quinta-feira, 29 de abril de 2021

Os namorados devem viver juntos? Não é boa ideia!

Devem ir morar com o vosso namorado? Parece uma boa ideia porque querem conhecer mesmo bem a pessoa antes de lhe entregar a vossa vida. A maior parte dos namorados que vivem juntos e pensam casar vêem este esquema como uma boa maneira de experimentar, uma forma de terem a certeza de que são compatíveis antes de darem o nó. Afinal de contas, quem é que quer passar por um divórcio?

Pondo de parte todos os factores espirituais relacionados com o sexo antes do casamento, devíamos dar uma olhadela ao que os investigadores descobriram sobre viver juntos antes do casamento. Dois investigadores resumiram os seus resultados de muitos estudos ao dizer que "a expectativa de uma relação positiva entre a união de facto e a estabilidade do matrimónio foi destruída nos últimos anos por estudos feitos em vários países do Ocidente."[1] O que os estudos descobriram é isto: se não se querem divorciar, não vivam juntos até se casarem.

Porque é que é assim? Pensem nos seguintes factos sobre viver juntos antes do casamento: a maior parte dos casais que vivem juntos acabam por nunca se casar, mas os que realmente se casam têm uma taxa de divórcio de quase 80% mais alta do que os que esperaram até ao casamento para viverem juntos.[2] 

Os casais que viveram juntos antes do casamento também têm mais conflitos no matrimónio e pior comunicação, e vão mais frequentemente aos conselheiros de matrimónios.[3] 

As mulheres que viveram com outra pessoa antes do casamento têm uma probabilidade três vezes maior para enganar os seus maridos dentro do casamento.[4] O Departamento de Justiça dos EUA descobriu que as mulheres que vivem com o namorado antes do casamento têm sessenta e duas vezes mais probabilidade de serem agredidas pelo namorado-lá-de-casa do que por um marido.[5] 

Além disso têm três vezes mais probabilidade de ficarem deprimidas do que as mulheres casadas,[6] e os casais têm menor satisfação sexual do que os que esperaram por casar.[7]

Do ponto de vista da duração do matrimónio, paz no matrimónio, fidelidade no matrimónio, segurança física, bem-estar emocional e satisfação sexual, a união de facto não é bem a receita para a felicidade. Até o USA Today diz: "Poderá isto ser verdadeiro amor? Façam o teste no namoro, não a viver juntos antes do casamento."[8] Mesmo que não pensem que o vosso namorado vai ser um abusador ou que vão ficar deprimidas, as taxas de divórcio falam por si mesmas.

Como todos nós, vocês sonham com um amor que dura. Se querem mesmo fazer essa relação durar, salvem o vosso casamento antes dele começar e não vão viver com o vosso namorado antes do casamento.

in ChastityProject.com

[1]. William G. Axinn and Arland Thornton, “The Relation Between Cohabitation and Divorce: Selectivity or Casual Influence?” Demography 29 (1992), 357–374.
[2]. Cf. Bennett, et al., “Commitment and the Modern Union: Assessing the Link Between Premarital Cohabitation and Subsequent Marital Stability,” American Sociological Review 53:1 (February 1988), 127–138.
[3]. Elizabeth Thompson and Ugo Colella, “Cohabitation and Marital Stability: Quality or Commitment?” Journal of Marriage and the Family 54 (1992), 263; John D. Cunningham and John K. Antill, “Cohabitation and Marriage: Retrospective and Predictive Consequences,” Journal of Social and Personal Relationships 11 (1994), 90.
[4]. Koray Tanfer and Renata Forste, “Sexual Exclusivity Among Dating, Cohabiting, and Married Women,” Journal of Marriage and Family (February 1996), 33–47.
[5]. Chuck Colson, “Trial Marriages on Trial: Why They Don’t Work,” Breakpoint, March 20, 1995.
[6]. Lee Robins and Darrell Regier, Psychiatric Disorders in America: The Epidemiologic Catchment Area Study (New York: Free Press, 1991), 64.
[7]. Marianne K. Hering, “Believe Well, Live Well,” Focus on the Family, September 1994, 4.
[8]. William Mattox, Jr., “Could This be True Love? Test It with Courtship, Not Cohabitation,” USA Today, February 10, 2000, 15A (usatoday.com).


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6 comentários:

Anónimo disse...

Increasing confusion inside the Catholic Church:

https://agendaeurope.wordpress.com/2017/02/21/increasing-confusion-inside-the-catholic-church/#more-6509

francisco disse...

Mesmo ficando pela lógica humana, não considerando a doutrina católica e a dimensão divina vêmos que viver juntos no namoro vai contra a dignidade humana. O ser Humano não é um objecto que possa ser exprimentado para ver se serve e se não servir ser substituido por outro.
A fase do namoro deverá servir para avaliar a compatibilidade do projecto de vida, a dimensão do amor, aspirações e desejos.
No matrimónio a dimensão de vida vai muito para além da satisfação de necessidades, vai muito para além do eu. É uma partilha e entrega de amor com ligação a Deus.
É claro que esta dimensão é dificil de compreender quando é apenas considerada a poucas semanas do casamento, é algo que deve ser ensinado desde a adolescência.
Cristo chama-nos para um dignidade maior do que a do Homens, não nos deixemos ficar pela lógica deste mundo e presos ao pecado. Cristo pede que nos levantemos, elevai-vos à dignidade de filhos de Deus, sede perfeitos como o vosso Pai é perfeito, diz-nos. A nossa alma, todo o nosso ser tem uma dimensão maior do que este mundo. Tenhamos amor por nós próprios e caminhemos para sermos filhos de Deus.
Mesmo no maior mandamento da lei de Deus Cristo refere a importância do amor a nós mesmos «amar o próximo como a ti mesmo».
Elevemo-nos e aspiremos a mais, não tenhamos medo.

OpusV disse...

Gostaria de saber qual a veracidade do texto, que duvido que tenha alguma. Isto é muito bonito, mas para casar é necessário haver certas condições, e ninguém pensa nisso. O matrimónio pela Igreja siginifica que os noivos querem assumir o compromisso com Deus, não para seguir doutrinas obsoletas, viver juntos num prisma de amor e facilitar a vida em termos financeiros não é pecado em lado nenhum. É pena haver setores escondidos da igreja que sigam doutrinas ultrapassadas e que foram modificadas. Dou um exemplo, S. José Maria Escrivá nunca ensinou a politica do capitalismo, mas hoje em dia os seus "seguidores" fazem culto aos euros.
Digo uma coisa muito importante às pessoas que pensam assim, Cristo viveu na pobreza e simplicidade.

Maria José Martins disse...

Nos tempos atuais, cada vez se torna mais difícil entender a Dimensão Espiritual, na vida humana, por todos os motivos e mais algum. Sendo assim, o verdadeiro conceito de Dignidade, que é o Cristão--porque somos filhos de Deus-- está muito deturpado e, por isso, as pessoas acham que "ser feliz" passa por poder satisfazer tudo o que lhes apetece no momento, e comprometer-se, para SEMPRE, está fora de questão!
Ter Deus na nossa vida não é MAGIA, mas SIM uma grande DOR DE CABEÇA, na maior parte das vezes. Não, porque O que vem d/Ele seja MAU, mas porque, quanto maior for a nossa HUMANIDADE, a nossa CARNALIDADE, a nossa CONCUPISCÊNCIA, mais difícil é ser-Lhe fiel e seguir a Sua Vontade, CUMPRINDO a SUA PALAVRA, que, a maior parte das vezes, traz muita dor à mistura, porque TODAS as PRIORIDADES MUDAM, em função dum BEM MAIOR, que nos obriga a reconhecer que viver sem o SACRAMENTO DO MATRIMÓNIO é uma situação de pecado, porque SOMOS TEMPLOS DO ESPÍRITO SANTO-- mas, quem fala disso, nos tempos de hoje?-- e TUDO o que precisa ser CURADO, normalmente, DÓI MUITO, e exige muita paciência e perseverança...Tudo é um Processo!
Logo, mais uma vez, estamos perante uma das piores consequências da FALTA de Deus nas nossas vidas, mesmo que digamos o contrário, porque aceitá-Lo e, logicamente Amá-Lo, tal como nos diz Jesus, é FAZER O QUE ELE NOS MANDA e DEIXAR TUDO, por Ele!
Assim, viver maritalmente contra a Lei de Deus, por motivos puramente humanos, até pode dar certo, se os dois estiverem na mesma onda; o pior é quando aparecem as tais PROVAÇÕES e a FORÇA, para as vencer, não estiver alicerçada NOUTRA bem mais Poderosa; nem que seja apenas, por CONVICÇÃO! Aí, normalmente, tudo descamba e, então, começa o descalabro, partindo-se para outra e outra, muitas vezes, até dar certo, sem se medir ou respeitar o sofrimento dos filhos, que acabam por ser as maiores vítimas...ao mesmo tempo que se vai contruindo uma Sociedade, onde TUDO é a prazo, sem qualquer estabilidade, segurança, e equilíbrio, que nos afeta a todos e nos faz andar desconfiados uns dos outros: NADA é PERMANENTE E SEGURO!
Assim, mesmo para os que "se dizem " Cristãos, não é fácil, porque, se por um lado Deus ajuda sempre, também EXIGE MUITO, ao contrário do que habitualmente se ouve, até dentro da própria Igreja. E, talvez por isso, é que as coisas estão como estão!
Logo, já que, MUITAS VEZES, não depende somente de nós, SALVAR um Matrimónio, funcionemos, pelo menos, como um "garrote", sendo FIEL à IMUTABILIDADE DO SACRAMENTO, e não embarquemos na enxurrada do mundo, que a toda a hora nos apresenta uma felicidade, meramente PASSAGEIRA, porque: A NOSSA PÁTRIA É O CÉU!
Esforcemo-nos por ser coerentes e tentemos, pelo menos, demonstrar que é possível ser-se FELIZ tendo SOMENTE Deus, sem precisar de andar de afeto em afeto...

Anónimo disse...

A diferença é que quem casa quer, por princípio, que resulte. E quem se junta, apesar de ter essa intenção também, é mais para ver se resulta. O casamento é mais formal. É um compromisso muito grande: religiosa mas também financeiramente. Não é tão fácil a sua dissolução. Quem só se junta, mais facilmente se separa. Casos há, porém, em que resulta bem.
Há casamentos sem coabitação prévia em que também não resulta. Na prática, e se a pessoa for verdadeira consigo própria, sabe muito bem se há algum potencial para uma relação longa / casamento ou não. Pode é ignorar os sinais à partida. O compasso divino tem muito que ver também com a nossa intuição.

Eduardo disse...

3 inimigos tem a alma: a carne, satanás e o mundo. Se quereis abraçar o sacramento católico do matrimónio e logo abris a porta ao primeiro daqueles inimigos seguramente ireis correr um risco enorme. Um matrimónio católico nunca deverá, até por mera prudência, permitir tal coisa. A castidade não é elemento acessório e a sua prática no casal deve começar na época das mais fortes tentações que são logo no princípio :Sem algum sentido brejeiro mas "é desde pequenino que se torce o pepino." Essa contenção será seguramente útil na época das tempestades e das brumosas indiferenças.