terça-feira, 16 de abril de 2024

O que é a Confissão e quem está obrigado a confessar-se?

CONFISSÃO SACRAMENTAL é a acusação dos pecados próprios, cometidos depois do Baptismo, feita ao legítimo Sacerdote para receber a absolvição. 

Os homens como as mulheres, ou sejam crianças ou velhos, pobres ou ricos, sábios ou ignorantes, sãos ou enfermos, desde que chegam ao uso da razão e enquanto conservam o uso do discernimento, têm obrigação de confessar os seus pecados pelo menos uma vez cada ano

Para obter o perdão dos pecados no sacramento da Penitência é necessário acusar todos os pecados mortais cometidos e as circunstâncias que mudam a espécie de pecado. O cristão  que se quer confessar deve: a) fazer exame de consciência; b) ter arrependimento ou contrição de todos os seus pecados; c) confessar todos os pecados de que se recordar; d) estar disposto a cumprir a penitência que o
Confessor lhe impuser e cumpri-la sem demora. 

A contrição é de tal modo necessária para obter o perdão do pecado que sem ela, diz S. Tomás, nem mesmo um pecado venial pode ser perdoado. E a contrição para ser sincera há de ser acompanhada do propósito firme, que o penitente terá de não tornar a pecar.

O Confessor tem obrigação de dar a absolvição ao penitente que julga estar bem disposto, e tem obrigação de a negar àquele que julga ser incapaz ou indigno da absolvição. Incapazes da absolvição são: os perpetuamente dementes, os não batizados, os que já estão mortos, os que ignoram as verdades absolutamente necessárias para a salvação. 

Indignos são: os que não dão nenhum sinal de arrependimento; os que se recusam a acabar com os ódios e inimizades, ou a restituir o alheio podendo fazê-lo; os que não querem deixar a ocasião próxima do pecado ou não querem corrigir-se de algum pecado; os que deram escândalo público, a não ser que acabem com o escândalo e o retratem publicamente. 

O lugar próprio da confissão sacramental é a igreja ou capela pública ou semi-pública. As mulheres não se devem confessar fora do confessionário, a não ser por motivo de enfermidade ou por causa de verdadeira necessidade. 

Padre José Lourenço in 'Dicionário da Doutrina Católica'



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1 comentário:

Maria José Martins disse...


E que me perdoem os mais céticos, mas na minha Obra preferida: "O Evangelho como me foi revelado", de Maria Valtorta, Jesus refere tudo isso e muito mais, como já aqui salientei.
Segundo Ele, para além de EXIGIR arrependimento total e, consequentemente, daí advir, o propósito firme de emenda, mesmo que, depois, pela nossa fragilidade humana, voltemos a cair.
Mas também pede SANTIDADE aos Sacerdotes, pois, quanto mais Santos, mais capacidade terão para discernir, ajudar e encaminhar o pecador, ao ponto de até poderem receber de Deus os Dons Espirituais de ler a mente e o coração dos penitentes, a fim de ajudar os mais tímidos, ou "repreender" os mais arrogantes ou manipuladores, que, por incúria permanente e consciente, persistem no erro. Neste caso, até aconselha a que possam ser EXPULSOS da Comunidade, no caso de nada fazerem para mudar de vida.
E não foi isto que a minha GERAÇÃO aprendeu e os GRANDES Doutores da Igreja nos
transmitiram?
Estou convencida, como já escutei imensas vezes, de que se houvesse melhores e mais Santos
Confessores, o mundo estaria diferente e muitas doenças psiquiátricas desapareceriam!
Gastam-se balúrdios em psicólogos e psiquiatras--não querendo menosprezar-lhes o valor, pois também são precisos--e esquecem-se de que, no Sacramento da Confissão, DEUS AGE através da Sua Bênção, podendo mesmo Curar tanto sofrimento inútil e até doenças fisiológicas, consequência tantas vezes de desvios emocionais.