sábado, 4 de fevereiro de 2017

S. João de Brito, missionário jesuíta e mártir

Nasceu em Lisboa, Portugal, no ano de 1647. Filho de D. Salvador Pereira de Brito e Dona Brites Pereira. No ano de 1640, o seu pai foi enviado pelo rei Dom João IV para ser governador no Brasil, lugar onde faleceu. João de Brito, com a sua mãe e os seus irmãos, ficaram na corte. Desde cedo, João dava testemunho da procura de viver em Deus.

Com a sua saúde fragilizada, certa vez os médicos chegaram a perder as esperanças, mas a sua mãe, voltando-se para o céu em oração e intercessão, fez uma promessa a São Francisco Xavier e o pequeno João recuperou a saúde milagrosamente. João passou um ano com uma batina, porque isso fazia parte do cumprimento da promessa; mas mais do que isso, Deus foi trabalhando a vocação no seu coração até que, apenas, com 15 anos entrou para a Companhia de Jesus.

Em 1673, foi ordenado sacerdote e enviado para evangelizar a Índia. Viveu em Goa, depois no Sul da Índia, onde aprofundou os estudos e todo aquele lugar, toda aquela região, conheceu o ardor deste apóstolo. Comunicava o Evangelho com a vida, vivia a inculturação para que muitos se rendessem ao amor de Deus num diálogo constante com as culturas, o que não quer dizer que sempre tenha sido bem acolhido. 

Junto dos povos de Maravá, ele evangelizou bastante e muitos foram baptizados; mas, ao retornar desta missão, ele e outros catequistas acabaram sendo presos por soldados pagãos e anticristãos, que fizeram de tudo para que este sacerdote santo renunciasse a Fé, mas ele renunciou à própria vida e estava pronto para o martírio, se fosse preciso. 

O rei chegou a condená-lo, mas um príncipe quis ouvir a doutrina que ele espalhava e muitos mudavam de vida: abandonavam os deuses e a conclusão daquele príncipe pagão foi que aquela doutrina era justa e santa. João foi libertado, juntamente com os outros. Não demorou muito, por obediência, voltou para Portugal, mas o seu coração queria, de novo, voltar para a Índia e até mesmo ser mártir. Foi o que aconteceu. 

Passado um tempo, após dar o seu testemunho em vários colégios dos jesuítas, ser sinal para Portugal do quanto o amor a Cristo e à Igreja não pode ter medidas, tornou à Índia. Evangelizando novamente em Maravá, foi preso. Desta vez, até um príncipe pagão chegou a converter-se. Mas o rei revoltou-se, mandou prender aquele padre. Em foi degolado. Sofreu muito antes disso, mas tudo ofereceu por amor a Cristo e pela salvação das almas. 

Algumas das suas corajosas palavras ficaram célebres:

“Não há perseguição que me possa roubar a alegria que sinto em pregar, mais uma vez, o Evangelho aos gentios."

“A culpa de que me acusam vem de ser que ensino a lei de Nosso Senhor, e de nenhuma maneira hão-de ser adorados os ídolos. Quando a culpa é virtude, o padecer é glória.”

São João de Brito, rogai por nós!

adaptado de cancaonova.com


blogger

Sem comentários: