quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A correcção fraterna - S. Josemaria Escrivá

Não vos oculto que, quando tenho que corrigir ou tomar uma decisão que fará sofrer alguém, padeço antes, durante e depois; e não sou um sentimental. Consola-me pensar que só os animais não choram; nós, os homens, filhos de Deus, choramos. Sei que em determinados momentos, também vós tereis que sofrer, se vos esforçardes por levar a cabo fielmente o vosso dever. Não vos esqueçais de que é mais cómodo – mas é um descaminho – evitar o sofrimento a todo o custo, com o pretexto de não magoar o próximo; frequentemente o que se esconde por trás desta omissão é uma vergonhosa fuga ao sofrimento próprio, porque normalmente não é agradável fazer uma advertência séria a alguém. Meus filhos, lembrai-vos de que o inferno está cheio de bocas fechadas.

Para curar uma ferida, primeiro limpa-se esta muito bem e inclusivamente ao seu redor, desde bastante distância. O médico sabe perfeitamente que isso dói, mas se omitir essa operação, depois doerá ainda mais. A seguir, põe-se logo o desinfectante; arde – pica, como dizemos na minha terra – mortifica, mas não há outra solução para a ferida não infectar.

Se para a saúde corporal é óbvio que se têm de tomar estas medidas, mesmo que se trate de escoriações de pouca importância, nas coisas grandes da saúde da alma – nos pontos nevrálgicos da vida do ser humano – imaginai como será preciso lavar, como será preciso cortar, como será preciso limpar, como será preciso desinfectar, como será preciso sofrer! A prudência exige-nos intervir assim e não fugir ao dever, porque não o cumprir seria uma falta de consideração e inclusivamente um atentado grave, contra a justiça e contra a fortaleza. (Amigos de Deus)


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2 comentários:

Mariam disse...

Nosso Senhor sempre espalhou Amor ao seu redor. E foi assim, nesse Amor que é Ele próprio, que multidões foram curadas dos seus males, do seu desamor.

Não é à força e com fel que se realiza a transformação dos corações, mas só com doçura - o que não invalida o sofrimento -, com muito diálogo e oração. É na grandeza deste acto, onde impera a Humildade, que brilha a rainha de todas as virtudes: a Caridade.

S. Josemaría Escrivá, ora pro nobis!

Fidelis disse...

muito bom o texto
é minha primeira vez no blog, que tbachei excelente

saudações d'além-mar
Fidelis
missaaosdomingos.blogspot.com