terça-feira, 31 de agosto de 2021

A lição que D. Athanasius Schneider aprendeu com a Missa Tradicional

A lição mais importante que aprendi com celebração da Missa Tradicional foi a seguinte: sou apenas um pobre instrumento de uma acção sobrenatural e sagrada, cujo protagonista é Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote.

Durante a celebração da Missa sinto que perco, em certo sentido, a minha liberdade individual porque as palavras e os gestos são-me prescritos até nos mais pequenos detalhes e não posso alterá-los.

Sinto profundamente, no fundo do meu coração, que sou apenas um servo e um ministro que, porém, com livre arbítrio, com fé e amor, não realizo a minha vontade, mas a de Outrem.

D. Athanasius Schneider em entrevista feita por Piotr Falkowski para Nasz Dziennik


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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Beata Ana Catarina Emmerich sobre rezar em latim

Não posso fazer uso das orações da Igreja traduzidas para o alemão. Elas são para mim demasiado insípidas e demasiado molestas. Na oração não estou vinculada a qualquer língua e, ao longo da minha vida, as orações da Igreja em latim sempre me pareceram muito mais profundas e mais inteligíveis. 

No convento, sempre me alegrei antecipadamente quando tínhamos de cantar hinos e responsórios em latim. A festa (litúrgica) tornava-se ainda mais presente para mim e via tudo o que cantava. Especialmente quando cantávamos em latim a ladainha da Santíssima Virgem, tinha uma visão maravilhosa de todas as figuras simbólicas de Maria. Era como se as minhas palavras invocassem essas imagens. No início tinha algum medo, mas depois foi para mim uma graça e fervor que incentivaram bastante a minha devoção. Tenho visto as cenas mais admiráveis.

K. E. Schmoeger in Vie d’Anne-Catherine Emmerich, vol. 1, Pierre Tequi, Paris 1950, 258


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Mensagem do Cardeal Burke depois de ter estado em risco de vida

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

No Sagrado Coração de Jesus e através do Imaculado Coração de Maria, expresso a minha profunda gratidão a Deus, que me trouxe a este ponto de cura e recuperação. Conforme previamente comunicado pela direcção e equipa do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, a quem também expresso o meu profundo agradecimento, já não estou entubado com um ventilador. 

Fui transferido da Unidade de Cuidados Intensivos e instalado num quarto de hospital onde os médicos, enfermeiras e numerosos funcionários do hospital me prestaram cuidados médicos vigilantes, competentes e constantes. Também a estes dedicados profissionais agradeço de coração, bem como aos sacerdotes que me ministraram os Sacramentos.

A quantos ofereceram inúmeros rosários e orações, acenderam velas e solicitaram intenções na Santa Missa, estendo a minha sincera gratidão e peço ao Senhor e à Sua Mãe que abençoe a todos. Agradeço também aos meus irmãos Bispos e sacerdotes que ofereceram a Missa por mim ou rezaram por mim no altar.



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domingo, 29 de agosto de 2021

Confirma-se a notícia: Habemus Episcopum!

Mons. Guido Marini foi chamado ao Vaticano em 2007 pelo Papa Bento XVI para o ajudar a tornar mais solene a liturgia papal naquele momento. Começou por colocar uma cruz em qualquer altar onde o Papa celebrasse. Isto fez com que algumas paróquias também o fizessem.
 
Estabeleceu que antes das Missas do Papa se rezasse o Terço, para que as pessoas entrassem em ambiente de oração. O mesmo aconteceu na sacristia papal, onde impôs como obrigatório o silêncio e a oração.

Quem o conhece ou se cruzou com ele garante que é um homem de uma grande humildade.

Foi agora nomeado para Bispo de Tortona, uma pequena diocese no norte de Itália. Rezemos para que seja um Bispo que defenda a Tradição da Igreja.


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O martírio de São João Baptista e a perseguição dos justos

Hoje a Igreja celebra o martírio de São João Baptista. Herodes errou, julgando-se obrigado a cumprir o juramento. Se jurar é tomar a Deus por testemunha da verdade do que se diz ou do que se promete, claro está que, um juramento falso é um grande pecado, como pecado é também prometer, sob juramento, praticar uma acção má. O juramento, em si é bom e santo, por ser um acto de religião. Pelo juramento apela-se a Deus, que é a Verdade suprema. 

São três as condições que justificam o juramento: A verdade, a justiça e o motivo justo. Afirmar, com juramento, uma inverdade, é um gravíssimo pecado chamado perjúrio. "Não abusarás do nome do Senhor teu Deus; o Senhor não deixará impune a profanação de seu nome. Não farás juramento falso em meu nome e não profanarás o nome do teu Deus, pois eu sou o Senhor", prescrevem as Escrituras. 

A vida seria insuportável se não tivéssemos certeza absoluta da justiça de Deus, que põe tudo nos devidos termos, isto é, que dá à virtude a recompensa que merece e, ao pecado o justo castigo. Se assim não fosse, o martírio de São João Baptista e tantas e tantas injustiças e atrocidades clamorosas, não teriam solução. 

O que se observou sempre e até hoje se observa é que os justos sofrem, enquanto os maus gozam. Os justos são perseguidos e desprezados, enquanto os maus são estimados e festejados. Vemos nessa circunstância, aparentemente monstruosa, a actuação da justiça divina. Não há homem que não seja pecador e pelos pecados não provoque a justiça divina, como também não existe alguma criatura humana que não tenha boas qualidades, merecimentos naturais. 

O pecado deve ser punido onde quer que seja encontrado – também o pecado do justo reclama castigo. Eis por que os justos já sofrem aqui na Terra para não lhes ser comprometida a felicidade no Céu. A virtude, as boas obras, devem ser recompensadas, onde quer que se apresentem – também a boa obra do pecador reclama galardão. Não podendo ser compensada no Céu, recebe a paga na Terra, o que é de inteira justiça. Não é mau sinal, pois, se a vida parece uma corrente contínua de sofrimentos. 

"A quem Deus ama, castiga" – é observação feita em todos os tempos. Louvemos, pois, a justiça de Deus e não nos deixemos arrastar para a crítica, murmuração e desespero. A verdade está na palavra de Nosso Senhor, que na parábola do mau rico faz Abraão dizer-lhe: "Meu filho, lembra-te que recebeste o teu quinhão de bens durante a vida, ao passo que Lázaro só teve males; agora ele está aqui e tu sofres". 

in farfalline.blogspot.pt


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sábado, 28 de agosto de 2021

Mons. Guido Marini nomeado Bispo de Tortona

Segundo o blog Messa in Latino, Guido Marini, até agora Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, será amanhã nomeado Bispo de Tortona. O anúncio oficial será feito ao meio-dia, no Santuario della Guardia, por Mons. Tasca, Arcebispo de Génova.

Caso se confirme esta notícia, Mons. Marini deixará de ser Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, cargo que ocupava desde dia 1 de Outubro de 2007, quando foi nomeado pelo Papa Bento XVI.


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Quem és tu, meu Deus?

Santo Agostinho, além de um dos maiores santos de todos os tempos, foi um dos melhores escritores da História da Humanidade. As suas "Confissões" relatam - com toda a eloquência que o génio humano consegue atingir - a história de alguém apaixonado por Deus. Logo no início, no capítulo I, o santo pergunta "Quem és tu, meu Deus?", dando, em seguida, a resposta: 

Altíssimo, boníssimo, poderosíssimo, omnipotente ao extremo; 
misericordiosíssimo, mas extremamente justo; 
misteriosíssimo, mas sempre presente; 
belíssimo, mas extremamente forte; 
estável, mas incompreensível; 
imutável, mas mudando tudo; 
nunca novo, nunca velho; 
tudo renovando e envelhecendo os orgulhosos, que não se dão conta disso; 
sempre actuando, sempre em repouso; 
sempre acumulando, sem precisar de nada; 
sustentando, enchendo e sempre te espalhando; 
criando, nutrindo e amadurecendo; 
buscando, mas tendo tudo. 

Tu amas, mas sem paixão; 
és zeloso, sem ansiedade; 
arrependes-te mas não te afliges; ficas irado, mas sereno; 
mudas as tuas obras, mas o teu propósito não muda; 
recebes de volta o que encontras, sem nunca tê-lo perdido; 
nunca estás necessitado, mas os lucros de alegram; 
jamais cobiças, mas cobras juros. 

Tu recebes mais do que o devido, para que possas dever; 
e quem tem o que quer que seja que não seja teu? 

Tu pagas dívidas, sem nada dever; 
perdoas dívidas, sem nada perder! 

E o que acabei de dizer, meu Deus, minha vida, minha alegria?

Santo Agostinho de Hipona in 'Confissões' (I, 4)


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sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Sacerdote Índio

Padre John J. Brown, nascido Ksistaki Poka, o primeiro membro dos Blackfeet ordenado sacerdote, abençoa alguns membros da sua tribo em 1948.


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quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Santo Agostinho sobre a fragilidade da vida

Só Deus sabe quando será o fim do mundo: seja quando for, o tempo da fé é hoje. O tempo está próximo para todos nós, porque somos mortais. Caminhamos no meio de perigos. 

Se fôssemos de vidro, não os recearíamos tanto; com efeito, não há coisa mais frágil que um recipiente de vidro, e no entanto conservamo-lo e dura séculos, porque pode cair, mas não pode envelhecer nem ser atingido por uma febre. 

Mas nós somos mais frágeis e mais fracos que o vidro, e essa fragilidade faz-nos recear em cada dia todos os acidentes que são constantes na vida dos homens. E se não houver acidentes, continua a existir o tempo que avança. O homem evita os choques; poderá evitar a sua última hora? Ele evita o que vem do exterior; poderá extirpar o que nasce no seu interior? 

Por vezes, é subitamente dominado por uma doença. E, mesmo que tenha sido poupado toda a vida, quando a velhice por fim chega, não há adiamento possível.

in Sermão 109


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Arcebispo de Lima nega comunhão a fiel que se ajoelhou

Infelizmente, este é um episódio recorrente nas nossas igrejas. Neste caso foi o Arcebispo de Lima, Mons. Carlos Castillo, a ignorar um católico que se apresentou para receber a Comunhão.

Até quando é que os direitos dos fiéis serão desrespeitados e desprezados pela Hierarquia Eclesiástica? A Sagrada Comunhão foi recebida de joelhos e na boca durante séculos e séculos. Continua a ser o modo preferencial de A receber. Não pode ser negada por ninguém, nem sequer por um Bispo.


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Obrigações dos Maridos e das Mulheres - S. António Maria Claret

Obrigações do Marido

1. Amar a sua mulher, como Jesus Cristo a Igreja.
2. Não a desprezar, porque é companheira inseparável.
3. Dirigi-la como inferior. 
4. Ter cuidado dela, como guarda da sua pessoa.
5. Sustentá-la com decência.
6. Sofrê-la com toda paciência.
7. Assisti-la com caridade.
8. Corrigi-la com benevolência.
9. Não a maltratar com palavras nem obras.
10. Não fazer nem dizer coisa alguma diante dos filhos, ainda que pequenos, que possa ser para eles motivo de escândalo.

Obrigações da Mulher

1. Estimar o marido.
2. Respeitá-lo como a sua cabeça.
3. Obedecer-lhe como a seu superior. 
4. Assisti-lo com toda a diligência.
5. Ajudá-lo com reverência.
6. Responder-lhe com mansidão.
7. Calar quando estiver zangado e enquanto durar a zanga.
8. Suportar com paciência os seus defeitos.
9. Repelir toda a familiaridade.
10. Cooperar com o marido na educação dos filhos.
11. Não desperdiçar as coisas e os bens da casa.
12. Respeitar os sogros como pais.
13. Ser humilde com as cunhadas.
14. Conservar boa harmonia com todas as pessoas da casa.

S. António Maria Claret (+1870) in 'Caminho Recto e Seguro para chegar ao Céu'



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quarta-feira, 25 de agosto de 2021

Arcebispo Aguer: 'Traditionis Custodes' é um retrocesso lamentável

Mons. Héctor Aguer, Arcebispo emérito de La Plata, província de Buenos Aires, escreveu um texto no qual apresenta a incoerência do último motu proprio do Papa Francisco, Traditionis Custodes, que visa a perseguição da Missa Tradicional em Rito Romano:

O latim foi durante séculos o vínculo de unidade e comunicação na Igreja Ocidental. Hoje não foi apenas abandonado, mas é também odiado. Nos seminários, o seu estudo é negligenciado, justamente por não ser útil. Não se percebe que deste modo o acesso directo aos Padres da Igreja Ocidental, muito importante para os estudos teológicos, está fechado: penso, por exemplo, em Santo Agostinho e em São Leão Magno, e em autores medievais como Santo Anselmo e São Bernardo. Esta situação parece-me um sinal de pobreza cultural e ignorância intencional.

O actual Pontífice declara que deseja continuar na busca constante da comunhão eclesial mas, para efectivar este propósito, elimina a obra dos seus predecessores ao colocar limites e obstáculos arbitrários ao que se estabeleceu com intenção e respeito ecuménico intra-eclesial pela liberdade dos sacerdotes e dos fiéis! Promove a comunhão eclesial ao contrário. As novas medidas implicam um retrocesso lamentável.

Parece que o julgamento que a Igreja faz, em sua instância máxima, do curso da vida eclesial procede segundo dois pesos e duas medidas: tolerância, e mesmo apreciação e identificação com as posições heterodoxas em relação à grande Tradição (por parte dos "progressistas", como têm sido chamados) e distância ou antipatia por pessoas ou grupos que cultivam uma posição "tradicional". Lembro-me do propósito que um famoso político argentino enunciou com brutalidade: «para amigos, tudo; ao inimigo, nem justiça ». Digo isso com o maior respeito e amor, mas com imensa tristeza.



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terça-feira, 24 de agosto de 2021

Casula oferecida por São Pio X à sua Diocese


Casula francesa, de meados do século XIX, com bordados à mão em seda lamê doirada. Foi oferecida à diocese de Treviso por São Pio X, em 1884, quando foi escolhido para Bispo de Mântua pelo Papa Leão XIII.

Giuseppe Sarto (futuro São Pio X) nasceu em uma pequena cidade de Treviso chamada Riese, que ainda pertencia ao Império Austríaco. Foi ordenado sacerdote em 1858. Quando foi escolhido para Bispo era cónego da Catedral de Treviso, chanceler da diocese e director espiritual do seminário. 

Recebeu uma dispensa de Leão XIII para poder ser sagrado Bispo sem ter doutoramento. E assim chegou a Papa. 


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São Bartolomeu, Apóstolo

São Bartolomeu foi um dos doze discípulos de Jesus Cristo. O seu nome vem da língua aramaica e faz uma referência ao nome do seu pai: Bartolomeu vem de “Bar Talmay” e significa “filho de Talmay”.
São Bartolomeu é Natanael
As narrações bíblicas não dão um enfoque especial a Bartolomeu. A não ser numa passagem do Evangelho de João, as passagens bíblicas limitam-se a citar o seu nome entre os doze escolhidos por Jesus. Sabe-se, porém, através dos Evangelhos, que Bartolomeu é a mesma pessoa que o apóstolo Natanael, citado noutros trechos evangélicos. 

Desdenha Nazaré

Natanael é um nome que quer dizer "Deus deu". Este nome ganha um novo sentido se observarmos que Natanael veio de Caná da Galileia. Lá, ele presenciou o primeiro milagre de Jesus, nas famosas “Bodas de Caná” (Jo 2, 1-11). Como São João evangelista nos conta, o discípulo Filipe contou a Natanael (ou Bartolomeu) que tinha acabado de encontrar o Messias. E disse-lhe ainda que o salvador vinha de Nazaré. Natanael imediatamente respondeu conforme o conhecimento da época: "Pode vir alguma coisa boa de Nazaré?" (Jo 1, 46). 
Esta pergunta de São Bartolomeu mostra claramente que o Messias, ou o Salvador, era esperado como um grande general, vindo de lugares importantes de Israel, e não de um vilarejo perdido na Galileia chamado Nazaré.

O Encontro pessoal com Jesus

Quando São Bartolomeu se encontrou com Jesus, aquele “Messias vindo de Nazaré”, recebeu do Mestre um elogio inesperado. Jesus disse a ele "Aqui está um verdadeiro Israelita, em quem não há fingimento" (Jo 1, 47). São Bartolomeu, surpreso, respondeu: "De onde me conheces?" Jesus respondeu revelando-lhe a sua messianidade: "Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas sob a figueira".
Jesus mencionou um momento importante na vida de Bartolomeu. Sentindo o olhar do Mestre, Bartolomeu percebe que aquele Mestre realmente o conhecia. Depois desse momento, Bartolomeu decide seguir o Mestre e faz a sua profissão de fé em Jesus: "Rabi, tu és o filho de Deus, tu és o Rei de Israel".

São Bartolomeu, discípulo e apóstolo

São Bartolomeu seguiu a Jesus nos três anos da Sua vida pública. Testemunhou os ensinamentos, as acções, os milagres, a morte e a ressurreição de Jesus. Esteve no Pentecostes, quando o Espírito Santo veio sobre todos e todos se tornaram missionários corajosos da Boa Nova pelo mundo.
Bartolomeu conheceu pessoalmente Nossa Senhora, e dela certamente aprendeu mais sobre os ensinamentos do Mestre. Assim, cheio do Espírito de Deus, depois de ter sido discípulo de Jesus, ele passou a ser Apóstolo, palavra grega que quer dizer “Enviado”. Ele foi enviado, Apóstolo, em nome de Jesus. E fez maravilhas pelo Reino de Deus em terras longínquas.

Missão de São Bartolomeu

A Tradição da Igreja e fontes históricas dizem que São Bartolomeu foi anunciar Reino de Deus até ao distante país da Índia. Há outra tradição que afirma que São Bartolomeu foi pregar o Evangelho onde é hoje a Europa Oriental. Lá, terá realizado uma maravilhosa missão acompanhada de conversões sinceras que confirmavam a pregação da Palavra de Deus.

Martírio

Depois dessa frutuosa missão em que muitos se converteram a Jesus Cristo e onde várias comunidades cristãs foram criadas, São Bartolomeu foi martirizado, vítima de esfolagem de toda a sua pele. Foi na cidade de Albanópolis, hoje Derbent, na região russa do Daguestão, às margens do mar Cáucaso. Foi morto por ordem do governador local, que não aceitou a pregação do cristianismo nas suas terras.

Iconografia (representação artística)

Essa tradição é tão forte que São Bartolomeu foi pintado na Capela Sistina segurando a pele de seu corpo na sua mão esquerda e, na mão direita, uma adaga, tipo de uma espada afiada, instrumento do martírio que ele sofreu. Séculos depois, as relíquias de São Bartolomeu foram transportadas para Roma e estão hoje na igreja a ele dedicada.

Devoção a São Bartolomeu

A festa litúrgica de São Bartolomeu é celebrada no dia 24 de Agosto, provável dia da sua morte. As igrejas da Europa oriental devem a sua fé, em última instância, à pregação corajosa de São Bartolomeu, cujos frutos permanecem até hoje.
in cruzterrasanta.com.br


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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

5 Santos que lutaram contra os Demónios

O mundo espiritual é real e nele ocorrem verdadeiros combates. Em certas partes da Bíblia são mencionadas as lutas que existem contra o demónio e a carne, porque quanto mais próxima a pessoa está de Deus mais será tentada.

1) São Padre Pio: “Estes demónios nunca deixam de me golpear”

Foi um sacerdote italiano que nasceu no final do século XIX e morreu em 1968. Embora realizasse muitos milagres e recebesse os estigmas, o Padre Pio também sofreu ataques frequentes do demónio.

Segundo o Pe. Gabriele Amorth, famoso exorcista da diocese de Roma, “a grande e constante luta na vida do santo foi contra os inimigos de Deus e as almas, pois tratou de capturar a sua alma”. Desde a sua juventude o Padre Pio teve visões celestes, mas também sofreu ataques infernais. O Pe. Amorth explica:

“O demónio aparecia algumas vezes em forma de um gato negro e selvagem, ou de animais repugnantes: era clara a intenção de incutir o terror. Outras vezes aparecia na forma de jovens raparigas nuas e provocativas, que dançavam de modo obsceno; era clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na sua castidade. Entretanto, o pior perigo era quando Satanás tentava enganar Padre Pio aparecendo como se fosse o seu director espiritual ou aparecendo em forma de Jesus, da Virgem ou de São Francisco”.

Esta última estratégia, quando o diabo aparecia em forma de alguém bom e santo, era um problema. Isso aconteceu quando o Padre Pio percebeu que as visões eram falsas: notou certa timidez quando a Virgem e o Senhor lhe apareceram, seguida de uma sensação de paz quando a visão terminou. Além disso, disfarçado de uma forma sagrada, o diabo provocou-lhe um sentimento de alegria e atracção, mas quando ia embora, ele ficava triste e arrependido.

Satanás também buscava feri-lo fisicamente. O sacerdote descreveu estas dores numa carta a um irmão, que era seu confidente:

“Estes demónios nunca deixam de me atacar, inclusive fazem com que eu caia da cama. Também rasgam as minhas roupas para açoitar-me! Mas já não me assustam porque Jesus me ama e sempre me levanta e me coloca novamente na cama”.

Padre Pio é testemunho de que se uma pessoa estiver perto de Deus não terá que temer a presença do demónio.

2) Santo Antão ‘o Grande’: “O leão rugia, desejando atacar”

Este santo viveu durante os séculos III e IV. Foi um dos primeiros monges a retirar-se para o deserto, de modo a viver entregue ao jejum e à oração. A Igreja conhece a sua história graças ao seu biógrafo: S. Atanásio.

“Quando visitávamos Santo Antão nas ruínas onde vivia, escutávamos tumultos, muitas vozes e o choque de armas. Também víamos que durante a noite apareciam bestas selvagens e o santo combatia contra elas através da oração”, conta Atanásio.

Numa certa ocasião, nos seus 35 anos, Santo Antão decidiu passar a noite sozinho numa tumba abandonada. Então apareceu ali um grupo de demónios que o feriram. Os arranhões do demónio impediram-no de levantar-se do chão. O ermita comentava que a dor causada por essa tortura demoníaca não podia ser comparada com nenhuma ferida causada pelo homem.

No dia seguinte, um amigo seu encontrou-o e levou-o ao povoado mais próximo para o curar. Entretanto, quando o santo recuperou os sentidos pediu ao seu amigo que o levasse de volta à tumba. Ao deixá-lo, Santo Antão gritou: “Sou Antão e aqui estou. Não fugirei das tuas chicotadas e de nenhuma dor ou tortura me separará do amor de Cristo”. S. Atanásio relata que os demónios voltaram e ocorreu o seguinte:

Escutou-se uma trovoada, parecia o barulho de um terremoto, que sacudiu o lugar inteiro e os demónios saíram das quatro paredes em formas monstruosas de animais e répteis. O lugar desta maneira ficou cheio de leões, ursos, leopardos, touros, serpentes, víboras, escorpiões e lobos. O leão rugia, querendo atacar; o touro se preparava para atacar com os seus chifres; a serpente arrastava-se procurando um lugar de ataque e o lobo rosnava ao redor dele. Todos estes sons eram assustadores.

Embora Santo Antão arquejasse de dor, enfrentou os demónios dizendo: “se vocês tivessem algum poder, bastava que apenas um de vocês viesse, mas como Deus vos criou fracos, querem-me assustar com a quantidade de demónios. E o que comprova a vossa debilidade é que adpotaram a forma de animais irracionais”.

“Se forem capazes, e se tiverem recebido um poder de ir contra mim, ataquem-me de uma vez. Mas se não são capazes, porque me perturbam em vão? Porque a minha fé em Deus é o meu refúgio e a muralha que me salva de vocês”.

De repente, o tecto do lugar foi aberto e uma luz brilhante iluminou a tumba. Os demónios desapareceram e as dores pararam. Quando percebeu que Deus o salvou, rezou: “Onde estavas? Por que não apareceste desde o começo e me libertaste das dores? ”

Deus respondeu-lhe: “Antão, eu estava ali, mas esperei para ver-te lutar. Vi como perseveraste na luta, e não caíste, estarei sempre disposto socorrer-te e o teu nome será conhecido em todas partes”.

Depois de escutar as palavras do Senhor, o monge levantou-se e orou. Então recebeu tanta força que sentiu que no seu corpo tinha mais poder do que antes.

3) Santa Gema Galgani: “As suas garras brutais”

Esta Santa italiana foi uma mística que teve experiências espirituais maravilhosas.

Numa carta dirigida a um sacerdote escreveu: “Durante dois dias, depois de receber a Santa Comunhão, Jesus disse-me: “Minha filha, brevemente o diabo começará uma guerra contra ti”. 

Ela percebeu que a oração era a melhor maneira de defender-se contra os ataques do demónio. Por vingança, Satanás atacava-a com fortes dores de cabeça para impedir que dormisse. Entretanto, apesar das fadigas Gema perseverou na oração:

“Quantos esforços este miserável faz para que eu não reze. Ontem tentou-me matar, e quase conseguiu, mas Jesus veio e salvou-me. Estava assustada e mantive a imagem de Cristo na minha cabeça.”

Uma vez, enquanto a Santa escrevia uma carta, o diabo agarrou a caneta das suas mãos, rasgou o papel e tirou a santa da cadeira onde estava sentada, agarrando-a pelos cabelos com a violência das suas “garras ferozes”.

Ela descreve outro ataque num dos seus escritos: “O demónio apresentou-se diante de mim como um gigante e dizia: ‘Para ti já não existe esperança de salvação. Estás nas minhas mãos! ’ Eu respondi-lhe que Deus é misericordioso e, portanto, nada temo. Então bateu-me na cabeça e disse: ‘Maldita sejas! ’, e logo desapareceu.”

“Quando voltei ao meu quarto para descansar, encontrei novamente o demónio e começou a golpear-me com uma corda com vários nós, e queria que eu gritasse que era fraca. Disse-lhe que não, e bateu-me com tanta força que caí de cabeça no chão. Naquele momento pensei: Pai eterno, em nome do preciosíssimo sangue de Jesus, livrai-me! ”

“Não me lembro bem do que aconteceu. A besta arrastou-me da minha cama e bateu na minha cabeça com tanta força que ainda estou dorida. Perdi os sentidos e caí no chão, mas depois despertei. Graças a Deus! ”

Apesar dos ataques, Santa Gemma teve sempre fé em Jesus. Chegava a usar o humor contra Satanás. Uma vez escreveu a um sacerdote: “Tinha que ver, quando satanás fugia fazendo caretas, morreria de rir! É tão feio! Mas Jesus disse-me que eu não o deveria temer”.

4) S. João Maria Vianney: “Faz porque eu converto muitas almas para o bom Deus”

O Santo Padre de Ars nasceu na França no ano 1786. Foi um grande pregador, fazia muitas mortificações, foi um homem de oração e caridade. Tinha um dom especial para a confissão. Por isso, vinham pessoas de diferentes lugares para confessar-se com ele e escutar seus santos conselhos. Devido a seu frutífero trabalho pastoral foi nomeado padroeiro dos sacerdotes. Também combateu contra o maligno em várias ocasiões.

Uma vez, a sua irmã passou a noite em sua casa, localizada ao lado da igreja. Durante a noite ela escutou raspões na parede. Foi ver o seu irmão João Maria, que estava confessando, e lhe explicou:

“Minha filha, não temas: é o resmungão. Ele não pode magoar-te. Ele procura-me da maneira mais atormentadora possível. Às vezes agarra os meus pés e arrasta-me pelo quarto. Ele faz isto porque eu converto muitas almas para o bom Deus”.

O demónio fazia ruídos durante horas, parecidos aos cristais, assobios e relinchos. Ficava também sob a janela do santo de Ars e gritava. O seu propósito era não deixar que o sacerdote dormisse, para ficar cansado e não ficar durante horas no confessionário, onde salvava muitas almas das garras do maligno.

Noutra ocasião, enquanto o sacerdote de Ars se preparava para celebrar a Missa, um homem disse-lhe que o seu dormitório estava a arder. Qual foi a sua resposta? “O resmungão está furioso. Quando não consegue apanhar o pássaro, ele queima a sua gaiola”. Entregou a chave para aqueles que iam ajudar a apagar o fogo. Sabia que Satanás queria impedir a Missa e não o permitiu.

Deus premiou sua perseverança diante das provações com um poder extraordinário que lhe permitia expulsar demónios das pessoas possuídas.

5) Santa Teresa de Jesus: “Os seus chifres estavam ao redor do pescoço do sacerdote enquanto celebrava Missa”

Esta reconhecida doutora da Igreja e mística teve muitas visões espirituais. Durante as suas orações e meditações, o demónio aparecia-lhe.

“Uma forma abominável”, escrevia, “a sua boca era horrorosa”. “Não tinha sombra, mas estava coberto pelas chamas de fogo”.

O demónio causava-lhe também fortes dores corporais. Numa ocasião atormentou-a durante cinco horas enquanto estava em oração com as suas irmãs. A Santa permaneceu firme para não as assustar.

Um dia “viu com os olhos da alma dois diabos que tinham os seus chifres ao redor do pescoço do sacerdote enquanto celebrava Missa”.

Mesmo para ela, estas visões eram estranhas. “Poucas vezes vi o demónio em forma corporal, frequentemente não vejo a sua aparência física, mas sei que está presente.

Quais eram as suas armas contra as forças do mal?

A oração, a humildade e a água benta. Santa Teresa dizia que esta última era uma arma eficaz.

Uma vez estava num oratório e o demónio apareceu ao meu lado esquerdo. Ele disse-me que agora me livrei das suas mãos, mas que ele me apanharia novamente. Ela assustou-se e benzeu-se. Entretanto, Satanás continuou perturbando-a e Teresa tomou um frasco de água benta e derramou a água sobre ele. Daí em diante nunca mais voltou.

in acidigital


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Irmãos de sangue e de Instituto (Cristo Rei)




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domingo, 22 de agosto de 2021

Oração em honra do Imaculado Coração de Maria

Amabilíssimo Coração de Maria:
Que ardeis continuamente em vivas chamas de amor divino; por Ele vos suplico, Mãe minha amorosíssima, que abraseis o meu tíbio coração nesse divino fogo em que estais toda inflamada.
(Avé Maria e Glória)

Puríssimo Coração de Maria:
De quem brota a linda açucena de virginal pureza.
Por ela vos peço, Mãe minha imaculada, que purifiqueis o meu impuro coração, infundindo nele a pureza e castidade.
(Avé Maria e Glória)

Afligidíssimo Coração de Maria:
Trespassado com a espada de dor pela paixão e morte de vosso querido Filho Jesus, e pelas ofensas que continuamente se fazem à sua Divina Majestade;
Dignai-vos, Mãe minha dolorosa, penetrar no meu duro coração com uma viva dor dos meus pecados e com o mais amargo sentimento dos ultrajes e injúrias que está a receber dos pecadores o Divino Coração do meu adorável Redentor.
(Avé Maria e Glória)

Oh doce Coração de Maria, sede a minha salvação.


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Festa do Imaculado Coração de Maria

Esta festa do Imaculado Coração de Maria é uma memória mariana de origem devocional, instituída por Pio XII, que nos convida a meditar sobre o Mistério de Cristo e da Virgem em intimidade e profundidade. Maria, que guarda as palavras e os episódios da vida do Senhor, meditando-os em seu coração (Lc. 2,19), é a morada do Espírito Santo, a Sede da Sabedoria (Lc. 1,35), a imagem e o modelo da Igreja, que ouve e testemunha a mensagem do Senhor (cfr. Lc. 11,28). (Miss. Rom.)

A devoção ao Imaculado Coração de Maria consiste na veneração do Coração de Maria, Mãe de Jesus, e ganhou grande destaque com as Aparições de Fátima. Mas a origem deste culto pode ser encontrada nas palavras do Evangelista Lucas, onde o Coração de Maria aparece como uma arca de tesouros (Lc. 2,19) que guarda as mais santas lembranças. 

Depois, aumenta na Era Patrística, tendo-se desenvolvido, na Idade Média e nos tempos modernos, por obra de grandes Santos como São Bernardo, Santa Gertrudes, Santa Brígida, São Bernardino de Sena e São João Eudes (1601-1680), que foi um grande promotor da festa litúrgica do Imaculado Coração de Maria e que, já em 1643, começou a celebrá-la com os religiosos de sua congregação. Em 1648, consegue do Bispo de Autun (França) a concessão da festa. 

Em 1668, a festa e os textos litúrgicos são aprovados pelo Cardeal delegado de toda a França, enquanto Roma se negava, por diversas vezes, a confirmar a festa. Foi apenas após a introdução da festa do Sagrado Coração de Jesus, em 1765, que foi concedida, aqui e ali, a faculdade de celebrar a festa do Coração de Maria. Tanto que o Missal Romano de 1814 a elenca ainda entre as festas “pro aliquibus locis”. São João Eudes, em seus escritos, nunca separou os dois Corações de Jesus e de Maria, e enfatiza a união profunda da Mãe com o Filho de Deus encarnado, cuja vida pulsou durante 9 meses ritmicamente com aquela do Coração de Maria.

A festa foi instituída oficialmente em 1805, pelo Papa Pio VII. Cinquenta anos mais tarde, Pio IX aprovou a Missa e o Ofício próprios. Papa Pio XII[1], em 1944, estendeu a festa a toda a Igreja, em perene memória da Consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, realizada por ele em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial.

Em 1948, o Papa Pio XII convida a todos os Católicos a fazerem a consagração ao Imaculado Coração de Maria através da Encíclica Auspicia Quaedam, onde diz: 

«E como o nosso predecessor de imortal memória Leão XIII, nos albores do século XX, quis consagrar todo o género humano ao Sacratíssimo Coração de Jesus, também nós, como que representando a família humana por ele redimida, quisemos solenemente consagrá-la ao Coração Imaculado de Maria virgem. Desejamos que todos façam o mesmo, sempre que a oportunidade o aconselhar; e não só em cada diocese e cada paróquia, mas também em cada família. Assim esperamos que desta consagração particular e pública nasçam abundantes benefícios e favores celestiais. Seja presságio desses favores celestes e penhor de nossa benevolência paterna a bênção apostólica que damos com efusão de coração a cada um de vós, veneráveis irmãos, a todos aqueles que de boa mente corresponderem a esta nossa carta de exortação, e de um modo particular as caríssimas crianças.» (1 de Maio de 1948).

Em 1952, o Papa Pio XII consagra a Rússia ao Imaculado Coração de Maria, através da Carta Apostólica Sacro Vergente Anno[2].

O culto do Imaculado Coração de Maria recebeu um forte impulso após as Aparições de Fátima, em 1917. Os pastorinhos viram que Nossa Senhora tinha sobre a palma da mão direita um Coração cercado de espinhos que penetravam nele, fazendo-o sangrar horrivelmente. Era o Coração Imaculado de Maria, ultrajado pelos pecados da Humanidade, a pedir reparação...

De acordo com o legado dos pastorinhos de Fátima, foi Nossa Senhora quem, em 1917, depois de mostrar a visão do Inferno a Lúcia, Jacinta e Francisco, lhes revelou o “Segredo”. Contava a Irmã Lúcia que: 

“(…) para salvar as almas (...) Deus quer estabelecer no mundo a Devoção ao Meu Imaculado Coração” (13 de Junho de 1917, in Memórias, da Irmã Lúcia).

Deus escolheu o Imaculado Coração de Maria, sem mancha e sem pecado, para que, assim como a salvação do mundo veio por Ela na pessoa de Jesus Cristo, também é por meio d'Ela que nós haveremos de ser salvos. Nossa Senhora afirma: “Se fizerem o que eu vos disser, salvar-se-ão muitas almas e terão a paz” (in Memórias, da Irmã Lúcia).

A Liturgia da festa ressalta a intensa actividade espiritual do Coração da primeira discípula de Cristo, e apresenta Maria propensa, no íntimo de seu coração, à escuta e ao aprofundamento da palavra de Deus. Maria medita em seu Coração os eventos em que é envolvida junto com Jesus, procurando penetrar o mistério que está vivendo: guardar e meditar em seu Coração todas as coisas, a faz descobrir a vontade do Senhor, como um pão que a nutre no íntimo, como uma água que brota em um terreno fecundo. Com este seu modo de agir, Maria nos ensina a nos alimentarmos em profundidade do Verbo de Deus, a viver saciando-nos e abeirar-nos d'Ele, e, sobretudo, a encontrar Deus na meditação, na oração e no silêncio. Maria, enfim, nos ensina a reflectir sobre os acontecimentos de nossa vida cotidiana e a descobrir neles Deus que se revela, inserindo-se em nossa História.

O objecto primário da festa do Coração Imaculado de Maria é a Sua pessoa. O objecto secundário é o Coração simbólico, isto é, o coração físico da Virgem, por ser o símbolo do seu amor e de toda a sua vida íntima, sendo a expressão de todos os seus sentimentos, afectos, e, sobretudo, de sua ardentíssima caridade para com Deus, para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados solenemente por Jesus agonizante.

A festa sugere o louvor e acção de graças ao Senhor por nos haver dado uma Mãe tão poderosa e misericordiosa, à qual nós podemos nos dirigir confiadamente, em qualquer necessidade. Inspira também que conduzamos uma vida segundo o Coração de Deus, e que peçamos à Virgem Santa a chama de uma ardente caridade.

in Pale Ideas


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sábado, 21 de agosto de 2021

Bispo sodomita renuncia depois de escândalo sexual

D. Tomé Ferreira da Silva renunciou ao ofício de Bispo da Diocese de São José do Rio Preto (Brasil), 3 dias depois de começar a circular em grupos de whatsapp um vídeo do seu próprio telemóvel no qual o Prelado se "acariciava" enquanto falava com um homem. O Papa Francisco aceitou a renuncia do Bispo com 60 anos de idade.

Este Bispo, protegido do Cardeal Cláudio Hummes, já tinha estado envolvido em várias polémicas:

- Em 2015 foi investigado por usar meios financeiros da diocese para pagar ao seu amante, que também era seu motorista;
- Em 2018 foi investigado por ter deixado passar vários casos de abuso sexual na sua diocese;
- Depois disso foi investigado por trocar mensagens de whatsapp sexualmente explícitas com um adolescente.

Não deixa de ser escandaloso que um homem destes tenha passado impune e apenas se veja obrigado a deixar o cargo porque surgiu um vídeo que é auto-demonstrativo. Faz pensar que deveria ter amigos poderosos. Sem esse vídeo, ele continuaria a sua vida "normalmente": um sodomita, talvez até predador sexual, desempenhando a missão de Sucessor dos Apóstolos. 

O Papa Bento XVI avisou-nos para o poder do lobby gay na Igreja. Eles estão em altos postos da Hierarquia e promovem-se uns aos outros, enquanto mantêm as suas práticas que clamam aos Céus por vingança. A Igreja precisa de uma limpeza urgente e tem de começar de cima para baixo.

Quanto a D. Tomé, é bom rezarmos pela sua conversão, para que deixe as práticas imundas e viva o celibato como prometeu viver.


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Dois mil fiéis na Catedral de Filadélfia: Missa Pontifical da Assunção de Nossa Senhora

















Mais fotografias: GPhotographyandFilms

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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

São Bernardo aconselha: Em caso de dificuldade invoca Maria

E o nome da Virgem era Maria (Lc. 1, 27). Falemos um pouco deste nome que significa, segundo se diz, Estrela do Mar, e que convém maravilhosamente à Virgem Mãe. .... Ela é verdadeiramente esta esplêndida estrela que devia se levantar sobre a imensidade do mar, toda brilhante por seus méritos, radiante por seus exemplos.

Ó tu, quem quer que sejas, que te sentes longe da terra firme, arrastado pelas ondas deste mundo, no meio das borrascas e tempestades, se não queres soçobrar, não tires os olhos da luz desta estrela.

Se o vento das tentações se levanta, se o escolho das tribulações se interpõe em teu caminho, olha a estrela, invoca Maria.

Se és balouçado pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, da inveja, olha a estrela, invoca Maria.

Se a cólera, a avareza, os desejos impuros sacodem a frágil embarcação de tua alma, levanta os olhos para Maria.

Se, perturbado pela lembrança da enormidade de teus crimes, confuso à vista das torpezas de tua consciência, aterrorizado pelo medo do Juízo, começas a te deixar arrastar pelo turbilhão da tristeza, a despenhar no abismo do desespero, pensa em Maria.

Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria.

Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, jamais abandone teu coração; e para alcançar o socorro da intercessão d'Ela, não negligencies os exemplos de sua vida.

Seguindo-A, não te transviarás; rezando a Ela, não desesperarás; pensando n'Ela, evitarás todo erro.

Se Ela te sustenta, não cairás; se Ela te protege, nada terás a temer; se Ela te conduz, não te cansarás; se Ela te é favorável, alcançarás o fim.

E assim verificarás, por tua própria experiência, com quanta razão foi dito: "E o nome da Virgem era Maria."

São Bernardo de Claraval in 'Louvores da Virgem Maria' - Super missus, 2ª homilia


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