Cân. I - Se alguém disser que não se oferece a Deus na Missa um verdadeiro e apropriado sacrifício ou que este oferecimento não é outra coisa senão recebermos a Cristo para que o possamos engolir, seja excomungado.
Cân. II - Se alguém disser que naquelas palavras: "Fazei isto em memória de Mim", Cristo não instituiu como sacerdotes os Apóstolos, ou que não lhes ordenou e aos demais sacerdotes que oferecessem Seu Corpo e Sangue, seja excomungado.
Cân. III - Se alguém disser que o sacrifício da Missa é apenas um sacrifício de elogio e de ação de graças, ou mera recordação do sacrifício consumado na cruz, mas que não é próprio, ou que apenas é aproveitável àquele que o recebe, e que não se deve oferecer pelos vivos nem pelos mortos, pelos pecados, penas, satisfações nem outras necessidades, seja excomungado.
Cân. IV - Se alguém disser que se comete blasfêmia contra o Santíssimo Sacrifício que Cristo consumou na cruz ao se realizar o sacrifício da Missa, ou que por este se anula aquele, seja excomungado.
Cân. V - Se alguém disser que é uma impostura celebrar Missas em honra dos Santos e com a finalidade de obter sua intercessão junto a Deus como ensina a Igreja, seja excomungado.
Cân. VI - Se alguém disser que o Cânon da Missa contém erros, e que por esta razão ela deve ser anulada, seja excomungado.
Cân. VII - Se alguém disser que as cerimônias, vestimentas, e sinais externos que usa a Igreja Católica na celebração das Missas, são muito mais incentivos de impiedade que obséquios piedosos, seja excomungado.
Cân. VIII - Se alguém disser que as missas nas quais apenas o sacerdote comunga sacramentalmente são ilícitas, e que por este motivo devem ser abolidas, seja excomungado.
Cân. IX - Se alguém disser que deve ser condenado o ritual da Igreja Romana devido ao fato que algumas palavras do Cânon, e as palavras da consagração são ditas em voz baixa, ou que a Missa deve ser dita sempre em língua vulgar, ou que não se deve misturar água ao vinho do cálice que será oferecido, porque isto é contra a instituição de Cristo, seja excomungado.
4 comentários:
D. José Cordeiro:
"no segundo milénio, a Eucaristia passou progressivamente a ser um objecto de culto. A natureza da participação convivial da Eucaristia e a união com Cristo pela comunhão passaram a segundo plano. A importância foi dada à “visão da hóstia”, provocando um deslocamento da própria celebração eucarística. O momento da “consagração”, isto é, aquele momento da narração da ceia, no qual Cristo dá, no pão e no vinho, o seu corpo sacrificado e o seu sangue derramado, desviou-se para longe da sua finalidade original: «tomai e comei, tomai e bebei»."
http://diocesebm.pt/noticia/adoracao-eucaristica-interpelacao-das-jornadas-mundiais-da-juventude
Desviou-se?
Por favor, alguém me explique o comentário de D. José Cordeiro.
Como já afirmei, os meus Conhecimentos são muito básicos, e percebo melhor os Cânones do Concílio de Trento.
Falo com sinceridade. Obrigada
Na obra "Cardeal Pio de A a Z" lê-se assim: "...Esta grande assunto que se cumpriu no Gólgota, que se reproduz todos os dias, a todo o instante, na terra, eis a grande maravilha do mundo. Se o bom Deus ainda suporta a terra, apesar daquilo que eu e vós vemos o que por aqui se passa, é porque esta maravilha se realiza sem limites na palavra do profeta ( Mal. 1,11) : "...do levantar ao por do sol...em todo o lugar será oferecido ao meu Nome um sacrifício..."...todas as coisas que aqui em baixo se fazem e se passam são verdadeiramente insignificantes em comparação com esta que é a acção por excelência. É aí que está o princípio, o facto essencialmente conservador. Diz o salmista (Sal. 120, 4): "Sim, não dorme nem cochila quem guarda Israel." A Igreja, a sociedade cristã tem necessidade de ser guardada. É uma necessidade de todas as sociedades na terra. A nós que somos os seus pastores e os seus guardiões de serviço pode-nos acontecer que adormeçamos ou cochilemos mas, atenção, porque Aquele que guarda Israel não cochila e não dorme. A todo o instante ele desce do alto dos céus, esse Deus feito homem, afim de liquidar a dívida contraída por toda a humanidade. E nesse acto existe um acto quádruplo: adoração, acção de graças, expiação, pedido. Tais são os quatro fins ou intenções do sacrifício de Jesus Cristo..."
Quem é D. José Cordeiro ao lado do Concílio de Trento?
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