sexta-feira, 28 de junho de 2013
10 Razões pelas quais é tão difícil tornar-se Católico
É difícil tornar-se Católico?
Eu
já falei com mais ou menos entre 50 a 100 ministros protestantes que se
tornaram Católicos ou que estão a pensar entrar em comunhão plena com a
Igreja Católica. A maior parte são anglicanos ou presbiterianos. Poucos luteranos.
Com
o passar dos anos, fui juntando as "dez grandes" coisas que ou causam
dor ou levam uma pessoa a dizer "Não obrigado", à Igreja Católica.
#10 Submissão teológica
É difícil dizer serviam ("Servirei").
A teologia já não é "o que eu penso". Requer uma submissão da mente. Ao
mesmo tempo, isto é uma libertação da mente. Ainda assim, é difícil
dizer a si próprio: "Eu não percebo completamente o tesouro dos méritos,
mas submeto a minha razão à razão da Igreja."
#9 Sacerdotes
Os
sacerdotes Católicos não são como os ministros protestantes. Em termos
relativos, eles são mais distantes que o clero protestante, embora por
boas razões, algumas vezes. Um protestante tem a experiência de um
ministro a sorrir sempre que o vê, que decora o seu nome e geralmente a
mudar o seu caminho para criar uma ligação pessoal. Isto raramente
acontece no Catolicismo. Eu admito isto - magoa um bocado o meu orgulho.
Eu gostava de ser cumprimentado e aclamado pelo pastor depois da Missa.
É de humildade fazer parte das massas na Missa.
Os
ministros protestantes normalmente têm congregações mais pequenas e
mais competição entre si. Assim sendo, é muito mais provável que o
ministro diga, "Hey, 'bora ao Starbucks esta semana para falar sobre a
tua fé."
Claro, eu conheço dúzias de sacerdotes Católicos que de facto se dão a conhecer a um nível pessoal mas, em grande parte, os sacerdotes Católicos esticam-se menos. Consequentemente, o acesso pessoal é mais raro. E, para ser honesto, fico contente por saber que os meus sacerdotes estão a ouvir confissões e a ir para o hospital a toda a hora. Estão assim a usar muito melhor o seu tempo do que quando estão a beber um café caro comigo.
#8 Liturgia
Começo a pensar que não há nada tão controverso como a liturgia da Igreja Católica. Está no centro de tudo.
Eu
gosto de liturgias bonitas e exactas. Os rapazes de altar a virar-se
num instante e a fazer um ângulo recto de 90 graus à volta do altar.
Latim. Canto gregoriano. Genuflexões sincronizadas. Sinais da cruz bem
definidos. O corporal dobrado da maneira certa (para cima e não para
baixo!). Devem ter adivinhado. Eu assisto à Forma Extraordinária da
Missa.
No
entanto, não é assim em todo o lado. Há algumas liturgias fantásticas e
algumas liturgias não tão fantásticas. Às vezes, potenciais convertidos
vão a uma liturgia não tão fantástica, com muitas rúbricas quebradas e
excentricidades. É difícil para muitos deles - especialmente se vêm de
uma forma de protestantismo mais litúrgica. Não sei qual a melhor
maneira de responder a este problema. Tudo o que sei é que é um
problema.
A minha sugestão é a "Grande Migração Católica do Século XXI." Carreguem aqui para saberem mais sobre a "grande migração."
#7 Lidar com o matrimónio, o divórcio, a homossexualidade, a contracepção e o aborto
Algumas pessoas têm casamentos irregulares, vivem estilos de vida
homossexuais ou gozam dos confortos da contracepção. É doloroso permitir
que o vosso divórcio e novo casamento seja examinado pelo tribunal do
bispo. É embaraçoso falar de um "estilo de vida". Não é fácil imaginar
ter uma carrinha cheia de lugares no carro ou ter que repensar a
vasectomia.
Nalguns
casos as pessoas têm que voltar a pensar num aborto que ocorreu décadas
atrás. Este tipo de coisas cortam fundo no coração e fazem-nos sofrer.
Tudo isto é compreensível e penso que estas coisas deviam ser tratadas
com cuidado e compaixão. Se são potenciais convertidos, rezem e procurem
um bom padre com quem possam falar em confidência.
Digo
também, por experiência pessoal, que a cura de uma boa confissão é
cerca de 100 vezes mais poderosa que qualquer vergonha ou medos
associados com problemas passados. Penso que outros concordariam.
#6 Desconfortos financeiros
Se
são clérigos então estão a preparar-se para perder a vossa grande
pensão, os grandes benefícios de saúde, os fundos descricionários e o
vosso salário. Eu já passei por isso e é duro. É como se não tivessem
sido treinados para fazer alguma coisa que seja comerciável. Duvido que
alguma pessoa vos pague para escreverem sermões para eles ou para
liderar um pequeno grupo de estudo da Bíblia. Isto sem dizer que a maior
parte dos ministros passam por um grande corte nos pagamentos quando se
tornam Católicos. O dinheiro para sustentar a família vai-se abaixo.
Normalmente começam a ter mais crianças. E, além disso, começam a pagar a
educação na paróquia - mais outro tiro no bolso.
#5 Confusão vocacional
Foi
difícil, no início, admitir que o meu sacerdócio anglicano era
inválido. Eu não era sacerdote há muito tempo, mas ouvia confissões,
ungia os moribundos, etc. O que é que eu estava a fazer? O que estava
Deus a fazer? Porque é que Deus me deixava actuar sacramentalmente em
pessoas que estavam profundamente afligidas? Ainda não sei como
"classificar" esses actos ministeriais.
Penso que outros futuros convertidos lutam com estas mesmas ideias. Mesmo se sendo leigos, pensam sobre as suas funções passadas como professores da escola dominical, mentores, líderes de estudo da bíblia, conselheiros, etc.
#4 Ser ridicularizados e considerado estranhos por não-Católicos
A
família e os amigos não percebem. Mesmo quando tentam perceber, nunca
vão apreciar as frustrações, os estudos e a procura de coração que está
por trás do tornar-se Católico. Alguns Anglicanos ainda me chamam
"Padre", o que me faz sentir desconfortável. Outros escreveram coisas
terríveis sobre mim. Nunca fui tão atacado por mais nada senão isto na
minha vida.
A
tensão normalmente aparece com os pais e irmãos. Até já ouvi falar de
convertidos cujas heranças lhes foram cortadas por se terem tornado
"Romanos".
#3 Ser ridicularizados e considerado estranhos por Católicos
Isto pode parecer estranho, mas alguns Católicos desconfiam dos que se
convertem ao Catolicismo. Aparecem em duas formas. Tipo A é o Católico
de berço que tem tudo organizado e suspeita que o convertido seja um
cripto-protestante, sem prática nos modos próprios de ser Católico. Se o
novo Católico reza de improviso, então diz "Nós não fazemos assim." Se o
convertido cita a Escritura para dizer alguma coisa, eles também
franzem os olhos sobre isto.
Alguns
Católicos também pensam que ajuda ridicularizar o meu passado como
não-Católico, como se isso de alguma forma me validasse como "um deles".
Alguns Católicos simplesmente gostam imenso de ouvir convertidos a
dizer mal da sua antiga fé. Isto coloca o convertido numa posição
estranha.
Tipo
B é o Católico de berço que está menos comprometido com as coisas
próprias da fé Católica. Eles vêem os convertidos cheios de zelo como
uma ameaça. Estes convertidos preocupam-se demasiado com os dogmas e a
verdade. E isto leva-nos ao obstáculo número dois...
#2 Catequese para adultos [RCIA (Rite for Christian Initiation of Adults)]
A catequese para adultos deve ter sido inventada para que cada conversão
à Igreja Católica pareça, de algum modo, milagrosa. Isto porque a
Catequese para adultos é normalmente dirigida ou organizada por alguém
que é um Católico "tipo B" descrito em cima. Estas pessoas não parecem
perceber o quão zelosos podem ser estes convertidos. Os catequistas
salientam mais a parte dos "sentimentos" do Catolicismo e não a parte da
"ortodoxia" do Catolicismo, para grande desgosto dos convertidos que já
tiveram demasiados apelos protestantes aos seus sentimentos.
É
impressionante quantas pessoas "desistem" na catequese para adultos. E
também é impressionante quantos conseguem passar. Conheço muitas pessoas
que tiveram experiências de catequeses para adultos maravilhosas, mas
conheço muitas mais que tiveram que defender a fé Católica enquanto
faziam a catequese.
Para
assegurar que não magoo ninguém, saúdo e aplaudo todos os grandes
catequistas de catequese para adultos que existem por aí. Sei que andam
por aí e estamo-vos agradecidos! Continuem o bom trabalho.
#1 Orgulho
Não
sei como dizer isto de uma forma espirituosa, mas o orgulho tem o
primeiro lugar. Num certo ponto da vida, senti que era demasiado bom
para todas aquelas pessoas que respeitavam o Menino Jesus de Praga.
Tenho vergonha de o admitir, mas aí está. Porquê aderir a uma religião
onde as pessoas pintam imagens de Nossa Senhora de Guadalupe nos capôs
dos seus lowriders [carro típico americano]?
(Eu cresci no Texas...) Um cavalheiro protestante uma vez disse-me que
não podia ser Católico porque era "uma religião das massas". Eu
perguntei-lhe o que é que ele queria dizer com isso e o termo
"Mexicanos" estava implícito na sua resposta.
Estar contra a religião das massas e imigrantes é ser snob.
Simplesmente é mais
giro ir a uma mega-igreja evangélica que tenha uma piscina, um campo de
basket, apresentações powerpoint e uma fantástica "equipa de louvor". Às vezes gostava que as nossas homilias tivessem boas referências
culturais ou finais de cortar a respiração. No entanto, isto não é o
mais comum na homilia de paróquias. Taylor Marshall
Temas:
Apologia,
Conversão,
Protestantismo,
Taylor Marshall
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Frase do dia
"Não sabes se será abatimento físico ou uma espécie de cansaço interior o
que se apoderou de ti, ou as duas coisas ao mesmo tempo…: lutas sem
lutar, sem ânsias de uma autêntica melhora positiva, com o fim de
comunicares a alegria e o amor de Cristo às almas. Quero recordar-te as
palavras claras do Espírito Santo: só será coroado aquele que tiver
combatido 'legitime' – de verdade, apesar dos pesares."
S. Josemaria Escrivá
terça-feira, 25 de junho de 2013
Frase do dia
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Festa do Nascimento de S. João Baptista
Hoje é dia de S. João (parabéns a todos os
Joões)! Mais concretamente é a Festa do Nascimento de S. João Baptista.
Este senhor, o ultimos dos profetas, viveu uma vida austera, vestia-se
com pele de camelo e comia gafanhotos (nhac!). Apelava à conversão do
coração e baptizava gente a torto e a direito (daí a alcunha). Baptizou o
próprio Jesus, e d'Ele disse: "É preciso que Ele cresça e eu diminua."
(Jo 3, 30)
domingo, 23 de junho de 2013
O Papa Francisco e o Concílio Vaticano II
O Papa Francisco corre o sério risco que lhe façam o que fizeram ao Concílio Vaticano II. Enquanto decorria o Concílio, e ainda mais depois de ter ocorrido, foi-se formando um “Espírito do Concílio”. Este era constituído por um grupo de pessoas que queria uma Igreja feita à sua maneira, e não à maneira de Jesus. Sendo assim, usava o nome do Concílio para justificar todas as mudanças que queria implementar, dizendo que correspondiam ao “Espírito do Concílio”. No entanto toda a sua ideologia ia frontalmente contra os textos do Concílio, que eram completamente desprezados por estes “visionários”.
Com o Papa Francisco está a acontecer a mesma coisa. Há o
Papa Francisco: com toda a sua simpatia, os seus gestos para com as pessoas,
muitos deles inéditos, as suas palavras fortes e que nos interpelam à conversão
do coração. Depois há o “Espírito do Papa Francisco”, ou seja os que se querem
aproveitar do Papa Francisco para justificar a sua desobediência, a sua
imoralidade ou a sua falta de fé em Jesus Cristo e na Sua Igreja. Estes dois “Espíritos”
têm algo em comum: são o exacto oposto de quem dizem representar.
sábado, 22 de junho de 2013
O cristianismo libertou o Homem do medo dos demónios
Apesar do que dizem certos teólogos superficiais, o Demónio é, para a fé cristã, uma presença misteriosa, mas real, pessoal, não-simbólica.
É uma realidade poderosa, 'o Príncipe deste mundo', como lhe chama o Novo Testamento, que por mais de uma vez recorda a sua existência; é uma liberdade maléfica e sobre-humana, oposta à de Deus, como mostra uma leitura realista da história, com o seu abismo de atrocidades sempre renovadas e não explicáveis apenas pelo homem.
O homem, sozinho, não tem força para se opor a Satanás, que não é um outro deus. Unidos a Jesus, temos a certeza de vencê-lo. Cristo é o 'Deus próximo' que tem força e vontade de nos libertar: por isso o Evangelho é realmente 'boa nova'. E por isso devemos continuar a anunciá-lo àqueles regimes de terror que são, muitas vezes, as religiões não-cristãs.
Direi mais: a cultura ateia do Ocidente moderno sobrevive graças à libertação do medo dos demónios trazida pelo cristianismo. Mas, se esta luz redentora do Cristo se extinguisse, embora com toda a sua sabedoria e com toda a sua tecnologia, o mundo recairia no terror e no desespero.
Já existem sinais desse retorno às forças obscuras, enquanto crescem no mundo secularizado os cultos satânicos.
Cardeal Joseph Ratzinger in Diálogos sobre a fé (1985)
Cardeal Joseph Ratzinger in Diálogos sobre a fé (1985)
sexta-feira, 21 de junho de 2013
A liberdade de um monge trapista - S. Rafael Arnaiz Baron
Também eu, quando estava no mundo, corria muitas vezes pelas estradas de Espanha, encantado por ver o velocímetro do meu carro marcar 90 km à hora! Que disparate! Quando me apercebi de que não tinha mais horizontes, sofri a decepção típica daquele que tem a liberdade deste mundo, pois a terra é pequena e depressa lhe damos a volta. O homem está rodeado de horizontes pequenos e limitados. Para quem tem a alma sedenta de horizontes infinitos, os da terra não bastam: abafam-no, não há mundo que lhe chegue e só encontra o que procura na grandeza e imensidão de Deus. Homens livres que percorreis o planeta, não tenho inveja da vossa vida neste mundo; fechado num convento e aos pés do crucifixo, tenho uma liberdade infinita, tenho um céu, tenho Deus. Que sorte tão grande ter um coração apaixonado por Ele!
Pobre irmão Rafael! Continua a aguardar, continua a esperar com essa doce serenidade que a esperança certa proporciona; permanece imóvel, pregado, prisioneiro do teu Deus, ao pé do Seu tabernáculo. Escuta ao longe o ruído que fazem os homens que desfrutam dos breves dias da sua liberdade no mundo; escuta ao longe as suas vozes, os seus risos, os seus choros, as suas guerras. Escuta e medita um momento; medita sobre um Deus infinito, o Deus que fez o céu e a terra e os homens, o Senhor absoluto dos céus e da terra, dos rios e dos mares; Aquele que, num instante, só por assim o querer, fez sair do nada tudo aquilo que existe.
Medita por momentos na vida de Cristo e verás que não há nela, nem liberdades, nem barulho, nem burburinho de vozes; verás o Filho de Deus submetido ao homem; verás Jesus obediente, submisso e numa paz serena, tendo como única regra de vida fazer a vontade de Seu Pai. E, finalmente, contempla Cristo pregado na cruz. De que serve então falar de liberdades? in Escritos espirituais (15/12/1936)
Pobre irmão Rafael! Continua a aguardar, continua a esperar com essa doce serenidade que a esperança certa proporciona; permanece imóvel, pregado, prisioneiro do teu Deus, ao pé do Seu tabernáculo. Escuta ao longe o ruído que fazem os homens que desfrutam dos breves dias da sua liberdade no mundo; escuta ao longe as suas vozes, os seus risos, os seus choros, as suas guerras. Escuta e medita um momento; medita sobre um Deus infinito, o Deus que fez o céu e a terra e os homens, o Senhor absoluto dos céus e da terra, dos rios e dos mares; Aquele que, num instante, só por assim o querer, fez sair do nada tudo aquilo que existe.
Medita por momentos na vida de Cristo e verás que não há nela, nem liberdades, nem barulho, nem burburinho de vozes; verás o Filho de Deus submetido ao homem; verás Jesus obediente, submisso e numa paz serena, tendo como única regra de vida fazer a vontade de Seu Pai. E, finalmente, contempla Cristo pregado na cruz. De que serve então falar de liberdades? in Escritos espirituais (15/12/1936)
Frase do dia
quinta-feira, 20 de junho de 2013
Ex-funcionária da ONU denuncia a agenda abortista da organização
A ex-funcionária do Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) e actual líder pro-vida no Equador, Amparo Medina, indicou que o requisito imposto por esse organismo internacional para outorgar financiamento às ONGs é que incluam a saúde sexual e reprodutiva e a ideologia de género nos seus projectos de desenvolvimento.
Agora membro da Federação Acção Pela Vida, Amparo revelou que “a maioria das ONGs sonham com ser financiadas do UNFPA para impulsionar projectos de desenvolvimento, infelizmente nesse processo são enganadas porque para poderem receber fundos têm que aceitar políticas anti-populacionais”.
Amparo Medina também assinalou que o dinheiro provido por Nações Unidas para impulsionar políticas abortivas na América Latina provém principalmente de empresas farmacêuticas e da International Planned Parenthood Federation (IPPF), a maior promotora de abortos do mundo.
“Muitas ONGs por dinheiro ou desconhecimento vêem-se obrigadas a aplicar este tipo de propostas porque o discurso está muito bem elaborado, e assegura-lhes que o desenvolvimento sustentável dos seus projetos dar-se-á unicamente se distribuirem mais contraceptivos e se o aborto livre for introduzido nas legislações dos seus países”, indicou.
A líder pro-vida equatoriana indicou que uma prova de que estas campanhas não têm o sucesso prometido é que há alguns anos “a gravidez adolescente na América Latina não passava de 3%, mas ao serem aplicadas, desde 1998, as políticas de saúde sexual e reprodutiva, a taxa subiu alarmantemente até 23%”.
Amparo Medina também assinalou que o dinheiro provido por Nações Unidas para impulsionar políticas abortivas na América Latina provém principalmente de empresas farmacêuticas e da International Planned Parenthood Federation (IPPF), a maior promotora de abortos do mundo.
“Muitas ONGs por dinheiro ou desconhecimento vêem-se obrigadas a aplicar este tipo de propostas porque o discurso está muito bem elaborado, e assegura-lhes que o desenvolvimento sustentável dos seus projetos dar-se-á unicamente se distribuirem mais contraceptivos e se o aborto livre for introduzido nas legislações dos seus países”, indicou.
A líder pro-vida equatoriana indicou que uma prova de que estas campanhas não têm o sucesso prometido é que há alguns anos “a gravidez adolescente na América Latina não passava de 3%, mas ao serem aplicadas, desde 1998, as políticas de saúde sexual e reprodutiva, a taxa subiu alarmantemente até 23%”.
adaptado de ACI Digital
O nosso Médico - Santo Agostinho
Veio até nós um médico para nos restituir a saúde: Nosso Senhor, Jesus Cristo.
Tendo encontrado a cegueira do nosso coração, prometeu-nos a luz que «os olhos
não viram, os ouvidos não ouviram, o coração do homem não pressentiu» (1Cor
2,9).
A humildade de Jesus Cristo é o remédio do nosso orgulho. Não duvides nunca de Quem te traz a cura e sê humilde, tu por quem Deus Se fez humilde. Com efeito, Ele bem sabia que o remédio da humildade seria a tua cura, porque conhece muito bem a enfermidade e sabe muito bem como curá-la. Uma vez que não podias ser tu a visitar o Médico, foi o Médico Quem veio visitar-te. [...] Veio ver-te e veio em teu socorro porque sabe muito bem do que necessitas.
Deus veio na Sua humildade para que o homem O pudesse imitar, pois se tivesse permanecido inacessível, como poderíamos nós imitá-Lo? E, sem O imitar, como poderíamos nós ser curados? Veio na humildade porque sabia muito bem qual o remédio que devia receitar: um pouco amargo, por certo, mas salutar. E tu? Continuas a duvidar d'Ele, de Quem te oferece a Sua taça, e murmuras: «Mas que Deus é este, Senhor? Nasceu, sofreu, foi coberto de escarros, coroado de espinhos, cravado numa cruz!» Miserável alma, que vês a humildade do médico mas não o cancro do teu orgulho! E é por isso que a humildade não te agrada.
Por vezes acontece aos doentes mentais baterem nos médicos, mas neste caso o Médico, misericordioso, não só não fica indignado com quem Lhe bate, mas também cuida de o tratar. [...] O nosso Médico não teme ser atacado por pacientes dementes. Ele fez da Sua morte o seu remédio. Com efeito, Ele morreu e ressuscitou.
A humildade de Jesus Cristo é o remédio do nosso orgulho. Não duvides nunca de Quem te traz a cura e sê humilde, tu por quem Deus Se fez humilde. Com efeito, Ele bem sabia que o remédio da humildade seria a tua cura, porque conhece muito bem a enfermidade e sabe muito bem como curá-la. Uma vez que não podias ser tu a visitar o Médico, foi o Médico Quem veio visitar-te. [...] Veio ver-te e veio em teu socorro porque sabe muito bem do que necessitas.
Deus veio na Sua humildade para que o homem O pudesse imitar, pois se tivesse permanecido inacessível, como poderíamos nós imitá-Lo? E, sem O imitar, como poderíamos nós ser curados? Veio na humildade porque sabia muito bem qual o remédio que devia receitar: um pouco amargo, por certo, mas salutar. E tu? Continuas a duvidar d'Ele, de Quem te oferece a Sua taça, e murmuras: «Mas que Deus é este, Senhor? Nasceu, sofreu, foi coberto de escarros, coroado de espinhos, cravado numa cruz!» Miserável alma, que vês a humildade do médico mas não o cancro do teu orgulho! E é por isso que a humildade não te agrada.
Por vezes acontece aos doentes mentais baterem nos médicos, mas neste caso o Médico, misericordioso, não só não fica indignado com quem Lhe bate, mas também cuida de o tratar. [...] O nosso Médico não teme ser atacado por pacientes dementes. Ele fez da Sua morte o seu remédio. Com efeito, Ele morreu e ressuscitou.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
São José inserido nas Orações Eucarísticas do Missal Romano
DECRETO
Pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus, São José de Nazaré, colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente à missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo. Deste modo, este Justo, que amorosamente cuidou da Mãe de Deus e se dedicou com alegre empenho na educação de Jesus Cristo, tornou-se guarda dos preciosos tesouros de Deus Pai e foi incansavelmente venerado através dos séculos pelo povo de Deus como protector do corpo místico que é a Igreja.
Na Igreja Católica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestaram sempre uma especial devoção a São José honrando solenemente a memória do castíssimo Esposo da Mãe de Deus como Patrono celeste de toda a Igreja; de tal modo que o Beato João XXIII, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, decretou que no antiquíssimo Cânone Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI acolheu e quis aprovar tal iniciativa manifestando-o várias vezes, e que agora o Sumo Pontífice Francisco confirmou, considerando a plena comunhão dos Santos que, tendo sido peregrinos connosco neste mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele.
Considerando o exposto, esta Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, em virtude das faculdades concedidas pelo Sumo Pontífice Francisco, de bom grado decreta que o nome de São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, seja, a partir de agora, acrescentado na Oração Eucarística II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano. O mesmo deve ser colocado depois do nome da Bem-aventurada Virgem Maria como se segue: na Oração Eucarística II: "ut cum beata Dei Genetrice Virgine Maria, beato Ioseph, eius Sponso, beatis Apostolis", Na Oração Eucarística III: "cum beatissima Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum beatis Apostolis"; na Oração Eucarística IV: "cum beata Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum Apostolis".
Para os textos redigidos em língua latina utilizam-se as formulas agora apresentadas como típicas. Esta Congregação ocupar-se-á em prover à tradução nas línguas ocidentais mais difundidas; para as outras línguas a tradução devera ser preparada, segundo as normas do Direito, pelas respectivas Conferências Episcopais e confirmadas pela Sé Apostólica através deste Dicastério.
Nada obste em contrário.
Sede da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, 1 de Maio de 2013, São José Operário.
Antonio Card. Cañizares Llovera Prefeito
+ Arthur Roche Arcebispo Secretário
"Co-Argumentação" - Bernardo Castro
Vêm
da "Retórica" de Aristóteles, os ensinamentos acerca do modo como
devemos argumentar sobre qualquer assunto. Naquela obra, diz-nos o autor
clássico:
Os argumentos convincentes fornecidos através do discurso são de três espécies: 1) Alguns fundam-se no carácter de quem fala - ethos; 2) alguns, na condição de quem ouve - pathos; 3) alguns, no próprio discurso, através da prova ou aparência de prova - logos.
Nos assuntos mais tipicamente controversos – aborto, casamento de pessoas do mesmo sexo, adopção por pessoas do mesmo sexo, eutanásia, etc…, são normalmente invocados dois destes tipos de argumentação:
Ethos – trata-se do comum "puxar dos galões", da autoridade de uma pessoa ou entidade reconhecida – "O Tribunal Europeu dos Direitos do Homem já condenou a Áustria por não adoptar a co-adopção. Temos que seguir esta jurisprudência, sob pena de ficarmos atrasados"; ou "Nos países A, B C e D isto já se faz há muito tempo, por isso nós estamos errados e a perder o comboio da civilização"; ou ainda "Estudos fiáveis da American Psychological Association indicam que as crianças educadas por dois pais ou duas mães são emocionalmente saudáveis e não sofrem de bullying nas escolas";
Pathos – tão utilizado pelos filhos quando lambuzam os pais com beijinhos, antes de lhes pedirem um favor. É o comum "falar ao coração", "puxar ao sentimento", que nos fazem olhar para o caso particular e querer generalizá-lo – "Existem casos verdadeiros de gente que já vive nestas condições: o que é que lhes vamos dizer, quando o pai natural ou primeiro adoptante morre? Vamos mandá-los novamente para uma instituição???"; ou "Conheço casos de famílias em que os filhos foram educados num ambiente de homossexualidade e que são felizes e integrados. O que é que se lhes faz???"; ou "Estas duas mães casaram e fizeram inseminação artificial: vai-se dizer à criança que o ambiente em que as mães vivem não é o mais adequado para o seu saudável crescimento???";
Estes dois primeiros tipos de argumentos são uma aposta inteligente, forte e necessária para suprir as lacunas da falta de força dos argumentos da lógica – o logos. Aliás, a mera argumentação baseada na lógica (que deveria ser pilar da razoabilidade), sem qualquer ilustração, parece estar condenada nestes assuntos. Aparentemente, nunca vai chegar dizer-se que "o ambiente ideal para uma criança ser criada é aquele onde exista um pai e uma mãe"; sendo verdadeiramente escandalosa a invocação de qualquer argumentação relacionada com a natureza das coisas (segundo parece, o nazismo inviabilizou para sempre a utilização deste argumento, qualquer que seja a situação)…
Nestas discussões e debates, há normalmente muito maior habilidade e profissionalismo da parte dos "prós", sendo louvável o seu trabalho de backstage: dominam os casos, as particulares e a sua apresentação – ethos e pathos - como o Neymar domina a bola. E aqueles que recorrem à lógica para falar sobre o assunto são aparentemente vencidos, sempre sob o mesmo veredicto – querem impor a sua visão sobre os outros, limitando-lhes a liberdade.
Sobre aqueles assuntos de ruptura, para os quais mais seria precisa a lógica na busca pura da verdade, parece que estamos condenados à incerteza, parece que a verdade sempre nos vai fugir pelos dedos. É mesmo impressionante que, sobre assuntos que toda a gente reconhece como tão importantes, tão fundamentais, a verdade se resuma à "minha verdade" ou, na melhor das hipóteses, "à nossa verdade".
Logos – parece-me lógico que, sendo assim, "existindo", na melhor das hipóteses duas verdades sobre assuntos de ruptura, avançar sobre um deles sem a certeza de que, pelo menos, é a verdade democraticamente representativa, é um risco perigoso.
O pior é se houver, realmente, uma Verdade sobre todos estes assuntos…
terça-feira, 18 de junho de 2013
Frase do dia
A quem muito ama, muito se perdoa - Rui Corrêa d’Oliveira
O perdão é uma atitude de coração
que supera em muito a justiça,
porque reclama que ame quem perdoo.
Não há gesto mais profundamente humano.
Por isso ele é tão cristão.
Amor e perdão andam a par.
Quem ama quer o bem do outro,
quer o bem para o outro.
Como posso perdoar se antes não amar?
Quem diz perdoar sem primeiro amar,
não perdoa…tenta esquecer.
Pois é mais fácil não lembrar a ofensa
do que perdoar apesar da ofensa.
Diante do mal feito, concreto e objectivo,
perdoar pede um abraço de humanidade
que, não disfarçando o que foi feito,
nele não se detém, mas vai mais além,
em busca do bem que sobrevive no mais desalmado coração.
Se assim o fez Jesus,
assim o devo fazer eu.
que supera em muito a justiça,
porque reclama que ame quem perdoo.
Não há gesto mais profundamente humano.
Por isso ele é tão cristão.
Amor e perdão andam a par.
Quem ama quer o bem do outro,
quer o bem para o outro.
Como posso perdoar se antes não amar?
Quem diz perdoar sem primeiro amar,
não perdoa…tenta esquecer.
Pois é mais fácil não lembrar a ofensa
do que perdoar apesar da ofensa.
Diante do mal feito, concreto e objectivo,
perdoar pede um abraço de humanidade
que, não disfarçando o que foi feito,
nele não se detém, mas vai mais além,
em busca do bem que sobrevive no mais desalmado coração.
Se assim o fez Jesus,
assim o devo fazer eu.
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Audrey Stevenson, uma vida de santidade - Austin Ruse
Audrey Stevenson nasceu em 1983 numa família que era católica mas na qual nem se rezava antes das refeições. Quando tinha três anos a família visitou a casa de Santa Teresa de Lisieux e depois o convento onde a Pequena Flor viveu e morreu. Aí a Audrey exclamou: “Quero entrar para o Carmelo”.
Pouco depois a família mudou-se para um apartamento novo. Audrey desenhou um crucifixo amarelo e colocou-o na parede. Tinha colocado crucifixos idênticos em cada quarto da casa, onde permaneceram durante muito tempo.
Certo dia Liliane, a sua mãe, reparou que Audrey estava a coxear. Tinha colocado lápis dentro dos sapatos para “poder resistir”, uma compreensão bastante sofisticada da mortificação, para uma criança, e algo que ninguém lhe tinha ensinado.
Um dia foi ao parque com o avô. Atravessou avenidas, pontes e grandes cruzamentos, numa zona muito movimentada de Paris. Perdeu-se. Alarmado, o avô ligou para casa e descobriu que Audrey já lá estava. Disse que tinha sido conduzida por Jesus.
Tudo isto aconteceu com uma menina de três anos numa família que não era particularmente devota.
Em casa introduziu o conceito de dar graças antes de comer. Uma vez na casa de verão, na Bretanha, insistiu nas orações. O seu tio americano, Alexander Cummings, provocou-a: “Mas Audrey, se temos de dar graças a Deus cada vez que comemos, então devíamos dar graças a toda a hora, por tudo”. Ao que a Audrey respondeu: “Sim, isso mesmo”.
As histórias da sua devoção são infindáveis. Vivia uma fé profunda, tanto interior como exteriormente, como raramente se encontra nesta vida. A sua mãe disse: “A Audrey espanta-nos. Está para além de nós”. Conhecia o catecismo sem ter sido ensinada. O padre disse-lhes que não fizessem nada, que apenas a seguissem. E assim fizeram.
Aos cinco anos a Audrey pediu autorização à Igreja para poder comungar. Tipicamente, uma criança em França fazia a primeira comunhão aos nove ou dez anos. Questionaram-na exaustivamente, primeiro pelo seu prior, depois por outro e depois por outro ainda. Determinaram que a menina estava pronta e por isso a família viajou até Lourdes, onde ela comungou pela primeira vez.
O que se nota da sua vida é que não só estava próxima de Cristo, como também aproximava Cristo dos outros. Primeiro da sua família, depois de um grupo cada vez maior.
Pouco depois a família mudou-se para um apartamento novo. Audrey desenhou um crucifixo amarelo e colocou-o na parede. Tinha colocado crucifixos idênticos em cada quarto da casa, onde permaneceram durante muito tempo.
Certo dia Liliane, a sua mãe, reparou que Audrey estava a coxear. Tinha colocado lápis dentro dos sapatos para “poder resistir”, uma compreensão bastante sofisticada da mortificação, para uma criança, e algo que ninguém lhe tinha ensinado.
Um dia foi ao parque com o avô. Atravessou avenidas, pontes e grandes cruzamentos, numa zona muito movimentada de Paris. Perdeu-se. Alarmado, o avô ligou para casa e descobriu que Audrey já lá estava. Disse que tinha sido conduzida por Jesus.
Tudo isto aconteceu com uma menina de três anos numa família que não era particularmente devota.
Em casa introduziu o conceito de dar graças antes de comer. Uma vez na casa de verão, na Bretanha, insistiu nas orações. O seu tio americano, Alexander Cummings, provocou-a: “Mas Audrey, se temos de dar graças a Deus cada vez que comemos, então devíamos dar graças a toda a hora, por tudo”. Ao que a Audrey respondeu: “Sim, isso mesmo”.
As histórias da sua devoção são infindáveis. Vivia uma fé profunda, tanto interior como exteriormente, como raramente se encontra nesta vida. A sua mãe disse: “A Audrey espanta-nos. Está para além de nós”. Conhecia o catecismo sem ter sido ensinada. O padre disse-lhes que não fizessem nada, que apenas a seguissem. E assim fizeram.
Aos cinco anos a Audrey pediu autorização à Igreja para poder comungar. Tipicamente, uma criança em França fazia a primeira comunhão aos nove ou dez anos. Questionaram-na exaustivamente, primeiro pelo seu prior, depois por outro e depois por outro ainda. Determinaram que a menina estava pronta e por isso a família viajou até Lourdes, onde ela comungou pela primeira vez.
O que se nota da sua vida é que não só estava próxima de Cristo, como também aproximava Cristo dos outros. Primeiro da sua família, depois de um grupo cada vez maior.
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Audrey com o Papa João Paulo II |
A doença mortal surgiu aos sete. Leucemia. Foram muitos meses de tratamento, incluindo radioterapia, quimioterapia, punções lombares e transplantes de medula. E assim começou a sua missão de ensino, uma missão que atravessou as fronteiras de França e chegou a outros países.
Entre família e amigos começou-se a rezar um terço todas as terças-feiras pelas suas melhoras. Começou por ser uma coisa pequena, mas cresceu. Aconteceram milagres nesses encontros. Meninas pequenas ensinaram os seus pais a rezar o terço. Famílias inteiras regressaram à fé. Uma pagela da Audrey começou a espalhar-se pelo país.
O seu sofrimento no hospital foi intenso. A quimioterapia deixou-a sem saliva, as pálpebras colavam-se aos olhos e todos os seus ossos doíam. Dizia repetidamente: “Estou na cruz. Estou na cruz”. Durante as dolorosas punções lombares repetia: “Pelo tio Mick, pelo pai, pelas vocações”. Durante um dos tratamentos dolorosos os médicos ouviram-na a cantar músicas a Nossa Senhora.
Depois de um transplante de medula falhado soube-se que tinha apenas três semanas de vida. Os pais levaram-na a Lourdes; levaram-na também a conhecer o Papa, com quem teve uma intensa conversa privada. Perto do final vieram pessoas de todo o país, pedindo que ela rezasse pelas suas intenções, coisa que ela fez, apesar da dor, uma após outra.
Por fim morreu. O seu pai, que é padrinho da minha filha Gianna-Marie, diz que certa vez receberam a visita de um padre mexicano. O padre disse: “Devo a minha vocação a uma menina francesa que rezava pelas vocações e morreu de leucemia.” Ao que o seu pai, Jerome, respondeu: “Está sentado no quarto dela”. A causa da canonização de Audrey começou em Paris há poucos anos.
Audrey Stevenson, rogai por nós.
Entre família e amigos começou-se a rezar um terço todas as terças-feiras pelas suas melhoras. Começou por ser uma coisa pequena, mas cresceu. Aconteceram milagres nesses encontros. Meninas pequenas ensinaram os seus pais a rezar o terço. Famílias inteiras regressaram à fé. Uma pagela da Audrey começou a espalhar-se pelo país.
O seu sofrimento no hospital foi intenso. A quimioterapia deixou-a sem saliva, as pálpebras colavam-se aos olhos e todos os seus ossos doíam. Dizia repetidamente: “Estou na cruz. Estou na cruz”. Durante as dolorosas punções lombares repetia: “Pelo tio Mick, pelo pai, pelas vocações”. Durante um dos tratamentos dolorosos os médicos ouviram-na a cantar músicas a Nossa Senhora.
Depois de um transplante de medula falhado soube-se que tinha apenas três semanas de vida. Os pais levaram-na a Lourdes; levaram-na também a conhecer o Papa, com quem teve uma intensa conversa privada. Perto do final vieram pessoas de todo o país, pedindo que ela rezasse pelas suas intenções, coisa que ela fez, apesar da dor, uma após outra.
Por fim morreu. O seu pai, que é padrinho da minha filha Gianna-Marie, diz que certa vez receberam a visita de um padre mexicano. O padre disse: “Devo a minha vocação a uma menina francesa que rezava pelas vocações e morreu de leucemia.” Ao que o seu pai, Jerome, respondeu: “Está sentado no quarto dela”. A causa da canonização de Audrey começou em Paris há poucos anos.
Audrey Stevenson, rogai por nós.
in Actualidade Religiosa
Frase do dia
domingo, 16 de junho de 2013
O que é e como funciona a Cúria Romana? - Rocio Lancho García
A natureza da Cúria Romana é descrita no 1º artigo da
constituição apostólica Pastor Bonus: é o conjunto de dicastérios e organismos
que ajudam o romano pontífice no exercício da sua suprema missão pastoral, para
o bem e serviço da Igreja universal e das Igrejas particulares, reforçando a unidade
da fé e a comunhão do Povo de Deus e promovendo a missão própria da Igreja no
mundo.
As
funções da Cúria Romana estão definidas no Código de Direito Canónico de
1983, com algumas precisões posteriores feitas pela constituição apostólica
Pastor Bonus, de João Paulo II, em 1988. A Cúria não é a única que presta um serviço ao romano pontífice no governo da
Igreja: o colégio cardinalício também realiza algumas funções de governo, juntamente
com o papa. A Pastor Bonus prevê ainda que o papa convoque com certa frequência
os chefes dos dicastérios, que são os departamentos ou organismos
especializados da Cúria Romana.
A Cúria é formada pela Secretaria de Estado, Congregações, Tribunais, Conselhos
Pontifícios e Ofícios. Cada um destes sectores é subdividido e tem funções
diferentes dentro do governo da Igreja. As
Congregações são nove: Doutrina da Fé, Igrejas Orientais, Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, Causas dos Santos, Bispos, Evangelização dos Povos,
Clero, Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica e Educação
Católica. A sua função é de poder executivo. Os
Tribunais têm funções judiciárias e são três: a Penitenciaria Apostólica, a
Assinatura Apostólica e a Rota Romana.
Mais
numerosos são os Conselhos Pontifícios, doze: Leigos, União dos Cristãos,
Família, Justiça e Paz, Cor Unum, Pastoral dos Agentes de Saúde, Textos
Legislativos, Diálogo Inter-Religioso, Comunicações Sociais e Nova
Evangelização, este último criado em 2010. Os Conselhos Pontifícios têm a
função promover actividades e iniciativas dentro da sua área de competência. Finalmente,
os Ofícios são três: a Câmara Apostólica, a Administração do Património da Sé
Apostólica e a Prefeitura dos Assuntos Económicos da Santa Sé. São
departamentos de natureza económica.
Para
comandar cada dicastério é nomeado um Prefeito, no caso das Congregações, ou um
Presidente, nos outros casos. Nomeiam-se, ainda, um secretário e um
subsecretário. O papa designa vários membros de cada Congregação.
Tradicionalmente, os membros eram cardeais, mas, hoje, também há bispos em cada
dicastério.
Além
dos membros, são nomeados oficiais e consultores. A função dos oficiais é
cuidar dos assuntos ordinários do dicastério, enquanto a dos consultores é a assessoria. Os
membros do dicastério reúnem-se tanto em assembleias plenárias como em sessões
ordinárias. Para as plenárias, que acontecem pelo menos uma vez por ano, são
convocados todos os membros; para as sessões ordinárias, apenas os membros
presentes em Roma. O presidente ou prefeito do dicastério decide a convocatória
e a ordem do dia.
in Zenit
sábado, 15 de junho de 2013
O Avé de Fátima em Roma
Hoje ao princípio da noite houve uma marcha pela vida pela Via della Conciliazione, até à Praça de S.Pedro. Vieram pessoas de todo o mundo e lá foi cada um com a sua velinha, em silêncio, a pensar nos milhares de bebés mortos diariamente em todo o mundo.
À frente da marcha foram imensas pessoas de cadeira de rodas e “deficientes”. Isto faz todo o sentido porque estas pessoas são as primeiras a ser mortas, quando se desconfia que a criança possa não ser perfeita. Os primeiros a incentivar o aborto são os médicos, infelizmente.
Já na Praça, enquanto não começavam os discursos, as pessoas começaram esporadicamente a cantar músicas. Num dado momento os italianos começaram a cantar o Avé de Fátima, e foi comovente ver toda aquela gente a cantar a “nossa” música. Claro que eu e mais três portuguesas cantámos a plenos pulmões. O que é que Fátima tem a ver com uma marcha pela vida em Roma? Aparentemente nada. Mas na verdade tem tudo!
João Silveira
À frente da marcha foram imensas pessoas de cadeira de rodas e “deficientes”. Isto faz todo o sentido porque estas pessoas são as primeiras a ser mortas, quando se desconfia que a criança possa não ser perfeita. Os primeiros a incentivar o aborto são os médicos, infelizmente.
Já na Praça, enquanto não começavam os discursos, as pessoas começaram esporadicamente a cantar músicas. Num dado momento os italianos começaram a cantar o Avé de Fátima, e foi comovente ver toda aquela gente a cantar a “nossa” música. Claro que eu e mais três portuguesas cantámos a plenos pulmões. O que é que Fátima tem a ver com uma marcha pela vida em Roma? Aparentemente nada. Mas na verdade tem tudo!
João Silveira
O Concílio Vaticano II, uma história nunca escrita - Roberto de Mattei
Uma Missa ecuménica?
Quando, a 5 de Novembro [ndr: na primeira
sessão do Concílio], foram retomados os debates conciliares, um dos
vinte e quatro oradores que tomaram a palavra foi Mons. Duschak[1],
bispo titular de Abida e vigário apostólico de Calapan, nas Filipinas,
mas alemão de nascimento, que defendeu a necessidade de uma “Missa
ecumênica” decalcada na Última Ceia[2].
“Cristo celebrou a primeira Missa
diante dos Apóstolos — voltado para o povo, seguindo o costume então
vigente durante as ceias. Cristo falou em voz alta, de maneira que
todos, por assim dizer, ouvissem o Cânone desta primeira Missa. Cristo
serviu-se da língua falada, para que todos O compreendessem sem qualquer
dificuldade, a Ele e às palavras que disse. Nas palavras “fazei isto”,
de acordo com o seu significado completo, parece estar contido o
preceito de celebrar a Missa como uma ceia, de frente, ou pelo menos em
voz alta, e numa língua que os comensais compreendam.”
Mons. Duschak convidava pois:
“a uma colaboração entre os
especialistas de todos os ritos e das Igrejas que conservam a fé na
eucaristia; para se compor uma Missa que se possa chamar verdadeiramente
ecumênica ou “Missa do mundo”, e com ela a tão desejada unidade, pelo
menos na memória eucarística do Senhor. O povo de Deus gozaria assim da
participação perfeita e íntima de que gozaram os Apostolos na Última
Ceia.”[3]
À tarde, Mons. Duschak explicou a sua intervenção aos jornalistas, salientando que a sua ideia consistia em “introduzir
uma Missa ecumênica, despojada, na medida do possível, das
superestruturas históricas, baseadas na essência do Santo Sacrifício e
firmemente radicada na Sagrada Escritura”[4]. O Prelado chegava ao ponto de pretender alterar as palavras tradicionais do Cânone:
“Se os homens dos séculos passados puderam escolher e inventar os ritos
da Missa, por que não pode o maior de todos os concílios fazer a mesma
coisa? Por que não havemos de decretar a elaboração de uma fórmula da
Missa, adaptada ao homem moderno, para corresponder, com toda a
reverência, aos desejos deste?”[5] Toda a Missa, insistia Duschak,
devia ser celebrada em voz alta, em língua vernácula, e voltada para o
povo. Estas propostas, que na altura pareceram radicais, seriam postas
em prática ainda antes do encerramento do Concílio.
Mas as réplicas não faltaram. Ao Cardeal
Döpfner, que tinha afirmado que era necessário introduzir as línguas
vernáculas também porque os candidatos ao sacerdócio, formados nas
escolas públicas, já não sabiam latim, respondeu Mons. Carli salientando
que os referidos candidatos também não conheciam a filosofia e a
teologia cristã e ninguém se lembrava de os ordenar antes de terem
completado os seus estudos nestas matérias[6].
Estava-se em presença de um confronto
entre a Cúria Romana e algumas conferências episcopais, sobretudo a
francesa e a alemã, apoiadas por determinados bispos dos países do
Terceiro Mundo, como Mons.D’Souza que, nas suas intervenções de 27 de
Outubro e 7 de Novembro de 1962[7], solicitou que se atribuísse às
conferências episcopais o direito de escolherem a língua em que queriam
fazer o rito, mas também o direito “de adaptarem a liturgia dos Sacramentos”[8]; e Mons. Bekkers[9], que afirmou que apenas “o núcleo sacramental fundamental de todos os sacramentos” tinha de ser “universal”, “mas
que, para uma celebração mais evoluída e mais ampla deste núcleo
sacramental, seja concedida uma amplíssima liberdade, de cujos limites
apenas a conferência de bispos de cada povo pode julgar adequada,
contanto que os actos sejam aprovados pela Santa Sé”[10].
Para o partido anti-romano, o latim era o
instrumento de que a Cúria se servia para exercer o seu poder. Enquanto
o latim fosse a única língua da Igreja, Roma teria competência para
controlar e verificar os ritos; se, porém, se introduzissem na liturgia
centenas de línguas e costumes e línguas locais, a Cúria perderia
automaticamente as suas prerrogativas e as conferências episcopais
passariam a ser os juízes desta matéria. “Era precisamente neste
ponto que insistia a maioria que começava a perfilar-se, e que pretendia
que as conferências episcopais fossem autorizadas a tomar determinadas
decisões importantes em matéria de usos litúrgicos”, sublinha Wiltgen[11].
A aliança progressista recebeu na aula o
apoio de um numeroso grupo de bispos da América Latina, chefiados pelo
Cardeal Silva Henriquez, arcebispo de Santiago do Chile; estes Padres,
recorda ainda Wiltgen, manifestavam o seu reconhecimento pelas
importantes ajudas financeiras que tinham recebido durante os últimos
anos do Cardeal Frings de Colônia, através das Associações Misereor e Adveniat: “Um
número significativo daqueles aproveitaram a ocasião do Concílio para
fazer uma visita ao Cardeal Frings, e agradecer-lhe pessoalmente, vieram
a encontrar-se envolvidos na aliança.”[12]
in O Concílio Vaticano II – Uma história nunca escrita, Roberto de Mattei, Ed. Caminhos Romanos, 2012, p. 214-216.
[1] Wilhelm Josef Duschak (1903-1997), alemão, da Sociedade do Verbo Divino, ordenado em 1930, bispo de Abida (1951) e vigário apostólico em Calapan (Filipinas) entre 1951 e 1973.
[2] AS, I/1, pp. 109-112.
[3] Ibid, pp. 111-112.
[4] WILTGEN, P. 37.
[5] Ibid, p. 38.
[6] AS, I/2, PP. 398-399.
[7] AS I/2, pp. 497-499 e AS, I/2, pp. 317-319.
[8] AS I/2, p. 318. “Seria óptimo que o poder se alargasse a todo o rito e ao uso da língua falada. É isto que esperamos do Concílio porque é realmente necessário a sua actuação” (ibid.).
[9] Wilhelm Marinus Bekkers (1908-1966), holandês, ordenado em 1933, bispo coadjutor em 1956 e depois bispo de Bois-le-Duc até a morte. O seu funeral foi uma espécie de manifestação pública da corrente ultraprogressista holandesa (Actes et Acteurs, p. 372).
[10] AS I/1, pp. 313-314.
[11] WILTGEN, p. 42.
[12] Ibid., p. 53
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Cada um de nós tem a sua febre - São Jerónimo
Se Jesus Se aproximasse de nós e nos curasse da febre com uma simples palavra!
Porque cada um de nós tem a sua febre. Quando me irrito, tenho febre – tantos
vícios, outras tantas febres. Peçamos aos apóstolos que supliquem a Jesus que
Se aproxime de nós, que nos toque com a mão. Se o fizer, a febre desaparecerá
imediatamente, porque Jesus é um excelente médico. É Ele o verdadeiro, o
grande médico, o primeiro de todos os médicos. [...] Ele descobre o segredo de
todas as doenças; e não nos toca no ouvido, nem na testa, [...] mas na mão, ou
seja, nas más obras.
Jesus aproxima-Se da doente, porque esta não podia levantar-se e correr para Aquele que entrava em sua casa. Mas é Ele, o médico cheio de misericórdia, que Se aproxima do leito, Ele que trouxera a ovelha perdida aos ombros (Lc 15,5). [...] Aproxima-Se de Sua livre vontade; é Ele que toma a iniciativa da cura. Aproxima-Se desta mulher e diz-lhe: «Tu devias ter vindo ter Comigo; devias ter vindo receber-Me à porta, para que a tua cura não resultasse apenas da Minha misericórdia, mas também da tua vontade. Mas, visto que estás prostrada pela febre e não podes levantar-te, sou Eu que venho ter contigo.»
Jesus, «aproximando-Se, tomou-a pela mão». Quando corremos perigo, como Pedro no alto mar, e o mundo parece prestes a desmoronar-se, Jesus toma-nos pela mão e levanta-nos (Mt 14,31). Jesus levanta esta mulher tomando-a pela mão: toma-lhe a mão na Sua. Bendita amizade, esplendido abraço! [...] Jesus toma esta mão como médico, apercebendo-Se da intensidade da febre, Ele que é simultaneamente médico e medicamento. Tocou nela e a febre deixou-a. Que Ele toque igualmente na nossa mão, que cure as nossas obras. [...] Levantemo-nos, permaneçamos de pé. [...] Talvez me pergunteis: «Onde está Jesus?» Está aqui, diante de nós: «No meio de vós está Quem vós não conheceis. O reino de Deus está entre vós (Jo 1,26; Lc 17,21). in Homilias sobre o evangelho de Marcos, n°2C
Jesus aproxima-Se da doente, porque esta não podia levantar-se e correr para Aquele que entrava em sua casa. Mas é Ele, o médico cheio de misericórdia, que Se aproxima do leito, Ele que trouxera a ovelha perdida aos ombros (Lc 15,5). [...] Aproxima-Se de Sua livre vontade; é Ele que toma a iniciativa da cura. Aproxima-Se desta mulher e diz-lhe: «Tu devias ter vindo ter Comigo; devias ter vindo receber-Me à porta, para que a tua cura não resultasse apenas da Minha misericórdia, mas também da tua vontade. Mas, visto que estás prostrada pela febre e não podes levantar-te, sou Eu que venho ter contigo.»
Jesus, «aproximando-Se, tomou-a pela mão». Quando corremos perigo, como Pedro no alto mar, e o mundo parece prestes a desmoronar-se, Jesus toma-nos pela mão e levanta-nos (Mt 14,31). Jesus levanta esta mulher tomando-a pela mão: toma-lhe a mão na Sua. Bendita amizade, esplendido abraço! [...] Jesus toma esta mão como médico, apercebendo-Se da intensidade da febre, Ele que é simultaneamente médico e medicamento. Tocou nela e a febre deixou-a. Que Ele toque igualmente na nossa mão, que cure as nossas obras. [...] Levantemo-nos, permaneçamos de pé. [...] Talvez me pergunteis: «Onde está Jesus?» Está aqui, diante de nós: «No meio de vós está Quem vós não conheceis. O reino de Deus está entre vós (Jo 1,26; Lc 17,21). in Homilias sobre o evangelho de Marcos, n°2C
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Frase do dia
terça-feira, 11 de junho de 2013
5 Maneiras de partilhar a Fé Católica com a família e amigos
Quando eu era um Evangélico na
universidade, íamos passar algumas horas no campus e "partilhar o
Evangelho" com pessoas ao acaso. Era assustador. Eu chegava ao pé
de alguém a beber café ou a ler o jornal e dizia, "Olá. Tudo bem? Posso
fazer-te algumas perguntas? Não demora muito."
E
depois começávamos a fazer perguntas genéricas que levavam a conversas
espirituais. Algumas vezes corria muito bem. Outra vezes nem tanto.
Eu tinha a impressão que as pessoas podiam simplesmente "ser salvas" por uma simples conversa. Claro,
isso pode acontecer. Alguém pode milagrosamente entregar a sua vida a
Cristo numa questão de minutos. A maior parte das vezes, no entanto, é
um processo demorado. Mais importante ainda, acontece no contexto de uma
relação.
Desde que me tornei Católico, a minha percepção de conversão e de discipulado aprofundou-se. Já
não vou ter mais com estranhos - mas ainda tento chegar aos outros numa
base diária. Estou sempre à procura de maneiras de partilhar a Fé.
Gostava
de vos encorajar a terem a intenção de partilhar a vossa fé. Aqui estão
cinco dicas para ter em mente enquanto tentamos, em espírito de oração,
fazer com que outros conheçam Jesus Cristo como Senhor e Rei dos Reis. E
devo realçar que a oração é a base de todas as cinco dicas:
1. Sejam verdadeiros amigos dos outros. Alguém uma vez disse que temos que "Ganhar o direito a ser ouvidos." Querem deixar uma marca? Invistam nas outras pessoas.
As pessoas sabem quando tentam manipulá-las ou usá-las. Eu sei quem são os meus amigos mais
próximos. Eles sacrificam-se por mim e eu sacrifico-me por eles. Também
sei que há pessoas na minha vida que tentam usar-me para alguma coisa.
Não conseguirão ganhar o direito a ser ouvidos se não forem verdadeiros amigos. A melhor maneira de "ser ouvido" é ouvir os outros.
2. A vossa alma deve ser atraente. Podemos
ser tentados a ser negativos e estar sempre a julgar "o mundo" ou "a
Igreja" ou "a vida". Isso apenas torna a vossa alma suja. É depressivo.
Cheira mal. É como ter mau hálito. Podem ter boas coisas para dizer, mas
ninguém aguenta estar ao pé de vocês. A vossa alma não reflecte a
realidade que estão a tentar proclamar. Se não têm alegria e paz em
Cristo não deviam tentar convencer os outros. Conveçam-se a vós mesmos
primeiro!
3. Estejam prontos para explicar. Se vivem a Fé Católica, têm muito para explicar...
Porque é que vocês Católicos têm Jesus ainda na cruz? Porque é que têm
imensos filhos? Porque é que dão tanta importância a Maria? Porque é que
todos vivem a Quaresma? Porque é que os padres não se casam? Porque é
que usam um escapulário? Porque é que vão à igreja mais do que uma vez
por semana? Porque é que o Papa é importante?
Têm que ser capazes de responder a estas questões de um modo factual e cativante. Têm
que ser menos como o Spock e mais como o Chesterton. Sim, têm que
ganhar as pessoas. Tornem a coisa interessante
4. Dêem coisas. Eu
trago comigo medalhas e dou-as. Há pouco tempo vi uma mulher a
chorar no aeroporto. Dei-lhe uma medalha. Ela ficou tão agradecida.
Parou de chorar e agradeceu-me.
Também deixo uma medalha com o empregado (acompanhada de uma grande gorjeta!). Se oiço pessoas num restaurante a falar de Cristo, posso aproximar-me e sorrir e dizer, "É bom ouvir pessoas a falar de Nosso Senhor. Deus vos abençoe." Sou muito sério no que toca à fé e quero que os outros saibam a alegria e a benção que é conhecer Cristo Jesus.
O meu melhor amigo, Jordan, é mesmo bom a dar Escapulários Castanhos às pessoas. Ficariam
surpreendidos com quantas começam a usá-los! Podem fazer e dar terços e cruzes. Pagelas. Sejam criativos. Façam uma estratégia. Sempre
que derem algo a outra pessoa, eles estarão mais abertos para ouvir o
que têm para dizer. Se vem mesmo do coração, eles senti-lo-ão. O coração fala ao coração.
Conheço
outra senhora que está sempre a dar livros e DVD's
sobre santos e outros temas católicos. Que grande testemunho! A minha
mulher deu uma vez no Natal um livro católico à sua irmã, e ela e o seu
marido tornaram-se Católicos! A informação abriu o seu apetite para
mais.
5. Sejam salgados. Cristo
diz em Mateus 5, 13: "Vós sois o sal da terra." Não percam esse "gosto"
divino. Temos que manter o gosto. Perguntem-se a vós mesmos, "Sou um católico salgado?" Se não for o caso, mudem. Vou arranjar um livro de
trabalho (mais tarde este ano) chamado Liturgia de Vida sobre
como montar um plano espiritual para a vida. Talvez devesse chamá-lo:
"Como ficar salgado e manter-se salgado." Até lá, peguem numa folha de
papel e façam um plano.
ATENÇÃO/ACHTUNG: Podemos ser demasiado salgados!!! O sal faz a comida saber bem. Mas se puserem demasiado sal na comida, estraga-a. Não
sejam demasiado salgados com a vossa Fé Católica. Não afastem as
pessoas da Igreja Católica. Eu tenho culpa nisto. Já fui demasiado
insistente, e arrependo-me verdadeiramento disso.
Temos que ser grandes chefes/cozinheiros. Temos que temperar o sabor. Não despejem o saleiro na vossa mensagem. As pessoas não vão comer a vossa comida! Taylor Marshall
segunda-feira, 10 de junho de 2013
A Princesa e o Campeão - Duarte Valle de Castro
A Martinha é a princesa do pai. Sabe-o e di-lo várias vezes. Às vezes inclui essa frase em músicas que aprende na escola. A melodia do "Joana come a papa" fica muito melhor com "a Martinha é a princesa do pai…". Basta trautear que se vê logo; e metricamente encaixa! Lindo! E é assim... por minha culpa - porque a mimo, e para meu consolo, é muito agarrada ao pai. Magoa-se, PAI! Tem um pesadelo, PAI! A mãe zanga-se, PAI! O pai zanga-se… PAI!
O Zé Maria é o campeão do pai. Mas não só não faz ideia disso, como quando eu o digo, não lhe interessa especialmente. Mas ri-se; é um simpático! Ri-se comigo e ri-se com quase tudo e com quase todos. Gosta muito de mim. Mas há um sorriso exclusivo… já lá vamos.
Quanto à Martinha, é tudo verdade: muito ligada ao pai, doida com(o) o pai. Pai… pai… pai. Mas eu que não me iluda. Entre outras coisas, quando toca a tomar banho, vestir, pentear, pôr perfume: "Quero a mãe!" Às vezes tenho de ser eu. E faço-o, claro. Mas o resultado final - uma má conjugação entre roupas que não condizem, um despenteado esquisito e um evitável berro, não me permitem competir com a minha mulher pelo gozo do programa. Mas também não quero. Ela é melhor. Além de muito mais jeito, ela tem para tudo isto a paciência que eu não tenho: a paciência de mãe.
Eu tenho para outras coisas (jeito e paciência). Para umas ela também tem. Para outras não: ainda que eles acabem sempre por cair, sou melhor a fazer cavalinho com a perna quando estou sentado no sofá. Até porque tem de se fazer bastante força, algo que os pais, naturalmente, têm mais que as mães. O nosso caso não é excepção.
É assim lá em casa: no quarto que têm para os dois, o esforço que eu tento fazer quando brinco às bonecas com a Martinha (quando chega à parte de lhes vestir a roupa dela, sou eu que chamo a mãe!), é o esforço que a minha mulher faz quando joga à bola com o Zé Maria. Os legos agradam aos 2… aos 4, na verdade! Aí o nosso esforço não é um, são dois: tentar de cada vez educá-los para que aprendam que têm de arrumar e depois de desistirmos, arrumar-mo-los nós.
Quanto ao sorriso... felizmente, nunca tive direito ao sorriso que o Zé Maria faz à mãe, e só à mãe, quando a vê pela primeira vez em cada manhã. Registe-se que gosta de ver o pai, mas a mãe...
domingo, 9 de junho de 2013
A liturgia, o fresco que foi descoberto - Cardeal Ratzinger
Podia dizer-se que, em 1918, a liturgia se assemelhava em muito a um
fresco que, apesar de intacto, estava coberto por reboco. No missal,
segundo o qual o Padre celebrava a Liturgia, a sua forma nascida das
raízes era de forte presença: para os fieis, contudo, ela estava oculta
sob formas e instruções de oração privadas. Através do movimento
litúrgico e, definitivamente, após o Concílio Vaticano II, o fresco foi
posto a descoberto e, por um instante, ficámos fascinados pela sua
beleza, pelas suas cores e formas.
Porém, entretanto, na sequência de
reconstruções e restaurações falhadas e devido a vagas de multidões
afluentes, o fresco encontra-se em grande perigo, ameaçado de ser
destruído se rapidamente não se diligenciar o necessário para pôr termo a
essas influências nocivas. Obviamente não se pode voltar a cobri-lo;
recomenda-se porém, um novo respeito ao lidar com ele, uma nova
compreensão do seu testemunho e da sua realidade, para que a nova
descoberta não se torne o primeiro degrau da definitiva perda.
in Introdução ao Espírito da Liturgia
in Introdução ao Espírito da Liturgia
sexta-feira, 7 de junho de 2013
Matt Birk says no to Obama
Este senhor chama-se Matt Birk, e é um homem de coragem, recusou cumprimentar Barack Obama por causa disto:
“I would say this, I would say that I have great respect for the office of the Presidency but about five or six weeks ago, our President made a comment in a speech and he said, ‘God bless Planned Parenthood’. Planned Parenthood performs about 330,000 abortions a year. I am Catholic, I am active in the Pro-Life movement and I just felt like I couldn't deal with that. I couldn't endorse that in any way.”
Matt Birk on why he skipped the teams visit to the Whitehouse.
“I would say this, I would say that I have great respect for the office of the Presidency but about five or six weeks ago, our President made a comment in a speech and he said, ‘God bless Planned Parenthood’. Planned Parenthood performs about 330,000 abortions a year. I am Catholic, I am active in the Pro-Life movement and I just felt like I couldn't deal with that. I couldn't endorse that in any way.”
Matt Birk on why he skipped the teams visit to the Whitehouse.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
A virtude da Castidade - S. Josemaria Escrivá
Cuidai com esmero da castidade e também das virtudes que a acompanham e a
salvaguardam: a modéstia e o pudor. Não olheis com ligeireza as normas,
tão eficazes, que nos ajudam a conservarmo-nos dignos do olhar de Deus:
a guarda atenta dos sentidos e do coração; a valentia de ser cobarde
para fugir das tentações; a frequência dos sacramentos, especialmente
da Confissão sacramental; a sinceridade total na direcção espiritual
pessoal; a dor, a contrição e a reparação depois das faltas. E tudo isto
ungido com uma terna devoção a Nossa Senhora, de modo que ela nos
obtenha de Deus o dom de uma vida limpa e santa.
Amigos de Deus, 185
Amigos de Deus, 185
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