segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sabeis se eles são dignos?

Fui ontem às ordenações dos Diáconos e Padres, no Mosteiro dos Jerónimos. Foi uma cerimónia bastante rápida (cerca de 3 horas), e de onde tirei dois momentos especialmente comoventes. O primeiro é o diálogo entre o Bispo e quem os apresenta:

O Cardeal Patriarca:
Sabeis se eles são dignos?

O Reitor do Seminário responde:
Segundo o testemunho do povo cristão e o parecer dos responsáveis que os apresentam, atesto que foram considerados dignos.

Mais tarde cada um deles tem que responder a esta pergunta:

O Cardeal Patriarca:
Promeste-me a mim, e aos meus sucessores, reverência e obediência?

O eleito:
Prometo.

Rezemos para que os que fazem esta promessa a consigam cumprir!


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Eu era contra a comunhão na boca - Pe. Paulo Ricardo

Durante vários anos como padre, insisti terminantemente que as pessoas comungassem na mão, porque, devido aos meus estudos, eu havia aprendido que para comungar colocamos uma mão em cima da outra fazendo uma cruz e, depois, fazemos uma concha.

Assim, fazemos, ao mesmo tempo, um “berço” (a manjedoura onde Jesus nasceu) e uma cruz (onde Jesus morreu). Sempre recordando que a mão esquerda tem de ficar em cima da mão direita, porque a mão direita tem de estar livre para se pegar na hóstia e colocá-la na boca. A mão deve estar à altura do peito, estendida na direcção do padre.

Por muito tempo fiquei incomodado ao ver os seminaristas a comungar na boca, mas sabia que eles tinham o direito de fazer isso. No entanto, sempre tentava fazê-los receber a Eucaristia na mão. Tudo isso era o que eu lutava e cria até há pouco tempo atrás. Mas o papa Bento XVI deu-me uma “rasteira”.

O Papa começou a dar a comunhão, na liturgia papal, aos fiéis, de joelhos e na boca. Confesso que fiquei chocado com aquilo. Então, fui estudar, porque quando vemos o Papa tomar uma atitude, alguma razão ele deve ter.

Foi aí que descobri que a comunhão na mão (algo permitido canonicamente) é uma excepção, ou seja, para a lei canônica a forma comum de se comungar é na boca. Então, há que ficar com essa verdade. Estudando, descobri que não existe nenhuma referência de comunhão na mão, isto porque, nos países do Norte da Europa, as pessoas começaram a receber a comunhão na mão por desobediência, por rebeldia. O Vaticano tentou corrigi-las, mas não conseguiu e autorizou as conferências episcopais a, se acharem oportuno, pedir autorizacção para comungar na mão.

Mas por que é que Bento XVI está agora a dar a comunhão na boca e de joelhos? O Papa está a fazer isso porque acredita que nós estamos a correr um risco muito grande de perder a devoção e a fé na Eucaristia, pois, infelizmente, em algumas igrejas a presença de Jesus Eucarístico está a tornar-se uma piada.

Padres estão a cometer atos indignos e irreverentes com a Eucaristia, é o caso de passarmos a noite a adorar em desagravo Jesus Eucarístico. Um exemplo é a situação de um sacerdote que, a conduzir, tinha umas hóstias colocadas no banco de trás do carro. Questionado por alguém que ele levava consigo no carro do porquê daquilo, o padre argumentou que aquilo era circunstancial, pois, segundo ele, Jesus só estava presente na Eucaristia durante a celebracção da Missa; depois, já não está lá. Isso é um sacrilégio que não tem nome.

Diante disso, entendemos por que é que as pessoas vão perdendo a devoção na Eucaristia. Aos poucos a presença de Jesus Eucarístico está a ser perdida.

Portanto, eu Padre Paulo, durante muito tempo, não gostei dessa história de comunhão na boca por causa de um arqueologismo. Porém, o Papa está a dar um exemplo. Mas ele não quer que todos, assim de repente, comecem a comungar de joelhos e na boca. Ele quer pôr um movimento em acção, quer dar o exemplo para que, sem decretar nenhuma lei ou sem enfrentar divisões, comecemos a comungar naturalmente na boca e de joelhos.

Essa atitude é o fiel quem vai analisar, ter a prudência de ver qual é a situacção da sua paróquia, do seu padre e do seu bispo, pois pode ser que eles ainda não saibam disso. Eu mesmo levei tempo para descobrir que comunhão na boca é o normal. Levei tempo para achar normal um fiel comungar de joelhos. Então, meus irmãos, com muito amor a Cristo e à Sua Igreja, vamos olhar para o exemplo do Papa e fazer um exame de consciência para saber como está o nosso respeito por Cristo presente na Eucaristia.


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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Saramago, o triste

Grande clamor se levantou pela ausência do PR nas cerimónias fúnebres de Saramago. A verdade é que Cavaco nunca chegou a privar com Saramago (o que não foi por acaso pois o escritor detestava o actual Presidente da República), havendo mesmo uma velha quezília entre ambos, desde o tempo do "Evangelho segundo Jesus Cristo".

Para muita gente, Saramago não foi assim tão "importante", ainda que tenha ganho o prémio Nobel que vale o que vale. Pese embora o respeito que mereça enquanto pessoa, a verdade é que durante a sua vida Saramago passou o tempo a atacar a Fé em Deus, espalhando discursos biliosos por diversos palcos. Não me recordo de escutar da sua boca a palavra amor, nem tão-pouco o ouvi falar em união e conciliação. A sua vida foi um conflito constante com o vazio da sua existência. Só um homem amargurado fala, pensa, e escreve assim.

Saramago não é exemplo para a juventude pois nunca falou de esperança, optando por professar o desencanto. Escolheu manter-se comunista quando o comunismo ruiu por todo o mundo. Escolheu encher-se de si mesmo, fechando-se num narcisismo destrutivo. Ficará na memória de uma elite que o viu entronizado por um Nobel que só serviu para lhe fortalecer a soberba e criar um séquito de lacaios intelectuais.

Tenho pena de Saramago porque raramente o vi sorrir. Mas não tenho pena da sua amargura (que foi sempre uma constante na sua vida) porque sempre lhe prestou culto. Nunca se libertou deste redil sombrio que se apoderou da sua mente e o martirizou; talvez agora veja a Luz. Os pêsames à família. in O Inimputável


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Querer a todos, compreender, desculpar - S.Josemaria

O amor às almas, por Deus, faz-nos querer a todos, compreender, desculpar, perdoar... Devemos ter um amor que cubra a multidão das deficiências das misérias humanas. Devemos ter uma caridade maravilhosa, "veritatem facientes in caritate", defendendo a verdade, sem ferir. (Forja, 559)

Se vos examinardes com valentia na presença de Deus, vós, tal como eu, sentir-vos-eis diariamente carregados de muitos erros. Quando lutamos por arrancá-los com a ajuda divina, carecem de verdadeira importância e podem ser superados, embora pareça que nunca conseguimos desarraigá-los totalmente. Além disso, independentemente dessas fraquezas, tu contribuirás para remediar as grandes deficiências dos outros, sempre que te empenhares em corresponder à graça de Deus. Reconhecendo-te tão fraco como eles – capaz de todos os erros e de todos os horrores – serás mais compreensivo, mais delicado e, ao mesmo tempo, mais exigente, para que todos nos decidamos a amar a Deus com o coração inteiro.

Nós, os cristãos, os filhos de Deus, temos de prestar assistência aos outros, pondo em prática honradamente o que aqueles hipócritas retorcidamente elogiavam ao Mestre: Não olhas à condição das pessoas. Isto é, havemos de rejeitar por completo a acepção de pessoas – interessam-nos todas as almas! – embora, logicamente, devamos começar por ocupar-nos daquelas que, por esta ou aquela circunstância, e até só por motivos aparentemente humanos, Deus colocou ao nosso lado. (Amigos de Deus, 162)


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A vida de S.Thomas More

Inglês, nascido em 1477, foi decapitado em Londres, por ordem de Henrique VIII pela sua fidelidade à Sé apostólica romana. Estudou na Universidade de Oxford. Era de carácter extremamente simpático. De honrada burguesia, filho de um juiz. Foi pajem do arcebispo de Cantuária. Pai de família, teve um filho e três filhas. Era jurista e amigo de Erasmo, que lhe dedicou a sua obra-prima: "O Elogio da loucura". Foi nomeado chanceler do Reino. 


Deixou várias obras escritas, versando sobre negócios civis e liberdade religiosa. A sua obra mais conhecida intitula-se "A Utopia" (vocábulo grego que significa: em parte nenhuma). 

Opôs-se duramente ao divórcio de Henrique VIII, que desejava anular seu primeiro casamento a fim de casar-se com Ana Bolena. Recusou-se a comparecer aos cerimoniais de coroação da nova rainha. Por ordem do rei, foi preso e lançado na Torre de Londres. Na prisão escreveu Diálogo do Conforto nas Tribulações. 

Mesmo condenado à forca, não perdeu o seu peculiar bom humor cristão, sua naturalidade e simplicidade. No dia da execução, pediu ajuda para subir ao cadafalso. E disse ao povo: "Morro leal a Deus e ao Rei, mas a Deus antes de tudo". E abraçando o carrasco, disse: "Coragem, amigo, não tenhas medo! Mas como tenho o pescoço muito curto, atenção! Está nisso a tua honra!" E pediu para que não lhe estragasse a barba, porque ela, ao menos, não cometera nenhuma traição. Morreu no dia 6 de Julho de 1535. Foi beatificado em 1886 por Leão XIII e canonizado em 1935 por Pio XI.


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A conversão de um dos maiores ateus do mundo



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quarta-feira, 23 de junho de 2010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Frase do dia

“Nós vivemos no meio de tamanha degradação universal, que já não existe nada receptivo ao cristianismo, a não ser a realidade da criatura em estado bruto. Por isso, este é o momento dos inícios do cristianismo, é o momento em que o cristianismo nasce, é o momento da ressurreição do cristianismo. E a ressurreição do cristianismo possui um único grande instrumento. Qual? O milagre. Este é o tempo do milagre. É preciso dizer às pessoas que invoquem os santos, pois eles são feitos para isso”. 

D. Luigi Giussani


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Carta aos Padres (clicar na imagem para aumentar)



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Blood Money



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O Estado enquanto educador sexual

Falhada a utopia de construir uma sociedade sem classes, os defensores da tese tentam agora construir uma sociedade igualitária, de preferência sem referências culturais, religiosas ou ideológicas.

A ideia é convencer as gerações futuras de que viver em liberdade é prescindir de optar; é, basicamente, tomar como certo e sem alternativa um modelo de sociedade que é enfiado na cabeça dos mais novos, desde tenra idade, no banco da escola.

Na senda deste projecto, entra em cena, no próximo ano lectivo, a educação sexual contada pelo Estado, por este Estado que não perde oportunidade ou poupa recursos para explicar às nossas crianças o que é o sexo. Uma matéria que o Estado conhece mais do que qualquer pai ou qualquer mãe que queiram ensinar outras coisas aos filhos. Isso, diz o Estado, é pôr ideias retrógradas nas cabeças das crianças.

É assim que este nosso querido Estado benfeitor quer construir uma sociedade moderna e sem complexos e, já agora, se puder ser, também sem capacidade de pensar pela própria cabeça.

Se tudo correr bem, espero que os meus filhos chumbem por faltas às disciplinas em que lhes quiserem ensinar aquilo que o Estado não tem direito de ensinar.

Está na hora de explicar ao Estado quem manda na nossa casa! Raquel Abecasis - RR


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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A crueldade dos números



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Eutanásia - a nova marca suiça



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Ver os Jerónimos em 3D

É só clicar aqui: Mosteiro dos Jerónimos 3D


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Com Ele não há possibilidade de fracasso - S. Josemaria Escrivá

"Tudo posso naquele que me conforta". Com Ele não há possibilidade de fracasso, e desta persuasão nasce o santo "complexo de superioridade" para enfrentar as tarefas com espírito de vencedores, porque Deus nos concede a sua fortaleza. (Forja, 337)

Se não lutas, não me digas que procuras identificar-te mais com Cristo, conhecê-lo, amá-lo. Quando empreendemos o caminho real de seguir a Cristo, de nos portarmos como filhos de Deus, não se nos oculta o que nos aguarda: a Santa Cruz, que temos de contemplar como o ponto central onde se apoia a nossa esperança de nos unirmos ao Senhor.

Digo-vos desde já que este programa não é uma empresa cómoda; viver da maneira que o Senhor assinala pressupõe esforço. (…) Nós descobriremos a baixeza do nosso egoísmo, os golpes da sensualidade, as investidas de um orgulho inútil e ridículo e muitas outras claudicações: tantas, tantas fraquezas. Descoroçoar? Não. Com S. Paulo, repitamos ao Senhor: sinto complacência nas minhas enfermidades, nos ultrajes, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo; pois quando estou fraco, então sou mais forte .

(…) Eu vivo persuadido de que, sem olhar para o alto, sem Jesus, jamais conseguirei nada; e sei que a minha fortaleza, para me vencer e para vencer, nasce de repetir aquele brado: tudo posso n'Aquele que me conforta, que contém a segura promessa de Deus de não abandonar os seus filhos, se os seus filhos não o abandonarem. (Amigos de Deus, nn. 212–213)


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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aura Miguel fala sobre o Papa Bento XVI (3 partes)



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Algumas formas de ter indulgências (é fácil!)

- Leitura da S. Escritura. Concede-se indulgência parcial ao cristão que leia devotamente a Bíblia Sagrada. A indulgência é plenária, desde que a leitura dure ao menos meia-hora.

Visita ao SS. Sacramento. Concede-se indulgência parcial a quem visite o SS. Sacramento para O adorar. A indulgência é plenária, caso a visita dure meia-hora ao menos.

Rosário. Concede-se indulgência plenária a quem recite o Rosário (quinze mistérios) numa igreja ou em família ou numa comunidade ou numa associação religiosa. A indulgência é parcial nas demais circunstâncias possíveis.

Comunhão espiritual. É atribuida indulgência parcial a quem realize uma Comunhão espiritual, qualquer que seja a fórmula utilizada.

Catequese. Ao cristão que se aplique a ensinar a doutrina da fé católica, concede-se de cada vez indulgência parcial.

Objectos de piedade. Quem usa devotamente algum objeto de piedade (crucifixo, terço, escapulário, medalha), benzido por qualquer sacerdote, obtém indulgência parcial. Se o objecto tiver sido benzido pelo Papa ou por algum Bispo, o cristão, usando-o devotamente, pode obter indulgência plenária na festa dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, contanto que recite então uma profissão de fé.


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Deus ama quem dá com alegria - S. Josemaria Escrivá

Sofres! – Pois olha: "Ele" não tem o coração mais pequeno do que o nosso. – Sofres? É porque convém. (Caminho, 230)

Advirto-te que as grandes penitências são compatíveis também com as quedas espalhafatosas, provocadas pela soberba. Em contrapartida, com esse desejo contínuo de agradar a Deus nas pequenas batalhas pessoais – como sorrir quando não se tem vontade: asseguro-vos, aliás, que em certas ocasiões torna-se mais custoso um sorriso do que uma hora de cilício – é difícil alimentar o orgulho, a ridícula ingenuidade de nos considerarmos heróis notáveis: ver-nos-emos como uma criança que apenas consegue oferecer ninharias ao seu pai, que as recebe, no entanto, com imensa alegria.

Então, um cristão há-de ser sempre mortificado? Sim, mas por amor. (…)Talvez até agora não nos tivéssemos sentido urgidos a seguir tão de perto os passos de Cristo. Talvez não nos tivéssemos apercebido de que podemos unir ao seu sacrifício reparador as nossas pequenas renúncias: pelos nossos pecados, pelos pecados dos homens de todas as épocas, por esse trabalho malvado de Lúcifer que continua a opor a Deus o seu non serviam! Como nos atreveremos a clamar sem hipocrisia: Senhor, doem-me as ofensas que ferem o teu Coração amabilíssimo, se não nos decidimos a privar-nos de uma ninharia ou a oferecer um sacrifício minúsculo em honra do seu Amor? A penitência – verdadeiro desagravo – lança-nos pelo caminho da entrega, da caridade. Entrega para reparar e caridade para ajudar os outros, como Cristo nos ajudou a nós.

De agora em diante, tende pressa de amar. O amor impedir-nos-á a queixa e o protesto. Porque com frequência suportamos a contrariedade, sim; mas lamentamo-nos; e então, além de desperdiçar a graça de Deus, cortamos-lhe as mãos para futuros pedidos. Hilarem enim datorem diligit Deus. Deus ama o que dá com alegria, com a espontaneidade que nasce de um coração enamorado, sem os espalhafatos de quem se entrega como se prestasse um favor. (Amigos de Deus, nn. 139–140)


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segunda-feira, 14 de junho de 2010

Juntar o útil ao agradável

Sabe que pode dar uma vida nova aos equipamentos informáticos, telemóveis, mobiliário e electrodomésticos usados?

Basta encaminhá-los para o Banco de Equipamentos da ENTRAJUDA que os recupera e encaminha para reutilização no sector social ou, quando isso não seja possível, os recicla correctamente.

Reduza os impactos ambientais, contribua para a luta contra a exclusão social e obtenha ainda benefícios fiscais.
Mais informações em www.bancodeequipamentos.pt ou 213 600 500.


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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Dia do Sagrado Coração de Jesus

Ó dulcíssimo Jesus, ó Redentor do género humano, lançai um olhar sobre nós, humildemente prostrados diante do vosso altar. Somos vossos e vossos queremos ser; e para podermos viver mais estreitamente unidos a Vós, eis que cada um de nós se consagra ao vosso Sacratíssimo Coração. Muitos, porém, já não Vos conhecem; muitos, ao desprezar os vossos mandamentos, repudiam-Vos. Ó benigníssimo Jesus, tende piedade de uns e de outros; e atraí todos ao Vosso Coração Santíssimo.

Oh Senhor, sê o Rei não só dos fiéis que não se distanciaram de Vós, mas também destes filhos pródigos que Vos abandonaram; fazei com que estes retornem à casa paterna o quanto antes para não morrerem de miséria e fome. Sê o Rei de todos os que vivem no engano do erro ou que por discordarem de Vós se separaram; chamai-os ao porto da verdade e da unidade da Fé para que assim, em breve, não haja mais que um só rebanho sob um só Pastor.

Sê finalmente o Rei de todos os que estão envoltos nas superstições do paganismo e não recuseis tirá-los das trevas para traze-los à luz do Reino de Deus.

Obtende, oh Senhor, a integridade e liberdade segura para a vossa Igreja; dai a todo o povo a tranqüilidade da ordem; fazei com que de uma extremidade à outra da terra ressoe esta única voz: “Seja louvado este Coração do qual provém a nossa salvação; a Ele a glória e a honra pelos séculos. Amém!”.

“Annum Sacrum”, Carta Encíclica de Leão XIII sobre a Consagração da Humanidade ao Sagrado Coração de Jesus, 25 de Maio de 1899


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Os mornos - João Pereira Coutinho

Gostei de ter estado no CCB para o encontro "cultural" com Bento XVI. Não apenas pelo Papa, um dos mais importantes pensadores vivos que sempre li com prazer e proveito. Mas sobretudo para testemunhar a quantidade de "intelectuais" que, apesar de passarem 364 dias a usar a Igreja como saco de pancada, reservaram o 365º para aplaudirem o Papa de pé. Não cito nomes, até porque não tenho espaço. Mas como explicar esta esquizofrenia?

Uma amiga, que assistia abismada ao mesmo cenário, optou pela poesia: ‘Vaidade, tudo é vaidade.’ Não sei se será, embora câmaras de televisão normalmente façam milagres. Creio que o problema é mais fundo e Bento XVI tem-se ocupado dele com pena cirúrgica: a ditadura presente da nossa condição reside na incapacidade absoluta para defendermos valores fundamentais. Tudo é moda, o que significa que os mesmos jacobinos de ontem se transformam nos ecuménicos de hoje antes de regressarem ao jacobinismo de amanhã.

No relativismo larvar em que chafurdam as nossas sociedades, estou com os profetas: prefiro gente fria ou quente a estas versões mornas.


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Estranhas confissões



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quarta-feira, 9 de junho de 2010

Referendo casamento

Alguém sabe se está prevista alguma campanha de recolha de assinaturas para referendar o casamento?

Bem sei que já se tomou esta medida e, não obstante as mais de 90.000 portugueses a defender esta iniciativa popular, os deputados fizeram orelhas moucas (depois admiram-se de haver quem queira reduzir o número de parlamentares de 230 para 180; se não fazem o que o povo quer, o que fazem lá?).

A minha sugestão passa por seguir o exemplo dos USA, onde cada vez que há um acto eleitoral se referendam, sem medo,uma série de questões essenciais para a sociedade.

Assim, sabendo que em 2011 teremos eleições presidenciais, os portugueses deveriam ser chamados a votar, no mesmo dia, se concordam que a instituição "casamento" deixe de ser uma união exclusiva de duas pessoas de sexos opostos.

Depois de ler com atenção as declarações do PR ao justificar a promulgação da lei, ao dizer que ia contra a sua consciência, tenho a certeza que Cavaco Silva encabeçaria a lista de peticionantes, o que seria uma boa ajuda a esta causa.


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Seguir Cristo: é este o segredo - S. Josemaria Escrivá

Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: "Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo". – São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira? (Caminho, 382)

Como poderemos superar estes inconvenientes? Como conseguiremos fortalecer-nos nessa decisão que começa a parecer-nos muito pesada? Inspirando-nos no modelo que nos apresenta a Virgem Santíssima, nossa Mãe: uma rota muito ampla, que passa necessariamente através de Jesus.


Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo. Talvez pareça que estamos na primeira etapa... Procuremo-lo com fome, procuremo-lo dentro de nós com todas as forças! Se o fizermos com este empenho, atrevo-me a garantir que já O encontrámos e que já começámos a conhecê-lo e a amá-lo e a ter a nossa conversa nos céus.


Rogo a Nosso Senhor que nos decidamos a alimentar nas nossas almas a única ambição nobre, a única que merece a pena: ir ter com Jesus Cristo, como fizeram a sua Bendita Mãe e o Santo Patriarca, com ânsia, com abnegação, sem descuidos. Participaremos na dita da amizade divina – num recolhimento interior, compatível com os nossos deveres profissionais e sociais – e agradecer-Lhe-emos a delicadeza e a caridade com que Ele nos ensina a cumprir a Vontade do Nosso Pai que está nos céus.


Seguir Cristo: é este o segredo. Acompanhá-lo tão de perto, que vivamos com Ele, como os primeiros doze; tão de perto, que com Ele nos identifiquemos. Se não levantarmos obstáculos à graça, não tardaremos a afirmar que nos revestimos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso Senhor reflecte-se na nossa conduta como num espelho. Se o espelho for como deve ser, captará o rosto amabilíssimo do nosso Salvador sem o desfigurar, sem caricaturas: e os outros terão a possibilidade de O admirar, de O seguir. (Amigos de Deus, 299–303)


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Isto é a gozar não é?

Com a homologação da lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo, vários casais estão já a preparar as cerimónias de enlace. É o caso de Manuel Correia, de 54 anos, e Fernando Fonseca, de 32.

O casamento civil está marcado para dia 27. Os 150 convidados reúnem-se na escadaria da Basílica da Estrela, em Lisboa. Foram convidados artistas e figuras públicas. O casal garante ter enviado convites para Cinha Jardim e as filhas, Isaurinha e Pimpinha, Carla Andrino, Paula Taborda, Carlos Veríssimo, Fernanda Freixo e a fadista Carmen Garcia. No entanto, os familiares do casal mantêm reservas na aceitação da relação.

Ao CM, Manuel e Fernando desvendam pormenores do enlace e revelam o vestido de noiva que Manuel, ou melhor, a ‘Fernanda’, como é chamado pelo companheiro e amigos, vai vestir. ‘Fernanda’ emociona-se quando fala do amor pelo namorado. "É o amor da minha vida. Casar é o sonho que tenho desde que o conheci." O ‘marido’, como ‘Fernanda’ trata Fernando, não duvida dos sentimentos. "A Fernanda é a pessoa com quem quero viver o resto da vida."
O vestido que ‘Fernanda’ vai usar tem alças e rendas, custou 7000 euros e foi oferecido. A tiara de brilhantes, falsos, custou 5000 euros. Irá usar pulseira de pérolas e colar a condizer. Para ‘Fernanda’, não é difícil o equilíbrio em saltos altos ou envergar vestido justo: é transformista e o nome artístico é Miss Ágata. Participou em programas televisivos, teatro de revista, espectáculos e filmes pornográficos. Hoje é chefe de cozinha. Fernando é carpinteiro e pedreiro. in Correio da Manha


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É pior o emendo que o soneta

Há 3 meses, saiu no Diário de Notícias um artigo que apontava o aborto legal como um problema de saúde pública. Alguns médicos deram o seu testemunho:

- O ginecologista Pedro Canas Mendes, do Hospital Particular de Almada, lembra os custos que esta atitude traz ao Estado e defende a alteração de alguns pontos na lei: "O legislador devia ter previsto a penalização à reincidência. As mulheres já começam a ver a interrupção da gravidez como um método de planeamento familiar e isso não pode acontecer." Para Canas Mendes, "já se banalizou a situação". Ou seja, "muitas mulheres encaram a interrupção da gravidez com naturalidade, como algo inócuo, sem consequências".

- A mesma opinião tem Miguel Oliveira e Silva, obstetra e professor de ética médica, que foi, aliás, uma das caras a favor da despenalização do aborto na época do referendo. Mas hoje admite que "há aspectos que não estão a funcionar bem". "Há situações na realidade da saúde sexual das mulheres portuguesas que a lei permite que funcionam mal. Custa-me pensar que uma mulher fez três abortos às minhas custas e às custas de outros contribuintes", diz, acrescentando: "Acho que devia haver um limite de abortos gratuitos. O aborto recorrente está a tornar-se um grande problema de saúde pública." Daí que Oliveira e Silva também culpe as mulheres por esta atitude. "Depois da IVG, são obrigadas a ir a consultas de planeamento, mas muitas faltam. Por isso, informação existe, as mulheres é que continuam a ter comportamentos irresponsáveis."

Prontamente reagiu a Associação para o Planeamento da Família (APF), com um comunicado recheado de pérolas como estas:

- O aborto foi despenalizado em 2007, mas as mulheres que a ele recorrem continuam a ser profundamente estigmatizadas e culpabilizadas. Esta é a conclusão que se pode tirar do artigo que o Diário de Notícias publicou na sua edição de 10.02.10.

- Mas não é isso que está em questão neste artigo. O que está em questão é que, como se pode constatar ao longo do mesmo, o aborto continua, infelizmente, a ser entendido por alguns médicos e responsáveis de serviços de saúde deste país, como um fenómeno próprio de mulheres impróprias e irresponsáveis. Que qualquer falha humana ou do método não merece o dinheiro dos nosso impostos (raciocínio que aliás, porque não, poderá também ser extensível ao tratamento do cancro do pulmão em antigos fumadores, ou ao tratamento de complicações cardiovasculares a pessoas que ao longo da vida teimaram em não fazer uma alimentação saudável).

Esta associação, estranhamente condecorada em 1998 pelo presidente da república, Jorge Sampaio, com a Ordem de mérito público, é uma das principais promotoras do aborto em Portugal. É filiada da International Planeed Parenthood Federation, fundada por Margaret Sanger, responsável por declarações como esta: “Mais filhos dos aptos, menos dos inaptos; esta é a base do controlo de natalidade”.


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terça-feira, 8 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Calendário mais esperado deste ano!

Amici,

Aqui está o calendário que vai ajudar muita gente a programar a sua vida:
http://www.marca.com/deporte/futbol/mundial/sudafrica-2010/calendario.html

Bjs a todos!


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domingo, 6 de junho de 2010

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Bela couve lombardia

Lisboa, 02 jun (Lusa) - As mulheres grávidas da Lombardia, (Norte de Itália) que estejam em apuros financeiros recebem 4500 euros se decidirem levar a gravidez até ao fim em vez de recorrerem a um aborto, decidiu o governador local.

Roberto Formigoni, governador da Lombardia, avançou com a medida por considerar que nenhuma mulher deve pôr termo a uma gravidez por causa de dificuldades económicas, informa o site da BBC.

Assim, todas as mulheres mais pobres que engravidem vão receber, durante ano e meio, uma mensalidade de 250 euros (...).


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quarta-feira, 2 de junho de 2010

O sangue dos mártires é semente de novos cristãos



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A ética da irresponsabilidade - P.Gonçalo PAlmada

O Presidente da República (PR) entendeu promulgar a lei que institucionaliza o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Fê-lo invocando a «ética da responsabilidade» e contra o seu próprio parecer sobre a questão.

A expressão «ética da responsabilidade» é redundante, porque a irresponsabilidade nunca é ética, como é óbvio. «Responsabilidade» significa, etimologicamente, o «peso» (pondus, em latim), da «coisa» (em latim, res), ou seja, ser responsável é acarretar com as consequências das próprias convicções em todos os actos e opções. A «ética da responsabilidade» opõe-se, portanto, à lógica da conveniência, cujo critério decisivo não é pautado por imperativos morais, mas por razões de oportunidade.

Ora o PR, que podia não ser cristão e, não o sendo, até podia ser partidário do casamento entre pessoas do mesmo sexo, fez questão em deixar claro que não concorda com o teor do diploma que promulgou. Ou seja, foi o PR que chamou a atenção para a incoerência da sua atitude: enquanto cidadão supostamente católico, pensa de uma forma; mas enquanto PR, age ao contrário. Mas como a fé se manifesta pelas obras e os princípios também, pois se assim não fosse não seriam princípio de coisa nenhuma, forçoso é concluir que quem procede deste modo não tem fé, nem princípios.

Também por razões de oportunismo, não faltaram políticos, militares, cientistas, juízes, etc., que cederam às exigências do poder, nomeadamente nazi e estalinista, por exemplo. Não restam dúvidas de que o seu acatamento dessas ordens superiores beneficiaram a coesão social dos respectivos regimes, sobretudo em situação de guerra ou de grave crise nacional, mas uma tal vantagem prática os não iliba da correspondente responsabilidade moral: não é uma desculpa, mas uma culpa decorrente da sua irresponsabilidade ética, do seu relativismo moral. Não foram vítimas dessas injustiças, mas cúmplices. O medo pelas consequências necessárias de um acto eticamente exigido não é prudência, é cobardia.

Mas – poderiam objectar alguns politólogos mais manhosos – não seria ineficaz, em termos práticos, a recusa da promulgação do controverso diploma, na medida em que constitucionalmente não poderia deixar de o ser se, de novo, fosse remetido à presidência pelo parlamento, como decerto ocorreria?! De modo algum, porque o PR podia e devia fazer saber a quem de direito que, não podendo agir contra os seus princípios e a sua consciência, ver-se-ia obrigado a demitir-se se essa lei lhe fosse reenviada, ou a dissolver a Assembleia da República. Em qualquer dos casos, a responsabilidade pela crise política decorrente seria única e exclusivamente de quem insistisse nessa questão fracturante. Pelo contrário, promulgando o diploma, o PR não só o faz seu como faz saber à nação e aos outros órgãos de soberania que está disponível para sancionar qualquer lei, mesmo que contrária aos princípios morais que era suposto seguir na sua actividade política.

Outra é a lógica da honra e da fé. Thomas More, ex-chanceler de Henrique VIII, estava disposto a servir o seu país e o seu rei, mas não à custa dos seus princípios morais ou da sua religião. Em termos de estabilidade política ou de conveniência pessoal, poderia ter transigido com o divórcio real mas, como era um homem de fé e de princípios, não o fez. A coerência custou-lhe a vida. João Baptista não teve medo de denunciar a imoralidade de Herodes e a sua não cedência ante o adultério do monarca, que teria sido muito oportuna social e politicamente, dada a grave crise resultante da ocupação romana, teve para o precursor uma consequência trágica: o martírio.

São Thomas More e São João Baptista perderam literalmente a cabeça, mas não a fé, nem a honra, ao contrário dos que vendem a alma e a sua dignidade por mesquinhos interesses conjunturais. Aqueles não foram vencidos da vida, mas vencedores do mundo, ao invés dos que renegam os seus princípios por calculismo eleitoral e oportunismo político. Vae victis


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Frase do dia

"Limpa o teu coração. Faz dele uma casa para o Senhor. Deixa que ele more em ti e tu morarás nele." 

St. Agostinho


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Top-model Amada Rosa Pérez converte-se



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terça-feira, 1 de junho de 2010

«Vamos prometer o dobro dos outros partidos e cumprir o mesmo: nada!»



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"Mostra-te!" - Rui Corrêa d' Oliveira


«Tenho ainda muitas coisas para vos dizer,
mas não as compreendereis agora».

Foram muitas as coisas que Jesus disse aos seus discípulos
que eles não compreenderam.
Eles eram continuamente confrontados
com a sua impotência para perceber o que d’Ele ouviam.

O que me surpreende, é que nem Jesus deixou de as dizer,
nem os discípulos deixaram de O ouvir.

Esta contínua provocação,
era superada pela atractividade da Sua presença,
pelo fascínio do Seu olhar,
pelo espanto dos Seus milagres.

O Mistério repugna aos agnósticos,
mas atrai os homens de coração simples
que se deixam tocar pela intuição de verdade que o Mistério provoca.

A presença extraordinária daquele Homem único
que lhes falava mais de perdão que de justiça,
mais de amor que de violência, mais de paz que de revolta,
fazia-os descobrir uma maneira nova de viver, nunca antes proposta,
mas totalmente correspondente com a verdade mais íntima de si mesmos.

Também eu não escapo a esta dificuldade tão humana diante do Mistério
de um Deus que Se faz homem e acaba morto numa Cruz;
de um Jesus ressuscitado, mas que Se torna reconhecível;
de um Cristo que permanece vivo e verdadeiro na Igreja e na Eucaristia.

Mas se O não posso compreender agora,
não resisto a contemplá-Lo,
na beleza que concedeu à natureza,
mas sobretudo na vida e na história dos homens onde,
apesar de todas as suas contradições, o amor é possível e acontece.
E um só pedido me sai do coração: mostra-Te!


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