quarta-feira, 18 de março de 2015

'Filho' de mães lésbicas: Encontrar o meu pai mudou a minha vida

Para lá do avanço da ditadura da ideologia de género e do lobby LGBT, para lá das batalhas pelo casamento de parelhas do mesmo sexo e da possibilidade destas adoptarem, do outro lado do debate e da investigação científica, existe uma situação real e dramática: rouba-se a um número cada vez maior de crianças - criadas por parelhas homossexuais - uma parte de si mesmas.

Um dos que afirma isto é Robert Oscar López, professor de inglês na Universidade Estatal da California, que até aos 19 anos foi criado pela sua mãe e pela sua companheira lésbica. Robert lança a pergunta a toda a sociedade: "Precisaremos, realmente, de um relatório cientifico para dizer e saber que todas as crianças têm direito a uma mãe e a um pai? Eu sou filho de mães lésbicas. Este foi o meu drama. Conceder a uma parelha homossexual o poder de casar, para que juntos sejam felizes, não é razão suficiente para impedir uma criança de ter um pai e uma mãe e dizer-lhe que deve ser feliz sem eles."

Professor López, como foi a sua infância e a relação com os seus pais?

A minha mãe e o meu pai separaram-se quando eu nasci. Quando eu tinha dois anos, a minha mãe começou uma relação com uma mulher, que durou até aos meus 19 anos, quando morreu a minha mãe, de quem muito gostava. O meu pai nunca teve lugar no meu crescimento e acabei por ter ligação com a companheira da minha mãe. Acabei por querer sair de casa e, para sobreviver, fui forçado a procurar uma pseudo família dentro da comunidade LGBT, com uns amigos.

Nos finais dos anos 80 entrou para a Universidade, declarou-se bissexual e participava em encontros da comunidade LGBT. Como foi o impacto com esse mundo?

Naqueles anos a ideologia gay estava a ganhar forma nas universidades. Na minha escola assumiu um controlo praticamente totalitário, onde não se aceitava a ambiguidade: ou se era homossexual ou heterossexual. Para alguém como eu - que nesse momento estava muito confuso quanto à minha identidade sexual, precisamente pelo meio onde cresci - podem imaginar toda a discriminação de que fui alvo, da parte da comunidade LGBT da minha faculdade. 

Contudo, a sua vida muda aos 30 anos, graças a dois encontros particulares.

Em 1998, quando tinha 27 anos, diagnosticaram-me um tumor: precisava de ser operado de urgência. Nesse momento senti necessidade de falar com o meu pai. Tinha uma enorme vontade de dizer-lhe: "Eu sou teu filho e tu és o meu pai!".

A emoção foi grande quando pude dizer-lhe, em pessoa, um pouco mais tarde, numa visita que me fez. Encontrar o meu pai mudou a minha vida: senti-me uma pessoa completamente nova. Uma parte de mim que me tinham roubado, nesse instante, voltou ao seu lugar. 

Algum tempo depois conheci aquela que viria a ser a minha mulher, uma pessoa muito especial que me deu uma bonita filha. 

Estes dois encontros foram os que curaram as minhas feridas interiores, permitindo-me reencontrar-me comigo mesmo.

Segundo a sua experiência, qual é a situação real das crianças que se encontram numa "família" de pais do mesmo sexo?

Estas crianças sofrem, mais que ninguém, muita pressão. Um dos motivos é porque têm de manter em segredo as coisas negativas que sucedem eme casa. Aliás, têm muitas vezes de seguir um "guião". 

Estas crianças estão privadas do direito a manifestar o seu sentir-se enojados ou o sofrimento que padecem por não terem um pai. Até porque, na maior parte das vezes, quando expressam este sentimento acabam por ter de lidar com a ira e a oposição dos membros da "família" e ainda de psicólogos pró gay, professores pró gay e da comunidade LGBT.

Estas crianças sofrem, sem dúvida, sozinhas e de uma forma violenta, porque, no seu caso, a perda de uma ligação muito importante - com um dos pais - foi causada pelas mesmas pessoas que dizem amá-las mais do que qualquer outra pessoa e que, sem dúvida, roubam parte de si mesmos.

Devo dizer que a minha mãe e a sua amante eram uma parelha muito fora do comum, já que a sua relação continuou durante anos. É que, em geral, as parelhas lésbicas têm uma probabilidade de divórcio 80% superior à dos casais heterossexuais. 

Para as parelhas de homens homossexuais aponta-se para um divórcio superior ao dos casais heteressexuais em 20%. Convém, porém, não esquecer de dizer, que entre os homens homossexuais é comum e normal a abertura a relações sexuais fora da parelha. Sei que dizer isto é politicamente incorrecto, mas quero contá-lo pois penso que este não é um meio adequado para criar uma criança.
Um facto confirmado por estudos recentes...

Correcto. Por exemplo, a investigação do Professor Mark Regnerus da Universidade do Texas, publicada em 2012. Trata-se de um sério estudo que examina uma grande parte da população americana e que também elabora exames das diferenças entre crianças criadas por homossexuais e das crianças que cresceram numa família natural com os seus pais biológicos ou adoptivos.

Os dados mostram que as crianças criadas por uma parelha homossexual têm, em comparação com os criados numa família normal, uma maior taxa de suicídio, menos probabilidades de formar-se, uma elevada taxa de desemprego, mais possibilidades de entrar no mundo das drogas, de contrair doenças de transmissão sexual e de requer psicoterapia.

Trata-se de um estudo autorizado, mas que está a ser brutalmente agredido pela "batalha dos dados científicos", pois hoje a ciência já não procura a verdade, mas só o consenso político. E sei que o lobby LGBT dirá que se sente ofendido por palavas como estas. Mas será que eles consideram justo que um cientista tenha olhado para mim e me tenha dito que, de acordo com os seus estudos, é justo que o meu pai tenha sido retirado da minha vida?

O que é aconteceu para que agora venha denunciar esta situação?

Um dos motivos é ver uma quantidade cada vez maior de crianças criadas por parelhas do mesmo sexo. Ao ver as constantes viagens de parelhas homossexuais a países como a India, para que um óvulo doado de uma mulher branca se implante num útero de uma mulher pobre, para ter um filho branco a um menor custo, justificando o procedimento com "os direitos dos homossexuais" pensei: "Basta!". 

Em causa está o egoísmo e isso tem de ser denunciado. Quando alguém põe o seu filho numa situação desfavorável, em seu próprio beneficio, está a utilizá-lo e isso não é justo, porque uma criança não é um boneco e os seus direitos estão primeiro. 

Neste sentido, também o divórcio é um problema muito grande. Nos Estados Unidos a situação é muito grave: uma em cada duas crianças nascem em famílias que, por diversas razões, o pai ou a mãe estão ausentes. É preciso arregaçar as mangas e começar a fazer alguma coisa já, senão o futuro de toda a gente será este.

E o que sugere?

Em primeiro lugar é preciso olhar cada pessoa como um ser humano e recordar que o silêncio não é próprio da amizade: um amigo não se mantém em silêncio quando sabe que uma pessoa está a fazer mal a si própria. É sempre preciso amar os outros, porque todos somos filhos de Deus e todos somos pecadores. Não nos esqueçamos que há uma clara diferença entre o lobby gay e as pessoas homossexuais. A luta é contra o lobby LGBT e contra os seus planos, não é uma batalha contra a pessoa homossexual.

in Religion en Libertad


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