXXI Jornada Mundial da Juventude. No nosso longo e exigente caminho, temos sido guiados pelas palavras de Jesus tiradas do «Sermão da Montanha». (...) No ano que temos pela frente, queremos deixar-nos inspirar pelas palavras: «Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia»(Mt 5, 7).

Com este tema, a JMJ de Cracóvia 2016 insere-se no Ano Santo da Misericórdia, tornando-se um verdadeiro e próprio Jubileu dos Jovens a nível mundial. (...)

A misericórdia de Deus é muito concreta, e todos somos chamados a fazer experiência dela pessoalmente. Quando tinha dezassete anos, num dia em que devia sair com os meus amigos, decidi passar antes pela igreja. Ali encontrei um sacerdote que me inspirou particular confiança e senti o desejo de abrir o meu coração na Confissão. Aquele encontro mudou a minha vida. Descobri que, quando abrimos o coração com humildade e transparência, podemos contemplar de forma muito concreta a misericórdia de Deus. Tive a certeza de que Deus, na pessoa daquele sacerdote, já estava à minha espera, ainda antes que desse o primeiro passo para ir à igreja. Nós procuramo-Lo, mas Ele antecipa-Se-nos sempre, desde sempre nos procura e encontra-nos primeiro. Talvez algum de vós sinta um peso no coração e pense: Fiz isto, fiz aquilo… Não temais! Ele espera-vos. É pai; sempre nos espera. Como é belo encontrar no sacramento da Reconciliação o abraço misericordioso do Pai, descobrir o confessionário como o lugar da Misericórdia, deixar-nos tocar por este amor misericordioso do Senhor que nos perdoa sempre!

E tu, caro jovem, cara jovem, já alguma vez sentiste pousar sobre ti este olhar de amor infinito que, para além de todos os teus pecados, limitações e fracassos, continua a confiar em ti e a olhar com esperança para a tua vida? Estás consciente do valor que tens diante de um Deus que, por amor, te deu tudo? Como nos ensina São Paulo, assim «Deus demonstra o seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós»(Rm 5, 8). Mas compreendemos verdadeiramente a força destas palavras?

Sei como todos vós amais a cruz das JMJ’s – dom de São João Paulo II – que, desde 1984, acompanha todos os vossos Encontros Mundiais. Na vida de inúmeros jovens, quantas mudanças – verdadeiras e próprias conversões – brotaram do encontro com esta cruz singela! Talvez vos tenhais posto a questão: donde vem esta força extraordinária da cruz? Aqui tendes a resposta: a cruz é o sinal mais eloquente da misericórdia de Deus. Atesta-nos que a medida do amor de Deus pela humanidade é amar sem medida. Na cruz, podemos tocar a misericórdia de Deus e deixar-nos tocar pela sua própria misericórdia. Gostaria aqui de lembrar o episódio dos dois malfeitores crucificados ao lado de Jesus: um deles é presunçoso, não se reconhece pecador, insulta o Senhor. O outro, ao contrário, reconhece ter errado, volta-se para o Senhor e diz-Lhe: «Jesus, lembra-Te de mim, quando estiveres no teu Reino». Jesus fixa-o com infinita misericórdia e responde-lhe: «Hoje estarás comigo no Paraíso» (cf. Lc 23, 32.39-43). Com qual dos dois nos identificamos? Com aquele que é presunçoso e não reconhece os próprios erros? Ou com o outro, que se reconhece necessitado da misericórdia divina e implora-a de todo o coração? No Senhor, que deu a sua vida por nós na cruz, encontraremos sempre o amor incondicional que reconhece a nossa vida como um bem e sempre nos dá a possibilidade de recomeçar.

(...)

Depois de vos ter explicado muito resumidamente como o Senhor exerce a sua misericórdia para connosco, quereria sugerir-vos em concreto como podemos ser instrumentos desta mesma misericórdia para com o nosso próximo.

Aqui vem-me ao pensamento o exemplo do bem-aventurado Pier Giorgio Frassati. Dizia ele: «Jesus faz-me visita cada manhã na Comunhão, eu restituo-a no mísero modo que posso, ou seja, visitando os pobres». Piergiorgio era um jovem que compreendera o que significa ter um coração misericordioso, sensível aos mais necessitados. Dava-lhes muito mais do que meras coisas materiais; dava-se a si mesmo, disponibilizava tempo, palavras, capacidade de escuta. Servia os pobres com grande discrição, não se pondo jamais em evidência. Vivia realmente o Evangelho, que diz: «Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua direita, a fim de que a tua esmola permaneça em segredo»(Mt 6, 3-4). Imaginai vós que, no dia anterior ao da sua morte, gravemente doente, ainda se pôs a dar orientações sobre o modo como ajudar os seus amigos necessitados. No seu funeral, os familiares e amigos ficaram estupefactos com a presença de tantos pobres, a eles desconhecidos, que tinham sido acompanhados e ajudados pelo jovem Pier Giorgio.

Sempre me apraz associar as Bem-aventuranças evangélicas com o capítulo 25 de Mateus, quando Jesus nos apresenta as obras de misericórdia e diz que seremos julgados com base nelas. Por isso, convido-vos a redescobrir as obras de misericórdia corporal: dar de comer a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar pousada aos peregrinos, assistir aos enfermos, visitar os presos, enterrar os mortos. E não esqueçamos as obras de misericórdia espiritual: dar bons conselhos, ensinar os ignorantes, corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias, suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo, rezar a Deus por vivos e defuntos. Como vedes, a misericórdia não é bonomia, nem mero sentimentalismo. Aqui está o critério de autenticidade do nosso ser discípulos de Jesus, da nossa credibilidade como cristãos no mundo de hoje.

(...) a mensagem da Misericórdia Divina [de Sta. Faustina] constitui um programa de vida muito concreto e exigente, porque implica obras. E uma das obras de misericórdia mais evidentes, embora talvez das mais difíceis de praticar, é perdoar a quem nos ofendeu, a quem nos fez mal, àqueles que consideramos como inimigos. «Tantas vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz» (Misericordiae Vultus, 9).

Encontro muitos jovens que se dizem cansados deste mundo tão dividido, no qual se digladiam partidários de diferentes facções, existem muitas guerras e há até quem use a própria religião como justificação da violência. Temos de suplicar ao Senhor que nos dê a graça de ser misericordiosos com quem nos faz mal; como Jesus que, na cruz, assim rezava por aqueles que O crucificaram: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23, 34). O único caminho para vencer o mal é a misericórdia. A justiça é necessária, e muito! Mas, sozinha, não basta. Justiça e misericórdia devem caminhar juntas. Quanto desejaria que nos uníssemos todos numa oração coral, saída do mais fundo dos nossos corações, implorando que o Senhor tenha misericórdia de nós e do mundo inteiro!

Faltam poucos meses para o nosso encontro na Polónia. Cracóvia, a cidade de São João Paulo II e de Santa Faustina Kowalska, espera-nos com os braços e o coração abertos. Creio que a Providência Divina nos tenha guiado para celebrarmos o Jubileu dos Jovens precisamente no lugar onde viveram estes dois grandes apóstolos da misericórdia dos nossos tempos. João Paulo II intuiu que este era o tempo da misericórdia. No início do seu pontificado, escreveu a encíclica Dives in misericordiaNo Ano Santo de 2000, canonizou a Irmã Faustina, instituindo também a Festa da Misericórdia Divina, no segundo Domingo de Páscoa. E, no ano 2002, inaugurou pessoalmente, em Cracóvia, o Santuário de Jesus Misericordioso, consagrando o mundo à Misericórdia Divina e manifestando o desejo de que esta mensagem chegasse a todos os habitantes da terra e cumulasse os seus corações de esperança: «É preciso acender esta centelha da graça de Deus. É necessário transmitir ao mundo este fogo da misericórdia. Na misericórdia de Deus o mundo encontrará a paz, e o homem a felicidade!» (Homilia na Dedicação do Santuário da Misericórdia Divina em Cracóvia17 de Agosto de 2002).

Queridos jovens, Jesus misericordioso, representado na imagem venerada pelo povo de Deus no santuário de Cracóvia a Ele dedicado, espera-vos. Fia-Se de vós e conta convosco. Tem muitas coisas importantes a dizer a cada um e a cada uma de vós… Não tenhais medo de fixar os seus olhos cheios de amor infinito por vós e deixai-vos alcançar pelo seu olhar misericordioso, pronto a perdoar todos os vossos pecados, um olhar capaz de mudar a vossa vida e curar as feridas da vossa alma, um olhar que sacia a sede profunda que habita nos vossos corações jovens: sede de amor, de paz, de alegria e de verdadeira felicidade. Vinde a Ele e não tenhais medo! Vinde dizer-Lhe do mais fundo dos vossos corações: «Jesus, confio em Vós!» Deixai-vos tocar pela sua misericórdia sem limites, a fim de, por vossa vez, vos tornardes apóstolos da misericórdia, através das obras, das palavras e da oração, neste nosso mundo ferido pelo egoísmo, o ódio e tanto desespero.

Levai a chama do amor misericordioso de Cristo – de que falava São João Paulo II – aos ambientes da vossa vida diária e até aos confins da terra. Nesta missão, acompanho-vos com os meus votos de todo o bem e as minhas orações, entrego-vos todos à Virgem Maria, Mãe da Misericórdia, nesta última etapa do caminho de preparação espiritual para a próxima JMJ de Cracóvia, e de coração a todos vos abençoo.

Vaticano, 15 de Agosto – Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria – de 2015.
FRANCISCO
© Copyright - Libreria Editrice Vaticana

O blog Senza recomenda que leiam o texto completo aqui.


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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Logotipo oficial JMJ Cracóvia 2016

Foi revelado hoje (há poucas horas) pela Santa Sé o logo oficial da Jornadas Mundiais da Juventude de 2016 em Cracóvia, na Polónia.

Aqui está ele com uma pequena explicação:






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domingo, 11 de agosto de 2013

"Assisti a 39 Reveillons en Copacabana e nunca vi algo parecido"

Chamo-me José Maria Franco, sou garçom do restaurante Meia Pataca há 40 anos. Durante este tempo já assisti 39 Reveillons e nunca vi tanta gente na Avenida Atlântica com  esse intuito de se divertir, conhecer pessoas diferentes, brincar, cantar em louvor a Deus.

Ultimamente no Rio tivemos muitas passeatas, manifestações, que terminaram em pancadaria, vandalismo e destruição... e nada parecido com o que está acontecendo hoje no Rio de Janeiro. Três dias seguidos – a chuva atrapalhou um pouco mas o sol já voltou – três dias seguidos com um evento maravilhoso.

Eu me emociono toda vez que vejo essa multidão passando, de todos os países, de todas as línguas, mas todos irmanados no intuito de louvar a Deus e no que é importante, de fazer amigos, conhecer pessoas, como disse o Papa, dividir alguma coisa com alguém. E é o que eu estou vendo hoje.

Ontem, eu estava na Avenida Atlântica e tinha dois casais do Canadá perdidos e me perguntaram se eu falava inglês e eu disse: “Yes, I do” e me perguntaram se eu lhes podia levar até onde estavam hospedados, e era um pouco distante daqui. E eu os levei em casa. Eles estavam num bairro chamado Bairro Peixoto. Falavam mais Francês do que Inglês, o inglês deles se assemelhava ao meu, que não é muito bom, mas falei. Fui levá-los em casa e no final eles queriam me pagar, recompensar, e eu disse: ‘não. Somos todos irmãos’. E nós trocamos email, Facebook, que todo mundo tem hoje, e nos fotografamos e já ficamos amigos e eles vêm me visitar amanhã aqui porque vão embora no outro dia. Muito bom! Realmente algo inédito.


E toda vez que eu vejo o Papa passar, passa pertinho de nós, quando eu o vejo na televisão, eu me emociono. Não sei se é a idade que nos faz isso, mas há algo que me toca e toda vez que eu o vejo eu choro. Não tem como não chorar. O depoimento de um jovem, ex-viciado, sem pai e sem mãe tocou a todos e daí no final o Papa foi dar-lhe um abraço, com essa proximidade, essa espontaneidade do Santo Padre com o Povo, algo já visto no Rio de Janeiro e também no mundo. Com esse caráter Franciscano, o Papa se despiu de todas essas vaidades que nossos políticos tem, e ele, como representante do povo, não tem nada disso. Ele não exigiu isso, não exigiu aquilo, sai do seu carro, que é um carro aberto.


Por exemplo, eu vi um gesto do Santo Padre aqui na Avenida Atlântica, eu tava pertinho, uma pessoa ofereceu um solideu a ele. O Papa bateu no ombro do motorista, o motorista parou e ele pediu ao segurança que fosse até ele, e trouxe o solideu da pessoa que estava dando para ele, trocou o solideu, pôs na cabeça o solideu que tinha recebido e deu o seu para o rapaz que estava lá. Eu me emocionei com aquele gesto.


Sempre sorrindo. Se vê que é uma pessoa que não é tão jovem, quase 80 anos, mas a vitalidade, a alegria, o sorriso constante, nada forçado, querendo abraçar a todos. Num dos discursos que ele fez eu gostaria de destacar o seguinte: “eu gostaria de entrar na casa de todos vocês para tomar um cafezinho, abraçar a cada um de vocês”, é muito bonito isso.


Que Deus o proteja, que Deus dê uma longa vida à ele. E vai mudar alguma coisa, como tá mudando. Principalmente aqui no nosso país, onde os políticos estão corrompidos...


O Papa é o único homem público hoje no país que pode andar na rua sem ser atacado. Em qualquer rua que ele sair no Brasil vai ser ovacionado. Se qualquer político nosso, qualquer um, do presidente da República aos deputados, saírem à rua hoje, governador do Estado, eu não sei o que vai acontecer com eles. O único, o único que pode sair sem medo é o Papa. Não só sair, mas o Papa vai ser aplaudido, beijado, acariciado e protegido por essa população. in Zenit


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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

JMJ Rio, segundo um morador de Copacabana


Moro em Copacabana. Fiquei praticamente 4 dias em prisão domiciliar. Grande parte do comércio estava fechado e o que funcionava tinha fila que não acabava. Era difícil sair de carro e era impossível correr ou caminhar na praia. Nem academia funcionou. Vi 5 filmes em 3 dias (a última vez que fiz isso devia ter uns 15 anos). 

Simplesmente ficou mais cheio do que no réveillon e por mais dias. Mas não escrevo para criticar, pelo contrário. Essa JMJ poderia repetir todo ano aqui em Copacabana. Nesses dias, não vislumbrei desrespeito, sujeira, sedução barata ou mesmo uso de substâncias ilícitas e abuso de álcool. Simplesmente, eu observava as filas e ninguém furava. Carros que eventualmente passavam não eram socados.

Não vislumbrei agressões. Também não vi lata ou sujeira no chão. Não tinha gritos e sim cantorias. Peregrinos com as suas bandeiras. Ficou muito cheio, é verdade. Os sanitários disponibilizados eram poucos. Mas, independentemente da fé pessoal de cada um, o que eu vi foram jovens e adultos em uma celebração saudável. E vão embora daqui felizes. E deixaram muitos aqui felizes. Eu curti essa meninada.


Rodolfo Kronemberg Hartmann (Professor e Juiz Federal)


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terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa Francisco na Vigília de oração com os jovens - JMJ Rio 2013

Queridos jovens,

Contemplando vocês que hoje estão aqui presentes, me vem à mente a história de São Francisco de Assis. Diante do Crucifixo, ele escuta a voz de Jesus que lhe diz: «Francisco, vai e repara a minha casa». E o jovem Francisco responde, com prontidão e generosidade, a esta chamada do Senhor para reparar sua casa. Mas qual casa? Aos poucos, ele percebe que não se tratava fazer de pedreiro para reparar um edifício feito de pedras, mas de dar a sua contribuição para a vida da Igreja; era colocar-se ao serviço da Igreja, amando-a e trabalhando para que transparecesse nela sempre mais a Face de Cristo.

Também hoje o Senhor continua precisando de vocês, jovens, para a sua Igreja. Queridos jovens, o Senhor precisa de vocês! Ele também hoje chama a cada um de vocês para segui-lo na sua Igreja e ser missionário. Hoje, queridos jovens, o Senhor lhes chama! Não em magote, mas um a um… a cada um. Escutem no coração aquilo que lhes diz. Penso que podemos aprender algo daquilo que sucedeu nestes dias: por causa do mau tempo, tivemos de suspender a realização desta Vigília no Campus Fidei , em Guaratiba. Não quererá porventura o Senhor dizer-nos que o verdadeiro Campus Fidei, o verdadeiro Campo da Fé não é um lugar geográfico, mas somos nós mesmos? Sim, é verdade! Cada um de nós, cada um de vocês, eu, todos. E ser discípulo missionário significa saber que somos o Campo da Fé de Deus. Ora, partindo da denominação Campo da Fé, pensei em três imagens que podem nos ajudar a entender melhor o que significa ser um discípulo missionário: a primeira imagem, o campo como lugar onde se semeia; a segunda, o campo como lugar de treinamento; e a terceira, o campo como canteiro de obras.

1. Primeiro: o campo como lugar onde se semeia. Todos conhecemos a parábola de Jesus sobre um semeador que saiu pelo campo lançando sementes; algumas caem à beira do caminho, em meio às pedras, no meio de espinhos e não conseguem se desenvolver; mas outras caem em terra boa e dão muito fruto (cf. Mt 13,1-9). Jesus mesmo explica o sentido da parábola: a semente é a Palavra de Deus que é lançada nos nossos corações (cf. Mt 13,18-23). 

Hoje – todos os dias, mas de forma especial hoje – Jesus semeia. Quando aceitamos a Palavra de Deus, então somos o Campo da Fé! Por favor, deixem que Cristo e a sua Palavra entrem na vida de vocês, deixem entrar a semente da Palavra de Deus, deixem que germine, deixem que cresça. Deus faz tudo, mas vocês deixem-no agir, deixem que Ele trabalhe neste crescimento!

Jesus diz-nos que as sementes, que caíram à beira do caminho, no meio das pedras e no meio dos espinhos não deram fruto. Creio que podemos, com honestidade, perguntar-nos: Que tipo de terreno somos, que tipo de terreno queremos ser? Quem sabe se, às vezes, somos como o caminho: escutamos o Senhor, mas na nossa vida não muda nada, pois nos deixamos aturdir por tantos apelos superficiais que escutamos. Eu pergunto-lhes, mas agora não respondam, cada um responde no seu coração: Sou uma jovem, um jovem aturdido? Ou somos como o terreno pedregoso: acolhemos Jesus com entusiasmo, mas somos inconstantes;  diante das dificuldades, não temos a coragem de ir contra a corrente. 

Cada um de nós responda no seu coração: Tenho coragem ou sou um cobarde? Ou somos como o terreno com os espinhos: as coisas, as paixões negativas sufocam em nós as palavras do Senhor (cf. Mt 13, 18-22). No meu coração, tenho o hábito de jogar em dois papeis: fazer bela figura com Deus e fazer bela figura com o diabo? O hábito de querer receber a semente de Jesus e, ao mesmo tempo, irrigar os espinhos e as ervas daninhas que nascem no meu coração? Hoje, porém, eu tenho a certeza que a semente pode cair em terra boa. 

Nos testemunhos, ouvimos como a semente caiu em terra boa. «Não, Padre, eu não sou terra boa! Sou uma calamidade, estou cheio de pedras, de espinhos, de tudo». Sim, pode suceder que à superfície seja assim, mas você liberte um pedacinho, um bocado de terra boa e deixe que caia lá a semente e verá como vai germinar. Eu sei que vocês querem ser terreno bom, cristãos de verdade; e não cristãos pela metade, nem cristãos “engomadinhos”, cujo cheiro os denuncia pois parecem cristãos mas no fundo, no fundo não fazem nada; nem cristãos de fachada, cristãos que são “pura aparência”, mas sim cristãos autênticos. Sei que vocês não querem viver na ilusão de uma liberdade inconsistente que se deixa arrastar pelas modas e as conveniências do momento. Sei que vocês apostam em algo grande, em escolhas definitivas que deem pleno sentido. 

É assim ou estou enganado? É assim? Bem; se é assim, façamos uma coisa: todos, em silêncio, fixemos o olhar no coração e cada um diga a Jesus que quer receber a semente. Digam a Jesus: Vê, Jesus, as pedras que tem, vê os espinhos, vê as ervas daninhas, mas vê este pedacinho de terra que te ofereço para que entre a semente. Em silêncio, deixemos entrar a semente de Jesus. Lembrem-se deste momento, cada um sabe o nome da semente que entrou. Deixem-na crescer, e Deus cuidará dela.

2. O campo...O campo, para além de ser um lugar de sementeira, é lugar de treinamento. Jesus nos pede que o sigamos por toda a vida, pede que sejamos seus discípulos, que “joguemos no seu time”. A maioria de vocês ama os esportes. E aqui no Brasil, como em outros países, o futebol é paixão nacional. Sim ou não? Ora bem, o que faz um jogador quando é convocado para jogar em um time? Deve treinar, e muito! Também é assim a nossa vida de discípulos do Senhor. 

Descrevendo os cristãos, São Paulo nos diz: «Todo atleta se impõe todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguirem uma coroa corruptível. Quanto a nós, buscamos uma coroa incorruptível!» (1Co9, 25). Jesus nos oferece algo superior à Copa do Mundo! Algo superior à Copa do Mundo! Jesus oferece-nos a possibilidade de uma vida fecunda, de uma vida feliz e nos oferece também um futuro com Ele que não terá fim, na vida eterna. 

É o que nos oferece Jesus, mas pede para pagarmos a entrada; e a entrada é que treinemos para estar “em forma”, para enfrentar, sem medo, todas as situações da vida, testemunhando a nossa fé. Através do diálogo com Ele: a oração. Padre, agora vai pôr-nos todos a rezar? Porque não? Pergunto-lhes… mas respondam no seu coração, não em voz alta mas no silêncio: Eu rezo? Cada um responda. Eu falo com Jesus ou tenho medo do silêncio? Deixo que o Espírito Santo fale no meu coração? Eu pergunto a Jesus: Que queres que eu faça, que queres da minha vida? Isto é treinar-se. 

Perguntem a Jesus, falem com Jesus. E se cometerem um erro na vida, se tiverem uma escorregadela, se fizerem qualquer coisa de mal, não tenham medo. Jesus, vê o que eu fiz! Que devo fazer agora? Mas falem sempre com Jesus, no bem e no mal, quando fazem uma coisa boa e quando fazem uma coisa má. Não tenham medo d’Ele! Esta é a oração. E assim treinam no diálogo com Jesus, neste discipulado missionário! Através dos sacramentos, que fazem crescer em nós a sua presença. Através do amor fraterno, do saber escutar, do compreender, do perdoar, do acolher, do ajudar os demais, qualquer pessoa sem excluir nem marginalizar ninguém. Queridos jovens, que vocês sejam verdadeiros “atletas de Cristo”!

3. E terceiro: o campo como canteiro de obras. Aqui mesmo vimos como se pôde construir uma igreja: indo e vindo, os jovens e as jovens deram o melhor de si e construíram a Igreja. Quando o nosso coração é uma terra boa que acolhe a Palavra de Deus, quando “se sua a camisa” procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: nunca estamos sozinhos, fazemos parte de uma família de irmãos que percorrem o mesmo caminho; somos parte da Igreja. Esses jovens, essas jovens não estavam sós, mas, juntos, fizeram um caminho e construíram a Igreja; juntos, realizaram o que fez São Francisco: construir, reparar a Igreja. 

Eu pergunto-vos: Querem construir a Igreja? [Sim…] Se animam uns aos outros a fazê-lo? [Sim…] E amanhã terão esquecido este «sim» que disseram? [Não…] Assim gosto! Somos parte da Igreja; mais ainda, tornamo-nos construtores da Igreja e protagonistas da história. Jovens, por favor, não se ponham na «cauda» da história. Sejam protagonistas. Joguem ao ataque! Chutem para diante, construam um mundo melhor, um mundo de irmãos, um mundo de justiça, de amor, de paz, de fraternidade, de solidariedade. Jogai sempre ao ataque! São Pedro nos diz que somos pedras vivas que formam um edifício espiritual (cf. 1Pe 2,5). 

E, olhando para este palco, vemos a miniatura de uma igreja, construída com pedras vivas. Na Igreja de Jesus, nós somos as pedras vivas, e Jesus nos pede que construamos a sua Igreja; cada um de nós é uma pedra viva, é um pedacinho da construção e, quando vem a chuva, se faltar aquele pedacinho, temos infiltrações e entra a água na casa. E não construam uma capelinha, onde cabe somente um grupinho de pessoas. Jesus nos pede que a sua Igreja viva seja tão grande que possa acolher toda a humanidade, que seja casa para todos! Ele diz a mim, a você, a cada um: «Ide e fazei discípulos entre todas as nações»! 

Nesta noite, respondamos-lhe: Sim, Senhor! Também eu quero ser uma pedra viva; juntos queremos edificar a Igreja de Jesus! Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Atrevem-se a repetir isto? Eu quero ir e ser construtor da Igreja de Cristo! Digam agora… [os jovens repetem]. Depois devem se lembrar que o disseram juntos.

O vosso coração, coração jovem, quer construir um mundo melhor. Acompanho as notícias do mundo e vejo que muitos jovens, em tantas partes do mundo, saíram pelas estradas para expressar o desejo de uma civilização mais justa e fraterna. Os jovens nas estradas; são jovens que querem ser protagonistas da mudança. Por favor, não deixem para outros o ser protagonistas da mudança! Vocês são aqueles que tem o futuro! Vocês… Através de vocês, entra o futuro no mundo. 

Também vos peço para serem protagonistas desta mudança. Continuem a vencer a apatia, dando uma resposta cristã às inquietações sociais e políticas que estão surgindo em várias partes do mundo. Peço-lhes para serem construtores do mundo, trabalharem por um mundo melhor. Queridos jovens, por favor, não «olhem da sacada» a vida, entrem nela. Jesus não ficou na sacada, mergulhou… «Não olhem da sacada» a vida, mergulhem nela, como fez Jesus.

Resta, porém, uma pergunta: Por onde começamos? A quem pedimos para iniciar isso? Por onde começamos? Uma vez perguntaram a Madre Teresa de Calcutá o que devia mudar na Igreja; queremos começar, mas por qual parede? Por onde – perguntaram a Madre Teresa – é preciso começar? Por ti e por mim: respondeu ela. Tinha vigor aquela mulher! Sabia por onde começar. Hoje eu roubo a palavra a Madre Teresa e digo também a você: Começamos? Por onde? Por ti e por mim! Cada um, de novo em silêncio, se interrogue: se devo começar por mim, por onde principio? Cada um abra o seu coração, para que Jesus lhe diga por onde começar.

Queridos amigos, não se esqueçam: Vocês são o Campo da Fé! Vocês são os atletas de Cristo! Vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor. Elevemos o olhar para Nossa Senhora. Ela ajuda-nos a seguir Jesus, dá-nos o exemplo com o seu “sim” a Deus: «Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Palavra» (Lc 1,38). Também nós o dizemos a Deus, juntos com Maria: faça-se em mim segundo a Tua palavra. Assim seja!


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