sábado, 25 de março de 2023

A importância Universal do dia 25 de Março

O dia da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora - 25 de Março - é uma das festas mais antigas na Igreja. Segundo a Tradição, este dia 25 terá sido também o dia em que Jesus foi crucificado e morreu na Cruz: a Sexta-Feira Santa original. Por isso é o dia de São Dimas, o bom ladrão, a quem Jesus prometeu o Paraíso quando estavam na cruz. É ainda apontado como o dia da Criação do Mundo.

Em Florença, o próprio ano civil só mudava neste dia (e.g. 24/Mar/2021, 25/Mar/2022). Em Inglaterra, mesmo já sendo dominada pelos protestantes, era conhecido como "Lady Day". Foi este o dia escolhido por Tolkien, na sua obra "O Senhor dos Anéis", para a destruição do Anel e a consequente derrota de Sauron, que simboliza a derrota do mal.

Ave, Maria, gratia plena; Dominus tecum: benedicta tu in mulieribus.


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In Annuntiatione Beate Mariæ Virgine

Hoje a Igreja comemora o dia da Anunciação do Anjo a Nossa Senhora. Esse episódio marcante para toda a Humanidade é descrito numa das mais bonitas passagens da Sagrada Escritura:

Ao sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem chamado José, da casa de David; e o nome da virgem era Maria. Ao entrar em casa dela, o anjo disse-lhe: «Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo

Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo. O Senhor Deus vai dar-lhe o trono de seu pai David, reinará eternamente sobre a casa de Jacob e o seu reinado não terá fim

Maria disse ao anjo: «Como será isso, se eu não conheço homem?»

O anjo respondeu-lhe: «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus. Também a tua parente Isabel concebeu um filho na sua velhice e já está no sexto mês, ela, a quem chamavam estéril, porque nada é impossível a Deus

Maria disse, então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.» E o anjo retirou-se de junto dela.

São Lucas 1, 26-38


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sexta-feira, 24 de março de 2023

Cristã arménia canta 'Kyrie eleison' numa igreja destruída

Nelly Gasparyan é uma cristã arménia que foi filmada na Igreja da Santa Cruz, na ilha de Akdamar (Turquia), enquanto cantava o Kyrie eleison em arménio.


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Dia de São Gabriel Arcanjo

Este dia antes do dia da Anunciação é tradicionalmente dedicado ao Arcanjo que cumpriu essa importante tarefa: São Gabriel. Gabriel significa 'Deus é forte'. Esse Arcanjo anuncia o nascimento de João Baptista, ao seu pai Zacarias, e de Jesus, a Nossa Senhora e, depois, a São José.

É ele que, pela primeira vez, profere as palavras que todas as gerações hão-de repetir para saudar e louvar Nossa Senhora: "Avé, cheia de graça. O Senhor é convosco".


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A nenhum cristão é permitido odiar seja quem for

A nenhum cristão é permitido odiar seja quem for, porque ninguém é salvo senão graças ao perdão dos pecados. Que o povo de Deus seja, pois, santo e bom: santo, para se afastar daquilo que é proibido, bom para realizar aquilo que é mandado. Grande coisa é ter uma fé reta e uma doutrina santa; é louvável reprimir a gula, ter uma doçura e uma castidade irrepreensíveis; mas estas virtudes nada são sem a caridade

Meus queridos, todos os tempos convêm para se realizar o bem da caridade, mas a quaresma convida-nos especialmente a fazê-lo. Aqueles que desejam acolher a Páscoa do Senhor com santidade de espírito e de corpo devem esforçar-se, antes de mais, por adquirir esse dom que contém a essência das virtudes e que «cobre a multidão dos pecados» (1Ped 4,8). 

Assim pois, agora que nos preparamos para celebrar o mistério que ultrapassa todos os outros, aquele pelo qual o sangue de Cristo apagou as nossas culpas, preparemos antes de mais os sacrifícios da misericórdia. Concedamos àqueles que pecaram contra nós o que a bondade de Deus nos concedeu a nós. Esqueçamos as injustiças, deixemos as culpas sem castigo, e que nenhum daqueles que nos ofenderam receie ser pago da mesma moeda.

Todos sabemos que somos pecadores; ora, a fim de recebermos o perdão pelos nossos pecados, deve alegrar-nos o facto de termos a quem perdoar. Deste modo, quando dissermos, seguindo o ensinamento do Senhor: «Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido» (Mt 6,11), podemos estar seguros de obter a misericórdia de Deus.

São Leão Magno in 10.ª Homilia para a Quaresma 


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quinta-feira, 23 de março de 2023

Ajoelhar: uma coisa do passado?

“É notório que ajoelhar-se é um acto estranho para a cultura moderna – enquanto cultura que se afastou da Fé, e já não conhece Aquele diante do qual o estar de joelhos é a postura devida e necessária.
 
Quem aprende a crer aprende também a ajoelhar-se. Uma Fé ou uma Liturgia que já não conhece o ajoelhar-se tem o seu núcleo (o seu coração) doente. Nos lugares onde se perdeu, o acto de ajoelhar deve ser recuperado.”

Cardeal Ratzinger (Papa Bento XVI), in Introdução ao Espírito da Liturgia


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Confissão: faça chuva ou faça sol




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quarta-feira, 22 de março de 2023

"Limpa a minha Igreja"

Padre Joseph Kramer FSSP, Reitor da igreja de São Simão pequeno (Veneza, Itália), limpa a entrada da sua igreja.

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terça-feira, 21 de março de 2023

A Europa civilizada e evangelizada pelos filhos de São Bento

À marcha das legiões romanas, que rolavam pelas vias consulares a fim de subjugarem ao império de Roma os povos distantes, sucedeu, com efeito, o exército pacífico dos monges, desprovidos de forças materiais, mas armados do poder que vem de Deus (2Cor 10, 4), enviados pelo sumos pontífice a dilatar o reinado de Jesus Cristo até aos confins da terra, não com a espada e o pavor do saque e da carnificina, mas com a cruz e o arado, com o amor e a verdade.

Onde quer que chegasse este exército inerme de agricultores, de artistas, de teólogos, de sábios, de pregoeiros do Evangelho, marcava bem fundo o rastro das suas pisadas, em oficinas que se erguiam, alegres de arte e de trabalho, em relhas que se multiplicavam, desabrochando o seio das florestas na promessa verde dos campos, em novos grupos de povos civilizados, arrancados aos costumes da selva pelo exemplo e pregação dos monges. 

Apóstolos sem-conta calcorrearam, transbordantes de caridade divina, as regiões turbulentas e ignoradas da Europa, regando-as, generosamente, de suor e de sangue, levando às populações pacíficas a luz das verdades e da moral cristã.

Com efeito, desde a Inglaterra, a França, a Holanda, a Alemanha, a Dinamarca, a Frísia, a Escandinávia, até a Hungria, nenhum povo há que se não orgulhe do apostolado dos monges, os não considere como glória nacional e ilustres iniciadores da sua cultura.

Papa Pio XII in Encíclica Fulgens radiatur (1947 )


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Dia de São Bento

Hoje é dia de São Bento, um homem que salvou e renovou a Europa liderando um grupo de homens que ficaram a vida inteira fechados numa cela. Gente ali fechada sem sair à rua, onde é que isto já se viu? O lema da Ordem Beneditina é 'Ora et Labora', que é como quem diz: reza e trabalha porque a vida não está fácil.

A Regra de São Bento tem verdadeiras preciosidades que influenciaram bastante a civilização ocidental. Uma delas é a insistência na importância da humildade:

«O primeiro grau da humildade consiste em que, pondo sempre o monge diante dos olhos o temor de Deus, evite, absolutamente, qualquer esquecimento, e esteja, ao contrário, sempre lembrado de tudo o que Deus ordenou, revolva sempre, no espírito, não só que o inferno queima, por causa dos seus pecados, os que desprezam a Deus, mas também que a vida eterna está preparada para os que temem a Deus.

E, defendendo-se a todo tempo dos pecados e vícios, isto é, dos pecados do pensamento, da língua, das mãos, dos pés e da vontade própria, como também dos desejos da carne, considere-se o homem visto do Céu, a todo momento, por Deus, e as suas acções vistas em toda parte pelo olhar da divindade e anunciadas a todo instante pelos Anjos.»


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segunda-feira, 20 de março de 2023

Glorioso Patriarca São José




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A vida de São José

São José é descendente da casa real de David. É o esposo da Virgem Maria e pai adoptivo de Jesus Cristo. Nos Evangelhos, aparece durante a infância de Jesus. Pode-se ver as citações no Evangelho de São Mateus, capítulos 1 e 2, e em São Lucas, capítulos 1 e 2. Na Bíblia, São José é apresentado como um homem justo. 

São José na História da Salvação

São José estava noivo de Maria e, ao saber que ela estava grávida, decidiu abandoná-la, pois o filho não era dele. Ele pensa em abandoná-la em segredo para que ela não fosse punida com a morte por apedrejamento

Mas ele teve um sonho com um Anjo que lhe disse que Maria ficou grávida pela acção do Espírito Santo, e que o menino que iria nascer era Filho de Deus. Depois disso, São José aceitou Maria como esposa. Perto do tempo previsto do nascimento de Jesus, devido a um decreto romano, foram para Belém fazer o recenseamento. Lá, Nossa Senhora deu à luz ao Menino Jesus e José estava presente no nascimento.

O Anjo aviso novamente José em sonhos: disse-lhe que Herodes queria matar o Menino Jesus e mandou-o que fugisse com Menino e sua Mãe para o Egipto José obedeceu. A sagrada família foi para o Egipto e viveu lá durante 4 anos. Após este tempo, o Anjo avisou novamente José, em sonhos, dizendo que eles poderiam voltar para Nazaré porque Herodes tinha morrido. José obedeceu e levou a Sagrada Família para Nazaré.

Vida Simples

São José dedicou a sua vida aos cuidados de Jesus e Maria. Vivendo do trabalho das suas mãos, como carpinteiro, sustentou a sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava dignidade à família. São José consagrou o menino Jesus no Templo, assim que nasceu. Este acto só era praticado, naquela época, por judeus piedosos. 

São José levava a sua família regularmente às peregrinações do seu povo a Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa. Foi numa dessas peregrinações quando, na volta para Nazaré, o Menino Jesus ficou em Jerusalém em conversa com os doutores da lei. Jesus tinha então 12 anos. José e Maria, aflitos, voltaram ao Templo e encontram o Jesus em pleno com os doutores da lei. Jesus diz-lhes que “Tinha de cuidar das coisas do seu Pai”. Esta é a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras. Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar a sua vida pública. Caso contrário, certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como foi Maria.

Influência de José na formação da personalidade de Jesus

São José teve papel importantíssimo na formação da personalidade de Jesus enquanto pessoa humana. Claro que Jesus é o Filho de Deus, mas também é homem. E se analisarmos o comportamento de Jesus do ponto de vista humano, veremos que Jesus foi um menino e um homem que teve um pai presente, piedoso e influente. Um pai que ensinou ao filho o caminho da justiça, da verdade, do amor e do conhecimento da Palavra de Deus. Não é à toa que São José é chamado “Justo” desde os Evangelhos. Por isso, São José é um dos maiores santos de todos os tempos.

Devoção a São José

São José foi inserido no calendário litúrgico Romano em 1479. A sua festa é celebrada no dia 19 de Março. São Francisco de Assis e, mais tarde, Santa Teresa d’Ávila, foram grandes santos que  ajudaram a divulgar a devoção a São José. No ano de 1870, São José foi declarado oficialmente como o Patrono Universal da Igreja. O autor desta declaração foi o Papa Pio IX. No ano de 1889, o Papa Leão XIII, num dos seus grandes documentos, exaltou as virtudes de São José. O Papa Bento XV declarou São José como o patrono da justiça social. Para ressaltar a grande qualidade e poder de intercessão de São José como “trabalhador”, o Papa Pio XII instituiu uma segunda festa em homenagem a ele, a festa de "São José artesão", que acontece no dia 1 de Maio.

São José é invocado também como o padroeiro dos carpinteiros. Na arte cristã é representado tendo um lírio na mão, representando a vitória dos santos. Algumas vezes aparece também com o Menino Jesus: tanto nos braços como ensinando-Lhe a profissão de carpinteiro.

Revelações sobre o poder de intercessão de São José

São José é, sem dúvida, um dos santos mais importantes da Igreja. É invocado como o santo que intercede a Deus por todas as nossas necessidades. São José tem, diante de Deus, privilégios únicos. Esta é uma das revelações que foram dadas a Santa Águeda:“Por sua intercessão alcançamos a virtude da castidade e a vitória sobre as tentações contra pureza; alcançamos o poderoso auxílio da graça para sair do pecado e voltar à amizade com Deus; alcançamos a benevolência da Santíssima Virgem Maria e a verdadeira devoção a ela; alcançamos a graça de uma boa morte e a especial protecção contra o demónio nesta hora.” A Igreja afirma que os espíritos do mal estremecem quando ouvem o nome de São José ser invocado. Pela intercessão de São José, podemos alcançar a saúde e a ajuda nas dificuldades. Através dele, as famílias podem alcançar a bênção de uma vida digna.

Nossa Senhora também revelou a Santa Águeda: "Os homens ignoram os privilégios que o Senhor concedeu a São José, e quanto pode a sua intercessão junto de Deus. Apenas no dia do Juízo os homens conhecerão a sua excelsa santidade e chorarão amargamente por não terem aproveitado esse meio tão poderoso e eficaz para a salvação e alcançar as graças que se necessitavam".

Oração a São José

A vós, S. José, recorremos na nossa tribulação e, depois de ter implorado o auxílio da Vossa Santíssima Esposa, cheios de confiança solicitamos também o Vosso patrocínio. Por este laço sagrado de caridade que Vos uniu à Virgem Imaculada Mãe de Deus, e pelo amor paternal que tivestes ao Menino Jesus, ardentemente Vos suplicamos que lanceis um olhar benigno para a herança que Jesus Cristo conquistou com o seu Sangue, e nos socorrais em nossas necessidades com o Vosso auxílio e poder. 

Protegei, ó Guarda providente da Divina Família, a raça eleita de Jesus Cristo. Afastai para longe de nós, ó Pai amantíssimo, a peste do erro e do vício. Assisti-nos do alto do Céu, ó nosso fortíssimo sustentáculo, na luta contra o poder das trevas; e assim como outrora salvastes da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, assim também defendei agora a Santa Igreja de Deus contra as ciladas dos seus inimigos e contra toda a adversidade. Amparai a cada um de nós com o Vosso constante patrocínio a fim de que, a Vosso exemplo e sustentados por Vosso auxílio, possamos viver virtuosamente, morrer piedosamente e obter no Céu a eterna bem-aventurança. Amém.

in Cruz Terra Santa


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Ladainha a São José

Senhor, tende piedade de nósSenhor, tende piedade de nós.
Jesus Cristo, tende piedade de nós
Jesus Cristo, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós.


Jesus Cristo, ouvi-nosJesus Cristo, ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos
Jesus Cristo atendei-nos.

Pai do Céu que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo que sois Deus, tende piedade de nós.
Santíssima Trindade que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, rogai por nós.


S. José, rogai por nós.
Honra da família de David, rogai por nós.
Glória dos Patriarcas, rogai por nós.
Esposo da Mãe de Deus, rogai por nós.
Castíssimo guardião da Virgem, rogai por nós.
Amparo do Filho de Deus, rogai por nós.
Vigilante defensor de Cristo, rogai por nós.
Chefe da Sagrada Família, rogai por nós.
José justíssimo, rogai por nós.
José castíssimo, rogai por nós.
José prudentíssimo, rogai por nós.
José fortíssimo, rogai por nós.
José fidelíssimo, rogai por nós.
Espelho de paciência, rogai por nós.
Amante da pobreza, rogai por nós.
Modelo dos trabalhadores, rogai por nós.
Glória dos lares, rogai por nós.
Guardião das virgens, rogai por nós.
Sustentáculo das famílias, rogai por nós.
Consolo dos infelizes, rogai por nós.
Esperança dos enfermos, rogai por nós.
Advogado dos moribundos, rogai por nós.
Terror dos demónios, rogai por nós.
Protector da Santa Igreja, rogai por nós.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos Senhor!
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos Senhor!
Cordeiro de Deus que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós Senhor!

V/ Ele o constituiu Senhor da sua casa.
R/ E o fez príncipe de todos os seus bens. 

Oremos

Ó Deus, cuja inegável providência se dignou escolher o bem-aventurado S. José para esposo de Vossa Mãe Santíssima, fazei que venerando-o como protector na terra, mereçamos tê-lo como nosso intercessor no Céu. Vós que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo. Ámen.


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domingo, 19 de março de 2023

Domingo "Cor-De-Rosa"

Este 4º Domingo da Quaresma é o chamado "Domingo Laetare". Isto porque o intróito da Missa (as primeiras palavras que o sacerdote diz quando começa a ler o Missal) são: Lætare, Ierusalem (Alegra-te, Jerusalém). E é portanto um Domingo de Alegria, no meio da penitência Quaresmal. Isso explica que o roxo dê lugar ao cor-de-rosa, por ser uma côr mais "alegre" do que o roxo.













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Chesterton descreve a ignorância religiosa dos nossos dias



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sábado, 18 de março de 2023

O simbolismo das vestes litúrgicas

1. Muito cedo começaram a encontrar-se nas vestes sagradas significações simbólicas. Os primeiros vestígios remontam ao século VII. Originaram-se pouco a pouco quatro explicações simbólicas do vestuário litúrgico: nos séculos VIII - XII a explicação moral; no século XII a dogmática e alegórica; no século XIII a histórico-representativa.

2. Fala-se de explicação moral, quando se vê nas vestes simbolizadas as virtudes, que devem ornar o sacerdote e que são indicadas nas orações que acompanham o acto de vesti-las: o amito, a fortaleza; a alva, a limpeza da alma; o cordão, a castidade; o manípulo, a compunção e as lágrimas de penitência; a estola, a , a esperança e a humildade; a casula, a caridade.

3. A alegórica considera as vestes litúrgicas como armas do sacerdote: O amito simboliza o capacete; a alva, a couraça; o cordão, o arco e a flecha; a estola, a lança; o manípulo, a clava de combate; a casula, o escudo. (Cf. Eph. Lit. 1933, p. 368.)

4. A explicação histórica lembra as vestiduras de Nosso Senhor na Paixão: o amito, o véu com que velaram a santa face; a alva, o vestido branco de escárneo; o cordão, as cordas; o manípulo, o flagelo; a estola, o manto de púrpura ou a cruz; a casula, a cruz.

5. A explicação dogmática, a que menos se cultivou, considera os vários mistérios da vida e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo e suas relações com a Igreja. (Braun, Lit. Handl., p. 334.)

Pe. João Baptista Reus S.J. in Curso de Liturgia


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Estar na Missa é estar presente aos pés da Cruz

O Capelão Militar, Padre Kenny Lynch, celebra a Santa Missa em Hwachon (Coreia) para os homens do 31º Regimento de Infantaria, no dia 28 de Agosto de 1951.


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sexta-feira, 17 de março de 2023

São Patrício, Apóstolo da Irlanda

Apóstolo da Irlanda, levou o Evangelho àquela Nação que ha­via retomado o Paganismo. Con­verteu os chefes dos clãs, e, a par­tir deles, as suas famílias. Fundou mosteiros, e de tal modo intensificou o espírito católico na Irlanda que esta foi chamada "Ilha dos Santos".  

Os dados sobre a origem de Patrício foram tirados do seu livro autobiográfico "Confessio". Nele, Patrício diz ter nascido numa vila que pertencia ao seu pai, situada na Inglaterra ou Escócia, no ano 377. Era filho de Calpurnius, e neto de um padre e, apesar de ter nascido Cristão, só na adolescência passou a dedicar-se à Religião, e aos estudos.  

Aos 16 anos, foi raptado por piratas irlandeses e vendido como escravo. Levado para a Irlanda foi obrigado a executar duros trabalhos no meio de um povo rude e pagão. Por duas vezes Patrício tentou a fuga, até que na terceira vez conseguiu libertar-se. Embarcou para a Grã-Bretanha e depois para as Gálias (atual França), onde frequentou vários mosteiros e se preparou para a vida monástica e missionária.  

No princípio, acompanhou São Germano, do Mosteiro de Auxerre, numa missão apostólica na Grã-Bretanha. Mas o seu destino parecia mesmo ligado à Irlanda, até porque a sua alma piedosa desejava evangelizar aquela Nação pagã que o escravizara.  

Quando faleceu o Bispo Paládio, que fora o primeiro Bispo da Irlanda e responsável pela missão no País, o Papa Celestino I convocou Patrício para dar continuidade à missão. Foi consagrado bispo e viajou para a "Ilha Verde", no ano 432.  

A sua obra naquelas terras ficará eternamente gravada na História da Igreja Católica e da própria Humanidade, pois mudou o destino de todo um povo. Em quase três décadas, o bispo Patrício converteu praticamente todo o País. Não contava com apoio político e muito menos usou de violência contra os pagãos. Com isso, não houve repressão também contra os Cristãos. O próprio rei Leogário deu o exemplo maior, possibilitando a conversão de toda a sua corte.  

O trabalho desse fantástico e singelo bispo foi tão eficiente que o Catolicismo se enraizou na Irlanda, vendo nos anos seguintes florescer um grande número de Santos e evangelizadores missionários. O método de Patrício para conseguir tanta conversão foi a fundação de incontáveis mosteiros. Esse método foi imitado pela Igreja também na Inglaterra e na evangelização dos alemães do norte da Europa. 

Promovendo por toda parte a construção e povoação de mosteiros, o bispo Patrício fez da Ilha um centro de irradiação de Fé e cultura. Dali partiram centenas de monges missionários que peregrinaram por terras estrangeiras levando o Evangelho. Temos, como exemplo, a atuação dos célebres apóstolos Columbano, Galo, Willibrordo, Tarásio, Donato e tantos outros.

A obra de São Patrício interferiu tanto na cultura dos irlandeses que as lendas heroicas desse povo falam sempre de monges simples, com as suas aventuras, prodígios e graças, enquanto outras Nações têm como protagonistas seus reis e as suas façanhas bélicas.

Patrício morreu no dia 17 de Março de 461, na cidade de Down (atualmente Downpatrick). Até hoje, no dia da sua festa, os irlandeses fixam à roupa um trevo, cuja folha se divide em três, numa homenagem ao venerado São Patrício que o usava para exemplificar melhor o sentido do mistério da Santíssima Trindade"um só Deus em três pessoas". E não para "dar sorte" como os mundanos insistem em propagar!  O santo costuma ser representado segurando um trevo.

A data de 17 de Março marca há séculos a festa de São Patrícioa glória da Irlanda. Os irlandeses sempre sentiram um enorme orgulho na sua Pátria, tanto por ter ela nascido na chamada Ilha dos Santos, quanto, por ter sido convertida pelo venerado bispo. Só na Irlanda existem duzentos santuários erguidos em honra a São Patrício, seu padroeiro. Esta festa é comemorada em todos os Países onde há fortes colónias irlandesas, como nos Estados Unidos. 

A crença popular atribui a São Patrício o desaparecimento das cobras da Irlanda, sendo representado em algumas gravuras esmagando o réptil com seu cajado.  

in Pale Ideas  


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quinta-feira, 16 de março de 2023

A medida que usardes com os outros

Que um homem se ponha a julgar outro é coisa perigosa e arriscada. Cada um deve fazer por se guardar deste pecado, porque assim disse Aquele que é a Verdade: «A medida que usardes com os outros será usada convosco.» 

Sendo assim, se fores muito misericordioso alcançarás grande misericórdia; se o fores pouco, à míngua a encontrarás; se nunca a praticares, de nenhuma poderás estar certo. A misericórdia deve ser apreciada e exercida do interior, do fundo da vontade de cada um, de tal sorte que sintamos sincera e profunda compaixão seja por quem for que sofra, e de tal modo que peçamos pelos outros a Deus, de todo o coração, para que Se digne socorrê-los.

Se entretanto puderes ir em seu auxílio do exterior, com conselhos ou com os teus próprios dons, por palavras tuas ou atitudes, assim farás na medida das tuas possibilidades. Se não puderes fazer muito, não deixes pelo menos de lhes fazer uma dessas obras de misericórdia, quer interior, quer exterior. Dirige-lhes nem que seja uma palavra amiga. Assim terás cumprido com a tua obrigação e poderás contar com a misericórdia de Deus.

Frei Jean Tauler O.P.


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Estão incluídos os que usam o Escapulário




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quarta-feira, 15 de março de 2023

Quaresma raiz

Nos dias que correm a Quaresma é uma coisa levezinha, mas durante séculos e séculos era um tempo de grande penitência. Aos que a tentavam suavizar lançou o Papa Bento XIV (Prospero Lambertini, 1675-1740) este sério aviso - muito útil para os nossos tempos: 

«A observância (jejum e penitência) da Quaresma é o lugar da nossa luta. É por ela que nós nos distinguimos dos inimigos da Cruz de Jesus Cristo. É por ela que aplacamos os flagelos da cólera divina. É por ela que, protegidos pelos auxílios do Céu durante o dia, nos fortalecemos contra os príncipes das trevas.

Se esta observância se vier a relaxar, daremos menos glória a Deus, menos honra à religião católica, poremos em perigo as almas. E não duvidemos que esta negligência trará infortúnios aos povos, tanto desastres nos assuntos públicos como particulares.»


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terça-feira, 14 de março de 2023

Zita, a última imperatriz da Áustria

Zita Maria da Graça Aldegunda Micaela Rafaela Gabriela Josefina Antonia Luísa Agnes de Bourbon-Parma foi imperatriz da Áustria, depois do seu casamento com o Beato Carlos de Áustria. Morreu há 34 anos, no dia 14 de Março de 1989. O seu processo de beatificação está aberto, sendo já considerada Serva de Deus. O seu marido, Carlos, foi beatificado em 2004, pelo Papa João Paulo II.


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Os 10 Mandamentos

1º - Adorar a Deus e amá-lo sobre todas as coisas.
2º - Não invocar o Santo Nome de Deus em vão.
3º - Santificar os Domingos e festas de guarda (inclui ir à Missa).
4º - Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores).
5º - Não matar (nem causar outro dano, no corpo ou na alma, a si mesmo ou ao próximo).
6º - Guardar castidade nas palavras e nas obras.
7º - Não furtar (nem injustamente reter ou danificar os bens do próximo).
8º - Não levantar falsos testemunhos (nem de qualquer outro modo faltar à verdade ou difamar o próximo)
9º - Guardar castidade nos pensamentos e desejos.
10º - Não cobiçar as coisas alheias.


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segunda-feira, 13 de março de 2023

Missa na Neve

O Padre Dennis Gordon (FSSP) celebra Missa Tradicional num acampamento das Tropas de São Jorge. Trata-se de uma organização apadrinhada pelo Cardeal Burke que junta pais e filhos. 

São organizados vários acampamentos ao longo do ano, e o objectivo é estreitar a relação entre pais e filhos e desenvolver a masculinidade. A temperatura durante a Missa rondava os 7 graus negativos.


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7 razões para a confissão frequente durante a Quaresma

1. A absolvição sacerdotal é um dom generoso que Jesus nos deu

Jesus Cristo deu-nos este Sacramento e quer que, através dele, aproveitemos a Sua graça. Ele disse aos Seus primeiros sacerdotes, os Apóstolos: "Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados." (Jo 20, 22)

Jesus deu-nos este sacramento de graça e perdão porque nos ama. É um dom divino de misericórdia e amor - não é meramente uma obrigação.

2. Somos pecadores

Somos pecadores, temos de examinar o pecado nos nossos corações e ter um sacerdote que nos dê a absolvição, conselho e penitência. "Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos, e não há verdade em nós." (1Jo 1, 8)

Muitas vezes não somos honestos com os nossos corações e é preciso um "médico de almas" objectivo para nos ajudar a diagnosticar espiritualmente. Se se magoassem na mão ou nas costas iriam ao médico. Se feriram a alma com o pecado, não deveriam ir ter com um sacerdote?

3. Confissão significa Graça

A Confissão não deveria meter medo. É pacíficadora. Ficamos contentes com os baptismos, casamentos e ordenações. Por que não com este remédio para a mais importante batalha das nossas vidas?

4. Podem ter cometido um pecado mortal

O pecado mortal existe: "Se alguém vir seu irmão cometer um pecado que não é para morte, pedirá, e Deus lhe dará a vida para aqueles que não pecam para a morte. Há pecado para morte." (1Jo 5, 16)

O pecado mortal é mortal e separa as nossas almas da vida eterna que existe dentro da Santíssima Trindade. A contrição e a absolvição sacerdotal restabelecem os nossos corações no amor a Deus e aos outros. A absolvição infunde a graça nas nossas almas com graça.

5. A culpa é desagradável

Muitas vezes Satanás carrega-nos com a culpa. A culpa pode ser uma coisa boa se transformada em arrependimento. Por isso, livrem-se da vossa culpa e oiçam uma pessoa concreta com autoridade sacerdotal dizer, "Eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo."

6. A Confissão une-vos mais à Igreja

Quando se confissam a um sacerdote, reconhecem que pecaram não só contra Deus mas contra cada um dos outros Cristãos porque, pelo vosso pecado, enfraqueceram o testemunho da vida cristã. Deram ao não-crente a desculpa de que "todos os Cristãos são hipócritas." Quando vão à Confissão reconhecem que fizeram os outros Católicos sofrer por causa dos vossos pecados.

"Se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele." (1Cor 12, 26)

O sacerdote, que representa Deus e a Igreja pela sua ordenação e cargo, recebe o vosso arrependimento e, assim, têm a certeza não só do perdão de Deus mas também do perdão implícito da Igreja inteira.

7. Receber a Sagrada Comunhão torna-se ainda mais poderoso

Quando comungam recebem o verdadeiro Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo. Depois da confissão passam a ter uma união com Cristo mais forte na Eucaristia. Além disso, se estiverem em pecado mortal não devem NUNCA receber a Eucaristia implicaria a vossa condenação eterna! A confissão cura e aprofunda a vossa devoção ao Santíssimo Sacramento.

Taylor Marshall


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