sexta-feira, 16 de junho de 2006

A alegria do vinho


Gosto bastante da passagem das Bodas de Caná, até porque tem a sua piada dizer que o primeiro milagre conhecido de Jesus foi transformar água em vinho. Toda esta abundância (Jo 10,10 E.I. 1993 - e não, não é "Eu vim para que tenham vinho em abundância" é VIDA mesmo!), este esbanjar de Deus por nós, é sinal do Seu amor, que não contabiliza, não se põe a contar. Apenas dá. O vinho é sinal de alegria, sinal de festa à volta de uma mesa. «Tira-nos da tristeza e do cansaço do dia a dia e faz do estar juntos uma festa. Alarga os sentidos e a alma, solta a língua e abre o coração.» (In Um Papa (in)esperado, João Marujo, Paulus 2006)
Diz-nos ainda o evangelho de João a propósito de Caná que "Jesus revelou a Sua Glória e os discípulos acreditaram nEle".
É esta a importância daquela mudança da água em vinho: os discípulos começam a perceber melhor quem é Aquele que está no meio deles.
Maria também.
Nossa Senhora não pede um milagre. Ao invés, vai falar com o Filho e leva uma resposta torta: "Mulher, isso compete a nós? A minha hora ainda não chegou". Maria amua? Chateia-se? Dá um par de galhetas a tamanha insolência? Não. Esta aparente recusa não a abala um bocadinho que seja, não a perturba, não a desanima. "Façam tudo o que Ele vos disser".
Creio que já todos levámos e continuaremos a levar respostas tortas de Jesus. Aparentemente, claro. O certo é que, no imediato, é frequente parecer que Cristo nos dá uma nega. Felizmente Maria já nos mostrou que não é bem assim e como devemos reagir.

Enfim, tudo isto para reproduzir uma passagem do livro dos Provérbios muito boa, especialmente para quando perdemos o controle, fazemos misturas e... o resto já sabemos eheheh:
Para aqueles que permanecem junto do vinho, para aqueles que vão saborear o vinho misturado. Não consideres o vinho: "como ele é vermelho, como brilha no copo, como corre suavemente!" Mas, no fim, morde como uma serpente e pica como um basilisco! Os teus olhos verão coisas estranhas, o teu coração pronunciará coisas incoerentes. Serás como um homem adormecido no fundo do mar ou deitado no cimo de um mastro: "Feriram-me" dirás tu, "e não sinto dor!"
"Bateram-me... e não sinto nada. Quando despertarei eu? Quero mais ainda!"


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5 comentários:

inésia disse...

huguinho... n escrevas a encarnado!!!

Senzhugo disse...

também acho! outra vez?!?

inésia disse...

ele há gente mt teimosa

Senzhugo disse...

ele quem?

Anónimo disse...

Não é João Marujo, é António Marujo.
Abraços