A família moderna na Ucrânica está marcada por dificuldade da sociedade pós-comunista, que sofre uma rápida emancipação social e cultural...
Para o ano, a Igreja Católica Grega Ucraniana vai celebrar o 70º aniversário da sua liquidação forçada por Estaline na União Soviética e a incorporação à Igreja Ortodoxa Russa [no “L’viv Sobor”]. Desde então, começou uma Via Sacra para os bispos, padres, monges e freiras e, acima de tudo, para as numerosas famílias Cristãs que foram arrastadas das suas terras e colocadas no enorme deserto da Sibéria...
Durante este período de perseguição da Igreja, as famílias tornaram-se como lareiras onde a fé em Deus era preservada e onde novas gerações recebiam o dom da fé, tornando-se autênticas igrejas domésticas. Nas suas casas, sacerdotes perseguidos asseguravam-se de arranjarem lugares escondidos para o altar do Senhor onde, durante o silêncio da noite, celebravam a Eucaristia e os outros Santos Sacramentos...
[Depois do colapso da União Soviética, quando a Igreja Católica Grega da Ucrânica se encontrou diante de novos desafios sob a forma de migração em massa], as famílias dos crentes, especialmente as mães, mais uma vez trouxeram a Igreja para países onde nos tínhamos tornado presentes recentemente, em particular na Europa Ocidental. Frequentemente, estas mães e avós ucranianas restauraram os valores Cristãos e humanos em família italianas, espanholas e portuguesas e outras. Muitas pessoas idosas nestes países passaram para a eternidade, reconciliadas com Deus e receberam o Sacramento da Santa Unção, graças a cuidados ucranianos...
Mesmo no tempo presente da guerra na Ucrânia, diante de outro desafio de uma crise económica real e severa, as famílias Cristãs receberam migrantes [refugiados] e [tornaram-se] a fonte de um poder solidário inesperado... De acordo com as estimativas da ONU, na Ucrânica há [mais do que um] milhão de Pesssoas Refugiadas, a maior partes das quais foi ajudada por famílias ucranianas, a célula fundamental da sociedade...
Hoje tenho que afirmar que, no passado, a família defendia e preservava a Igreja. Hoje a Igreja tem o dever sagrado de proteger e preservar a família; a família como a união fiel, frutífera e indissolúvel entre um homem e uma mulher... Os meus fiéis pediram-me para apelar aos Padres Sinodais para lembrar que nós, os bispos, não somos os mestres da verdade revelada sobre a família, mas antes os seus servos. Hoje, as nossas pessoas esperam que nós confirmemos e enfatizemos o ensinamento da Igreja sobre a família, clarificada e sumarisada pelo Beato Paulo VI e o Papa S. João Paulo II.
Famílias santas e piedosas, fortalecidas na fé, encontram, na sua terra, as formas mais criativas para responder aos desafios da sociedade moderna e ensinam-nos como mostrar misericórdia aos que passam por dificuldades. Não conseguimos resolver os problemas com que está a tentar a família, mas podemos pregar a verdade do Evangelho sobre a família e ajudar a próxima geração, com a ajudade de Deus para prosseguir no caminho de santidade.
in voiceofthefamily.org
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