quinta-feira, 31 de março de 2022

Exame de consciência Beneditino

 
Em geral

- Deixei de amar o Senhor Deus com todo o meu coração, toda a minha alma e todas as minhas forças, e ao meu próximo como a mim mesmo? Em caso afirmativo, de que maneiras específicas?
- Matei, cometi adultério, roubei, cobicei ou dei falso testemunho por acções ou pensamentos?
- Pequei contra a honra de alguém?
- Fiz a outro o que não teria feito a mim?
- Preferi alguma coisa, grande ou pequena, ao amor de Cristo?

Abnegação

- Tenho sido auto-indulgente em vez de negar a mim mesmo para seguir a Cristo?
- Mimei o meu corpo ou busquei uma vida delicada, em vez de castigá-lo?
- Negligenciei o jejum ou a abstinência?
- Exagerei no vinho ou outras bebidas alcóolicas, ou cheguei à gula?
- Tenho estado sonolento ou preguiçoso?
- Mergulhei nos assuntos mundanos em vez de me manter distante deles?
- Realizei os desejos da carne em vez de odiar a minha própria vontade?
- Pequei contra a castidade, modéstia ou pureza?
Caridade para com o próximo
- Deixei, quando era possível, de socorrer os pobres, vestir os nus, visitar os doentes, enterrar os mortos, ajudar nas aflições ou consolar os aflitos?
- Satisfiz a raiva ou nutri por alguém um desejo de vingança?
- Cultivei a astúcia no meu coração ou fiz alguma paz fingida?
- Deixei de dizer a verdade no coração e na boca?
- Retribuí o mal com o mal ou fiz mal a alguém?
- Senti ou demonstrei impaciência quando injustiçado?
- Odiei os meus inimigos ou qualquer homem?
- Deixei de rezar pelos meus inimigos no amor de Cristo?
- Evitei fazer as pazes com alguém?
- Fugi da perseguição por causa da justiça?
- Amaldiçoei em vez de benzer?
- Tenho sido culpado de murmuração ou depreciação?
- Tenho evitado falar muito, palavras vãs e risos desnecessários ou excessivos?
- Disse palavras más e perversas?
- Fui ciumento ou dei lugar à inveja?
- Procurei o conflito?
- Cedi à vaidade?
- Tenho sido orgulhoso?
- Deixei de reverenciar os mais velhos em Cristo?
- Não amei aqueles que são meus irmãos, dependentes ou alunos?
- De alguma ou outra forma abandonei a caridade?

Procurar primeiro o Reino de Deus

- Negligenciei a minha oração e confissão de pecados passados?
- Vacilei ao colocar minha esperança em Deus?
- Atribuí, subtil ou abertamente, o bem que vejo em mim a mim mesmo e não a Deus?
- Fugi de reconhecer o mal que fiz ou tentei culpar outra pessoa?
- Demorei a tomar as medidas necessárias para corrigir os meus pecados, negligências e falhas?
- Fui negligente ao acabar com maus pensamentos no instante em que entraram no meu coração?
- Tenho sido negligente em aplicar-me à oração frequente ou à lectio divina?
- Deixei de ter a morte diariamente diante de meus olhos, com medo do Dia do Juízo e pavor do Inferno?
- Não tenho desejado a vida eterna com todo o desejo espiritual?
- Deixei de vigiar as acções da minha vida, tendo em mente que Deus me vê em todos os lugares?
- Não procurei o conselho do meu director espiritual quando deveria?
- Escondi dele os meus maus pensamentos?
- Tenho mostrado pouca obediência aos mandamentos daqueles que são colocados em autoridade sobre mim?
- Procurei uma reputação de santidade em vez da própria santidade?
- Tenho sido negligente em cumprir todos os dias os mandamentos de Deus?
- Já desesperei da misericórdia de Deus?

Peter Kwasniewski in Life Site News


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quarta-feira, 30 de março de 2022

Ajudar os outros em vez de os julgar

Ouvi alguns falarem mal do seu próximo e repreendi-os. Para se defenderem, esses operários do mal replicaram: «É por caridade e por solicitude que falamos assim!» Mas eu respondi-lhes: Deixai de praticar tal caridade, pois estaríeis a chamar mentiroso ao que diz: «Afasto de Mim quem denigre em segredo o seu próximo» (Sl 100,5). 

Se amas essa pessoa como afirmas, reza em segredo por ela e não te rias do que faz. É essa maneira de amar que agrada ao Senhor; não percas isto de vista e esforça-te cuidadosamente por não julgar os pecadores. Judas pertencia ao número dos apóstolos e o ladrão fazia parte dos malfeitores, mas que espantosa mudança se deu nele num só instante! 

Responde, pois, ao que diz mal do seu próximo: «Pára, irmão! Eu próprio caio todos os dias em faltas mais graves; como poderei condenar essa pessoa?» Obterás assim um duplo proveito: curar-te-ás a ti mesmo e curarás o teu próximo. Não julgar é um atalho que conduz ao perdão dos pecados, pois está dito: «Não julgueis e não sereis julgados.» 

Alguns cometeram grandes faltas à vista de todos mas realizaram em segredo os maiores actos de virtude, de tal maneira que os seus acusadores se enganaram, dando atenção ao fumo sem verem o sol. Os críticos diligentes e severos caem nessa ilusão porque não guardam a memória nem a preocupação dos seus próprios pecados. 

Julgar os outros é usurpar sem vergonha uma prerrogativa divina; condená-los é arruinar a nossa própria alma. Tal como um bom vindimador come as uvas maduras e não colhe as verdes, assim também um espírito benevolente e sensato anota cuidadosamente todas as virtudes que vê nos outros; mas o insensato perscruta as faltas e as deficiências.

São João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai in 'A Escada Santa' (10.º degrau) 


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terça-feira, 29 de março de 2022

Sugestões de Penitências para o resto da Quaresma

A Quaresma é um tempo de penitência para conversão pessoal e uma maior identificação com Jesus Cristo crucificado. Ficam aqui algumas ideias para que este importante tempo seja vivido com maiores frutos espirituais.

1) Penitências alimentares:

– Trocar a carne por peixe, ovos ou queijo;
– Comer menos arroz, feijão, pão, massa, para sair da mesa com um pouco de fome;
– Eliminar todos doces, refrigerantes, chocolate e demais guloseimas;
– Nas refeições, acrescentar algo que seja desagradável, como diminuir a quantidade de sal ou colocar um condimento que diminua um pouco o sabor da comida;
– Comer algum legume ou verdura que não se goste muito;
– Diminuir ou mesmo tirar as refeições intermediárias (como o lanche da tarde);
– Tomar café sem açúcar, ou água a uma temperatura menos agradável;
– Reservar algum dia para o jejum total ou parcial.

2) Penitências corporais:

(Apenas para ajudarem a não perdermos o sentido do sacrifício ao longo do dia, a não sermos relaxados, devendo ser pequenas e discretas)

– Dormir sem travesseiro;
– Sentar-se apenas em cadeiras duras;
– Rezar alguma oração mais prolongada de joelhos;
– Não usar elevadores ou escadas rolantes;
– Trabalhar sem se encostar na cadeira;
– Cuidar da postura corporal;
– Sair um pouco antes dos transportes públicos e fazer uma parte do caminho à pé;
– Deixar de usar o carro e usar um transporte público;

3) Penitências Morais

(São as mais importantes)

– Não reclamar das contrariedades do dia, mas agradecer e louvar a Deus;
– Sorrir, mesmo quando existe mau ambiente;
– Moderar a frequência às redes sociais, telefone e computador (reduzir a poucas vezes ao dia);
– Desligar as notificações do telefone;
– Fazer os serviços mais incómodos em casa e no trabalho, ajudando os outros;
– Acordar mais cedo para fazer oração;
– Não ouvir música no carro;
– Não ver televisão, mas dedicar este tempo à leitura;
– Não usar jogos de vídeo, caso seja viciado;
– Fazer algum trabalho voluntário;
– Rezar mais pelos outros do que por si mesmo;
– Reservar dinheiro para dar esmolas, mas sobretudo atenção aos mendigos;
– Falar bem das pessoas que se gostaria de criticar;
– Ouvir as pessoas incómodas sem as interromper;
– Dormir no horário previsto, mesmo sem vontade.

Padre José Eduardo


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Missa de Requiem




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segunda-feira, 28 de março de 2022

Santa Sé fecha Mosteiro porque as monjas não eram vacinadas

A Abadessa do Mosteiro Beneditino de Santa Catarina não obrigou as suas freiras a serem vacinadas contra a Covid. Portanto, o mosteiro será fechado. Madre Catarina explica o que se passou na inusitada visita apostólica que receberam em Fevereiro:

«O visitador, Cardeal Bassetti, encontrou tudo em ordem, excepto que não estávamos vacinadas. Eu sabia da visita do Bispo mas não sabia os motivos. O decreto denuncia o meu "comportamento inadequado": deveria ter forçado as minhas irmãs a fazer algo que elas não queriam fazer, correndo o risco de uma denúncia?»

O mosteiro de Santa Catarina d'Alexandria, em Perugia, será, portanto, fechado muito em breve. Tudo estava em perfeita ordem. A única falha foi a teimosia das freiras em não serem vacinadas e a recusa da Abadessa em forçá-las a fazê-lo. Isso foi confirmado pela própria superiora:

«A visita apostólica aconteceu em meados de Fevereiro, enviámos logo em seguida o que tínhamos a dizer agora aguardamos a resposta da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada”.

-Mas quem pediu a visita?
- Eles não me disseram. Soube pelo Cardeal Bassetti, Arcebispo de Perugia.

- Quando é que descobriu?

- Fui vê-lo para assinar um documento, mas ele disse-me que não podia assinar porque havia uma visita apostólica em andamento. Fiquei atordoada. "O que é que nós fizemos?", perguntei. 

- Todas as irmãs são idosas?
- Não, não somos todas idosas.

- Tiveram Covid nesses dois anos?
- Não, sempre tivemos uma saúde excelente .

in infoCatolica


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domingo, 27 de março de 2022

Estudo inédito mostra diferenças enormes entre Católicos que vão à Missa Tradicional e à Missa Nova

O autor deste estudo celebrou durante 20 anos tanto a Missa Nova, ou Novus Ordo (NOM), como a Missa Tradicional em Latim (TLM), e observou diferenças entre as pessoas que frequentam as duas Missas. Os católicos norte-americanos que frequentam a Missa Nova foram inquiridos ​​repetidamente em termos de crenças e práticas (Pew Research e Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado da Universidade de Georgetown [CARA]).

No entanto, o corpo de pesquisa não parece incluir uma descrição dos católicos que frequentam a Missa Tradicional. Esses católicos participam de, pelo menos, 489 Missas dominicais, em todo o país (latinmassdir.org, 2019). Todos os Domingos, estima-se que 100 mil católicos (pouco mais de 200 fiéis por Missa) nos Estados Unidos assistem à Missa Tradicional que, antes da reforma litúrgica dos anos 70, foi celebrada na Igreja Latina durante mais de 1500 anos.

O número crescente de paróquias destinadas apenas à Missa Tradicional permite pesquisas que vão além das observações de um indivíduo. O objectivo deste estudo piloto foi medir o fruto das duas Missas, comparando directamente as respostas dos participantes da TLM e da NOM às mesmas perguntas.

Método

A pesquisa consistiu em 7 perguntas sobre as crenças e atitudes dos entrevistados. Os dados foram recolhidos entre Março de 2018 e Novembro de 2018. As pesquisas foram anónimas e só se podia responder uma vez. Em pesquisas nas igrejas foram inquiridas 1322 pessoas. O número de respostas variou (entre 1.251 e 1.322) conforme a questão em causa. A mesma pesquisa, feita online, recebeu 451 respostas.

Os inquiridos nas igrejas eram dos seguintes Estados: Arizona, Califórnia, Colorado, New Hampshire, Texas.

Os inquiridos online eram dos seguintes Estados: Connecticut, Flórida, Idaho, Kansas, Minnesota, Missouri, Pensilvânia, Nova York, Virgínia, Washington, Virgínia Ocidental.

O inquérito a pessoas que vão à Missa Tradicional foi preparado de tal modo que as perguntas feitas correspondesses a pesquisas já feitas para os católicos que vão à Missa Nova. Estes foram os tópicos:

1. Aprovação de contracepção
2. Aprovação do aborto
3. Frequência semanal da Missa
4. Aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo
5. Percentagem do rendimento doado à Igreja
6. Confissão anual entre os que vão à Missa semanal
7. Taxa de fertilidade
Análise

A sociedade moderna, segundo muitos, é a causa da diminuição da participação sacramental na Igreja Católica. No entanto, a presente pesquisa, comparada com outros dados, revela uma impressionante variação entre os católicos que frequentam a Missa Tradicional e aqueles que frequentam o Missa Nova. Estas diferenças são dramáticas ao comparar crenças, frequência à igreja, generosidade monetária e taxas de fertilidade.

É importante ressaltar que as famílias que vão à Missa Tradicional têm um tamanho de família quase 60% maior. Isto traduzir-se-á numa mudança demográfica dentro da Igreja. Os participantes da Missa Tradicional doam 5 vezes mais à Igreja, indicando que estão mais comprometidos do que os participantes da Missa Nova. A frequência da Missa dominical 4,5 vezes maior quando comparada com a percentagem dos que vão à Missa Nova, 99% daqueles e 22% destes. Isto implica um profundo compromisso com a Fé. A adesão quase universal à Missa dominical retrata os católicos que estão profundamente apaixonados pela sua Fé e não lhes passa pela cabeça faltar à Missa ao Domingo.

Pesquisa futura

Será que os jovens adultos que frequentam a Missa Tradicional têm uma maior probabilidade de se comprometerem com uma vida na Igreja? Esta questão nunca foi estudada desde o início da Missa Nova, em 1970. A pesquisa é necessária para perceber os números das vocações dos participantes da Missa Tradicional. Estudos preliminares deste autor indicam que a Missa Tradicional produz 7 a 8 vezes o número de vocações Sacerdotais e Religiosas comparando com o que vão à Missa Nova. O sacramento do Santo Matrimónio também parece ser mais popular entre os participantes da Missa Tradicional. Por fim, até que ponto a Missa Tradicional entusiasma os jovens adultos depois de terem saído de casa dos pais? Um estudo rigoroso sobre esses tópicos está planeado para 2019.

Bibliografia

1. CARA Annual Conf/Weekly Mass Feb 16, 2014 
2. CARA 2017 Mass attendance April 11, 2018 Huffington Post quoting Dr. Mark Gray
3. Catholic Philly.com Donation % May 17, 2013
4. Pew Research Catholic Fertility Rate May 12, 2015
5. Pew Research Contraception Sept 28, 2016
6. Pew Research Abortion Oct 15, 2018 
7. Relevant Magazine Donation % March 8, 2016
8. Daily Wire Same sex marriage July 2, 2017

Autor do Estudo

Fr. Donald Kloster - St. Mary’s Catholic Church, Norwalk, Connecticut, USA.
revfrkloster@yahoo.com

in liturgyguy
Tradução: Senza Pagare


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O Domingo das Rosas

Na antiguidade cristã, o dia de hoje era o “dia das rosas”, no qual os cristãos se presenteavam mutuamente com as primeiras rosas do Verão. Ainda hoje o Santo Padre benze, neste dia, uma rosa de ouro e a oferece a uma pessoa, ou instituição em sinal de particular atenção. 

A flor dourada que brilha reflecte a majestade de Cristo, com uma simbologia muito apropriada porque os profetas O chamaram "flor do campo e o lírio dos vales". A fragrância da rosa, de acordo com o Papa Leão XIII, "mostra o odor doce de Cristo que deve ser difundido extensamente pelos seus seguidores fiéis” (Acta, vol. VI, 104), e os espinhos e o matiz vermelho relembram a Sua paixão". 
A Santa Igreja, como o faz no Advento, interrompe também na Quaresma a sua penitência. Demonstra alegria pelo toque do órgão, pelo enfeite dos altares e pelo rosa dos paramentos. Esta alegria é expressa de igual modo pela própria denominação deste Domingo, chamado de 'Laetare', que significa 'Alegra-te', e que corresponde ao início da antífona deste IV Domingo da Quaresma:

"Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos todos os que amais; entregai-vos à alegria, vós que estivestes na tristeza para que exulteis e vos sacieis na abundância de vossa consolação. Ps. Alegrei-me com o que me foi dito: iremos à casa do Senhor."


D. B. Keckeisen, OSB in Missal Quotidiano, 1947




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sábado, 26 de março de 2022

Apostolado Courage: Fé Católica e "homossexualidade"



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Como se Matam Anjos

 
1. Quando cursava Teologia na Universidade Católica Portuguesa (UCP) assisti a um ciclo de conferências sobre a oração. Uma das palestras foi proferida pelo padre Bragança, um ilustre Professor de Liturgia e de Patrologia. A determinada altura como estivesse citando uma oração de Orígenes que continha uma referência aos Anjos, interrompeu a leitura da mesma, abrindo um parêntesis, para dizer: “bem, os Anjos já não existem; ou melhor mataram-nos…”. Como estalasse uma gargalhada geral provocada pela ironia evidente, dirigida a alguns exegetas e teólogos modernos, o padre Bragança continuou: “os senhores riem-se, mas eu tenho pena. Escusávamos de mentir na Missa quando rezamos ‘os Anjos e os santos proclamam a Vossa glória, etc.’”. E prosseguiu imperturbável a sua exposição. A circunstância de aquela admonição ter sido feita em forma de zombaria não obstou, porém, a que a seriedade da advertência fosse compreendida.

2. A primeira vez a que assisti à matança dos Anjos foi numa aula de Sagrada Escritura sobre o Antigo Testamento. Dos cumes da sua ciência e erudição o professor, um sacerdote, explicava, a nós ignaros, que os Anjos não existiam porque havia referências aos mesmos em textos religiosos do médio oriente anteriores à Bíblia. Foi nessa altura que eu compreendi, com a evidência de uma revelação, que as árvores, as montanhas e o mar também não existiam, pois todas essas realidades eram descritas nos mesmos ou semelhantes textos sagrados.

Mais tarde, um outro sacerdote (daqueles que já leram várias toneladas de livros) que nos ensinava Sinópticos (os Evangelhos segundo Mateus, Marcos e Lucas) decretou que os Anjos eram géneros literários ou recursos da retórica. De modo que, a partir daquele dia alguns seminaristas, cépticos, chalaceavam entre si modificando as palavras do Anjo, no Evangelho de Lucas, “não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus” em “não temas, Maria, pois sou uma figura de estilo”. Os Anjos não seriam pois mais do que uma Fada Boa ou Bruxa Má dos contos dos tempos antigos, sendo que a primeira figura os Anjos bons e a segunda os demónios, anjos caídos.

Já ordenado padre assisti também a prelecções de outros presbíteros que afirmavam peremptoriamente que os Anjos não eram mais do que estados da nossa consciência, projecções fantasmáticas da nossa subjectividade, subtilezas do nosso mundo interior e outras abstrusões semelhantes. Teríamos, portanto, o Anjo reduzido ao superego de Freud.

3. De onde virá esta sanha persecutória aos Anjos é para mim não só um enigma, mas mesmo um mistério, um mistério incluído no Mistério da Iniquidade.

4. S. Francisco de Assis teve sempre uma grande devoção aos Anjos e fundou a sua Ordem precisamente na Igreja da Santa Maria dos Anjos. Esta veneração ardente dos franciscanos pelos mesmos perdurou através dos séculos até há bem pouco tempo. Eu, ainda, tive a graça de ter feito os meus votos solenes no dia dos Arcanjos S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael (29 de Setembro) e desde a minha meninice me foi ensinada a devoção ao Anjo da Guarda.

Ora a existência dos Anjos e dos demónios, como pessoas puramente espirituais, foi declarada solenemente como uma Verdade de Fé (um Dogma) no Concílio Latrão IV, em 1215. A Igreja Mestra da Verdade (Concílio Vaticano II, Dignitatis humanae, 14) raramente recorre a estas declarações solenes. Percebe-se porquê, a relação da Igreja com os seus fiéis é como a de uma mãe com os seus filhos. E seria absurdo um filho sempre que a mãe lhe ensina alguma coisa perguntar insistentemente se jura que é verdade (a comparação é do, então, Cardeal Ratzinger). O normal é acreditar na mãe e aceitar o que ela diz. No entanto, por vezes há circunstâncias em que pela sua importância ou pelos perigos para a Fé que podem advir se torna conveniente ou necessário sublinhar solenemente uma verdade para que termine toda e qualquer querela ou logomaquia. A não-aceitação ou rejeição, a sabendas, por parte de um católico de um Dogma de Fé é um crime de heresia, o qual implica a excomunhão do mesmo.

4. O Catecismo da Igreja Católica ensina: «A existência dos seres espirituais, não corporais, a que a Sagrada Escritura habitualmente chama anjos, é uma verdade de fé. O testemunho da Escritura é tão claro como a unanimidade da Tradição. Santo Agostinho diz a respeito deles: “… Desejas saber o nome da natureza? Espírito. Desejas saber o do ofício? Anjo. Pelo que é, é espírito; pelo que faz, é anjo (anjo = mensageiro)”. Com todo o seu ser, os anjos são servos e mensageiros de Deus. … Enquanto criaturas puramente espirituais, são dotados de inteligência e vontade: são criaturas pessoais e imortais. Excedem em perfeição todas as criaturas visíveis. O esplendor da sua glória assim o atesta.». (Catecismo da Igreja Católica, 328-330).

Padre Nuno Serras Pereira


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sexta-feira, 25 de março de 2022

Explicação do Angelus

A oração do Angelus é uma meditação a respeito do Natal, feita através de três pontos essenciais, com muita brevidade. Ela é eminentemente lógica e bem construída. Porém, em todas as coisas da Igreja, por cima de uma estrutura lógica e coerente, resplandece um universo de imponderáveis de unção e sacralidade que é uma verdadeira beleza, e que formam um todo com essa estrutura lógica e racional.

Vejamos como é a História do Natal no Angelus:

1º ponto: O Anjo do Senhor anunciou a Maria, e Ela concebeu do Espírito Santo;
2º ponto: Eis aqui a Escrava do Senhor, faça-se em mim segundo a Vossa vontade;
3º ponto: O Verbo Divino encarnou e habitou entre nós.

São três aspectos do Natal. O primeiro glorifica a mensagem angélica. O segundo, a atitude de Nossa Senhora de inteira obediência a essa mensagem. O terceiro glorifica o facto do Verbo não só ter encarnado, mas ter habitado entre nós.

Nestes três pontos está condensada toda a História do Natal de uma forma tão sintética, breve, lógica e densa, que não se devia acrescentar nada. Cada ponto é seguido da recitação de uma Ave-Maria, que é uma glorificação de Nossa Senhora, por esse aspecto daquela verdade que o Anjo anunciara.

Este é o mais importante acontecimento da História da Humanidade. E a maior honra para o género humano é o Verbo ter encarnado e habitado entre nós. Por isso, tornou-se hábito na piedade católica recitar o Angelus pela aurora, ao meio-dia e depois, pelo crepúsculo.

Nas três etapas principais do dia, repetir essas verdades e louvar Nossa Senhora a respeito delas, pedindo-lhe graças a propósito dessas verdades. Como é bonito o Angelus rezado pela manhã, ao meio-dia e no fim do trabalho, às 6 horas da tarde! 

Tem-se a impressão de um vitral que vai mudando de colorido, o Angelus também vai mudando de matizes: como é diferente o Angelus rezado ao meio-dia, quando o ritmo de trabalho é intenso, e o Angelus rezado no crepúsculo, quando tudo se reveste de uma suavidade, de uma espécie de começo de recolhimento. A Igreja criou esta jóia que é o Angelus promove-a nas várias horas do dia, para tirar dela toda a beleza.

As coisas católicas são todas construídas na Fé com uma espécie de instincto do Espírito Santo para serem bem feitas. Nelas encontra-se um mundo de harmonias.

No Angelus há a harmonia admirável entre a maior clemência, simplicidade, profundeza de conceitos, e uma beleza indefinível que tem enfeites poéticos, literários, que não entram em choque com a Fé, mas, pelo contrário, são um complemento dela.

Imaginem se o Angelus tivesse sido encomendado por um ministro ou presidente da República: decreto nº X mil e tanto: compunha-se uma oração para ser recitada de manhã, ao meio-dia e à tarde de todos os dias, todos os anos, todos os séculos. Viria uma oraçãozinha relâmpago, com um disparate qualquer, vazio, seco. Poderia aparecer tudo, mas não apareceria o Angelus.

Falta ao Homem de hoje essa plenitude de espírito por onde as coisas se ordenam na linha da lógica, da coerência, da beleza com tanta naturalidade que a gente nem percebe o que está por detrás disso, por ser tão bem pensado, bem sentido, bem realizado, bem rezado e, sobretudo, bem acreditado. 

Procuremos, então, o espírito da Igreja Católica em todas as coisas da vida. Dos bons tempos da Igreja, da Tradição da Igreja. E sujeitando tais coisas a uma análise racional, saem sóis de dentro, saem belezas umas após as outras, que é, exatamente, a riqueza inexaurível do espírito católico. Desse modo, qualquer coisa simples se mostra uma verdadeira maravilha.

O Angelus rezado pelo camponês, pelo padre, pelo cruzado, pelo guerreiro da Reconquista da Espanha, pelo trapista: cada um dá um dos mil coloridos de um vitral. É tão simples, tão fácil, tão normal que, por isso mesmo, é uma verdadeira jóia.

Isto deve levar-nos a ser cada vez mais devotos do Angelus - não o omitindo em nenhuma ocasião - lembrá-lo na nossa oração matinal, lembrando de tudo quanto existe no Angelus.

Plinio Corrêa de Oliveira


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Anunciação do Anjo a Maria segundo São Bernardo de Claraval

Hoje é o dia em que o Anjo Gabriel anunciou a Maria que seria Mãe de Jesus Cristo, Deus feito homem, e Nossa Senhora disse sim a esta incomparável missão de ser a Mãe de Deus:

Ouviste, ó Virgem, a voz do Anjo: Conceberás e darás à luz um filho. Ouviste-o dizer que não será por obra de varão, mas por obra do Espírito Santo. O Anjo aguarda a resposta: é tempo de ele voltar para Deus que o enviou. Também nós, miseravelmente oprimidos por uma sentença de condenação, também nós, Senhora, esperamos a tua palavra de misericórdia.

Em tuas mãos está o preço da nossa salvação. Se consentes, seremos imediatamente libertados. Todos fomos criados pelo Verbo eterno de Deus, mas agora vemo-nos condenados à morte: a tua breve resposta pode renovar-nos e restituir-nos à vida.

Isto te suplica, ó piedosa Virgem, o pobre Adão, desterrado do paraíso com toda a sua mísera posteridade; isto te suplicam Abraão e David. Imploram-te todos os santos Patriarcas, teus antepassados, também eles retidos na região das sombras da morte. Todo o mundo, prostrado a teus pés, espera a tua resposta: da tua palavra depende a consolação dos infelizes, a redenção dos cativos, a liberdade dos condenados, a salvação de todos os filhos de Adão, de toda a tua linhagem.

Dá, depressa, ó Virgem, a tua resposta. Responde sem demora ao Anjo, ou, para melhor dizer, ao Senhor por meio do Anjo. Pronuncia uma palavra e recebe a Palavra. Profere a tua palavra humana e concebe a divina. Diz uma palavra transitória e acolhe a Palavra eterna.

Por que demoras? Por que receias? Crê, consente e recebe. Encha-se de coragem a tua humildade e de confiança a tua modéstia. Não convém de modo algum, neste momento, que a tua simplicidade virginal esqueça a prudência. Virgem prudente, não temas neste caso a presunção, porque, embora seja louvável aliar a modéstia ao silêncio, mais necessário é, agora aliar a piedade à palavra.

Abre, ó Virgem santa, o coração à fé, os lábios ao consentimento, as entranhas ao Criador. Eis que o desejado de todas as nações está à tua porta e chama. Se te demoras e Ele passa adiante, terás então de recomeçar dolorosamente a procurar o amado da tua alma. Levanta-te, corre, abre. Levanta-te pela fé, corre pela devoção, abre pelo consentimento.

Maria disse então: «Eis a serva do Senhor, disse a Virgem, faça-se em mim segundo a tua palavra».

in Homilia 4 sobre o «Missus est», §§ 8-9


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quinta-feira, 24 de março de 2022

Visita do Seminário de Wigratzbad (FSSP) à Abadia de N.S. da Assunção em Fürstenfeldbruck
















Fotografias: fsspwigratzbad.blogspot.com


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Festa de São Gabriel Arcanjo

O grande Mensageiro da Encarnação do Verbo Divino foi quem designou ao Profeta Daniel o tempo, a Zacarias o nascimento, e a Maria Santíssima a sua escolha para Mãe do Redentor do mundo. Eis por que na véspera da Anunciação celebramos a festa deste Arcanjo.

Nos primeiros séculos do Cristianismo, o Arcanjo Gabriel não era honrado com um culto especial. No século IX aparece o seu nome na lista dos santos, unido à festa da Anunciação, mais precisamente, na véspera desta, 24 de Março. A sua festa, por particular concessão da Santa Sé, era celebrada nos Reinos da Espanha antes que esta celebração fosse estendida a toda a Igreja, por Bento XV, em princípios do séc. XX. 

São Gabriel pode ser considerado como o Anjo da Redenção, pois aparece a cada instante para preparar o caminho da vinda do Redentor. Assim, foi ele que anunciou a Daniel o tempo que faltava para a vinda do Messias e a Sua morte na Cruz (Dan 9, 24-26). Depois, anunciou a São Zacarias o nascimento daquele que seria o Precursor do Salvador, como foi dito. Recebeu a insigne missão de participar a Maria Santíssima ter sido Ela escolhida para Mãe do Verbo de Deus encarnado, anunciando-Lhe o mistério da Encarnação. 

Segundo muitos, foi ele que apareceu aos pastores comunicando-lhes o nascimento do Salvador, e em sonhos a São José recomendando-lhe que fugisse para proteger o Menino do ódio de Herodes. Segundo outros, foi ele também que confortou a humanidade santíssima de Cristo na Sua agonia. 

Anjo da Encarnação e da Consolação, na tradição cristã, Gabriel é sempre o Anjo da clemência enquanto Miguel é antes o Anjo do julgamento. Ao mesmo tempo, na Bíblia, Gabriel é, de acordo com o seu nome, o Anjo do Poder de Deus, e é de se notar a frequência com que palavras como grande, poderoso, e forte, aparecem nas passagens a ele referidas...

Plinio Maria Solimeo in 'O Livro dos Três Arcanjos'

Oração a São Gabriel Arcanjo

Vós, Anjo da encarnação, mensageiro fiel de Deus, abri os nossos ouvidos para que possam captar até as mais suaves sugestões e apelos de graça emanados do coração amabilíssimo de Nosso Senhor. Nós vos pedimos que fiqueis sempre junto de nós para que, compreendendo bem a Palavra de Deus e as Suas inspirações, saibamos obedecer-lhe, cumprindo docilmente aquilo que Deus quer de nós. Fazei que estejamos sempre disponíveis e vigilantes. Que o Senhor, quando vier, não nos encontre a dormir! Amém.


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terça-feira, 22 de março de 2022

A mística portuguesa a quem Jesus pediu a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria

ALEXANDRINA MARIA DA COSTA nasceu em Balasar, Póvoa de Varzim, Arquidiocese de Braga, no dia 30 de Março de 1904, e foi baptizada no dia 2 de Abril, Sábado Santo. Foi educada cristãmente pela mãe, junto com a irmã Deolinda. Alexandrina viveu em casa até aos 7 anos. Depois foi para uma pensão dum marceneiro na Póvoa de Varzim a fim de frequentar a escola primária que não existia em Balasar. Fez a primeira comunhão na sua terra natal em 1911 e no ano seguinte recebeu o sacramento da Crisma pelo Bispo do Porto.

Passados 18 meses, voltou a Balasar e foi morar com a mãe e a irmã na localidade do “Calvário”, onde irá permanecer até à morte.

Robusta de constituição física, começou a trabalhar nos campos, equiparando-se aos homens e a ganhar o mesmo que eles. A sua infância foi muito viva: dotada de temperamento feliz e comunicativo, era muito querida pelas colegas. Aos 12 anos, porém, adoeceu: uma grave infecção (uma febre tifóide, talvez) colocou-a quase à morte. Superou a doença, mas a sua saúde ficou abalada para sempre.

Aos 14 anos aconteceu um facto que seria decisivo para a sua vida.

Era Sábado Santo de 1918. Nesse dia, ela, a irmã Deolinda e mais uma mocinha aprendiz, estavam a trabalhar de costura, quando perceberam que três homens tentavam a entrar na sala onde se encontravam. Embora estivessem fechadas, os três homens forçaram as portas e conseguiram entrar. Alexandrina, para salvar a sua pureza ameaçada, não hesitou em atirar-se pela janela, de uma altura de quatro metros. As consequências foram terríveis, embora não imediatas. De facto, as várias visitas médicas a que foi sucessivamente submetida diagnosticaram, cada vez com maior clareza, um facto irreversível.

Até aos 19 anos pôde ainda arrastar-se até a igreja, onde gostava de ficar recolhida, com grande admiração das pessoas. A paralisia foi avançando cada vez mais, até que as dores se tornaram insuportáveis; as articulações perderam qualquer movimento; e ela ficou completamente paralisada. Era o dia 14 de abril de 1925 quando Alexandrina ficou definitivamente de cama. Ali haveria de passar os restantes 30 anos de sua vida.

Até 1928 não deixou de pedir a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, a graça da cura, prometendo que se sarasse partiria para as missões. Depois compreendeu que a sua vocação era o sofrimento. Abraçou-a prontamente. Dizia: “Nossa Senhora concedeu-me uma graça ainda maior. Depois da resignação deu-me a conformidade completa à vontade de Deus e, por fim, o desejo de sofrer”.

São desse período os primeiros fenómenos místicos: Alexandrina iniciou uma vida de grande união com Cristo nos Tabernáculos, por meio de Nossa Senhora. 

Um dia em que estava só, veio-lhe improvisamente este pensamento: “Jesus, tu és prisioneiro no Tabernáculo. E eu por tua vontade prisioneira na minha cama. Far-nos-emos companhia”. Desde então começou a primeira missão: ser como a lâmpada do Tabernáculo. Passava as noites como em peregrinação de Tabernáculo em Tabernáculo. Em cada Missa oferecia-se ao Eterno Pai como vítima pelos pecadores, junto com Jesus e segundo as suas intenções.

Quanto mais clara se tornava a sua vocação de vítima tanto mais crescia nela o amor ao sofrimento. Comprometeu-se com voto a fazer sempre o que fosse mais perfeito.

De sexta-feira, 3 de Outubro de 1938 a 24 de Março de 1942, ou seja por 182 vezes, viveu, em todas as sextas-feiras, os sofrimentos da Paixão: Alexandrina, superando o estado habitual de paralisia, descia da cama e com movimentos e gestos, acompanhados de angustiantes dores, repetia, por três horas e meia, os diversos momentos da Via Crucis.

“Amar, sofrer, reparar” foi o programa que o Senhor lhe indicou. Desde 1934, a convite do padre jesuíta Mariano Pinho, que a dirigiu espiritualmente até 1941, Alexandrina punha por escrito tudo quanto, vez por vez, lhe dizia Jesus.

Em 1936, por ordem de Jesus, pediu ao Santo Padre, através do P. Pinho, a consagração do mundo ao Coração Imaculado de Maria. Este pedido foi renovado várias vezes até 1941, pelo que a Santa Sé interrogou três vezes o Arcebispo de Braga a respeito de Alexandrina. No dia 31 de Outubro de 1942, Pio XII consagrou o mundo ao Coração Imaculado de Maria com uma mensagem transmitida de Fátima em língua portuguesa. Este acto foi repetido em Roma na Basílica de São Pedro no dia 8 de Dezembro do mesmo ano de 1942.

Depois de 27 de Março de 1942, Alexandrina deixou de se alimentar, vivendo exclusivamente da Eucaristia. Em 1943, por quarenta dias e quarenta noites, foram rigorosamente controlados por médicos o jejum absoluto e a anúria, no hospital da Foz do Douro, no Porto.

Em 1944, o novo director espiritual, P. Umberto Pasquale, salesiano, após constatar a profundidade espiritual a que tinha chegado, animou Alexandrina a continuar a ditar o seu diário; fê-lo com espírito de obediência até à morte. No mesmo ano de 1944 Alexandrina inscreveu-se na União dos Cooperadores Salesianos. E quis pôr o seu diploma de Cooperadora «em lugar bem visível a fim de o ter sempre debaixo dos olhos» e colaborar com o seu sofrimento e as suas orações para a salvação das almas, sobretudo juvenis. Rezou e sofreu pela santificação dos Cooperadores Salesianos de todo o mundo.

Apesar dos sofrimentos, continuava a dedicar-se aos problemas dos pobres, do bem espiritual dos paroquianos e de muitas outras pessoas que a ela recorriam. Promoveu em sua paróquia tríduos e horas de adoração.

Especialmente nos últimos anos de vida, muitas pessoas, vindas de longe, atraídas pela fama de santidade, visitavam-na; muitas atribuíam a própria conversão aos seus conselhos.

Em 1950, Alexandrina festejou o 25º ano de sua imobilidade. E em 7 de Janeiro de 1955 foi-lhe preanunciado que aquele seria o ano da sua morte. De facto, dia 12 de Outubro quis receber a unção dos enfermos. E dia 13, aniversário da última aparição de N. Sra. de Fátima, ouviram-na exclamar: “Sou feliz porque vou para o céu”. Às 19h30 expirou.

Sobre a sua campa podem ler-se estas palavras por ela tão desejadas:
“Pecadores, se as cinzas do meu corpo puderem ser úteis para a vossa salvação, aproximai-vos: passai todos por cima delas, pisai-as até desaparecerem, mas não pequeis mais! Não ofendais mais o nosso Jesus! Pecadores, queria dizer-vos tantas coisas. Não bastaria este grande cemitério para escrevê-las todas! Convertei-vos! Não queirais perder a Jesus por toda a eternidade! Ele é tão bom!... Amai-O! Amai-O! Basta de pecar!”.

É a síntese da sua vida gasta exclusivamente para salvar as almas. No Porto, na tarde do dia 15 de Outubro, os vendedores de flores viram-se sem nenhuma flor branca: todas tinham sido vendidas para a homenagem floral a Alexandrina, que tinha sido a rosa branca de Jesus. 

in vatican.va


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"Bispo" Anglicano ordenado Sacerdote Católico

Jonathan Goodall, "Bispo" convertido do Anglicanismo ao Catolicismo, foi ordenado sacerdote católico pelo Cardeal Vincent Nichols na Catedral de Westminster (Londres).

As ordens sacerdotais anglicanas são consideradas inválidas pela Igreja Católica, por isso tanto os seus "sacerdotes" como os seus "Bispos" são leigos.










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