quinta-feira, 4 de julho de 2013

Como falar com um amigo ou alguém muito próximo ateu

Ateus: Dawkins, Harris, Hitchens

Neste post, queria partilhar convosco aquilo que penso ser  a maneira mais proveitosa para falar com ateus. Mas primeiro...

Ontem à noite tive uma experiência triste ao saber que um dos meus primos é ateu. Eu digo triste porque toda a minha esperança nesta vida vem da minha fé em Cristo.  Se eu não tivesse Cristo, não sei o que é que me iria acontecer.

Não estou a dizer que os ateus não podem ser naturalmente felizes ou mesmo naturalmente virtuosos. No entanto, eu sou um homem de fé. Sou Católico. Acredito no Céu e no Inferno. Quero que todas as pessoas que eu encontro vão para o Céu... não para o Inferno. Com a eternidade em vista, temos que ser intencionais naquilo que verdadeiramente interessa. Portanto, como é que partilhamos a nossa Fé com eficácia?

Eu conheço muitos ateus. Tenho amigos e família que são ateus. Falamos abertamente sobre Deus, a moral e a vida depois da morte. Lamentavelmente, eu era mais agressivo na minha aproximação. Não penso que a agressão ou a argumentação (por muito lógica que seja) funcione.

Então o que é que funciona?

Permitam-me que sugira que primeiro rezem, segundo lugar mantenham a calma. Em terceiro, perguntem ao vosso amigo ateu isto: "Tu acreditas no amor?"

Por outras palavras, o amor é real? Passem o vosso tempo a discutir o amor. O amor é um instinto? É uma paixão? Será o amor um fenómeno hormonal? O amor é uma virtude? É uma "força"? É uma "coisa"? De onde é que vem o amor?

O amor é uma grande forma de começar. Muito poucas pessoas vão rejeitar a existência do amor. Isso é uma coisa óptima! Têm aí um sítio para começar.

Por muito que goste de Tomás de Aquino, percebo que muitos ateus fiquem na mesma com as cinco vias de Tomás. A maior parte dos ateus não são crentes não por causa de argumentos filosóficos de causalidade. A maior parte dos ateus não acredita porque experienciaram um grande mal no mundo.

Por isso não comecem com a causalidade ou com o mal! Comecem com a ideia de amor e dêem início a uma boa conversa. Penso que vão descobrir uma maneira de andar para a frente se aplicarem a esta aproximação a aproximação da graça, do amor, da oração e da penitência pesoal.

Lembrem-se. Só podem partilhar Deus  (que é Amor) correctamente se falarem e agirem por amor. Se saírem zangados ou a julgar tudo, esqueçam. Taylor Marshall


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2 comentários:

Anónimo disse...

Fiquei com curiosidade em ouvir/ler essa potencial conversa, no entanto, acho que é bem mais fácil "confrontar" um crente em Deus com um não crente em Deus - é menos estigmatizante chamar não crente em Deus do que ateu. Isto porque o não crente em Deus pode afinal dar outros significados ao termo ou acreditar noutras coisas fora do contexto religioso. Assim, preferia ouvir/ler uma conversa entre um crente em Jesus e um crente em "outro Messias" de uma outra religião qualquer, porque deixava de haver a tentação de converter - atitude prepotente e condescendente, pelo sentimento de pena e preocupação perante o desgraçado que não acredita. Começavas por lhe perguntar se ele acreditava no amor e depois perguntavas se ele acreditava em Jesus, tal como ele ter perguntaria se acreditas no Messias dele. Confrontariam os supostos factos históricos que ambos defendem e por aí adiante.

Anónimo disse...

Nossa acabei de passar pela mesma situação com meu primo. Fiquei muito triste ao descobrir que ele é ateu. Rezo muito por ele.