quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Eu não perdi a virgindade quando me casei

Eu não perdi a minha virgindade quando me casei

Eu nunca dei um murro na cara a alguém, mas há alturas em que desejava poder ignorar a virtude do auto-controlo e deixar o meu punho voar.

Alguns meses antes do meu casamento, alguém me perguntou (sabendo que eu tinha 29 anos e era virgem por opção própria): “Então, o teu noivo também é virgem?” Eu respondi “Não”. Ela respondeu, “Bem, ao menos alguém sabe o que é preciso fazer”. Eu fingi não me importar com esta afirmação ridícula e mudei de assunto rapidamente.

Mas...a sério? A sério?! O meu cérebro estava a andar às voltas de raiva e irritação, enquanto a minha vontade fez tudo o que conseguiu para prevenir que a Jackie Francois se tornasse em Jackie Chan.

Aquela resposta estúpida irritou-me a vários níveis.

Primeiro, a Humanidade tem relações sexuais há milhares e milhares de anos. Não é que o mecanismo do sexo seja difícil de dominar, mesmo quando são duas pessoas virgens, que Deus nos livre (note-se o sarcasmo)!

Segundo, pensas mesmo que estou feliz pela primeira experiência de sexo do meu marido ter sido com outra pessoa, permitindo-lhe “praticar”? Hum, vamos aqui pensar por um segundo... NÃO! Eu não conheço nenhuma mulher que só deseja e espera que o seu marido tenha memórias com outra rapariga (ou raparigas) com quem tenha tido uma relação sexual ou um harém de estrelas pornográficas que o tenha excitado. As memórias simplesmente não desaparecem quando se começa a namorar alguém ou quando se põe o anel no dedo ou quando se fazem os votos de casamento. É preciso graça, oração, tempo e às vezes conselho para curar memórias. 

Terceiro, se o meu marido estivesse estado lá para ouvir esta ridícula, insensível e rude “inspiração”, ele teria ficado ainda mais ofendido (e talvez tentado a dar um murro, também). A sua perda de virgindade nunca foi uma coisa de que ele gabasse. De facto, ele partilha o seu testemunho (aqui) e nas conferências que damos juntos sobre o arrependimento e a vergonha que ele sentiu depois daquele momento de fraqueza e luxúria. 

Enquanto que a cultura diz que o sexo não é nada de especial e que às pessoas deve ser feito um “test-drive” antes do casamento, existem muitos bons homens e mulheres católicos que sabem que o sexo é santo e belo e que só merece ser dado ao seu esposo. Aqueles homens e mulheres que tiveram sexo antes do casamento sentiram claramente que perderam a sua virgindade. 

Uma mulher descreveu-o como a perda da inocência. Outra descreveu-o como a perda de uma ideia sobre o é que deveria ter sido ter sexo pela primeira vez quando disse, “Não foi como nos filmes. O meu namorado nem me abraçou depois.” Outras disseram, “Eu senti-me usada.” Outras sentiram a perda do orgulho; eram aquelas que «nunca» iriam cometer o pecado da fornicação. Outras sentiram que tinham perdido a sua dignidade, porque se deram só para ouvirem as palavras “Eu amo-te”, ou “Tu és gira”. A virgindade nunca existiu para ser “perdida”. O sexo não foi criado para ser um erro ou um acto superficial.

Enquanto que o mundo à nossa volta nas televisões, filmes e músicas faz a virgindade parecer ridícula, eu sabia no meu coração que nunca quereria “perder” a minha virgindade com um namorado nalgum dormitório nojento de uma universidade, ou em casa dos pais dele, ou no apartamento dele, só para ter alguma prática para o meu futuro marido. 

Não me foi ensinada a visão 'puritana' de que "o sexo é mau". De facto, aprendi a visão Católica de que o sexo é bom, belo e santo. O sexo é a consumação dos votos de casamento e o corpo está a cumprir a promessa desses votos (mesmo que tu não estejas). Os votos que faz com o coração e a voz no dia do casamento – amar livre, total, fiel e frutuosamente – são expressos mais tarde, nessa noite, com os corpos. O sexo torna os votos encarnados. Logo, tecnicamente, não estás casado se não consumares o matrimónio sacramental, porque os votos ainda não foram plenamente cumpridos com o corpo.

É por isso que na minha noite de núpcias eu não «perdi» a minha virgindade. Eu livremente escolhi dar-me – corpo, mente, coração e alma – ao meu marido que prometeu amar-me “até que a morte nos separe”. Definitivamente não senti vergonha nem perda. Não me senti mal nem conspurcada. Eu senti-me bela e santa e inocente como uma criança. E o meu marido? Aposto que sentiu o mesmo. Mesmo que a virgindade tenha sido «perdida» no passado, continua a ser possível, com a Reconciliação e a graça de Deus, conseguir pela primeira vez, dar-se livre, total, fiel e frutuosamente. E acredite: quando o sexo inclui todas estas coisas, é quando se sabe realmente o que se está a fazer.

Jackie Angel in jackieandbobby.com



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15 comentários:

Anónimo disse...

Eu também não, perdi-a antes de me ter casado. Acho que é no mínimo estranho uma pessoa querer casar-se com outra sem ter feito sexo com ela antes.

Anónimo disse...

Posso-lhe perguntar porquê?

Anónimo disse...

Acredito que é uma decisão corajosa a sua, porém machista eu perdi a virgindade e não sinto que perdi nada, sou digna (assim como seu marido).

Anónimo disse...

Não percebo esta mentalidade de manter a "pureza" até ao casamento, nunca consegui perceber, já me esforcei, mas não consigo.

Toda a gente é livre de fazer o que quer da sua sexualidade, tanto os que não querem fazer, como os que querem, como os que querem fazer com o próprio género - E ninguém tem que opinar sobre isso, o que cada um faz no quarto é da sua conta, não é da igreja nem da sociedade.

Porém, esta vertente dos católicos irrita-me profundamente, sempre me irritou, sobretudo quando me tentam impingir a ideia de que sou "sujo" e de que eles é que são os "bons da fita". Fui católico durante toda a minha juventude, dei catequese uns anos, e até fiz "missões". Tinha uma namorada altamente "pura e casta", (aos olhos da família dela e da sociedade apenas), fizemos sexo inúmeras vezes, repetidamente até perder o folêgo, em algumas alturas mais de 10 vezes por dia, e era bom, sempre o foi - promiscuidades nunca fizeram mal a ninguém, só nas cabeças mais retrógradas que se aproximam mais da ideologia radical do Estado Islâmico do que dos padrões ditos ocidentais do séc XXI. Nunca senti qualquer tipo de remorsos em relação a isto, era parvo se o fizesse, nem me senti "sujo". Contudo, sinto-me ofendido quando me vêm tentar vender essas mensagens da "banha da cobra" completamente desactualizadas, e que nada têm a ver com a mensagem espectacular de jesus Cristo, que foi altamente devassada pelos homens.

Pior do que essas mensagens, são quem as vem vender ou diz que as compra, e não as aplica à sua vida, como era o caso da minha ex-namorada, que fazia questão de afirmar publicamente que era virgem, enquanto que eu ficava apenas confuso e por vezes revoltado, com imagens mentais na minha cabeça do sexo que tinha-mos feito horas antes. Isto não é uma cabala contra essa rapariga, é um cenário triste de hipocrisia que se vive nas mais "finas paróquias" das classes mais ricas em portugal, onde se vêm as meninas bonitas e "castas" tanto no Coro, como na Cama, ou na Casa de Banho, ou no Carro (que clássico), e que se dizem virgens.

Não há nenhum big deal com sexo, não é para se andar a enrolar com tudo o que mexe, e muito menos a gabar, mas também não é para se achar que se deve estar trancado numa vida casta - isso não faz parte da natureza humana ou do reino animal, porque se assim fosse vinha-mos ao mundo sem genitais.

Quanto ao texto, acho que a senhora e o respectivo esposo são livres de seguir a sua opção sexual, e acho engraçado que se sintam irritados por as pessoas estranharem essa opção, como provavelmente este casal se sente também irritado com as opções sexuais dos outros, e, devem considerar a homossexualidade um pecado mortal, pior que o aborto. Que exemplo tão bom de católicos para inserir neste meu comentário...

Acabo o meu texto dizendo que saltei fora de todos os meios religiosos, e de forma radical, enchi completamente o saco com tantas mentiras, hipócrisias, e assuntos com os quais a minha consciência não concordava.

Não me identifico de forma a preservar a identidade da minha ex-namorada, sei que se o fizesse iria ser um drama irreparável, para a família e comunidade - Que no fundo comprova a devoção católica de toda esta gente, em vez de a compreenderem iriam ficar desiludidos e até enojados.

Cumprimentos a todos, e sejem felizes, com sexo ou sem sexo, mas guardem-no para voces, não se andem também a gabar da vossa dura castidade, que em nada vos faz melhores seres humanos.

Isa disse...

Gostei do relato dos hipócritas que fingem serem castos, infelizmente assim acontece.
Cada um opta por guardar ou não a castidade para o dia do seu casamento, atualmente só é possível por decisão mutua, com um olhar na mesma direcção - JESUS- mas que esse matrimónio é mais forte, dificilmente cairá e o presente aberto pelos dois é mais agradável e satisfatório.
O catecismo da igreja católica, ensina o que é melhor para o ser humano.

Anónimo disse...

1- Não consegues perceber a "pureza"? Muita gente não percebe e eu próprio não percebia visto que muitas vezes, devido à nossa triste tendência para o pecado e irrazoabilidade, o instinto animal e dos prazeres instantâneos sobrepõe-se ao verdadeiro discernimento que, a longo prazo, nos mostra que seremos verdadeiramente felizes. A razão, através de muitos exemplos práticos, consegue perceber que a pureza e muitos outros assuntos que a Igreja defende são aqueles que nos completam perto da totalidade aproximando de Cristo. Percebo que tenhas feito um esforço para perceber a questão da pureza mas o verdadeiro esforço (aquele que mais agrada a Deus) traduz-se em actos.
2- Toda a gente é livre de facto de fazer o que quiser da sua sexualidade- verdade. A opinião sobre o que cada um faz no quarto não é da conta Igreja nem da sociedade- mentira. Se porventura, tiveres filhos um dia, não vais tu (pai que amas com amor fraternal imenso ao teu filho), dentro da liberdade dele, aconselhá-lo a viver o mais próximo daquilo que o faz feliz, o mais próximo de Cristo? A igreja portanto (e quiçá a sociedade) tem (e muito!) que se pronunciar sobre o seu parecer do que as pessoas fazem dentro e fora do quarto, visto que tem a missão clara dada por Jesus aos Apóstolos (como sabes melhor do que eu) de pregar aquilo que Jesus lhes pediu para pregar enquanto andou com eles durante 3 anos (e mais algum tempo após a Ressurreição). Tu achas que a Igreja não deve opinar, mas a Igreja tem a obrigação de opinar de forma a cumprir a missão que Cristo lhe deu ao fundá-la.
3- Em relação ao sexo que experimentaste ser bom "e sempre foi" como dizes, não percebo qual o ponto a que queres chegar parecendo que essa afirmação apenas se traduz numa afronta para aqueles que se guardam para a mulher da sua vida. Também às vezes me apetece roubar 1 milhão de euros ao banco que tenho em frente de minha casa MAS quando me apanharem e me derem 20 anos de prisão arrepender-me-ei para o resto da vida e vou-me lamuriar durante muito tempo na cadeia pensando "porque é que escolhi os instintos de roubar e não pensei duas vezes". A ideologia de te guardares para o casamento não é retrógrada e "anti-sec.XXI". Partindo do exemplo que te dei, podes estar a procurar o que é bom neste momento fazendo 10 vezes sexo por dia e depois queixares-te até ao resto da vida quando casares e, não sabendo viver sob os pilares do amor entre marido e mulher, divorciaste uma data de vezes. Fora deste exemplo que podes ter achado exagerado, vamos ser realistas. Olha para (os poucos) casais católicos que se guardam para depois do casamento e contempla o quão são felizes pois partiram sempre como grande objetivo edificar uma familia e não divertirem-se a fazer sexo. Olha para os que usam o sexo como tu também o tratas e verás não só o número de divórcios gigante que existe, como também a infelicidade tremenda que ronda por muitas daquelas casas. A sério. Se te deres ao trabalho de investigar, chegarás rapidamente à conclusão que os poucos católicos estão com muita mais paz que todos os outros casais do mundo. Realismo.

Anónimo disse...

(continuação)
Para acabar este ponto, acho óptimo achares a mensagem de Cristo espetacular, MAS como tu e eu percebemos facilmente (acho eu) só pode haver uma mensagem até porque não havia dois Cristos mas só um, e apenas um. A mensagem pode ser altamente devassada pelos homens sim (homens como tu e eu), mas nunca pela Igreja. Jesus podia ter escolhido várias Igrejas para guardarem a sua palavra, mas escolheu a Igreja Católico, escolhendo primeiro Pedro e, sucessivamente, os vários Papas, de forma a todos os homens terem a possibilidade de se manterem na Verdade que ele veio transmitir. É nesta Igreja que tens de acreditar e não nos homens como dizes e bem.
Sim, é triste que haja pessoas que se dizem algo e depois são outras, mas, se reparares todos temos este defeito às vezes ("quem nunca pecou que atire a primeira pedra") e por isso deve haver compreensão, assim como eu acho que fazes bastante mal em ter a posição que tens em relação à castidade, mas, contudo, tento compreender e respeito.
De facto, a realidade das meninas (e meninos também!) das paróquias e do Coro que se enganam a si próprios entristece-me bastante e acho uma verdadeira hipocrisia como tu dizes, mas pronto.
5- Em relação a este parágrafo quero só salientar que tu achas, e com alguma pertinência, que não faz parte da natureza humana viver trancados numa vida casta. Tens que, tal como dizes, olhando para a natureza, primeiro que tudo, perguntar-te por que razão temos nós tendência para nos relacionarmos! Deus não criaria o homem e a mulher e diria "pronto, foi giro e acabou-se". Deus tinha um plano de prolongar a sua relação de Pai com várias criaturas e, POR ESSA MESMA RAZÃO, teve que dar um prazer ao homem e à mulher do facto de se relacionarem entre eles, de forma a que a Humanidade não "estancasse", mas sim "crescesse e multiplicasse-se". Este prazer ligado ao sexo surge desde logo com este objetivo de Deus, mas tal objetivo não sugere que tenhamos sexo com várias pessoas. O próprio Jesus Cristo falou várias vezes do pecado da fornicação e manifestou-se claramente contra isso (está tudo nos Evangelhos). Como tal, viemos ao mundo com genitais por alguma razão como tu dizes e bem, mas a função deles é serem usados sempre na óptica de construir uma família, de crescer e multiplicarmo-nos.
6- Não percebi o que quiseste dizer
7- Acho que fazes mal em desligar de todos os meios religiosos, pois o Homem (todo o homem!!) tem uma necessidade e vontade enorme inserida no fundo do seu coração de comunicar e escutar a Deus, no profundo da sua consciência
Cumprimentos

Anónimo disse...

Ao Sr. Anónimo Religioso,

Meu caro, o seu comentário fundamenta mais o meu discurso, e causa-me ainda mais repugna em relação aos meios religiosos.

Não vou fazer uma lista exaustiva de pontos a desmontar o seu comentário, mas tenho apenas a dizer que o melhor que fiz foi sair da igreja, por pessoas como o senhor. Peço que não tenham isto como ofensa, mas quando era religioso sentia-me tal e qual como o burro, com duas palas nos olhos para só olhar para um caminho, e simplesmente não podia ver nada à volta, a resposta para tudo era sempre Deus, Cristo ou bíblia. O vosso problema é acharem que a vossa ideologia é o único caminho, e a única alternativa correcta para a felicidade - mentira - este vosso catolicismo exacerbado serve apenas para oprimir o homem.

A igreja tem de se preocupar é com os desfavorecidos e fazer o bem, não é estar a discutir sobre sexo, homosexualide e aborto, completamente irrelevante. Preocupam-se com o que cristo queria que fizessem, e aposto que se ele viesse à terra em vez de se encontrar consigo ou com todos os fiéis hipócritas iria encontrar-se com prostitutas, homosexuais, pobres e afins primeiro...

Nada nem ninguém tem a ver com o que cada um faz no quarto, trata-se da vida privada, se quiser confirmar verifique na carta dos direitos do homem ou várias convenções do género, bem mais actuais e crediveis do que textos escritos por homens que nunca estiveram frente a frente com jesus.

Por fim, continuo sem me puder identificar porque isso iria revelar o pecado da "fornicação" da minha ex, dado que a familia dela é membro assiduo deste site. Não é por mim, é por eles...

Anónimo disse...

Vou voltar a responder (tentarei ser mais sucinto desta vez) por parágrafos e tentado ser respeitoso, tal como estás a ser para mim:

1- Em primeiro lugar, é normal e muitas vezes bom ter essa sensação de te sentires um pouco como um "burro com palas" visto que o ser humano, tendendo a escolher o caminho da felicidade à sua maneira muitas vezes se engana. Voltamos ao exemplo dos pais. Se calhar quando querias em pequeno pegar numa tesoura e cortar um cartão de papel podias acabar a cortar um dedinho e por isso os teus pais afastavam-te logo desse caminho. A resposta para tudo ser sempre Deus, Cristo ou Bíblia não é mau (desde que seja enquadrada com o que a Igreja Católica diz sobre isso), pois são esses instrumentos (e mais outros) os mais diretos que tens para ouvires a Deus, Aquele que te criou e sabe muito bem o que tu mais queres. Acredita que, se tentares perceber e acatar o que a Igreja te pede através de Deus, Cristo ou a Bíblia estarás num muito bom caminho. Mas, tens de permitir que estes meios dados por Deus entrem na tua vida. No comentário referes "quando era religioso...", mas se calhar deves te perguntar se alguma vez tentaste mesmo ser religioso e seguir a sério a Igreja Católica (que como dizias era "a tua religião"). Como é que podes dizer que fazias sexo com a tua ex namorada e sentias te como burro? Se tentasses executar o que a Igreja te pede com algum esforço aí podias te chamar de "burro com palas" mas acho que nunca chegaste a experimentar essa sensação. Em relação ao catolicismo exacerbado servir para oprimir o homem não concordo e acho que tu não podes dizer coisas dessas visto que nunca experimentaste ser "oprimido" pela Igreja Católica como referi há bocado.

2- A Igreja tem, dizes tu com razão, de se preocupar com os desfavorecidos e fazer o bem (o que faz e muito!!), mas tem tambem de discutir sobre os outros assuntos que referes porque ela universal e não se pode preocupar apenas com os pobres. So interessam aqueles que têm más condições de vida? E aqueles que, com ótimas condições de vida se suicidam ou vivem infelicíssimos e longíssimo de Deus nos países mais desenvolvidos? Existem pessoas que, mesmo com muito dinheiro, têm depressões e muitas outras coisas. Achas que a Igreja não se deve pronunciar sobre aquilo que está bem e mal de forma a que essas depressões não cheguem às pessoas? A parte do mundo que tem economias desenvolvidas pode estar a promover uma cultura de vida miserável, triste e (essencialmente) longe de Cristo, mas a Igreja só deve tratar dos pobres? Desculpa mas o aborto, o sexo, e a homossexualidade interessam como muitos outros assuntos interessam porque muitas decisões podem conduzir o Homem a afastar-se daquilo que lhe faz feliz. A Igreja tenta indicar o caminho a todos e não só àqueles que têm más condições de vida.
Em segundo lugar podes imaginar que seria assim e assado se Cristo viesse à terra, mas dentro da informação que tens, acho que deves pensar naquilo que Ele foi e que deixaram escrito dele nos Evangelhos e muito mais (deixaram-se 24000 manuscritos sobre coisas que Ele fez e disse por isso podes estar tranquilo quanto à veracidade do que está escrito nos textos que foram escolhidos para nós lermos). Voltando ao realismo, acho que antes de imaginar o que ele seria deves procurar o que Ele realmente e foi e que está descrito sobre o que Ele disse.

Anónimo disse...

(continuação)

3- Agora vi este teu parágrafo e já tinha respondido parcialmente àquilo que disseste. Houve 24000 escritos sobre a vida de Cristo e os Evangelhos são os documentos mais credíveis (de longe mesmo!) em todo o mundo. Se deres o braço a torcer acho que vais perceber aquilo que o verdadeiro Cristo (e não aquele que imaginas à tua maneira) te quer dizer. Não podes dizer apenas o que achas sobre estes assuntos sem ter investigado a questão a fundo, e não podes inventar como inventaste ao dizer que os Evangelhos não são credíveis. Procura e obterás resposta. Lê os Evangelhos à luz da Igreja e, quem sabe, entenderás o que Cristo pede a cada um.

4- Eu não me identifiquei porque é das primeiras vezes que estou a responder aqui e ainda não percebi como é que funciona, mas hei de me identificar lol. Se achas que é melhor não identificares te, então não te identifiques, acho

Cumprimentos

Anónimo disse...

Caro Sr. Anónimo religioso,

Pff não volte a recorrer a argumentos de deus, jesus, biblias, apostolos... dado que para mim são todos inválidos porque não sou crente, e insistir no sexo depois do casamento porque deus assim o quer e é a única maneira de felicidade, para mim é uma piada quase, lamento.

Já não aguento mais as suas respostas ocas de conteúdo racional e válido do meu ponto de vista - seria o mesmo de que eu insistir consigo que não devemos dizer mentiras porque cresceu o nariz ao pinóquio, "juro que é verdade". Discutir com um católico fervoroso como o sr (se é que o consegue ser na vida prática), ou com uma parede é quase a mesma coisa, tome isto como um elogio. Não aguento mais esta discussão, o Sr. venceu-me pelo cansaço, não tenho força para insistir mais, porque só me vai compreender no dia em que perceber que deus não existe e se libertar do julgo/determinismo religioso em que vive.

"A religião é o ópio do Povo!", e pior que isso são estas temáticas onde a igreja "acha" que tem de meter o bodelho que OPRIMEM O HOMEM.

Desejo-lhe uma vida feliz,

"Paz de Cristo".

Assinado: "fornicador" que não se pode identificar por comprometer a identidade da ex namorada.903

Anónimo disse...

Caro amigo,

Felizmente, calhou-me ser o último a deixar opinião, o que é sempre positivo (dizem por aí). Respondendo por parágrafos outra vez e ainda mais brevemente:

1- Apenas recorri a argumentos, jesus, biblias, etc porque, sendo Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem tudo o que referi e usei está ligado a Ele. Como o sr me disse que acreditava em Jesus (quando disse que a mensagem dele era espetacular), então usei aquilo que me parecia mais próximo de si, a Palavra deó próprio Jesus. O único que se pode dizer depois desta discussão é que, de facto, o sr quer o seu Jesus (feito à sua maneira) e não aquele que é descrito pelos 24000 manuscritos. Basta haver uma palavra sobre o que Jesus REALMENTE disse e fez que não lhe agrada e risca logo a possibilidade de acatá-la. Está a fazer o seu Deus exatamente à sua maneira e, como sabe, muitas e muitas pessoas que gostam de fazer tudo na vida à sua maneira e não abrem sequer um pouco de espaço para compreender (nem que seja só parte!) o que Jesus veio dizer ao mundo, acabam no estado esplendoroso em que acabam. Humildade. É necessário dar o braço a torcer para entender aquilo que se procura. Se nunca abrir a possibilidade de aceitar que o que Jesus disse é o verdadeiro caminho então nunca saberá.
Em relação ao facto de dizer que não é crente não percebo visto que disse acreditar em Jesus e Jesus é Deus. De qq das maneiras, se de facto não é crente e acredita na improbabilidade e irrazoabilidade gigantesca de não haver uma causa para o universo existir, digo-lhe duas coisas:
Em primeiro, Deus quer impacientemente dar o dom da fé a pessoas que não acreditam e fortalecer essa fé a pessoas que já acreditam. O Homem tem que se PREDISPOR e deixar a possibilidade em aberto de que Deus opere em si livremente. Se não permitir, Ele naturalmente nunca conseguirá mostrar-lhe que o ama. Em segundo, se não quiser "arriscar" deixando que Deus lhe faça acreditar na Sua existência e começar um caminho consigo (como propus na primeira opção), há hipótese de perceber racionalmente que Deus existe. Há um vídeo super simples que mostra rapidamente em 5 minutos que Deus existe (https://www.youtube.com/watch?v=eAhPNfLv2E8). Acho que não irá arranjar qualquer refutação àquilo que verá no video, mas se encontrar diga-me!
2- Em relação a ser católico fervoroso na vida prática, tento fazer tudo o que lhe disse (sobre o que Deus quer de nós) a régua e esquadro apesar de ainda lhe falhar em muitas ocasiões. Mas, graças a Deus, Ele não se cansa de nos perdoar e, por isso tento várias vezes usar a Confissão de maneira a melhorar.
Segundo, tudo o que lhe disse tem uma linha coerente de pensamento e o sr é que ainda não se dignou a sequer tentar desmontar essa linha pq está muito cansado e não lhe convém.

3- A Igreja não obriga ninguem a fazer algo (como nao lhe obriga a si), mas tem a missão dada por Jesus para propor a todos aquilo que é mais correto. A Igreja deve e tem a obrigação de meter o bedelho em todos os assuntos do mundo. Se não tivesse metido o bedelho na minha vida através de um padre que conheci (e que me convenceu que seguir este caminho católico é o mais razoável a seguir), sabe Deus muito bem como estaria eu hoje em dia revoltado com a vida e com "aquilo que faz sentido" neste mundo.

4- Obrigado e que o senhor também seja feliz. Gosto em falar consigo

Cumprimentos

Anónimo disse...

tenho um dúvida, sexo oral e preliminares também podem ser considerados "sexo" antes do casamento ou pecado?

Anónimo disse...

O texto é lindo, belo! Você entendeu o que é ser católica!
Porém, esses comentários aí é de gente que não cresceu, que tá querendo saber de onde veio e pra onde vai, tem até ateuzinho militante... O que esses sem noção vem comentar em um assunto religioso? NADA. Só vem afirmar seu vazio existencial, sua fraqueza moral.

Márcio disse...

Não ter a capacidade de esperar pelo casamento por causa do parceiro não passa de egoísmo e hedonismo. Isso não é amar, é usar o outro como fonte de prazer, simplesmente. Quem pensa assim só está preocupado com o bem-estar próprio, por mais que diga o contrário. Ser casto é amar sem possuir, e ter relações sexuais DENTRO DE UM VÍNCULO sustentado por Deus como o Matrimônio é a maior prova viva de amor, depois do martírio, pois permite à pessoa doar-se inteiramente ao outro. "O meu Amado é para mim e eu sou para o Meu Amado." Não faz sentido algum dizer frases como "eu te amo" durante a relação sexual e, depois, cada um ir para a sua casa, como se nada tivesse acontecido. Vamos fazer o que Deus planejou para nós, porque Ele sim sabe o que é o melhor para todos nós. E se assim estabeleceu o Onipotente, quem somos nós para repudiar tão grande amor?