Na única igreja católica de Pyongyang, fomos recebidos por um responsável leigo (não há padre). Rezámos em silêncio. Esse silêncio teve um significado muito forte. Teremos nós ido àquele país sobretudo para partilhar o silêncio?” — foi com estas palavras que o Irmão Alois, responsável da comunidade de Taizé, narrou parte da sua viagem à Coreia do Norte, um país isolado do mundo, até devido às perseguições de que os cristãos são vítimas.
Pouco se sabe dos cristãos (em particular dos católicos) da Coreia do Norte. Ao que parece, mesmo sem sacerdote que celebre a Eucaristia, continuam a existir. Que terá o Evangelho de tão perigoso que continue hoje a ser proibido em tantos países, e origine a perseguição e a morte de tantos cristãos? E, contudo, em tantas nações um muro de silêncio continua a pesar. Para além de todo esse muro, muitos continuam a professar a fé.
O muro de silêncio que nesses países é claro e até mesmo ostensivo, vai-se manifestando também entre nós. Umas vezes, porque nos querem proibir que façamos ouvir as nossas vozes. Exigem uma Igreja silenciosa, ou que concorde com aquilo que os mais influentes pensam ou desejam.
Outras vezes porque somos nós próprios quem ergue um muro à nossa volta, de tal forma que o Evangelho não se faça escutar e, desse modo, também a nós não nos incomode. É por isso que, um qualquer destes dias, seremos surpreendidos pelas pedras, que gritarão o nome de Jesus, num testemunho ensurdecedor. Porque, como disse o próprio Senhor, “se os discípulos se calarem, gritarão as pedras” (Lc 19,40).
Outras vezes, no entanto, fazemos silêncio porque nada mais nos resta a partilhar, não há nenhuma outra palavra a dizer, apenas a oração silenciosa de quem faz seu o sofrimento do próximo. É quando todas as palavras estão a mais, e apenas a partilha do estar e do ser faz sentido. Mas aí, ao contrário, o silêncio torna-se Palavra porque se transforma naquela partilha do Verbo feito carne, que fez seu todo o sofrimento humano. in Voz da Verdade
Pouco se sabe dos cristãos (em particular dos católicos) da Coreia do Norte. Ao que parece, mesmo sem sacerdote que celebre a Eucaristia, continuam a existir. Que terá o Evangelho de tão perigoso que continue hoje a ser proibido em tantos países, e origine a perseguição e a morte de tantos cristãos? E, contudo, em tantas nações um muro de silêncio continua a pesar. Para além de todo esse muro, muitos continuam a professar a fé.
O muro de silêncio que nesses países é claro e até mesmo ostensivo, vai-se manifestando também entre nós. Umas vezes, porque nos querem proibir que façamos ouvir as nossas vozes. Exigem uma Igreja silenciosa, ou que concorde com aquilo que os mais influentes pensam ou desejam.
Outras vezes porque somos nós próprios quem ergue um muro à nossa volta, de tal forma que o Evangelho não se faça escutar e, desse modo, também a nós não nos incomode. É por isso que, um qualquer destes dias, seremos surpreendidos pelas pedras, que gritarão o nome de Jesus, num testemunho ensurdecedor. Porque, como disse o próprio Senhor, “se os discípulos se calarem, gritarão as pedras” (Lc 19,40).
Outras vezes, no entanto, fazemos silêncio porque nada mais nos resta a partilhar, não há nenhuma outra palavra a dizer, apenas a oração silenciosa de quem faz seu o sofrimento do próximo. É quando todas as palavras estão a mais, e apenas a partilha do estar e do ser faz sentido. Mas aí, ao contrário, o silêncio torna-se Palavra porque se transforma naquela partilha do Verbo feito carne, que fez seu todo o sofrimento humano. in Voz da Verdade
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