Senhor, tende piedade de nós. | Kyrie, eleison. |
Jesus Cristo, tende piedade de nós. | Christe, eleison. |
Senhor, tende piedade de nós. | Kyrie, eleison. |
Jesus Cristo, ouvi-nos. | Christe, audi nos. |
Jesus Cristo, atendei-nos. | Christe, exaudi nos. |
Pai dos Céus que sois Deus, tende piedade de nós. | Pater de caelis, Deus, miserere nobis. |
Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós. | Fili, Redemptor mundi, Deus, miserere nobis. |
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós. | Spiritus Sancte, Deus, miserere nobis. |
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós. | Sancta Trinitas, unus Deus, miserere nobis. |
Sangue de Cristo, Unigénito do Pai Eterno, salvai-nos. | Sanguis Christi, Unigeniti Patris aeterni, salva nos. |
Sangue de Cristo, Verbo de Deus Encarnado, salvai-nos. | Sanguis Christi, Verbi Dei incarnati, salva nos. |
Sangue de Cristo, do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos. | Sanguis Christi, Novi et Aeterni Testamenti, salva nos. |
Sangue de Cristo, a correr na agonia sobre a terra, salvai-nos. | Sanguis Christi, in agonia decurrens in terram, salva nos. |
Sangue de Cristo, a verter na flagelação, salvai-nos. | Sanguis Christi, in flagellatione profluens, salva nos. |
Sangue de Cristo, a emanar na coroação de espinhos, salvai-nos. | Sanguis Christi, in coronatione spinarum emanans, salva nos. |
Sangue de Cristo, derramado na Cruz, salvai-nos. | Sanguis Christi, in Cruce effusus, salva nos. |
Sangue de Cristo, preço da nossa Salvação, salvai-nos. | Sanguis Christi, pretium nostrae salutis, salva nos. |
Sangue de Cristo, sem o qual não há remissão, salvai-nos. | Sanguis Christi, sine quo non fit remissio, salva nos. |
Sangue de Cristo, bebida | Sanguis Christi, in Eucharistia |
e purificação das almas na Eucaristia, salvai-nos. | potus et lavacrum animarum, salva nos. |
Sangue de Cristo, manancial de misericórdia, salvai-nos. | Sanguis Christi, flumen misericordiae, salva nos. |
Sangue de Cristo, vencedor dos demónios, salvai-nos. | Sanguis Christi, victor daemonum, salva nos. |
Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos. | Sanguis Christi, fortitudo martyrum, salva nos. |
Sangue de Cristo, força dos confessores, salvai-nos. | Sanguis Christi, virtus confessorum, salva nos. |
Sangue de Cristo, fonte de virgindade, salvai-nos. | Sanguis Christi, germinans virgines, salva nos. |
Sangue de Cristo, conforto dos que estão em perigo, salvai-nos. | Sanguis Christi, robur periclitantium, salva nos. |
Sangue de Cristo, alívio dos que sofrem, salvai-nos. | Sanguis Christi, levamen laborantium, salva nos. |
Sangue de Cristo, consolo das nossas lágrimas, salvai-nos. | Sanguis Christi, in fletu solatium, salva nos. |
Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos. | Sanguis Christi, spes poenitentium, salva nos. |
Sangue de Cristo, consolação dos agonizantes, salvai-nos. | Sanguis Christi, solamen morientium, salva nos. |
Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos. | Sanguis Christi, pax et dulcedo cordium, salva nos. |
Sangue de Cristo, penhor de vida eterna, salvai-nos. | Sanguis Christi, pignus vitae aeternae, salva nos. |
Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos. | Sanguis Christi, animas liberans de lacu Purgatorii, salva nos. |
Sangue de Cristo, digníssimo de toda a honra e glória, salvai-nos. | Sanguis Christi, omni gloria et honore dignissimus, salva nos. |
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor. | Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, parce nobis, Domine. |
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor. | Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, exaudi nos, Domine. |
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. | Agnus Dei, qui tollis peccata mundi, miserere nobis, Domine. |
R.: Remiste-nos, Senhor, com o vosso Sangue. | V. redimisti nos, Domine, in sanguine tuo. |
V.: E fizestes de nós um reino para o nosso Deus. | R. Et fecisti nos Deo nostro regnum. |
Oremos: | Oremus: |
Deus Todo-Poderoso e Eterno, | Omnipotens sempiterne Deus, |
que constituístes o Vosso Filho Unigénito Filho Redentor do mundo, | qui unigenitum Filium tuum mundi Redemptorem constituisti, |
e quisestes ser aplacado com o seu Sangue, | ac eius sanguine placari voluisti, |
concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação, | concede, quaesumus, salutis nostrae pretium ita venerari, |
e de encontrar, na virtude que Ele contém, | atque a praesentis vitae malis eius virtute defendi in terris, |
defesa contra os males da vida presente, | ut fructu perpetuo laetemur in caelis. |
de tal modo que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. | Per eundem Christum Dominum nostrum. Amen. |
Pelo mesmo Cristo, Senhor nosso. Ámen. |
quarta-feira, 30 de junho de 2021
Ladainha do Preciosíssimo Sangue de Jesus
França: por cada sacerdote ordenado morrem 12
As estatísticas que chegam de França não são animadoras: por cada sacerdote que é ordenado morreram 12 sacerdotes. Um ratio que dificilmente melhorará nos próximos anos visto que a idade média dos sacerdotes franceses é de 75 anos.
Isto implica, obviamente, que o número de sacerdotes vai baixar (ainda mais) drasticamente nos próximos anos. Por causa disso, a maioria dos fiéis católicos verá as suas paróquias fechadas e terá de se deslocar bem mais longe para poder ouvir Missa ao Domingo.
Estes tristes números reflectem o tremendo falhanço que foi o abandono da liturgia romana, como sempre tinha sido celebrada, e da doutrina católica. O renascimento da Igreja em França (e na Europa) apenas poderá acontecer quando ambas forem resgatadas.
João Silveira
terça-feira, 29 de junho de 2021
Papa Bento XVI comemora 68 anos de sacerdócio
Solenidade de São Pedro e São Paulo. Foi a 29 de Junho de 1951, na Catedral de Freising, que o jovem Joseph Ratzinger viria a ser ordenado sacerdote pelo Cardeal de Munique, Mons. Michael Faulhaber. Na sua autobiografia, o então Cardeal Ratzinger disse que esse foi o momento mais importante da sua vida. Juntamente com Joseph, de 24 anos, foi também ordenado nesse dia o seu irmão Georg, de 27.
segunda-feira, 28 de junho de 2021
São Pedro e São Paulo continuam a interceder por nós
Pedro e Paulo não cessam de ouvir as preces dos seus devotos. O tempo não diminuiu os seus poderes, e, mais no Céu do que outrora na Terra, a grandeza dos interesses gerais da Igreja não os absorve a ponto de negligenciarem o menor dos habitantes dessa gloriosa cidade de Deus, da qual foram e permanecem Príncipes.
Um dos triunfos do inferno nesta nossa época foi o de ter adormecido, nesse ponto, a fé dos justos. É preciso insistir para terminar esse sono funesto, que nos levará ao esquecimento de que o Senhor quis confiar a homens o cuidado de continuar a Sua obra e representá-lo visivelmente na Terra.
Santo Ambrósio exalta a acção apostólica sem cessar eficaz e viva da Igreja, exprime com delicadeza e profundidade o papel de Pedro e Paulo na rectificação dos eleitos. A Igreja, diz ele, é um navio onde Pedro deve pescar, e nessa pesca ele recebe ordens de usar ora a rede, ora o anzol. Grande mistério porque essa pesca é espiritual. A rede protege, o anzol fere, mas a rede é multidão, o anzol o peixe solitário.
O bom peixe não repele o anzol de Pedro; ele não mata, mas consagra. Preciosa ferida a sua, que no sangue faz encontrar a moeda necessária ao pagamento do tributo do apóstolo e mestre. Então, não te subestimes porque teu corpo é fraco; tens na tua boca o que pagar por Cristo, e pela sua Igreja, e por Pedro.
Porque um tesouro está em nós: o Verbo de Deus. A confissão de Jesus põe-no em nossos lábios. É por isto que Ele diz a Simão: Vai ao mar alto, isto é, ao coração do homem, porque o coração do homem, nos seus recônditos, é como as águas profundas. Vai ao mar alto, isto é, a Cristo, porque Cristo é o reservatório profundo das águas vivas no qual estão os tesouros da sabedoria e da ciência.
Todos os dias Pedro continua a pescar. Todos os dias o Senhor lhe diz: vai ao mar alto. Mas parece-me ouvir Pedro: Mestre, trabalhamos toda a noite, sem nada conseguir. Pedro sofre em nós quando a nossa devoção é custa. Paulo está também em luta. Vós o ouvistes hoje dizendo: Quem está doente sem que eu também esteja doente? Fazei de forma tal que os apóstolos não tenham que sofrer por vossa causa.
Dom Prosper Guéranger in 'Année Liturgique'
Santo Ireneu resume a Fé Católica e a importância da unidade na Igreja
A Igreja disseminada por todo o mundo, até aos confins da Terra, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a Fé num só Deus, Pai Todo-Poderoso, que “fez o Céu, a Terra, o mar e tudo quanto contém” (Ex 20, 11; Act 4, 24); num só Cristo Jesus, Filho de Deus, que encarnou pela nossa salvação; e no Espírito Santo que, através dos profetas, anunciou os desígnios de Deus e a vinda do bem-amado Jesus Cristo nosso Senhor, o seu nascimento da Virgem, a sua Paixão, a sua ressurreição de entre os mortos, a sua ascensão em corpo e alma aos céus, na glória do Pai, para “sujeitar todas as coisas “ (Ef 1, 22) e ressuscitar a carne de todo o género humano – a fim de que, diante de Cristo Nosso Senhor, nosso Deus, nosso Salvador e nosso Rei, segundo os desígnios do Pai invisível, “todo o joelho se dobre nos Céus, na Terra e nos infernos, e toda a língua O confesse” (Fil 2, 10-11) e de que Ele julgue com justiça todas as criaturas.
Esta pregação que a Igreja recebeu, esta Fé, é guardada com cuidado, como se a Igreja habitasse uma só casa; embora disseminada por todo o mundo, acredita em tudo isto de forma idêntica em toda a parte, como se tivesse “um só coração e uma só alma” (Act 4, 32); prega, ensina e transmite esta mensagem com voz humana, como se tivesse uma só boca. As línguas que se falam no mundo são diversas, mas a força da tradição é uma e a mesma. As Igrejas estabelecidas na Germânia não crêem nem ensinam coisas diferentes das dos Iberos ou dos Celtas, ou das do Oriente, do Egipto ou da Líbia, nem das que foram fundadas no centro do mundo [a Terra Santa].
Assim como o Sol, criatura de Deus, é único e o mesmo em todo o mundo, assim a pregação da verdade brilha em toda a parte, iluminando todos os homens que querem “conhecer a verdade” (1 Tim 2, 4).
Santo Ireneu de Lião in 'Adversus haereses' (Contra as heresias), I, 10, 1-2
domingo, 27 de junho de 2021
Ordenações Sacerdotais na FSSP
sábado, 26 de junho de 2021
A Santa Missa é um verdadeiro sacrifício

O augusto sacrifício do altar não é, pois, uma pura e simples comemoração da paixão e morte de Jesus Cristo, mas é um verdadeiro e próprio sacrifício, no qual, imolando-se incruentamente, o sumo Sacerdote faz aquilo que fez uma vez sobre a cruz, oferecendo-se todo ao Pai, vítima agradabilíssima.
"Uma... e idêntica é a vítima: aquele mesmo, que agora oferece pelo ministério dos sacerdotes, se ofereceu então sobre a cruz; é diferente apenas, o modo de fazer a oferta" (Conc. Trid., Sess. XXII. c, 2).
Papa Pio XII in Carta Encíclia 'Mediator Dei', n.61
Conselhos úteis dos primeiros cristãos
Meu filho, foge de todo o mal ou daquilo que se assemelha ao mal. Não sejas irascível: a cólera leva ao crime. Não sejas ciumento, conflituoso nem violento: essas paixões originam mortes. Meu filho, não sejas sensual: a sensualidade é o caminho para o adultério. Não uses de linguagem licenciosa, nem tenhas um olhar atrevido: também isso engendra adultério.
Resguarda-te dos encantamentos, da astrologia, das purificações mágicas; recusa-te a vê-las e a ouvi-las: isso seria perderes-te na idolatria. Meu filho, não sejas mentiroso, porque a mentira conduz ao roubo. Não te deixes seduzir pelo dinheiro nem pela vaidade, que também incitam a roubar. Meu filho, não murmures contra os outros: tornar-te-ás blasfemo. Não sejas insolente nem malévolo, pois isso também conduz à blasfémia.
Usa de mansidão: «Felizes os mansos, porque possuirão a terra» (Mt 5,5). Sê paciente, misericordioso, sem malícia, cheio de paz e bondade. Respeita sempre as palavras que ouviste do Senhor (Is 66,2). Não te engrandeças a ti próprio, não abandones o teu coração ao orgulho. Não te alies aos soberbos, mas frequenta os justos e os humildes. Recebe os acontecimentos da vida como dons, sabendo que é Deus quem dispõe sobre todas as coisas.
in Didaké §3 (catequese cristã do primeiro século)
sexta-feira, 25 de junho de 2021
quinta-feira, 24 de junho de 2021
A manhã de São João
Manhaninha de S. João
Pela manhã de alvorada
Jesus Cristo se passeia
Ao redor da fonte clara.
Por Sua boca dizia,
Por Sua boca falava:
Esta água fica benta
E a fonte fica sagrada.
Ouviu a filha d’el-rei
D’altas torres donde estava.
Vestiu suas meias de seda,
Calçou sapatos de prata,
Pegou em cântaro d’oiro,
À fonte foi buscar água.
Lá no meio do caminho
Com a Virgem se encontrava.
Atreveu-se e perguntou-lhe
Se havia de ser casada.
Casadinha haveis de ser
Muito bem afortunada,
Três filhos haveis de ter
Todos de capa e espada.
Um será Bispo em Roma,
E outro Cardeal em Braga,
O mais novo deles todos,
Servo da Virgem Sagrada.
Ditosa da donzelinha
Que à fonte foi buscar água!
Poema popular tradicional
Dia de S. João Baptista, o santo da penitência
Fazem penitências corporais diárias? Deviam ter cuidado. Ou é uma grande ajuda para a santidade ou então torna-se uma estrada para o orgulho e fariseísmo.
![]() |
S. João Baptista |
Um aviso de São Jerónimo
S. Jerónimo, ao escrever para uma mulher chamada Celantia sobre a questão das penitências corporais, faz um aviso cuidadoso:
Está atenta quando começares a mortificar o teu corpo através da abstinência e do jejum, para que não te comeces a imaginar perfeita e uma santa; porque a perfeição não consiste nesta virtude. É apenas uma ajuda; uma disposição; um meio, ainda que dos bons, para chegar à verdadeira perfeição.
A Igreja Católica, claro, incita-nos à prática da penitência corporal. Manter longe do nosso corpo aquilo que ele quer. Como São Jerónimo nos lembra, é apenas um meio para alcançar um fim. Os jejuns e as penitências não são nunca um fim em si mesmos.
Penitências Corporais Diárias: o bom e o mau
Tudo o que está acima serve como aviso. No entanto, devemos também reconhecer um número de factores para aqueles de nós que vivemos nas culturas ocidentais:
- Vivemos na era mais materialista da humanidade (disponibilidade de TV, DVDs, iPads, smartphones, carros, sexo)
- Vivemos na maior idade do marketing (anúncios na televisão, placares, centros comerciais, publicidades nos jornais, banners na internet)
- Vivemos na cultura mais luxuosa (confortável) da história humana (não transpiramos, não caminhamos, não caçamos a comida, não colhemos os vegetais, não moemos os cereais, não lavamos a roupa à mão)
Penso que todos concordamos que este ambiente cada vez mais materialista tem um efeito negativo sobre nós. Muito do nosso fascínio com a "reality TV", a sensação de não ser livre e as manias de sobrevivencialismo está relacionado com a nossa intuição interior de que algo mudou na sociedade... e de que algo mudou dentro das nossas almas.
Lá dentro, sabemos que os que fazem "trabalhos pesados" e as pessoas como os "agricultores" são quase naturamente virtuosas devido aos seus trabalhos. Eu apercebi-me disto uma vez na confissão.
Uma epifania de penitência um dia na confissão
Enquanto estava ajoelhado na confissão, um sacerdote examinou a minha constelação de pecados confessados e depois disse, “Meu filho, precisas de temperança e fortaleza. Posso recomendar uma penitência diária?”
Em primeiro lugar fiquei chocado. Na minha cabeça pensei, “Hmm, não me pode dar só 5 Ave Marias para que eu possa ir almoçar?” mas lá bem dentro da minha alma eu percebi que isto era uma coisa que eu precisava. Ele então explicou e recomendou algumas penitências corporais diárias. Exercícios para pôr a minha alma flácida em forma. É como fazer flexões ou correr pela alma. Nos velhos tempos chamavam-lhe “teologia ascética” que vem da palavra grega askesis, que significa “treino atlético.”
Exemplos de Penitências Diárias
Aqui estão então alguns exemplos de penitências corporais diárias:
- saltar uma refeição todas as Sextas
- não comer carne às Sextas
- não comer snacks
- não usar sal, pimenta, molho ou manteiga quando querem usar
- não pedir a vossa escolha #1 no menu mas a #2, quando vão a um restaurante
É claro que as penitências corporais devem ser secretas e devemos fazer um movimento da mente para oferecer este pequeno sacrifício à Glória de Deus em acção de graças. Devemos fomentar uma atitude de alegria. Caso contrário é apenas fariseísmo.
Existem algumas penitências corporais diárias que devem ser esclarecidas com um director espiritual.
- pequena pedra no sapato
- pôr a água do choveiro no frio antes de sair de lá
- dormir no chão
- acordar a meio da noite para uma oração de vigília
Mais uma vez, não façam isto sozinhos. O diabo vai frustrar-vos. Precisam de um director espiritual. Nunca iriam começar a tomar medicamentos fortes sem a vigilância de um médico experiente. O mesmo se passa para grandes penitências, que podem afectar-vos com profundidade tanto emocionalmente como fisicamente.
Taylor Marshall
quarta-feira, 23 de junho de 2021
João nasce quando os dias começam a diminuir e Jesus quando começam a aumentar
O nascimento de João e o de Jesus, e depois a Paixão de cada um, marcaram a diferença entre eles. Com efeito, João nasce quando o dia começa a diminuir; Cristo, quando o dia começa a crescer. A diminuição do dia no caso do primeiro é um símbolo da sua morte violenta; o crescimento do dia no caso do segundo é um símbolo da exaltação da cruz.
O Senhor revela também um sentido secreto desta palavra de João acerca de Jesus Cristo: «É necessário que Ele cresça e eu diminua.» Toda a justiça humana se consumara em João, acerca de quem dizia a Verdade: «Entre os filhos das mulheres, não surgiu nenhum maior do que João Baptista» (Mt 11,11). Nenhum homem teria, pois, podido ultrapassá-lo; mas ele era apenas um homem. Ora, na graça cristã, pede-se-nos que não nos glorifiquemos no homem, «mas se alguém se glorifica que se glorifique no Senhor» (2Cor 10,17): o homem no seu Deus; o servo no seu senhor.
É por este motivo que João exclama: «É necessário que Ele cresça e eu diminua.» Claro que Deus não diminuiu nem aumentou em Si mesmo, mas nos homens; pois à medida que progride o verdadeiro fervor, a graça divina cresce e o poder humano diminui, até que chegue à sua conclusão o reino de Deus, que está em todos os membros de Cristo, e no qual toda a tirania, toda a autoridade, todo o poder estão mortos, e Deus é tudo em todos (Col 3,11).
João, o evangelista, diz: «Ele era a verdadeira luz, que ilumina todo o homem vindo a este mundo» (1,9); por seu lado, João Baptista declara: «Nós recebemos tudo da sua plenitude» (Jo 1,16). Quando a luz, que é em si própria sempre total, cresce em quem por ela é iluminado, esse diminui em si mesmo, à medida que se vai abolindo nele o que estava sem Deus. É que o homem sem Deus nada pode, a não ser pecar, e o seu poder humano diminui quando triunfa a graça divina, destruidora do pecado.
A fraqueza da criatura cede ao poder do Criador e a vaidade dos nossos afectos egoístas dissolve-se diante do amor universal, enquanto João Baptista nos grita, do fundo da nossa angústia, a misericórdia de Jesus Cristo: «É necessário que Ele cresça e eu diminua.»
Santo Agostinho in Sermão para o nascimento de João Baptista
terça-feira, 22 de junho de 2021
A galáxia Summorum Pontificum prepara-se para a resistência
As disposições do motu proprio Summorum Pontificum foram diposições de paz. Totalmente atípico sob o ponto de vista da legislação litúrgica, o Summorum Pontificum veio responder eficazmente a uma situação ela própria atípica: organizou o modus vivendi entre a liturgia antiga e a liturgia nova, reconhecendo um direito ao ritus antiquior a todo o sacerdote de rito latino, ao mesmo tempo que organizou as condições de exercício para que ele pudesse ser posto em prática em público. Deste modo, pretendia vir pacificar liturgicamente uma Igreja que cada vez mais se via precipitar numa crise.
Mas eis que este direito, assim finalmente reconhecido, aparece como algo de insuportável para os homens do poder, desde 2013. Entre eles, está agora prestes a levar a melhor a tese de que este texto deveria ser, senão ab-rogado, pelo menos diluído, para enfim perder o essencial do seu significado e eficácia. Para eles, a missa de antes do Concílio Vaticano II não mais pode gozar do que de uma mera tolerância devidamente enquadrada.
O seu quadro mental, faz com que eles assumam com ligeireza (“d'un coeur léger”, para evocar a expressão de Émile Olivier, lançando a França na guerra de 1870, com as consequências que se conhecem) a responsabilidade do reacender das hostilidades litúrgicas. Por causa deles, corremos o sério risco de regressar a uma situação parecida com a dos anos do pós-Concílio, mas em condições ainda piores para a instituição eclesial.
Celebrar a Missa Tridentina: um direito adquirido
É preciso ter bem presente que foi sob a pressão de uma contestação impossível de ser sufocada, que o legislador romano, através de várias etapas (em 1984 com Quattuor abhinc annos, em 1988 com Ecclesia Dei e em 2007 com Summorum Pontificum), chegou enfim a interpretar a aplicação do Missal de 1969 como não obrigatória.
Aconteceu de facto que em França, mas também um pouco por todo o mundo, os párocos de aldeia haviam continuado imperturbavelmente a celebrar a missa tridentina. Contemporaneamente, organizaram-se em muitos locais capelas “selvagens”, e as sanções que então certos bispos decidiram aplicar não fizeram senão desencadear a propagação destas celebrações. Estas adquiriram ainda maior consitência quando os jovens sacerdotes formados e ordenados por Mons. Lefebvre iniciaram a exercer o seu ministério sacerdotal, ora em casas independentes fundadas para esse fim, ora em locais adaptados para o culto, amiúde de modo até muito sumário, tanto nas cidades como no campo.
A suspensão a divinis de Mons. Lefebvre, em 1976, acabou aliás por dar à sua iniciativa uma enorme notoriedade. A este acontecimento seguiu-se um outro: a tranquila ocupação da igreja de Saint-Nicolas-du-Chardonnet, em Paris, por Mons. Ducaud-Bourget e pelos seus fiéis, que um domingo aí entraram, e aí estão até hoje. De modo semelhante, 10 anos mais tarde, em 1986, perto de Versalhes, os paroquianos da missa tradicional de Saint-Louis du Port-Marly, que haviam sido expulsos da sua igreja, tendo em seguida sido emparedadas as portas da mesma, muito simplesmente trataram de as arrombar para de novo aí se instalarem. Nunca mais de lá saíram...
Uma sondagem histórica, realizada por IFOP em 1976 e publicada pelo Le Progrès, um jornal diário de Lyon, mostrava que 48% dos católicos praticantes regulares consideravam que a Igreja havia ido longe demais nas reformas, e que 35% eram favoráveis à missa em latim. As sondagens que se seguiram, realizadas em França e em todo o mundo por Paix Liturgique até aos dias de hoje, põem em evidência uma fortíssima tendência: a procura da celebração da missa tradicional nas próprias paróquias por uma parte muito significativa, e por vezes maioritária, dos fiéis praticantes.
Em seguida, o clima psicológico favorável criado pelo motu proprio de Bento XVI, por um lado, e o crescimento contínuo dos institutos especializados na liturgia tradicional – Fraternidade São Pio X e os instituos Ecclesia Dei, fundados a partir de 1988 –, por outro, fizeram com que o número de locais onde se celebra a missa tradicional não tenha parado de crescer em todo o mundo: entre 2007 e 2017, esse número duplicou.
Um autêntico paradoxo realçado pelos sociólogos de questões religiosas, como em França, Danièle Hervieu-Léger: o movimento tradicional opôs-se à corrente conciliar com um modo de fazer de aparência “moderna”, insurgindo-se contra a autoridade. A reacção tradicional tem certas marcas do que hoje se qualifica como “populismo”, contestando a legitimidade das “elites”, pelo facto de estas adoptarem posições inovadoras elaboradas pelo seu plano e pretensão “elitista”.
Seja outro paradoxo: o movimento tradicional baseia-se, desde a sua origem, na acção dos leigos (apoiando e mesmo “engendrando” sacerdotes, por meio dos institutos especializados) e recusa as propostas e determinações do Concíclio Vaticano II, que no entanto se suporia serem destinadas precisamente a “promover o laicado”.
Pode até acrescentar-se que tendo a Igreja de Roma deixado de ser tridentina após o Vaticano II, a corrente tridentina – apesar de, por essência, ser hierárquica – acabou por ser assumida e continuada pelo povo de base. Na verdade, teologicamente, e já não sociologicamente, pode dizer-se que se trata de uma espantosa e providencial manifestação do sensus fidelium, do instinto de fé dos fiéis, que com unhas e dentes defende por meio da expressão da lex orandi a doutrina do sacrifício eucarístico, da presença real, do sacerdócio hierárquico e, mais amplamente, da transcendência do mistério «Fazei isto em memória de Mim!».
Uma capacidade de resistência irreprimível
Perante o perigo que agora assoma, partindo da situação francesa, que por certo não é a da Igreja universal, mas que neste domínio é sempre fonte de óptimos indícios, podemos tentar avaliar as forças em presença.
A Igreja “oficial” nada tem hoje a ver com o sólido aparelho que era nas primeiras décadas do pós-Concílio. Está hoje exange do ponto de vista do número de sacerdotes e de religiosos. O número dos seus seminaristas e até o dos seus seminários também não cessa de diminuir. Os fiéis praticantes, sempre mais envelhecidos, estão também cada vez mais espaçados nas naves das igrejas, e nem precisam de “medidas sanitárias” para que isso aconteça. A par de tudo isso, vem logicamente uma situação financeira catastrófica em não poucas dioceses. Ao que se juntam as consequências da assim dita “crise sanitária”, que fez desaparecer cerca de 30% dos paroquianos que ainda restavam.
Os hábitos antigos, que levam tempo a mudar, fazem com que ainda se considere ser o catolicismo um componente essencial da sociedade. Mas a realidade está prestes a mostrar-se tal como é, nua e crua: ele já praticamente desapareceu da esfera pública.
Em contrapartida, o mundo tradicional representa uma “excepção” na Igrea, em especial do ponto de vista das vocações sacerdotais e religiosas, assemelhando-se ao que se passava antes de 1965. Muitos são os jovens que, nada tendo conhecido das querelas conciliares, hoje se voltam espontaneamente para esse mundo tradicional. As assembleias dominicais têm grande afluência e uma idade média baixa. Na galáxia tradicional, seja no que respeita à sua vida litúrgica como à sua “fecundidade” vocacional, tudo se passa como se o Concílio Vaticano II nunca tivesse existido. Um ensino da catequese como antigamente, bem estruturado, e a existência de uma importante rede escolar, asseguram uma sólida transmissão da fé, da prática e dos hábitos da vida cristã.
E mais ainda, as fronteiras deste universo são porosas em relação a um mundo “clássico” (Comunidade Saint-Martin, Emmanuel, etc.), cuja vitalidade se pode explicar em parte em virtude duma certa “diferença” em face da tendência oficial que, ficando embora aquém, no fundo se inspira na diferença mostrada pela resistência tradicional.
Claro está que o sucesso tem também o seu reverso: a renovação geracional está certamente assegurada, mas num mundo extremamente secularizado, isso não se consegue sem falhas; assim, em relação à situação forçosamente muito militante do pós-Concílio, o mundo tradicional pode hoje parecer por vezes mais instalado que outrora. E no entanto, é também verdade que acções e pressões apostadas em manter as situações já adquiridas e em obter um crescimento podem organizar-se sem maior dificuldade, e para isso, neste caso como noutros, as redes sociais são de grande auxílio para dar expressão a uma galáxia que “não se conforma”.
Salvas as diferenças, uma explosão de descontentamento do género “gillets jaunes” poderia muito bem acontecer a qualquer momento na Igreja. E com o trunfo de que, em âmbito católico, a doutrina e a prática se centram para o povo cristão na celebração da missa dominical. Ora, para que ela se celebre, basta um sacerdote que a diga, os fiéis assitem, e no final das contas, ninguém o poderá impedir. Foi o que aconteceu a partir de 1965, e sobretudo depois de 1969: as missas tridentinas continuaram a ser celebradas como se nada se tivesse passado. Chegaram ameaças, oposições, até mesmo perseguições, mas de nada valeram: os sacerdotes e os fiéis continuaram a «fazer o que a Igreja sempre tinha feito», como gostava de dizer Mons. Lefebvre.
Um facto recente e muito instrutivo foi este: porque os bispos franceses e doutros países fizeram insensatamente repercutir as “medidas sanitárias” governamentais sobre a Santa Comunhão, proibindo a comunhão na boca, houve um número de fiéis que abandonou as igrejas “ordinárias”, para poderem continuara a receber dignamente a Santa Eucaristia nas celebrações tradicionais. E é assim que agora, desde a “crise sanitária”, o número de assistentes das missas tradicionais aumentou consideravelmente na maior parte dos lugares!
É conhecida a famosa frase de São Jerónimo, quando afirmava que, no século IV, “o mundo inteiro geme estupefacto ao acordar ariano”, numa altura em que a hierarquia se havia passado largamente para o lado da heresia, enquanto numerosos fiéis permaneciam ligados à doutrina cristológica de Niceia. Não vimos já, e não vemos agora, uma situação semelhante que se repete nos dias de hoje?
Mas esta capacidade de resistência “no terreno”, de si irreprimível, não há-de excluir também certas manifestações e iniciativas poderosas e de grande efeito, que já começam a ser consideradas em vários lugares do mundo.
Carta 110 - Paix Liturgique em Português
Ameaças de Democratas pró-aborto e uma cobardia sinistra de há muitos anos
O presidente Biden e também Senadores Democratas pró-aborto iniciaram uma campanha de desafio, demoníaco, aos Bispos USA que se atrevessem a negar-lhes a Sagrada Comunhão.
As garras poderosas de Baal-Moloch fortalecido pela cobardia medrosa da Hierarquia, ao longe de tantos anos, constituem agora uma grave ameaça à Igreja que ali se encontra.
Ora isto só foi possível porque durante décadas, salvo raras excepções, o Episcopado Norte-Americano foi silencioso e mesmo conivente com a prática sacrílega de dar a Sagrada Comunhão Eucarística a todos aqueles que viviam em estado de pecado mortal público, designadamente aos que promoviam o aborto provocado, mesmo legislativamente.
O escândalo não podia ser maior, e, no entanto, parece que somente agora é que está a provocar uma reacção adequada e católica do Episcopado US. Se este Episcopado tiver a Fortaleza, a Coragem, a exigência de Justiça e a Caridade que lhe compete, será muito provável que venha a sofrer severas retaliações do poder político, retaliações essas que afectarão todas as realidades eclesiais naquele país.
Mas como sabemos as perseguições injustas, que aliás já existem, são fruto da conformidade com Cristo e com o Seu Evangelho.
Padre Nuno Serras Pereira
segunda-feira, 21 de junho de 2021
São Luís Gonzaga, o santo da santa pureza
São Luís Gonzaga foi um santo jesuíta que morreu aos 23 anos, com a mesma doença dos que ele caridosamente ajudava. Provinha duma das famílias mais nobres do Sacro Império Romano, mas deixou tudo para se entregar totalmente a Deus e ao serviço dos mais necessitados.
O seu confessor, Padre Fernando Paterno, testemunhou que nunca lhe encontrou um único pecado mortal. O segredo da sua pureza era a sua intensa vida de oração e as penitências que fazia por amor a Deus.
Vale a pena rezar esta oração a S. Luís para pedir a santa pureza:
Ó Luiz Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo.
Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e à sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado.
Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afectos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na Terra, mereça gozar a Deus convosco lá no Céu. Ámen.
Rota de São Nuno: campo de férias para rapazes dos 11 aos 21 anos
A Rota de São Nuno é um campo de férias itinerante para rapazes, organizado pelos seminaristas portugueses, da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP).
O campo consiste numa caminhada de 7 dias, em Portugal, de mochila às costas e a dormir em tendas. Durante estes dias tentamos assegurar a formação espiritual através da Missa diária segundo a liturgia tradicional, catequeses, testemunhos, oração e etc. Sem esquecer a actividade física e cultural.
Sempre sob a protecção de Nossa Senhora e de São Nuno de Santa Maria, Cristo há de reinar nos corações da juventude portuguesa!
Inscrições: rotasaonuno@gmail.com
domingo, 20 de junho de 2021
Oração para pedir o bom humor
Concede-me um corpo saudável, e o bom humor necessário para o manter.
Concede-me uma alma simples que saiba valorizar o que é bom,
que não se amedronte diante do mal,
e que encontre os meios para voltar a colocar as coisas no seu lugar.
Dá-me uma alma que não conheça o aborrecimento,
nem as murmurações,
nem os suspiros,
nem os lamentos,
nem preocupações excessivas com esse obstáculo chamado "eu".
Concede-me, Senhor, o dom do sentido de humor.
Permite-me a graça de aproveitar o riso
para que saboreie nesta vida um pouco de alegria,
e possa partilhá-la com os outros.
Ámen.
S. Tomás Moro
Original em inglês:
Grant me, O Lord, good digestion, and also something to digest.
Grant me a healthy body, and the necessary good humor to maintain it.
Grant me a simple soul that knows to treasure all that is good
and that doesn’t frighten easily at the sight of evil,
but rather finds the means to put things back in their place.
Give me a soul that knows not boredom,
grumblings,
sighs,
and laments,
nor excess of stress because of that obstructing thing called “I.”
Grant me, O Lord, a sense of good humor.
Allow me the grace to be able to take a joke to discover in life a bit of joy,
and to be able to share it with others.
Amen.
S. Thomas More
Subscrever:
Mensagens (Atom)