domingo, 30 de outubro de 2016

Missa Pontifical do Domingo de Cristo Rei

Terceiro e último dia da Peregrinação 'Summorum Pontificum, Una Cum Papa Nostro': Missa Pontificial na igreja Trinità dei Pellegrini, celebrada pelo Arcebispo de Portland, Msgr. Alexander Sample. No calendário tradicional hoje é Domingo de Cristo Rei por ser o último Domingo de Outubro, conforme estabelecido pelo Papa Pio XI na Encíclica Quas Primas.








De 14 a 17 de Setembro de 2017 há mais! Save the date!


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Basílica de Núrsia ruiu mas os monges estão bem

Um sismo atingiu hoje a pequena cidade de Núrsia, de um modo ainda mais intenso do que o do passado dia 20 de Agosto. Este tinha já provocado bastantes estragos na cidade, e na Basílica de Núrsia (local onde nasceu S. Bento). Tendo esta Basílica passado a ser um local de risco, os monges beneditinos que usavam essa Basílica mudaram-se para Roma e depois voltaram para as montanhas de Núrsia, vivendo numa tenda. 

Nas últimas semanas os monges têm recebido algumas visitas de prelados conhecidos, como o Cardeal Robert Sarah:
E o Arcebispo Alexander Sample:
Hoje de manhã a Basílica ruiu. Houve muita preocupação com os monges, mas, num comunicado, já confirmaram que estão todos bem. No entanto vão precisar de orações e também de ajuda material para reconstruir a Basílica: Ajudar os monges de Núrsia.
Basílica de Núrsia: Antes e depois do terramoto de hoje
Bombeiros socorrem uma comunidade de Irmãs, logo após o terramoto

No calendário antigo hoje é Domingo de Cristo Rei. Que Cristo Rei, Senhor dos Céus e da Terra, proteja o seu povo das desgraças espirituais e materiais.


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sábado, 29 de outubro de 2016

Missa Pontifical na Basílica de São Pedro

Segundo dia da Peregrinação 'Summorum Pontificum, Una Cum Papa Nostro': Missa Pontificial no altar da Cátedra, na Basílica de S. Pedro, celebrada pelo Arcebispo de Portland, Msgr. Alexander Sample. As fotografias e os vídeos são insuficientes para transmitir a beleza da Liturgia Tradicional mas é tudo o que temos.







A homilia foi feita pelo Cardeal William Levada, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé



Amanhã há mais!


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Igreja Católica na Broadway: Foto-reportagem

Passei há uns meses atrás por Nova Iorque. No meio da enorme agitação de Manhattan, em particular na zona do Times Square, fiquei surpreendido pela igreja Católica que encontrei lá no meio. Mesmo ao lado do Times Square, no bairro da Broadway, repleto de salas de teatro com os melhores musicais de todo o mundo, está também a paróquia de S. Malaquias, conhecida como a "Capela dos Actores".

Com este post não pretendo promover a participação na Missa desta paróquia, mas mostrar a importância daquilo a que se chama em inglês "Catholic identity". Há certas marcas exteriores próprias do Catolicismo que dão esperança e fortaleza àqueles que as vêem, Católicos ou não.

Logo à entrada, ainda na rua, estava um painel com um cartaz para promover a oração do Terço.



"O Santo Rosário é arma poderosa.
Emprega-a com confiança e maravilhar-te-ás com o resultado."
S. Josemaria Escrivá

No hall de entrada havia outros dois cartazes:


O primeiro tinha recomendações para quem visitasse a paróquia:

"Atenção visitantes da Broadway
Bem-vindos a S. Malaquias - a Capela dos Actores!
Lembrem-se que estão num lugar de oração.
Por favor:
  • Não falar alto
  • Pôr o telemóvel no silêncio
  • Manter as crianças bem comportadas
  • Não trazer comidas ou bebidas
  • Não mastigar pastilhas
  • Não ter chapéu na cabeça (coberturas religiosas para a cabeça são permitidas)
Obrigado!"


O segundo cartaz desafiava os mais jovens a pensar na vocação ao sacerdócio.
"DESTINO.
O Sacerdócio é duro e para homens a sério.
Tens de ser um homem a sério se quiseres ser padre.
O MUNDO PRECISA DE HERÓIS."

Por fim algumas fotografias do interior da igreja. Há uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, e imagens de santos patronos do mundo das artes: Santa Cecília (música), S. Genésio de Roma (actores) e S. Vito (dança)














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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Peregrinação 'Summorum Pontificum' a Roma

Começa hoje a peregrinação Populus Summorum Pontificum ad Petri sedem. Inúmeros apoiantes da Liturgia Tradicional reúnem-se anualmente em Roma neste peregrinação ao túmulo do Apóstolo Pedro. O ponto alto é a Santa Missa no Sábado, ao meio-dia, que será celebrada na Basílica de S. Pedro, mais concretamente no altar da Cátedra. O Santo Padre, Sucessor de Pedro, envia sempre o seu incentivo a esta óptima iniciativa, numa mensagem que é lida durante a homilia.

O nome 'Summorum Pontificum' provém do Motu Proprio (lei para toda a Igreja) da autoria do Papa Bento XVI em 2007, no qual explica que a Missa Tradicional nunca foi ab-rogada (nem o poderia ser) e que os fiéis têm direito a essa Liturgia.




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Um pastor deve guiar-se pelo Evangelho e não por aplausos

"Há 20 anos atrás, S. João Paulo II, depois de longas e difíceis tentativas, não aceitou que os cristãos recasados pudessem comungar. Não podemos agora ignorar o seu ensinamento e mudar as coisas. Porque é que alguns pastores querem propor o que é impossível? Eu não sei. Talvez eles se rendam ao espírito do tempo, talvez se permitam guiar por aplausos humanos causados pelos meios de comunicação social… 

Ser contrário aos meios de comunicação social é, certamente, menos agradável; mas, um pastor não deve decidir com base em aplausos; a medida é o Evangelho, a Fé, a sã doutrina, a tradição."

Mons. Georg Gänswein, Prefeito da Casa Pontifícia e secretário de Bento XVI - Entrevista conduzida por Jaime Figa e Vaello para 'Sumando historias' (6.VII.2015)


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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Cremações, Cinzas e Igreja

Hastag do momento? #cinzas! Gerou-se um alvoroço por causa das cremações e respectivas cinzas. É mesmo verdade que hoje o "Vaticano" proibiu que as pessoas deitem as cinzas dos seus familiares defuntos no mar, onde estariam em união com a Mãe Natureza, ou que simplesmente as deixem em cima da lareira, onde estariam mais perto dos seus entes queridos?

Não, pela simples razão de que nada disso alguma vez tinha sido permitido. A Igreja sempre disse que os defuntos deveriam ser enterrados num cemitério ou num lugar santo, e não deixados por aí 'ao Deus dará'. Isto tanto é verdade para um enterro de um cadáver como das cinzas de alguém que foi cremado. A Igreja continua a recomendar o enterro propriamente dito, mas não proíbe a cremação desde que não esteja associada a uma falta de fé na certeza cristã acerca da ressurreição dos corpos.

A ressurreição de Jesus Cristo, em primeiro lugar, e dos corpos de todas as pessoas que morreram desde o princípio da Humanidade, é o ponto fundamental da Fé Católica, sem o qual nada faria sentido. No fim dos tempos todos ressuscitarão para o Julgamento Final, e serão colocados à direita ou à esquerda de Deus, consoante a vida que levaram na Terra. Os da direita irão para a felicidade eterna e os da esquerda para o sofrimento eterno (cf. Mt 25, 31-46).

Por causa desta certeza na ressurreição houve continuamente muita reverência aos corpos dos mártires, e dos santos em geral, porque um dia aquele corpo vai ser glorioso. Isto explica a devoção às relíquias dos santos, que existiu no catolicismo desde o início.

Vale a pena ler a Instrução publicada hoje pela Santa Sé, de seu nome "Ad resurgendum cum Christo" (a propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas da cremação). Tem uma catequese resumida da Fé da Igreja em relação à morte cristã e uma explicação muito bonita sobre esse momento-chave em que a nossa alma se separará do nosso corpo, momento em que se decide a nossa salvação. E como somos corpo e alma, por natureza, a nossa alma esperará ansiosamente poder unir-se novamente ao nosso corpo, para toda a eternidade.

João Silveira


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Presidente do Perú consagra o seu País ao Sagrado Coração de Jesus

Pedro Pablo Kuczynski consagrou o Perú ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Este é um exemplo que deveria ser seguido por outros chefes de Estado, especialmente dos países ocidentais. O texto da consagração é belíssimo e vale a pena ser lido:

Eu, Pedro Pablo Kuczynski, Presidente da República do Perú, com a autoridade investida sobre mim, faço um acto de consagração da minha pessoa, da minha família, aqui presente a minha esposa, e da República do Peru ao amor e à protecção de Deus Todo-Poderoso por intercessão do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria.

Coloquei nas suas mãos amorosas o meu governo, com todos os seus trabalhadores, e os cidadãos que estão sob a minha responsabilidade. Ofereço a Deus Todo-Poderoso os meus pensamentos e decisões como Presidente de modo que os use para o bem do nosso País e sempre consciente dos 10 Mandamentos ao governar. Peço a Deus que, por intercessão do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, oiça e aceite o meu acto de consagração e cubra o nosso País com a Sua especial protecção.

Ao fazer esta oração peço perdão de Deus por todos os pecados que cometi no passado, por todos os pecados feitos no passado da República e por todas as decisões que foram tomadas sem ter em conta os Seus Mandamentos, e peço-Lhe ajuda para mudar tudo que nos separa d'Ele. Eu, Pedro Pablo Kuczynski, como Presidente da República do Perú, declaro este juramento solene diante de Deus e dos cidadãos do nosso País hoje, 21 de Outubro de 2016.


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domingo, 23 de outubro de 2016

Resumo da memorável conferência do Cardeal Sarah em Lisboa

'A crise de Deus no Ocidente e a missão dos cristãos'
Cardeal Robert Sarah
19.Outubro.2016
Depois de fazer uma breve introdução sobre quem era e de onde vinha, o Cardeal começa por falar das grandes empresas dos dias de hoje. Estas, tendo domínio sobre grande parte da sociedade, gerem ideais universais levando todos a seguir o mesmo, ideais estes que excluem Deus. Daqui provém a grande causa do chamamento feito aos cristãos: anunciar a Palavra de Deus numa sociedade anti-religiosa e amoral que luta por um ateísmo radical e que não tolera aqueles que são diferentes, excluindo-os; até a Igreja é posta de parte.

Continua demonstrando o enorme risco que a Igreja corre de cair numa crise socialista se o Homem erradicar o Evangelho da sua vida, se achar que o fim da pobreza é o “bem para todos os males”; diz que é preciso sermos pobres para erradicarmos a pobreza (miséria), que a pobreza é um valor cristão que nos leva a Deus. Afirma que a Igreja deve lutar para acabar com a miséria mas não com a pobreza pois a pobreza é a grandeza da Igreja e que esta não se pode esquecer do seu carisma contemplativo pois, se o fizesse, correria o risco de se tornar numa Igreja sem Cristo, numa instituição social.

O Homem abandonou a ideia bíblica do Deus-Criador levando-nos a acreditar que não necessitamos de Deus. Mas o Homem foi feito à semelhança de Deus e, sem Ele, perde a sua dignidade, começa a dispor dos outros como produtos, como algo que se pode utilizar e deitar fora. Desta perda de Deus, de dignidade, vêm as ideias de aborto e eutanásia; ideias que mostram a facilidade com que se eliminam “seres imperfeitos” com o objectivo de criar um “Homem perfeito”.

Dissemina-se a mentalidade de “o que for possível fazer deve ser feito”, obrigando o Homem a fazer tudo para chegar a um nível superior em que não precisa de Deus. O mundo assim pensado só pode ter valores absolutos fazendo desaparecer os dogmas e os princípios universais existentes até aí. Abre-se caminho a novos objectivos considerados superiores que levam a acreditar que a utilização de seres humanos em experiências, como se de objectos se tratassem, é uma necessidade. “Como é que é possível usar uma pessoa como um objecto, como se não tivesse alma?”, pergunta o Cardeal claramente indignado e em sofrimento.

Infiltram-se ideologias diferentes e sem sentido para poder haver uma nova ética mundial, para que o mundo possa ter dois novos ídolos, duas novas potências que o transformaram: a ciência e o dinheiro. Com a “adoração” destes novos ídolos acentuou-se a distância entre Deus e os homens, o Ocidente já não tem necessidade de Deus; afastou-se de tudo o que conhecia e a tradição deixou de ter relevo.

Citando o Papa Bento XVI disse ainda: “A Europa desenvolveu uma nova cultura, o Ocidente atravessa uma crise cultural, afasta Deus e julga, até, a Sua existência”, há um liberalismo moral. Mas a Fé pode pretender o respeito dos não crentes, pode esperar que não haja ataques e pode pedir que os fiéis rezem por estes perigos da actualidade.

Outro problema que assalta o mundo Ocidental é o uso de Deus como um meio para atingir os interesses pessoais de cada um, é a deformação da Sua imagem. Hoje lutam por um ídolo feito na própria cabeça a quem chamam Deus; usam-n’O, entre outros, os terroristas para justificar os ataques e as mortes, e as seitas espalhadas pelo mundo. É a isto que conduz o afastamento do verdadeiro Deus, é muito perigoso e nós, enquanto cristãos temos o dever de rezar todos os dias por estas dificuldades que assolam a Terra.

Afirma que nós temos o dever de testemunhar Deus através da nossa vida, da nossa palavra e das Escrituras, temos que ler a Bíblia e falar dela aos outros. Não podemos ter medo de o fazer. Há quem vá à missa, em África, no Paquistão e em tantos outros países, sem saber se volta a casa, se não vão ser mortos pelo simples facto de estarem a celebrar a Eucaristia. Temos que aprofundar a nossa Fé e dar verdadeira importância à nossa formação bíblica, teológica e pessoal, a procura da verdade e o reconhecimento do bem são o pressuposto da paz e da tranquilidade, a contrário, só haverá terror e miséria.

Não nos podemos esquecer que “o verdadeiro repouso do Homem é Deus”, não podemos deixar que Ele fique fora das decisões do ser humano.

É por tudo isto que diz “Deus ou nada”: há uma ausência de Deus tanto na sociedade civil como no clero. Há muitos sacerdotes que não têm tempo de rezar, afastando-se, progressivamente, da Verdade. A própria Igreja esquece-se de Deus. Temos de rezar pelos padres. Ninguém se pode ocupar dos outros sem o coração cheio de Deus, é preciso sacrifício! É preciso oração! É preciso tempo para rezar! A cultura ocidental organizou-se como se Deus não existisse, decidiram viver sem Deus pondo os próprios ideais em prática.

Já nem os cristãos vão às Igrejas, as Igrejas estão vazias, Nosso Senhor, no Sacrário, fica muitas vezes sozinho. O Homem perdeu o seu caminho, sem Deus está completamente desorientado, há guerras e discórdia por toda a parte! Onde não está Deus está o mundo, onde não existe Deus só há miséria, discórdia, confusão e guerras. Tudo se resume a Deus, é Deus ou nada!

Deus tem de voltar a estar no centro da vida dos homens, nos nossos corações, nas nossas decisões para que o nosso percurso seja feito “sobre rocha”, para que não se deixe abalar por razões mundanas e sem sentido. É preciso fé para termos uma vida santa e feliz no amor de Deus, “é necessário oração”, repetiu muitas vezes, temos que ser perseverantes e temos que ter esperança. Sem louvor e adoração só existirão guerras, sem Deus no coração do Homem só haverá discórdia e violência.

Temos que melhorar a nossa relação com Deus, temos de rezar mais, temos que estar constantemente com Ele e temos que pensar n’Ele antes de tomarmos qualquer decisão, só assim acabarão a guerra e a discórdia.

Perguntas e respostas

A primeira pergunta disse respeito ao casamento: “Quais são os conselhos que o Senhor Cardeal tem para um casal jovem prestes a casar?” O Cardeal Sarah respondeu que o casamento é como uma flor que precisa de ser regada, trabalhada e protegida. Que o amor nos dias de hoje está muito frágil devido ao mundo, porque o mundo não sabe o que é o amor, não sabe que o amor vem de Deus e por isso não o respeita. Diz ainda que é preciso paciência, encontro diário entre marido e mulher, oração em conjunto e um pelo outro e que o homem tem de olhar para a sua esposa, e vice-versa, como um dom que vem de Deus e que por isso tem de ser olhado com todo o carinho santificando-o.

Falando, de seguida, sobre o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, afirmou que este era uma providência divina para os tempos que estamos a viver, uma chamada de atenção para as pessoas recuperarem a sabedoria de Deus e deixarem o culto do dinheiro e do poder militar. Diz que Fátima é uma escola de humildade essencial para um mundo orgulhoso demais em que as pessoas se vêm como deuses na Terra. Maria pede conversão, oração e penitência e Portugal tem uma missão especial no que respeita a espalhar esta mensagem, “Portugal é o centro do mundo para a causa de Maria”. Fala ainda de António Guterres e da necessidade de rezar por ele para que consiga mudar o rumo da ONU.

Quando lhe perguntaram porque é que diz tantas vezes que o Homem se afasta de Deus e não que Deus nunca se afasta do Homem pediu desculpa pela visão pessimista que tem e reforçou que Deus nunca se afasta do Homem, contando, de seguida, a parábola do “Filho Pródigo”.

Diz que temos de rezar pelos católicos que se afastam mas que nem todos são filhos pródigos, há muitos que ficam, mas que nem esses conhecem o Pai totalmente, não percebem porque é que o Pai acolhe os que voltam de braços abertos e a eles, que sempre ficaram, não faz uma festa. Realça que esses, que ficam, têm que dedicar mais tempo a Deus, à oração e ao apostolado; há que fazer um esforço muito maior para ter um contacto íntimo e pessoal com Deus porque só podemos testemunhar aquilo que sentimos e vemos. Reforça, ainda, a importância dos Sacramentos, da oração e da inclusão de Deus nas nossas casas e nas nossas vidas quotidianas.

Clarinha Goes


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sábado, 22 de outubro de 2016

Este casamento mudou o Mundo




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Papa João Paulo II: Não atrasem o Baptismo das crianças!

O
Papa João Paulo II exortou os pais cristãos em 1980 para não atrasarem o baptismo dos seus novos filhos. O Santo Padre disse que as crianças deviam ser baptizadas imediatamente se parecem estar em perigo de morte. Caso contrário, as crianças deviam ser baptizadas "dentro das primeiras semanas depois do nascimento." Aqui está a citação completa:
Da mesma forma, se a criança está em perigo de morte, deve ser baptizada sem atrasos. Caso contrário, como regra, uma criança devia ser baptizada durante as primeiras semanas depois do nascimento (Papa João Paulo II, Instrução sobre o Santo Baptismo, 20 de Outubro de 1980).
Mais ainda, o actual "Rito para Baptizar Crianças" diz que o baptismo de crianças devia ocorrer dentro das "primeiras semanas" depois do nascimento (Praenotanda, no. 8, par. 1, p. 17).

Vale a pena referir que o Papa emérito, Sua Santidade o Papa Bento XVI, foi baptizado exactamente no mesmo dia do seu nascimento! Sem um único dia de atraso.

O Papa Eugénio IV (reinante nos anos 1431-1447) ensinou que as crianças deviam ser baptizadas dentro dos primeiros "quarenta dias" depois do nascimento. A urgência do baptismo de crianças é reforçada no Catecismo do Concílio de Trento que ensina o mesmo:
Os fiéis são sinceramente encorajados a preocuparem-se para que os seus filhos sejam trazidos à igreja, logo que seja possível fazê-lo com segurança, para receber o Baptismo solene. Visto que as crianças recém-nascidas não têm outro meio de salvação a não ser o Baptismo, facilmente se percebe o quão gravemente pecam as pessoas que permitem os bébés permanecer sem a graça do Sacramento mais tempo do que necessário, particularmente numa idade tão delicada como essa em que se é exposto a inúmeros perigos de morte.

Taylor Marshall



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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

A participação na Missa

A participação externa pode realizar-se de diversos modos. Está certa quando usamos o missal e desse modo nos unimos às orações da Igreja e aos seus sentimentos; quando tomamos parte nas Missas da comunidade ou missas dialogadas, cantadas, etc...

Mas estas formas de participação externa nunca são essenciais: o essencial consiste fundamentalmente em assistirmos à Missa com intenção recta de nos oferecermos e de nos imolarmos com Cristo: é este o modo mais perfeito de participar na celebração da santa missa.

Benedikt Baur in 'A Vida Espiritual'


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Os 10 mandamentos do advogado católico

1.  Ir à missa aos Domingos. 

2. Rezar todos os dias pelo menos um Pai-Nosso e uma Avé-Maria, pedindo a intercessão de Santo Ivo (padroeiro dos advogados).

3. Rezar pelo menos uma Avé-Maria ou uma Salve-Rainha (“advogada nossa”) imediatamente antes de uma audiência, requerendo a intercessão de santo Ivo (se os presentes forem todos católicos, após consulta ao juiz e aquiescência da parte contrária, nada obsta a oração conjunta na própria sala de audiência).

4. Auxiliar os pobres, preferidos de Jesus (Lc 4, 18), patrocinando-lhes as contendas gratuitamente, na medida do possível.

5. Nao se poupar a esforços em prol da conciliação entre o cliente e a outra parte no processo.

6. Não se esquivar a atender as demandas criminais (“Estive na prisão e fostes ter comigo” – Mt 25, 36).

7. Inscrever-se numa associação de advogados ou de juristas católicos.

8. Nunca deixar de ser um estudante de Direito, formando-se dia a dia.

9. Responder com generosidade às consultas jurídicas do seu bispo ou do seu pároco.

10. Ser humilde no falar e, principalmente no escrever, a fim de que as pessoas simples consigam compreender as petições, contestações, os apelos e os pareceres.

Edson Sampel in Zenit


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terça-feira, 18 de outubro de 2016

A Fraternidade Sacerdotal de São Pedro

A Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP) é uma sociedade de vida apostólica de direito pontifício, fundada pelo Papa João Paulo II no dia 18 de Outubro de 1988, há 28 anos atrás.

Os sacerdotes celebram exclusivamente o Rito Antigo e os sacramentos são administrados como o eram, para todo o Rito Latino, antes da reforma litúrgica do Papa Paulo VI. 

A FSSP começou com 12 sacerdotes e alguns seminaristas, e hoje em dia conta com 262 sacerdotes, 14 diáconos e 145 seminaristas. Conta com 2 seminários, um na Alemanha e outro nos Estados Unidos. A média de idades dos seus membros é de apenas 37 anos. 




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Cardeal Sarah muda o paradigma com o livro 'Dieu ou rien'

"Eles não nos têm de dizer o que temos que fazer." Foram estas as palavras usadas pela teólogo Alemão, o Cardeal Walter Kasper, para descrever o que pensava sobre as contribuições africanas durante o Sínodo de 2014 para Família, quando Bispos Católicos e leigos se juntavam para discutir os desafios que a família enfrenta no mundo moderno.

Foi difícil não relembrar esta frase quando recentemente lia este livro [1]. Isto porque neste best-seller de 424 páginas, 'Dieu ou Rien' [Deus ou Nada] (Fayard, 2015), o Cardeal Robert Sarah, o novo Prefeito da Congregação para o Culto Divino, ilustra em conversa com o jornalista francês Nicolas Diat (o autor de um surpreendente e recente livro sobre o pontificado de Bento XVI) precisamente porque é que a Igreja universal devia ouvir mais os Católicos que vêm de culturas onde a fé está a florescer e ouvir muito menos os que estão preocupados com os problemas das Igrejas particulares do Ocidente: igrejas que são fabulosamente ricas em termos materiais mas espiritualmente moribundas, de acordo com qualquer padrão.

O título do livro sublinha
o tema central de Sarah: as sociedades que perdem um sentido de Deus - e não é qualquer deus, mas o Deus que é simultaneamente Caritas, Logos, Misericordia e Veritas - e escolhem o nada não conseguem evitar a experiência de um declínio profundo. Este tema da morte de Deus/morte do homem dificilmente é novo. Está implícito na discussão de Platão sobre as três versões do ateísmo e foi anunciado séculos mais tarde por Nietzsche. No entanto, o que torna a contribuição de Sarah diferente é a sofisticação com que ele desenvolve o seu argumento. Estamos diante de um homem que está igualmente familiarizado com discutir os pontos mais finos sobre religiões animistas [2] ou ao explicar as dimensões mais obscuras do caso Galileu.

"A maior dificuldade do homem não é", escreve Sarah, "o que a Igreja ensina sobre a moral, a coisa mais dificíl para o mundo pós-moderno é acreditar em Deus". Recorrendo a fontes desde as escrituras Hebraicas e Cristãs, aos filósofos Gregos, aos Padres da Igreja, a referências Judias, à literatura Russa e aos intelectuais franceses modernos, Sarah expõe uma tese poderosa que sugere que as decisões contra o Deus que se revela a Si mesmo na Bíblia estão a devastar grande parte do mundo, especialmente o Ocidente e ainda mais especificamente a Europa Ocidental. E ao fazê-lo - pois, como qualquer pessoa que tenha conhecido Sarah pode comprovar, ele é um homem genuinamente humilde - o Cardeal, nascido na obscura vila africana de Ourous, revela surpreendentemente um intelecto formidável que apenas se compara com anos de experiência pastoral e um profundo conhecimento, e contacto pessoal directo, com os muitos e diferentes desafios que confrontam a Igreja Católica por todo o mundo.

Para Sarah, pouco importa se este "vazio" se expressa através do ateísmo militante, do materialismo marxista, do liberalismo secular ou das entidades religiosas politicamente correctas que outro Cardeal, o Beato John Henry Newman, famosamente condenou como "o espírito do Liberalismo na religião". A negação de Deus, ensina Sarah, só pode levar a uma coisa: um enorme vazio que será sempre preenchido por caminhos destrutivos. Caminhos como a auto-absorção, o hedonismo e o tecno-utopianismo. Sarah não tem medo de fazer uma analogia entre as modas do Ocidente e os caminhos que ele acredita que as religiões animistas africanas seguiram para fabricar falsos deuses e ajudarem pessoas a distraírem-se a si mesmas do medo que ataca o homem quando ele pensa que está verdadeiramente sozinho no universo.

Por outro lado, Sarah sugere que outra forma de preencher o vazio é através do implacável abraço do equalitarismo, quer na economia quer através da promoção da ideologia de género. Ao usar este argumento, é pouco provável que Sarah ganhe muitos amigos no nosso mundo obcecado com a igualdade: uma fixação que inclui mais-do-que-uns-poucos Católicos. Dado que Sarah passou a maior parte da sua vida como arcebispo na Guiné, antiga colónia francesa, a enfrentar um dos piores opressores marxistas pós-coloniais da África, Ahmed Sékou Touré (que colocou Sarah na lista de inimigos para matar mesmo antes de morrer em 1984), é pouco provável que Sarah esteja especialmente preocupado  com os ataques dos liberais do Ocidente.

A vida de Fé de Sarah exemplifica em muitas maneiras a odisseia do Catolicismo africano do século XXI. Nascido em 1945, beneficiou do impulso missionário que caracterizou o Catolicismo Francês entre o século XIX e metade do século XX. Filho único de pais animistas, convertido ao Catolicismo, Sarah fala comoventemente dos padres espiritanos que deixaram a França, em muitos casos para sempre, para viver em algumas das regiões mais desoladas de África. Sarah foi baptizado por um sacerdote espiritano em 1947 e faz questão de dizer que foi ordenado sacerdote por um bispo espiritano em 1969.

Ao reflectir sobre o impacto do Catolicismo nos africanos que conheceu como rapaz e jovem adulto, Sarah nota que havia uma força libertadora quando o Catolicismo tornava divino o mundo natural, libertando portanto as pessoas do medo e da superstição. Para Sarah, esta é uma ilustração prática de como os dogmas e doutrinas da Igreja não são opressores mas, pelo contrário, libertam as pessoas revelando-lhes a verdade sobre as realidades últimas. Esta é não só uma mensagem importante para os que imaginam tornar o Catolicismo em algo doutrinalmente incoerente como, por exemplo, a Igreja de Inglaterra que representa o progresso. Também ajuda a explicar porque é que Sarah insiste tanto que a prática pastoral tem que se conformar com a doutrina - e não o contrário.

A vocação de Sarah ao sacerdócio veio cedo. Abraçá-la envolveu verdadeiras dificuldades que poriam à prova os crentes mais fervorosos. Para além de ter que viajar centenas de milhas a pé, pela estrada e barco para ir ao seminário, Sarah teve que ultrapassar doenças que quase iam levar à sua saída do seminário. Também não podia ser fácil para um jovem Guineense ser enviado para o Senegal, França, Roma e Jerusalém para estudos mais avançados, sem saber se iria ver o seu pai e mãe outra vez: pais que, diz Sarah, põem a segurança da sua própria velhice em risco ao apoiar o caminho do seu único filho para o sacerdócio.
Parece que Sarah absorveu intelectualmente imensa teologia, filosofia e exegese escriturística durante os seus estudos na Europa e Israel. Não estava, no entanto, tão absorvido ao ponto de não reparar no caos que tomou conta da vida do Ocidente desde meados dos anos 60 para a frente. Sarah não é nada tímido ao sublinhar o que ele vê como os efeitos profundamente negativos do Maio de 68 sobre o Ocidente e a Igreja de uma forma geral, incluindo, diz ele, o seu país natal - a Guiné.

Foi uma grande mudanaça para Sarah regressar de algumas das melhores instituições educativas da Igreja e ser enviado pelo seu bispo como prior numa das áreas mais inacessíveis da Guiné. Sarah também se viu a si mesmo numa sociedade cuja economia estava a ser destruída por políticas socialistas e a viver sob um governo que era implacável nos seus esforços para acabar com quaisquer sinais de oposição. A certo ponto, Sarah foi chamado para reformar um seminário que, descreve ele, estava com uma falta total de formação espiritual e onde o regime, numa tentativa para atacar a Igreja, tomou o lado dos seminaristas rebeldes. Quando Sarah foi confirmado como arcebispo de Conakry, em 1979, na incrível jovem idade de 34 anos, o seu predecessor Raymond-Marie Tchidimbo tinha acabado de ser libertado de oito anos de um campo de concentração: uma experiência que incluía tortura regular.

Sarah serviu como arcebispo de Conakry até 2001. Os seus vinte e um anos de trabalho pastoral envolveram enfrentar não só o regime Marxista de Sékou Touré e os governos que lhe seguiram, mas também o facto de viver num país de maioria muçulmana. Aqui Sarah fala na sua boa relação pessoal com os muçulmanos e menciona que os muçulmanos na Guiné viam o trabalho da Igreja Católica como a única instituição que gozava de alguma independência durante a ditadura de Sékou Touré.

Mas Sarah não é ingénuo no que toca ao Islão. Ele não hesita, por exemplo, em usar a expressão "terrorismo Islâmico" quando fala sobre os tumultos que amaldiçoam hoje o Médio Oriente. Sarah sublinha que o Catolicismo e o Islão funcionam com base em premissas incompatíveis. Isto, diz ele, limita as oportunidades de um diálogo ao nível das ideias. Por outro lado, Sarah sugere que a cooperação prática face aos problemas comuns, como o controlo populacional dos programas neo-malthusianos promovidos por ONGs e governos do Ocidente, pode ser a melhor maneira de avançar.

Em 2001, João Paulo II nomeou Sarah para o serviço, em Roma, de Secretário da Congregação para a Evangelização dos Povos. No livro é evidente que Sarah não ficou especialmente contente com isto. No entanto, esta mudança fez com que em 2010 Sarah fosse transferido para Presidente do Conselho Pontifício Cor Unum, que supervisiona o trabalho caritativo da Igreja por todo o mundo - o que fez com que aprofundasse o seu conhecimento da vida da Igreja universal. Assim, a sua análise das diferentes correntes de teologia da libertação é muito subtil, e separa os horrores marxistas da teologia que é mesmo boa. As críticas de Sarah ao Catolicismo da Europa Ocidental - a profunda crise de Fé, a infinita burocratização, o humanitarianismo sentimental e a mania das ONG que substitutem a crença religiosa - são claras, directas e, podemos dizer, difíceis de refutar.

E Sarah também não se detém ao descrever as dificuldades que o Catolicismo africano enfrenta. Ele aponta não apenas as ameaças externas, tais como as formas cada vez mais violentas adoptadas pelo Islão, mas também os problemas internos. Os últimos incluem estilos litúrgicos que ocasionalmente degeneram no culto da própria pessoa e nos sacerdotes a abandonar a sua vocação para entrar em seitas esotéricas semi-animistas.

Há então aquilo que Sarah insistentemente chama "a heresia do activismo", que afecta muitos sacerdotes pelo mundo fora. Esqueceram-se, diz ele, que a centralidade da vida só se encontra em Deus. Acima de tudo, Sarah está ciente da presença do mal no mundo. Ele menciona o holocausto (para o qual, já agora, ele usa a palavra preferida por muitos judeus religiosos - "Shoah") como talvez a maior iniquidade dos tempos modernos.

No entanto, quando chegava a altura de falar destes problemas, Sarah regressava sempre à necessidade primordial do ser humano por um único Deus verdadeiro. Responder às necessidades materiais das pessoas é bom, diz Sarah, mas isso simplesmente não chega. Para ilustrar isto, Sarah conta ter conhecido um jovem rapaz muçulmano num campo de refugiados da Jordânia. O rapaz, disse Sarah, tinha todas as suas necessidades materiais que precisava no campo. No entanto, explicou Sarah, toda a assistência material do mundo não conseguia responder às dúvidas deste rapaz sobre a existência de Deus: uma crise que começara pelo facto de o pai do rapaz ter sido chacinado por terroristas islâmicos.

Isto levou Sarah a criticar aqueles Cristãos que reduzem a evangelização a ideias políticas ou à promoção de um desenvolvimento socio-económico. A certa altura, Sarah criticou fortemente os ocidentais e organizações internacionais que usam expressões como "eliminar a pobreza". A compreensão Cristã da pobreza, diz Sarah, difere radicalmente da que a mente secular tem. Há tipos de pobreza, especifica ele, que todos os Cristãos devem na verdade abraçar, tal como o desprendimento de posses materiais. Para os Cristãos, diz Sarah, é melhor falar de lutar contra a miséria para não arriscar entrar em concepções seculares de progresso ou perseguir esquemas utópicos, tais como os programas socialistas de Sékou Touré que destruiram a economia da Guiné e só trouxeram miséria e morte.

Muito mais se poderia dizer deste incrível livro. Sendo óbvio que não foi escrito como resposta ao infame comentário do Cardeal Kasper sobre os Africanos, Dieu ou Rien mostra que o Catolicismo africano tem muito mais do que parece e tem coisas profundas a dizer à Igreja universal. Isto interessa especialmente agora, tendo conta as projecções, tais como sugeriu o recente estudo Pew-Templeton, de que cada quatro em 10 Cristãos no mundo vão viver na África sub-Sahariana em 2050. Enquanto a gravidade do mundo Católico se desvia da Europa ocidental para o mundo em desenvolvimento, ouvir os africanos como o Cardeal Robert Sarah pode ser algo que até os teólogos liberais Alemães mais tacanhos não vão conseguir evitar no futuro.

Samuel Gregg in Crisis Magazine

Negritos e notas por Senza Pagare
[1] Este livro já se encontra traduzido para português, com o título 'Deus ou nada', e pode ser adquirido em qualquer livraria ou entao online, por exemplo aqui: Filoteia.
[2] Religiões animistas são seitas e religiões africanas em que se dá um carácter divino e mágico a quase tudo, mesmo às coisas naturais. No contexto ocidental está relacionado com o fenómeno New Age.


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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Quando negaram o prémio Nobel a Tolkien

J.R.R. Tolkien, autor da obra 'O Senhor dos Anéis', que vendeu mais de 200 milhões de cópias e que ganhou milhões de fãs por todo o mundo, foi recusado para o prémio Nobel da literatura em 1961, depois de os seus livros terem sido considerados de 2ª classe.

Documentos que saíram há pouco tempo, tornados públicos passados 50 anos, mostram que Tolkien foi rejeitado porque 'O Senhor dos Anéis' "não tinha de forma alguma atingido uma elevada qualidade de narrativa."

J.R.R. Tolkien foi nomeado pelo autor e amigo C.S. Lewis, juntamente com outros intelectuais como Rbt Frost, E. M. Foster, Graham Greene e Lawrence Durrell.

Foi Ivo Andric, um escritor jugoslavo, que ganhou pela "força épica com que traçou os seus temas e descreveu os destinos humanos".

Andreas Ekstrom, um jornalista que estudou os documentos a semana passada [1], publicou as suas descobertas no jornal Sueco Sydsvenska Dagbladet.

O artigo inclui a lista original dos cerca de 50 escritores sugeridos para o prémio por académicos e vencedores anteriores, juntamente com o comentário pelo júri do prémio. 

As notas relativas à decisão final nunca são reveladas.

Os documentos também mostram que o escritor Britânico Graham Greene, que nunca ganhou o Nobel, ficou em segundo lugar para o júri, seguido de Karen Blixen, a escritora dinamarquesa de África Minha.


[1] NT: Este artigo foi escrito em Janeiro de 2012


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Cardeal Sarah em Portugal

O Cardeal Sarah tem sido uma voz bastante activa na defesa da doutrina sobre o Matrimónio e a Família; tem também tem feito propostas litúrgicas arrojadas, para os dias que correm. Celebrará a Santa Missa na Capelinha das Aparições, em Fátima, no dia 19 de Outubro às 10h30 e nesse mesmo dia, às 18h30, dará uma conferência imperdível na Universidade Católica de Lisboa.


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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Como eu conheci o meu marido depois da Universidade: 7 partilhas de mulheres católicas

Pergunta: Estou prestes a acabar a faculdade e continuo solteira. Muitos dos meus amigos estão em relacionamentos sérios ou já noivos. Tenho medo que seja difícil encontrar alguém, uma vez que estarei fora da universidade. Tem algum conselho?

Resposta: O meu grande conselho é continuar a crescer na Fé e não subestimar o que Deus tem reservado para o futuro.

Eu tinha 29 anos quando tive o meu primeiro encontro com o Brian, então eu soube quão fácil pode ser imaginar se (e como) eu nunca encontraria a pessoa que Deus estava a preparar para mim.

Como via cada vez mais amigos a casar, eu fiquei impressionada como cada uma das suas histórias era única. Eu comecei a ver que Deus não tem um mesmo plano usado para cada um encontrar seu cônjuge.

Não há um caminho para saber se hoje é o dia que se vai conhecer o futuro esposo. O que sabemos é que se pode escolher aproximar-se de Deus a cada dia (Tiago 4, 8) e confiar com alegria nos planos que Ele (Filipenses 4, 6-7 e Jeremias 29, 11).

Para mostrar quão imprevisivelmente boas são as direcções de Deus, muitas de minhas amigas e eu (todas mães hoje) compartilhamos as histórias de como conhecemos os nossos futuros maridos.

Eu conheci o meu futuro marido...

No Retiro

Apesar de eu não saber disso naquela altura, Brian viu-me pela primeira vez do lado de fora da escola primária onde eu ensinava. Ele foi buscar os sobrinhos à escola um dia e perguntou quem eu era. Um deles disse que eu era sua professora de matemática. Na semana seguinte, durante a aula, a sobrinha disse-me que o seu tio me tinha visto e gostado de mim. Pensando como esse "tio" soou como assustador e assediador, eu disse-lhe que isso era inapropriado para se dizer a uma professora! 

Meses depois, Brian viu-me de novo num retiro de jovens adultos. Ele, desajeitadamente, apresentou-se e tentou explicar que ele não tinha a intenção de que a sua sobrinha me dissesse algo. Fiquei aliviada ao descobrir que ele não era, na verdade, um stalker. Alguns meses depois ele enviou-me um email do trabalho a dizer que tinha uma questão de matemática...'qual é o seu número de telefone?' Casámos cerca de um ano depois. Ao encontrar Brian eu percebi que os planos de Deus para a minha vida eram muito melhores que quaisquer planos que eu tinha imaginado anteriormente

Courtney Kissinger, casada cinco dias antes de completar 30 anos

No Aeroporto

Eu tinha 26 quando combinei encontrar-me com alguns amigos da pós-graduação para um fim de semana em Las Vegas. Um homem abordou-me enquanto estávamos à espera do nosso voo e falou comigo durante 20 minutos antes de embarcarmos. Saímos sem trocar informações, e sem saber que estaríamos no mesmo vôo de regresso, dois dias depois. Nós não nos vimos em Las Vegas, todavia quando nos encontramos com os nossos respectivos amigos, naquela noite, ambos lhes falámos sobre aquela pessoa que conhecemos no aeroporto, o que mostra que ali houve um interesse mútuo. 

Conversámos durante duas horas, enquanto o nosso voo estava atrasado. Ele fez-me rir o tempo todo e eu sabia que Deus tinha planeado algo de muito especial quando descobrimos que os nossos lugares eram um ao lado do outro durante as quatro horas de vôo. Ele convidou-me para sair tivemos o nosso primeiro encontro quatro dias depois. Ficamos noivos um ano depois e nos casamos um ano após o noivado. Ainda estamos nas nuvens!

Lindsay W., casou-se aos 28 anos

Na festa de Natal

Quando eu acabei a faculdade, muitos dos meus amigos estavam a casar-se. Todavia, isso não era o plano de Deus para mim. Mudei-me para Washington D. C. e comecei a minha carreira ali. Houve momentos em que pensei que não me deveria me (embora fosse o desejo de meu coração) porque eu não havia encontrado o homem certo. Aos 33 anos converti-me ao Catolicismo. Alguns meses depois disse ao meu director espiritual que se o homem com que eu fosse casar não fosse escolhido por Deus, então eu não seria feliz, e que eu seria mais feliz solteira do que casada com a pessoa errada. O meu director espiritual disse: 'Melhor solteira e desejando estar casada do que casada e desejando estar solteira'. Pura verdade! 
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Ironicamente, um mês depois, conheci o homem certo. Eu tinha conhecido alguns amigos católicos que acabaram por me convidar para uma festa de Natal. Eu conheci meu futuro marido ali. O nosso segundo encontro foi a Missa e um café, e soubemos no nosso terceiro encontro que seria assim. Deus esperou até que eu fosse católica para conhecer o homem certo. E Ele também esperou até que eu entregasse o meu futuro a Ele. Vinte e um anos e cinco crianças depois, posso dizer que meu marido é a pessoa certa para mim. Eu tinha 35 anos quando me casei (quase 36) e o meu marido tinha 37 (quase 38). Nós tivemos o nosso último filho quando eu tinha 47 e ele 49. Deus tem um grande senso de humor, e Ele sabe sempre o que é melhor para nós!

Susie M., casou-se aos 35 anos

Online

Eu gastei os meus vinte anos a construir uma bela e interessante vida: fazer amigos, voluntariado, envolvida com a Igreja, e o mais importante, aprofundando o meu relacionamento com Deus. Também gastei uma boa parte do meu tempo rezando e esperando (às vezes impacientemente) pelo meu marido. Eu perguntava-me se Deus se tinha esquecido do meu sonho de ser esposa e mãe. Então eu fiz o que muitas mulheres da era moderna fazem: conversas online!

Aos 27 conheci um homem pela internet e falámos por alguns meses antes de terminarmos aquele relacionamento...alguma coisa não estava bem, apesar dele ter sido gentil, honesto e católico. Alguns anos depois, nós pusemo-nos em contacto de novo via Facebook e as coisas resultaram. Nove meses depois ficamos noivos, e nove meses depois do noivado casámos. Agora temos um lindo filho. Este não foi o caminho que eu vislumbrei para mim - eu estava a caminho dos trinta e, vários anos mais tarde do que eu esperava, conheci o meu marido online! Mas eu não trocaria os meus tempos de vinte anos sabendo o que eu sei agora. Não foi sempre fácil, mas ter vivido bem a minha vida de solteira me fez uma melhor mãe e esposa hoje.

Rebecca C., casou-se aos 30 anos

Fora do meu apartamento

Quando fiz 31 anos, depois de quase uma década sem namorado, tinha concluído que nunca me casaria ou teria filhos, e eu estava em paz com isso. Então, um dia, aconteceu que encontrei este homem à fora do meu prédio, enquanto eu saía para levar o lixo. Eu estava completamente desajeitada - transpirada e sem maquilhagem. Fiquei a saber que ele tinha acabado de se mudar para o prédio e o seu apartamento ficava no mesmo andar que o meu. 

Quando fiz 32 anos nós estávamos noivos e hoje, aos 34, nós temos dois filhos e um casamento feliz. Os planos de Deus definitivamente não são os mesmos que os meus. Eu queria casar-me com um homem que não fosse careca e que fosse católico praticante. O meu marido é careca e converteu-se ao Catolicismo antes de nos casarmos. Olhando para trás, vejo que eu necessitava de todo aquele tempo de solteira para construir a minha auto-estima, as minhas ideias e, o mais importante, o meu relacionamento com Cristo. Eu estou muito grata por ter tido tempo de construir amizades e ir a missa diariamente. Eu valorizo aquela época e hoje estou confiante na minha vocação.

Jéssica B., casou-se aos 32 anos

Na casa do meu irmão

Desde criança eu sonhava casar e ter filhos. Depois de quase 30 anos de casamento, eu tenho certeza que Deus teve as Suas razões para me fazer esperar até os 30 para conhecer o meu marido. Depois de dar aulas durante muitos anos, e ter conhecido vários homens, eu não estava muito certa que o homem certo chegaria. 

Numa tarde de Domingo, a minha mãe tinha-me encorajado a visitar o meu irmão, na sua casa nova. Sem que eu soubesse, ele havia convidado alguns amigos para visitá-lo, entre eles um vizinho de 34 anos. No momento em que meu irmão nos apresentou, eu soube que este era o homem que Deus tinha reservado para mim. Nós conversamos durante horas, e ficámos indiferentes às pessoas que nos cercavam. Fé, família e valores semelhantes evidenciaram-se entre nós imediatamente (incluindo uma atracção mútua). Ele pediu-me em casamento cerca de três meses depois e, em menos de um ano depois, já estávamos casados.

Mary Lee F., casou-se aos 30 anos.

Numa festa...e então o hospital

Durante os meus 20 e começo dos 30, eu estava com dúvidas se ainda me casaria. Quantos terços e novenas já havia feito? Eu conheci o meu marido numa festa organizada por um grupo de mulheres católicas, no dia 9 de Junho de 2012. Nós saímos uma vez, mas o segundo encontro só aconteceu sete meses depois. 

O meu marido sofreu um grave acidente de mota e eu decidi vê-lo no hospital. Nós ficamos amigos no hospital e, alguns meses depois, ele convidou-me para sair de novo. Ele diz sempre que não se arrependeu de me convidar para sair de novo depois de nosso primeiro encontro - não que eu o tivesse lembrado disso ou nada disso (eu lembrei!). No fim, eu aprendi que o tempo de Deus é sempre perfeito duma forma que nós nunca iremos compreender. O meu marido pediu-me em casamento no dia8 de Junho de 2013, quase um ano depois de nos conhecermos.

Erin B., casou-se aos 34 anos.

Courtney Kissinger in lifeteen.com


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